segunda-feira, 28 de junho de 2010

Abiec esclarece problemas com carne exportado aos EUA

Com relação às ultimas ocorrências em relação à exportação de carne brasileira para os Estados Unidos, que levou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a suspender toda a exportação de carne para aquele país no ultimo dia 27 de maio, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) esclarece:
"A inconformidade encontrada em lotes do produto destinado ao mercado americano não significa que toda a carne brasileira exportada pelos frigoríficos brasileiros para os Estados Unidos está imprópria para o consumo. As análises feitas até o momento mostram que o problema (presença de Ivermectina em carne processada acima do limite estabelecido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) está localizado em lotes específicos, de uma única unidade industrial brasileira.
Desde que foi detectado o problema, a ABIEC tem trabalhado em estreita parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para prestar todas as informações necessárias e correlacionadas a este evento pontual.
A ABIEC está ao lado do MAPA e acredita no sucesso da ação do Governo Federal que já solicitou a abertura do mercado norte-americano às demais empresas que mantém relações comerciais com o referido mercado e que estão com seus produtos dentro das normas previstas pelas autoridades daquele país.
O Brasil se tornou o maior exportador de carne do mundo em 2003 e desde aquele ano vem mantendo a liderança graças à inegável qualidade de seu produto. Em 2009 houve uma redução nas exportações em função da crise econômica. Com a retomada da economia mundial o quadro começa a mudar. De janeiro a maio de 2010 a receita cambial com a exportação de carne cresceu 24%.
Com o investimento em genética e tecnologia da pecuária e da indústria, aliado ao incansável trabalho do MAPA na área sanitária, o Brasil mantém sua credibilidade no mercado mundial que reúne mais de 150 mercados consumidores do produto nacional.
Acreditamos que ocorrências isoladas, que logo serão amplamente esclarecidas, não afetarão a imagem que o setor soube - com muita competência - construir ao longo dos últimos dez anos."
Mapa
governo brasileiro planeja aprovar já na próxima semana os planos de ação de frigoríficos brasileiros para monitoramento de resíduos e liberar o embarque de carne processada para os Estados Unidos. Conforme o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura (Mapa), Nelmon Oliveira, duas ou três plantas já apresentaram propostas ao governo federal para análise e devem ser liberadas. Conforme Oliveira, as unidades do Marfrig e do Minerva poderão estar entre as autorizadas a exportar.
Os planos de ação integram estratégia do Ministério da Agricultura para garantir maior rigor no controle de resíduos ao governo norte-americano e retomar os embarques de carne processada. A exportação foi interrompida em 27 de maio de 2010, após a identificação de resíduos de ivermectina acima do permitido pelas autoridades norte-americanas em carga de carne processada da planta do JBS, de Lins (SP).
A previsão do ministério contraria o temor dos produtores de que as novas irregularidades identificadas em lotes de carne processada da mesma planta nos Estados Unidos possam retardar o processo. "Isso já está nos prejudicando", avalia o presidente da Abiec, Roberto Gianetti da Fonseca. Segundo o dirigente, os frigoríficos que trabalham com o mercado norte-americano comprometeram-se a intensificar a fiscalização e apresentar seus planos ao governo rapidamente. "Queremos assegurar que nestas unidades não há contaminação. É de lá (da unidade de Lins) que está vindo o problema. Os outros frigoríficos estão isentos", defendeu Fonseca. A expectativa é que com a estratégia de isolar o problema na origem os exportadores consigam encontrar o caminho de volta ao mercado norte-americano com rapidez.

FONTE: Abiec e do jornal Correio do Povo/RS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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