domingo, 9 de maio de 2010

Socil reforça ações em confinamento

Empresa líder no mercado de bovinos de elite amplia atuação no segmento de corte

Conhecida por sua presença no mercado de nutrição para bovinos de elite - tanto gado de corte e quanto de leite -, a Socil quer agora reforçar sua atuação no segmento de produção de animais para corte. O foco da empresa são os confinamentos de gado bovino, que têm uma elevada demanda por produtos para nutrição.
"Nos consolidamos na liderança do mercado de elite, mas onde há espaço para crescer é entre os animais de produção, com foco para confinamentos onde estamos direcionando nossos esforços", afirma João Trivellato, gerente de produtos para ruminantes da Socil.
Além de uma linha específica de produtos para animais confinados, a empresa elaborou uma estratégia de comercialização diferenciada para o segmento. A empresa oferece um contrato que permite ao confinador travar o preço de compra da ração que será utilizada ao longo do período de confinamento. Na prática, o pecuarista escolhe o produto e fecha a compra de todo o volume por um determinado valor. Se os preços dos insumos subirem ao longo do ciclo de confinamento, esse valor não é repassado.
"O confinador costuma sempre travar o preço de venda do boi gordo para fixar sua margem, mas sempre ficava exposto no valor da ração utilizada. Decidimos oferecer a oportunidade de ele também travar o preço da alimentação, que representa cerca de 30% dos custos", diz Trivellato. A expectativa da empresa é de que 70% das vendas de ração para confinamento neste ano sejam feitas por meio do novo sistema.
O segmento de ruminantes é o mais importante para a Socil, representando 45% de seu faturamento. Apenas o gado de corte tem um peso total de 27% no negócio da empresa, que pertence ao grupo francês Evialis, líder em nutrição animal da França e Brasil e sétima maior empresa do mundo.
As apostas em confinamento não são por acaso. O número de animais confinados em 2010 deve pelo menos repetir o desempenho do ano passado, quando 2,3 milhões de cabeças ficaram sob engorda intensiva. "Estamos na fase final de nossa pesquisa sobre a intenção do confinador, mas acreditamos que seja um número igual a 2009 ou mais", afirma Juan Lebron, diretor-executivo da Assocon, entidade que reúne 50 confinadores.
A expectativa positiva se deve ao baixo preço da alimentação para o gado confinado. Tanto os preços do milho quanto da soja e outras matérias-primas estão em baixa. A soja em Sorriso (MT), por exemplo, recuou 32% em 12 meses, enquanto o preço do milho no Paraná caiu 17%.
Segundo Juan Lebron, o que determinará a manutenção e a intensidade do crescimento do número de animais confinados neste ano será o preço do boi magro.

Fonte: Valor Econômico
Autor: Alexandre Inacio, de São Paulo

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