quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Governo do RS está preparado para enfrentar os efeitos do La Niña


Os principais centros meteorológicos do mundo prevêem o retorno do fenômeno climático que deverá reduzir chuvas e a umidade do ar no RS
O Governo do Estado está preparado para enfrentar o La Niña, previsto para os próximos meses, e que, de acordo com os principais centros meteorológicos do mundo, trará a redução de chuvas e da umidade do ar à Região Sul do país. O secretário da Irrigação e Usos Múltiplos da Água, Rogério Porto observou que, desde 2007 o Rio Grande do Sul vem adotando uma política diferenciada no país para combater os efeitos da estiagem no Estado, ancorada principalmente no Programa Estruturante A Irrigação é a Solução, do Governo do Estado. “A governadora tem uma participação fundamental neste processo ao entender a necessidade do Estado agir para evitar as perdas que vinham sendo registradas no campo”, observou o secretário.
Rogério Porto enfatizou a mudança cultural dos agricultores, que já estão aderindo à construção de microaçudes. Além disso, salienta que houve a implantação da Lei Pró-Irrigação RS, que permite investimentos públicos em propriedades privadas e agilização no licenciamento ambiental, bem como subsídios para a compra de equipamentos de irrigação, com uma redução de dois pontos percentuais na taxa de juros.
Resfriamento das águas
De acordo com os institutos meteorológicos, o fenômeno La Niña caracteriza-se pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico na região equatorial, alterando o clima em todo o planeta, com maior incidência de seca ou enchente, frio ou calor mais intenso, dependendo da região. As chuvas em excesso que chegam aos campos do Sudeste dos Estados Unidos a partir de agosto podem fazer falta aos produtores não apenas do Sul e do Centro-Oeste do Brasil. Argentina, Chile, Paraguai e Peru também tendem a sofrer com déficit hídrico.
A preocupação se estende à produção de café, cana-de-açúcar e à própria pecuária. Já as regiões Norte e Nordeste do Brasil, ao contrário, podem receber até mais chuvas. O que ocorre é que, a partir da mudança na temperatura do Pacífico, as massas de ar úmido da região amazônica não se deslocam para o Sul, permanecem na região ou seguem para o Nordeste. Dessa forma, estados como o Paraná passam a depender de chuvas que venham do Sul, nem sempre suficientes. Quanto maior o resfriamento das águas oceânicas, mais chances dessa alteração.
Produtividade do agronegócio gaúcho
No quadriênio 2007/10 o Governo do Estado investirá de R$ 214,2 milhões em irrigação. Os recursos são destinados ao planejamento estratégico para usos múltiplos da água, à capacitação de produtores rurais e à construção de barragens, microaçudes e cisternas. O objetivo é minimizar os efeitos das estiagens, que têm causado consideráveis perdas na economia gaúcha, e manter a produtividade do agronegócio gaúcho, através do aproveitamento racional do potencial hídrico existente no RS.
O Programa já concluiu, desde 2007, a construção de 500 microaçudes no Rio Grande do Sul, sendo 181 definidos na Consulta Popular, atendendo a mais de uma centena de municípios. A construção de microaçudes escavados ou aterrados busca o armazenamento de água para que seja utilizada em períodos de seca. Outros 2.207 microaçudes já estão sendo construídos. Ainda, em parceria com a Emater, estão sendo elaborados 3.744 projetos de microaçudes. No total, serão aportados R$ 33 milhões, beneficiando diretamente mais de 219 municípios.
O Irrigação é a Solução prevê a construção de 1.023 cisternas, que beneficiarão 148 municípios, projeto orçado em R$ 7,2 milhões. Desde 2007 já foram construídas mais de 45 cisternas. Também está previsto o investimento de R$ 1 milhão na capacitação de produtores rurais. Até agora já foram capacitados 26.117, que aprenderam técnicas de irrigação, reserva de água e licenciamento ambiental, além de receberem folhetos educativos sobre irrigação.

As informações são da assessoria de imprensa do Palácio Piratini.
FONTE: Agrolink

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