terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Consumo elevado de carne provoca escassez

A elevada demanda no consumo de carne tem provocado desabastecimentos pontuais em supermercados e açougues de Cuiabá (MT). Nos últimos dias, consumidores tiveram dificuldades em comprar carnes nobres como filé e picanha, que chegaram a faltar nas gôndolas de alguns estabelecimentos. Além da escassez, a clientela também sofre com a alta no preço do produto, que apresenta aumento médio de 20% nos últimos meses.
O proprietário da Casa de Carne Silva e Souza, José Souza, explica que a redução da oferta de carne foi repassada pelos frigoríficos, que afirmam não ter gado para abate. Conforme ele, a situação já está se regularizando. O comerciante diz que a tendência é de redução no preço. Ele afirma que o quilo da picanha, atualmente em R$ 20, baixará para R$ 18/kg.
O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Freitas, é convicto em afirmar que não há redução de abate de animais no Estado. "Pelo contrário, as plantas estão trabalhando com uma capacidade satisfatória". Ele pontua que a redução esperada no preço do produto é de 10%. A situação também é positiva no campo. É o que afirma o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Ele afirma que o arroba do boi caiu, no mesmo período em que a carne no varejo teve aumento de preço.
De acordo com o diretor da rede de supermercados Modelo, Altevir Magalhães, a falta do produto não chegou a ser um problema. Ele afirma que houve desabastecimento de apenas alguns cortes. Sobre o preço, ele ressalta que a alta foi provocada pelo aumento da demanda. "É um aumento que não deve se repetir mais neste ano. A tendência é de queda no preço da carne". Nas lojas da rede Comper, a gerente regional, Izilda Maria, garante que não houve problema com a falta do produto.
O dono da Casa de Carne Mattozo, Matheus Mattozo, diz que no último mês o preço da carne sofreu grandes variações. "Há cerca de 2 meses vendíamos o filé mignon ao preço médio de R$ 24,99/kg, semanas depois chegou ao pico máximo de R$ 35,99/kg. Atualmente o mesmo produto é vendido a R$ 29,99/kg". O consumidor Cláudio Manoel, acredita que os preços dos cortes de carne apresentará novos acréscimos nos próximos dias. Já o engenheiro Márcio Souza Faria, conta que sentiu no bolso os valores há cerca de 1 mês. "Comprava coxão mole por R$ 13,99/kg, atualmente compro a R$ 19,99".

FONTE: Gazeta Digital
Autor: Vívian Lessa

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