segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MT tem 420 fazendas habilitadas a exportar carne bovina

Atualmente 420 propriedades mato-grossenses estão habilitadas a exportar carne bovina in natura ao mercado europeu. O número de Estabelecimentos Rurais Aprovados (Eras) no Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) aumentou 38% entre dezembro de 2010 e o mesmo período de 2009, quando estavam registradas apenas 304 fazendas.
Dados da Superintendência Estadual do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que o Estado ainda não conseguiu recuperar o número de unidades aptas a atender este mercado existentes antes da suspensão das exportações ao bloco econômico, em fevereiro de 2008, e que exigiu mudanças nos sistemas de produção brasileiro.
Para o superintendente regional do Mapa, Chico Costa, Mato Grosso tem condições para alcançar esse número. Ele explica que os preços da arroba direcionada para o mercado europeu agradam a maioria dos produtores. "Com as vantagens muitos pecuaristas deverão passar pela vistoria". Já o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, afirma que a burocracia e alguns problemas pontuais impedem que muitos produtores façam parte dos exportadores ao bloco europeu.
Entre os impasses, o setor produtivo reclama da falta de prerrogativa para informar às autoridades do interesse ou não de que o animal seja destinado para o mercado da União Europeia. "Hoje o produtor faz um investimento alto para cumprir normas rígidas impostas pelo mercado europeu e participar da seleta lista de Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov (Eras). Porém, os frigoríficos, em sua grande maioria, não pagam o chamado ágil por esse investimento, que deveria ser de no mínimo 10% para compensar".
Para isso, a entidade encaminhou ofício ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), solicitando a criação de um mecanismo para que o produtor tenha a opção de escolher se a o seu gado será exportado para o bloco europeu. Para a Acrimat, o produtor se sente lesado e injustiçado por arcar sozinho com todo investimento.
Segundo o presidente do Indea, Valney Souza Corrêa, a solicitação da Acrimat foi encaminhada para a área técnica. "Após a análise, faremos uma reunião com o Mapa para termos um posicionamento". Conforme ele, ainda não é possível saber se os produtores serão atendidos, mas acrescenta que essa medida já atende os produtores de Mato Grosso do Sul e Goiás.

FONTE: AGRONOTICIAS

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