domingo, 12 de junho de 2011

Congresso da Carne fortalece os elos da cadeia produtiva


O fortalecimento da cadeia produtiva da carne está relacionado ao investimento de todos os elos na difusão de conceitos como o de que o produto é a mais completa fonte de proteína da alimentação humana e que pode chegar à mesa do consumidor com o selo da sustentabilidade. O mercado está cada vez mais aberto para a carne brasileira e a variedade e qualidade da pecuária nacional a torna apta a atender às variações exigidas pelo mercado.

Esses foram alguns dos temas que deram o tom do debate durante o Congresso Internacional da Carne, realizado pela Federação da Agriculutura e Pecuária de MS (Famasul) nesta quarta e quinta-feira em Campo Grande, MS. O evento teve seis painéis abordando os temas mais atuais do setor no momento, compostos por 32 palestras e mesas-redondas, sendo que 11 delas ministradas por palestrantes de outros países. O congresso teve 1,4 mil participantes de 19 estados e de 11 países.

As discussões valorizaram o trabalho de pesquisa, em especial no Brasil e da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), responsáveis pelos bons índices da pecuária nacional. Com elevado nível técnico, as palestras trouxeram perspectivas como o desenvolvimento de animais mais robustos, com carcaças mais aprimoradas, o que aumentaria a produtividade e conseqüente oferta de carne sem comprometer a sustentabilidade.

Além da carne bovina, o evento trouxe também debates sobre o rebanho suíno e ovino. “O futuro da suinocultura brasileira já começou”, afirmou o diretor da Associação Brasileira de Criadores de Suíno (ABCS), Fabiano Coser. O especialista fez uma exposição baseada em dados econômicos avaliando o crescimento e as boas perspectivas para o setor suíno nos próximos anos. “Até 2025 o brasileiro vai aumentar 20 kg por ano/per capita de consumo de carnes. E a suinocultura também quer um pedaço dessa fatia”, analisou.

Os dois dias de evento reuniram especialistas de todas as áreas da cadeia da carne, desde produtores, setor de insumo, indústria e setor público. Entre eles, o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pratini de Moraes. O ex-ministro foi contundente ao defender a legislação ambiental que está sendo analisada no Congresso Nacional. “Não podemos deixar quem é de fora colocar regras no nosso País”, disse, qualificando como exagero algumas conotações que vem sendo dadas à nova legislação.

Sobre o novo Código Florestal, o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, destacou que o Brasil tem sim lições a dar ao mundo, porque mantém 62% de sua cobertura vegetal preservada. “O novo Código Florestal também não prevê novos desmatamentos e não anistia produtores como se tem dito, mas respeita o processo histórico de consolidação das atividades agropecuárias em nosso País”.

Durante sua palestra, a senadora Kátia Abreu apresentou dados atualizados referentes ao cenário do agronegócio. “O agronegócio representa 23% do PIB nacional e quase 40% da exportação brasileira. Se não fosse o agronegócio, 40% da balança comercial estaria negativa” afirmou.

O congresso trouxe ainda o especialista em carnes, Marcelo ‘Bolinha’, que deixou a todos os participantes impressionados com sua demonstração prática de que “não existe carne de segunda”. Com uma habilidade impressionante, Bolinha deu um show na vitrine da carne, desossando animais em frente ao público, transformando as peças em espetos de primeira.

O Congresso Internacional da Carne é uma realização do International Meat Secretariat (IMS/Opic) em conjunto com a Famasul. O evento tem o apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS (Senar/MS), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de MS (Sebrae), Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural – FUNAR, Fórum Permanente da Pecuária de Corte da CNA e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), conta com o patrocínio da John Deere, Marfrig, AllFlex, Safe Trace, Valefert e Banco do Brasil e o apoio do Convention Visitor Bureau.
As informações são da Sato Comunicação

FONTE: Agrolink

Nenhum comentário: