terça-feira, 14 de junho de 2011

Cardiologista diz que carne é insubstituível para o desenvolvimento e a saúde humana

“Para ser vegetariano, tem de ser rico e nutricionista”. A frase é uma pequena provocação de um dos mais renomados cardiologistas brasileiros, Daniel Magnoni, chefe do Serviço de Nutrição e Nutrologia Clínica do Hospital do Coração (HCor-SP), que vem a Salvador no próximo dia 17 de junho para participar do 1º Encontro Baiano sobre Abate e Comércio Ilegal de Carnes. O evento, que tem à frente o Ministério Público Estadual e o apoio do Sindicato das Indústrias de Carne do Estado da Bahia (Sincar), tem como público-alvo promotores públicos especializados em Saúde, em Justiça e em Meio Ambiente, além de agentes fiscalizadores, gestores estaduais e municipais, indústria de frigoríficos, dentre outros, e acontecerá no Fiesta Convention Center, das 9h às 18h.


Na palestra que irá proferir, intitulada “Carne – Um excelente alimento”, o médico joga por terra a fama de vilã que a proteína animal vem ganhando mais fortemente nos últimos anos. “A carne é fundamental para o crescimento das crianças e para manter a saúde dos adultos. A chave para o consumo correto está nas quantidades”, ensina o cardiologista. “Nossos antepassados quando matavam um boi, tinham de comer tudo, ou salgar, pois não possuíam geladeira. Em compensação, faziam longas jornadas a pé. Hoje o sujeito vai para um rodízio e come um quilo só de picanha, sem falar no bufê e na sobremesa”, compara.


A quantidade recomendada pelo dr Magnoni é de 100 gramas ao dia, o equivalente a um bife pequeno. Segundo o médico, essa quantidade garante uma excelente dose de nutrientes como o zinco, as vitaminas do complexo B e o ferro. “Substituir um bife por vegetais exige investimentos altos e muito conhecimento, o que raramente acontece por quem faz essa opção”, diz o médico. Outro mito que ele combate é que a carne causa envelhecimento. “Na quantidade correta e como parte de uma dieta balanceada, isso não acontece”, garante. Sobre a gordurinha da picanha, paixão de muitos brasileiros, o médico flexibiliza. “De vez em quando, e com moderação, não tem problema”, ensina.



Catarina Guedes

Imprensa Sincar

catarinaguedes@agripress.com.br


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