segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Conjuntura: Mercosul deve se consolidar como principal produtor de proteína animal na próxima década.

Paraguai e Uruguai devem se juntar ao Brasil como grandes exportadores. Argentina ainda é dúvida.

Especialistas que participaram do 18º Congresso Mundial de Carne, em Buenos Aires, Argentina, afirmam que, impulsionado pelo Brasil, o Mercosul vai consolidar na próxima década sua posição de maior produtor global de proteína animal. Uruguai e Paraguai também devem aumentar a produção e se juntar ao Brasil como grandes exportadores do bloco. A dúvida gira em torno da Argentina. Se o país não mudar as regras para o setor, a recuperação da pecuária local estará comprometida.
Segundo Miguel Gorelick, o diretor de Assuntos Públicos da Quickfood, controlada pelo grupo brasileiro Marfrig, os países da América no Norte não recuperaram os mercados perdidos a partir de dezembro de 2003, por causa do surto da vaca louca. O USDA, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, confirmou que o país ainda não retomou o mesmo patamar em exportações. Em 2003, as vendas externas de carne bovina foram de 1,138 milhão de toneladas e em 2009, último dado disponível, foram de 847,3 mil toneladas. No caso da Europa, Gorelick destaca que a região reduziu sua produtividade, o que levará o bloco a aumentar as importações para atender à demanda interna. Mas ressaltou que os países do Mercosul vão ter que ser mais eficientes. "Podem aumentar muito a produtividade, sem incorporar muito mais terras, respeitando a sustentabilidade", disse. Também defendeu a necessidade de criar uma autoridade supranacional que unifique a gestão da saúde animal no combate à febre aftosa e remova as barreiras para aumentar a produção de carne.

Fonte: Agência Estado

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