segunda-feira, 4 de julho de 2011

Confira a entrevista com Renata Fernandes - Analista da Mesa de Boi da Indusval Corretora

Boi: Vendas de carne ficam abaixo da expectativa neste final de semana. Movimento reflete troca de proteína por parte do consumidor que encontra nas carnes de frango e suínos, preços mais atrativos.




Até o momento, as vendas de carne contrariaram a tendência de avanço com o início de mês e ficaram abaixo das expectativas neste final de semana. Na semana passada houve reação dos preços, o boi casado saiu dos patamares de R$ 5,70 para R$6,00 (/@) mas, não sustentou. Hoje os preços do boi casado giram em torno de R$ 5,90/@. "Já existe uma ligeira pressão de carne no início de mês. Coisa que não é muito esperado", diz a analista da Indusval Corretora, Renata Fernandes, explicando que este cenário ainda pode ser revertido com o maior poder de compra dos consumidores na medida em que ocorrem os recebimentos de salários. A oferta segue curta com a aproximação do período de entressafra, mas ainda há uma pressão climática forte, que poderá indicar qual o tamanho do volume de boi de pasto. "Eu acredito em mais uns 10 dias para a gente sentir esse fim de safra", diz.

Renata acredita que um dos fatores que não impulsionam o consumo atualmente são os altos preços da carne bovina praticados no mercado. Para ela, o movimento reflete troca de proteína por parte do consumidor que encontra nas carnes de frango e suínos, preços mais atrativos.

Os dados da Secretaria do Comércio Exterior- SECEX mostram que houve um aumento de 20% no volume das embarcações em maio. "Isso é muito positivo, porque havia uma expectativa de aumento de sobra de carne no mercado interno. Esse aumento ainda não é o esperado de crescimento de exportação, mas, é um momento que pode a ajudar a regular esses estoques", explica. Ao longo desta semana, o mercado já deve estar mais posicionado em relação à demanda por carnes. Se os patamares de exportação forem mantidos para o mês de julho, os preços poderão se manter firmes.


Diante dessas sinalizações de oferta e demanda, preços mercado físico seguem estáveis. Em São Paulo, existe um movimento de pressão por parte dos frigoríficos, que não estão dispostos a pagarem os valores praticados na semana passada. "Ainda pressionam porque sabem que esse é um momento ainda de aparecer oferta", diz. O Mercado futuro trabalha de lado e a tendência é de que os preços permaneçam nos mesmos patamamres atuais, em torno de R$ 104,00/@.

FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

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