sábado, 16 de abril de 2011

FEIRA DE TERNEIROS

Feira oficial de terneiros e terneiras de São Francisco de Assis - RS
Realizada em 15.04.2011

Vendidos 4.556 animais
Média dos Machos R$ 3,87
Média das Fêmeas R$ 3,35

FONTE: GUARANY REMATES

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Gado em pé: Governo do Paraná negocia exportação de bovinos para o Irã


Envio inicial pode chegar a mais de 200 mil cabeças por ano


O governador Beto Richa reuniu-se hoje (15), em Londrina, com o embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, para discutir parcerias econômicas, entre elas um acordo para exportação de gado vivo paranaense para o país do Oriente Médio. As informações são do governo paranaense.
Um projeto de cooperação técnica foi entregue ao governador pelo presidente da Associação Nacional de Produtores de Bovino de Corte (ANPBC), José Antonio Fontes. A intenção do grupo é que o governo estadual fomente o desenvolvimento da infraestrutura do Paraná para viabilizar o envio inicial de mais de 200 mil cabeças de gado por ano.
O encontro foi realizado no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina, após o governador realizar audiência pública com os secretários de Estado e entidades representativas da sociedade civil.
O Irã foi em 2010 o segundo maior importador de carne bovina congelada do Brasil, movimentando mais de U$ 850 milhões. Por razões culturais e religiosas, o país tem preferência por importar bois vivos para que o abate seja realizado na região.
O potencial de consumo da carne bovina nos países com cultura semelhante é de 500 mil toneladas. Outro ponto importante do Irã é a localização estratégica para a exportação para países vizinhos.
Segundo José Antonio Fontes, o objetivo é realizar um acordo oficial com o Irã para que o Paraná seja o fornecedor exclusivo. Para isso, é fundamental a parceria do governo do Estado para desenvolver a infraestrutura do Porto de Paranaguá e das rodovias da região.
"Somos o único Estado da federação que tem a capacidade de atender toda a demanda do Irã. O acordo trará grandes benefícios econômicos para o Paraná", disse o presidente. Ele afirma que a ANPBC pretende exportar inicialmente mais de 50 mil toneladas de carne fresca para o Irã. E a meta final a ser atingida é 500 mil toneladas

FONTE : DBO

PELOTAS-RS .Muita qualidade em um só lugar!



FONTE: ESTÂNCIA DA GRUTA

BOI GORDO - Confira a entrevista com Élio Micheloni Jr. - Analista de Mercado - Icap corretora

Boi Gordo: mercado encerra a semana com preços estáveis, boa demanda e xpectativa de melhora no curto prazo. Agenda de escalas se alongam com dias a menos de abate na próxima semana devido ao feriado. Dia 25 haverá necessidade de compras.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

PREÇOS DE GADO NA ARGENTINA - Esta semana se comercializaron menos de 24.000 cabezas en el Mercado de Liniers

Se trata de una cifra inferior a la registrada la semana pasada cuando se vendieron 26.103 animales en la plaza porteña. El ternero se negoció hoy a un precio promedio de 9,79 $/kg y un máximo de 11,00 $/kg.

Esta semana se comercializaron menos de 24.000 cabezas en el Mercado de Liniers


En la jornada de hoy viernes se comercializaron 6128 cabezas en el Mercado de Liniers, una cifra inferior a la registrada el mismo día de la semana pasada cuando se vendieron 5253 animales.

En tanto, en el transcurso de la presente semana se registró un total de ventas por 23.728 animales en la plaza porteña, mientras que la semana anterior se vendieron 26.103.

La categoría con mayor volumen de operaciones hoy fue el ternero con 1267 ejemplares comercializados registrando un precio promedio de 9,79 $/kg (9,45 $/kg el miércoles pasado) y un máximo de 11,00 $/kg (11,15 $/kg).

La vaca conserva buena (195 cabezas) registró un valor medio de 4,48 $/kg (4,45 $/kg), mientras que la vaca conserva inferior (156 cabezas) se negoció a 3,99 $/kg (3,33 $/kg).

En lo que respecta a la hacienda liviana, los novillitos buenos de 351/390 kilos (650 cabezas) registraron un precio promedio de 9,29 $/kg (9,33 $/kg) y un tope de 10,70 $/kg (10,80 $/kg). Mientras que los novillitos buenos de 391/430 kilos (788 cabezas) recibieron un valor medio de 8,71 $/kg (8,82 $/kg) con un máximo de 10,16 $/kg (10,50 $/kg).

Por su parte, la vaca buena (1169 cabezas) recibió un precio promedio de 5,52 $/kg (5,73 $/kg) alcanzando un tope de 7,50 $/kg (8,50 $/kg).

FONTE: INFOCAMPO

R$ 1,00 = $2.583 PESOS ARGENTINOS

Angus ganha espaço no Paraná


Ponto de abate mais cedo, carne de qualidade superior e garantia de liquidez maior da raça atraem pecuaristas

A cada ano, a raça Angus ganha mais espaço no Paraná. Suas características peculiares têm agradado não só o paladar do consumidor, mas também o pecuarista que usufrui do alto índice de liquidez. Nos últimos cinco anos, a Angus cresceu 192% no mercado de inseminação do País. Em 2010, a venda de sêmen da raça atingiu 1,8 milhão de doses, ocupando 30% do mercado total de sêmen de gado de corte do Brasil.

A Angus é a principal raça criada nos países produtores de carne de qualidade, como Estados Unidos, Argentina, Austrália e Uruguai. Os animais entraram no Brasil em 1906, por meio de criadores gaúchos. Há aproximadamente três décadas, a raça começou a se espalhar pelo País, tanto com animais puros quanto os resultantes de cruzamentos industriais, estratégia que se fortaleceu nos últimos anos.

De acordo com Fábio Schuler Medeiros, médico veterinário do Programa Carne Angus, a fusão é interessante porque a raça tem uma característica de qualidade superior às demais e que agrega, tanto no cruzamento com os zebuínos quanto com os taurinos, uma melhora na terminação desses aninais. Eles chegam ao ponto de abate mais jovens, produzem carcaças mais gordas e têm maior deposição de gordura intramuscular - o chamado marmoreio -, que confere mais maciez à carne.

Por essas características de qualidade de carne e por complementar tão bem o zebuíno e as raças taurinas continentais - o que acontece no Paraná -, a Angus hoje é a segunda raça bovina mais criada no Brasil, ficando atrás apenas da Nelore, que representa a maioria do rebanho nacional. ''Os 30% ocupados pela Angus no mercado de inseminação e o crescimento sustentado ao longo de tantos anos dão a segurança de afirmar que o produtor está tendo benefícios com a raça'', observa Medeiros. O Paraná, segundo ele, tem condições de clima, de solo e de alimentação perfeitos para a criação da raça.

Nas regiões quentes do Brasil predominam os zebus porque são animais resistentes ao calor e a parasitas, no entanto, eles são deficientes na qualidade da carne e deposição de gordura. O Angus entra no cruzamento com o zebu agregando, sobretudo, a facilidade de terminação dos animais e qualidade de carne.

Por ser proveniente da Europa, onde o clima é mais frio, a Angus tende a se adaptar a temperaturas mais amenas, enquanto o zebuíno, oriundo da Ásia, a ambientes mais quentes. ''Já temos registro de Angus em estados que têm temperaturas mais elevadas como o Pará, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte. Queremos mostrar que eles se adaptam a regiões mais quentes'', relata Flávio Montenegro Alves, criador da raça no Rio Grande do Sul e técnico da Associação Brasileira de Angus (ABA).

A fêmea meio sangue, segundo o médico veterinário Antônio Francisco Chaves Neves, técnico da Associação, é um excelente animal para a cria por ser mais precoce. ''Conseguimos emprenhá-la de seis a oito meses antes com uma matriz zebu e, consequentemente, adiantamos o bezerro que vai nascer na próxima geração. Economicamente é uma raça muito viável'', atesta.

FONTE: folhaweb
Autor: Aline Vilalva

RS: Núcleos Regionais Hereford e Braford implantam Projeto Terneiro Pampa Certificado no Estado


A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), com o apoio de seus Núcleos Regionais, impulsiona o Programa Carne Certificada Pampa® através da certificação de terneiros, nas feiras oficiais do Rio Grande do Sul, com o Projeto Terneiro Pampa Certificado. O projeto piloto visa à difusão e valorização dos terneiros e terneiras de genética Hereford e Braford, identificando os animais comercializados em feiras oficiais e que estejam aptos a participarem do Programa Carne Certificada Pampa®. Com isso, vai se agregar mais valor aos animais HB e suas cruzas.

Os lotes serão revisados e avaliados pelo técnicos, credenciados do Programa Gado Pampa Certificado da ABHB, nas mangueiras do local de remate onde estarão sendo realizadas as feiras oficiais. Os aptos receberão o brinco (Cp) de identificação do Programa, que garante o enquadramento automático numa das formas de remuneração bonificada nas quatro plantas do Frigorífico Marfrig (Alegrete, Bagé, Capão do Leão e São Gabriel), no Rio Grande do Sul, e no Frigorífico Silva em Santa Maria (RS). (www.carnepampa.com.br)

Para operacionalizar o Projeto, os Núcleos Regionais da ABHB irão desenvolver diversas ações de fomento e incentivo ao produtor de terneiros, como premiações e doações de brincos identificadores, isenção ou desconto no serviço de certificação, divulgação das vantagens da aquisição de animais identificados, palestras informativas sobre o funcionamento do programa de certificação de animais na propriedade (Gado Pampa) e do Programa Carne Certificada Pampa® e divulgação na mídia.

O Núcleo Gabrielense de Criadores de Hereford e Braford (NGHB), em parceria com o Sindicato Rural de Lavras do Sul, espera alcançar a marca de mil terneiros (as) certificados. “Esse projeto nasceu como uma forma de desenvolver atividades de fomento na produção das raças Hereford e Braford nos municípios da região de abrangência do NGHB - Lavras do Sul, São Sepé, Caçapava do Sul, Santa Maria, Santa Margarida e Vila Nova” explica o presidente do Núcleo Gabrielense, Joaquim Hernadez Filho. “Com isso, estamos dando incentivo ao produtor de terneiros e gerando mais animais aptos ao Programa Carne Certificada Pampa®” conclui Joaquim.

Em Livramento, haverá nos dias 26 e 29 de abril o Remate Britânicos de Livramento, onde o Núcleo do Pampa Gaúcho estará certificando cerca de 1,4 mil terneiros e terneiras Hereford e Braford. Para o presidente do Núcleo, Eduardo Soares, “esta é uma forma de fecharmos o ciclo e garantirmos bom material para o Programa de carne da Associação. Temos interesse que daqui para frente só entrem terneiros certificados em nossas feiras.” Nos remates de outono serão ofertados, no dia 26 de abril, somente machos, e no dia 29 somente fêmeas.

“O Projeto Terneiro Pampa Certificado surgiu de uma demanda e proposição dos Núcleos Regionais. Eles irão promover as ações para difundir o projeto”, explica o presidente da ABHB, Fernando Lopa. ”O interessante é que contamos com a estrutura sanitária e zootécnica, que a promoção de uma feira oficial exige dos Sindicatos Rurais para colocar a venda os animais, e, em um só lugar, poderemos avaliar e identificar um grande número de animais dentro dos rigorosos padrões de qualidade e sanidade do nosso programa”, completa Lopa.

A 1ª Feira oficial a apresentar os terneiros já identificados pelo programa será a de Santa Vitória do Palmar, em 16 de abril, onde o Núcleo Fronteira Sul promoverá palestras e certificará cerca de 500 animais. Estão previstas ações também em Alegrete e Bagé.

A ABHB informa que a ideia é abranger futuramente todos os produtores e compradores de terneiros Hereford e Braford em feiras oficiais no Rio Grande do Sul e que os sindicatos rurais, que promovem feiras oficiais, possam entrar em contato com a ABHB ou um de seus núcleos regionais para implantar ações do Projeto Terneiro Pampa Certificado e agregar mais valor ao seu evento.

Fonte: Associação Brasileira de Hereford e Braford

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Venda em Livramento/RS


Em cinco horas de leilão, o remate Terneirada de Livramento movimentou R$ 925.615,00 com a venda de 1.290 animais na segunda-feira. As terneiras saíram por R$ 516,00; os terneiros, por R$ 541,00, e as vaquilhonas de sobre ano, por R$ 931,00.

FONTE: Correio do Povo

BOI GORDO - Confira a entrevista com Renata Fernandes - Analista da Mesa de Boi da Indusval Corretora



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Frigorífico Aliança tem falência decretada no RS

Empresa não teve condições de cumprir plano de recuperação judicial
O Frigorífico Aliança teve sua falência decretada na terça-feira, em Farroupilha, no Rio Grande do Sul. O administrador judicial nomeado, advogado Fabrício Nedel Scalzilli, postulou a decretação da falência em razão de a empresa não ter comprovado a possibilidade de cumprir o plano de recuperação judicial.

Scalzilli diz que a empresa chegou a abater mensalmente 3 mil bovinos e 3,5 mil suínos, com faturamento de R$ 3,5 milhões.Tinha cerca de 120 funcionários.

FONTE: ZERO HORA

Como anda o mercado do boi no curto-prazo

O mercado segue com baixo volume de negócios, já não é novidade. De um lado, a oferta de animais terminados está muito pequena. Do outro, a indústria não se vê motivada a pagar maiores valores pela arroba, apesar de trabalhar com escalas curtas. Ocorre que o escoamento de carne não tem se dado facilmente.

Em São Paulo, as escalas seguem diminuídas, com falhas e saltos, mas o feriado poderá ajudar a criar uma impressão falsa de programações mais longas. De toda forma, na maioria dos casos, elas ainda estão para os dias 18 e 19.

No Mato Grosso do Sul, importante praça pecuária, as programações são iguais, com uma diferença: boa parte das unidades pulará o sábado.

As escalas mais longas foram registradas em Goiás, região de Goiânia (dia 20). Lá a pressão é um pouco maior, mas apesar disso, os preços permanecem estáveis.

A volta do feriado possivelmente trará escalas ainda mais curtas, devido à baixa movimentação (em alguns casos, chega a ser nula) que é registrada em dias festivos.

Já a carne no atacado segue estável. A primeira quinzena do mês tem sido suficiente apenas para manter os preços estáveis, mas não estimulou reação como ocorreu no mesmo período do mês passado.

Com o feriado e com a pouca oferta, entretanto, os estoques poderão enxugar um pouco e a segunda quinzena poderá contar com um fator de suporte adicional. A tentativa da indústria neste momento, foca em não deixar os preços da arroba reagirem nesta primeira quinzena, já que tem sido difícil precificar a carne acima dos patamares atuais.

E para quem gosta de gráficos, o BGIV11 (out/11) finalmente pegou um pouco de volume e rompeu sua LTB (linha de tendência de baixa), recuperando a primeira retração de Fibonacci, o que deixa o cenário positivo para o vencimento.

A contagem de Elliott tem se confirmado e indica o início de uma onda 5 que pode se desconfigurar caso o mercado recue e perca os 102,80. Outro indicador de que a contagem está correta é a divergência altista de IFR (índice de força relativa) e do MACD (usando-se histograma das diferenças), além do volume recorde de negócios registrado ontem no gráfico diário. Caso consiga romper os 106,40, poderá buscar o topo, nos 107,66.

O cenário, portanto, é de preços levemente sustentados pela baixa oferta, mas sem expectativa de altas fortes, apenas lateralidade enquanto a demanda permanece fraca.

FONTE: WWW.AGROBLOG.COM.BR / AUTOR LYGIA PIMENTEL

BOI/CEPEA: Carne valoriza, mas negociações seguem lentas

Os preços da carne no atacado da Grande São Paulo aumentaram nos últimos dias, segundo levantamentos do Cepea. Entre 6 e 13 de abril, a carcaça casada de boi valorizou 0,78%, fechando a R$ 6,48/kg nessa quarta-feira, 13. Segundo colaboradores do Cepea, as altas nos preços da carne nos últimos dias se devem ao repasse dos elevados patamares da arroba para a carne. Apesar disso, representantes de frigoríficos continuam alegando que as vendas de carne estão lentas no atacado. Quanto à arroba, de 6 a 13 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa teve ligeira baixa de 0,12%, indo para R$ 104,06 na quarta.
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

Custos da sede


Maurício Palma Nogueira, eng. agrônomo e diretor da Bigma Consultoria
mauricio@bigma.com.br
Reprodução permitida desde que citada a fonte


Por diversas vezes, realizamos análises de custos em empresas agropecuárias que têm grandes casas sedes de alto padrão.

Quando se constata custos além da medida e resultados insatisfatórios em fazendas com essa característica é frequente os técnicos culparem os elevados custos da sede. Normalmente se diz:

- Como a empresa pode dar resultado com essa sede?
- Olha o tamanho e os gastos daquela sede!
- Para que manter uma mansão na fazenda?
- É muito custo para a empresa bancar!

De fato, uma sede de alto padrão consome muitos recursos.

Há casos de fazendas cuja folha de pagamento da sede supera a folha de pagamento com o pessoal envolvido com a produção da fazenda.

Além dos custos da manutenção, há de se considerar o investimento na construção das benfeitorias que compõem a sede, normalmente, elevados. Na área rural, dificilmente se recupera este dinheiro, que deve ser depreciado originando custos. Investimento equivalente no meio urbano é passível de recuperação e até de valorização imobiliária.

Então, manter uma sede de alto padrão aumenta os custos da fazenda?

Não! A sede de alto padrão aumenta os custos de vida do proprietário da fazenda, mas não os custos de produção.

Se o plano de contas for bem elaborado e identificar o destino dos recursos, é fácil separar o que foi para a sede e o que foi para a fazenda.

Um plano de contas bem construído permite distinguir com clareza o resultado proporcionado pela fração produtiva da fazenda e identificar quanto custa a sede.

Ninguém constrói uma casa de alto padrão dentro de uma indústria de autopeças, por exemplo, mas certamente o industrial, dono dessa fábrica hipotética, possui uma casa de alto padrão. Ele não mistura as coisas.

A casa do industrial urbano é despesa pessoal, faz parte de seu custo de vida. O empresário não deve incluir sua casa no custo da empresa. O seu pro labore, ou o seu lucro, devem ser suficientes para manter seu padrão de vida.

Uma sede de alto padrão aumenta os custos de vida do empresário e não os custos operacionais da fazenda. Por isso não se deve avaliar o resultado do empreendimento somando o custo da sede, como se fosse da fazenda.

Mesmo que o empresário decida que a fazenda deve pagar as contas da sede – o que é justo – essa decisão deve estar devidamente apontada no plano de contas.

E a decisão de incorporar as despesas de uma sede de qualquer padrão de construção aos custos operacionais da fazenda é do empresário; foge às atribuições de um técnico ou consultor. É até indelicado discutir o mérito dessa questão.

Nesse sentido, uma sede de alto padrão, faz parte do lucro ou do pro labore, que o empresário resolveu transformar em uma casa confortável.

Por que o assunto é importante? Pela simples razão de que o conceito não interfira no diagnóstico do resultado da empresa. As vezes o negócio é lucrativo, mas o custo de vida do proprietário consome boa parcela ou até mais do lucro daquele negócio.

Ao técnico cabe identificar este comportamento de resultados e custos da sede. Mas suas recomendações restringem-se apenas à produção da empresa. Não cabe ao técnico palpitar sobre os gastos pessoais do empresário.

Agindo dessa forma, técnico, equipe e empresários mantém o foco no campo, na rotina operacional, na estratégia adotada, e na forma de gerenciamento. É aí que as decisões precisam ser implementadas.

Mesmo no caso de que a sede ou retirada do empresário supere o lucro e a capacidade de pagar o pro labore, o desafio da intervenção de um técnico é fazer com que os resultados melhores, adaptando a empresa às pretensões do empresário, e não o contrário.

O negócio é focar na gestão e dar solução aos problemas.

FONTE: BIGMA CONSULTORIA

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Reeleição na Cooperbúfalo



O criador de búfalos e empresário Júlio Ketzer foi reeleito presidente da Cooperbúfalo e cumprirá mais dois anos de mandato à frente da associação
Este será o terceiro mandato consecutivo do dirigente, que já planeja ampliar o consumo de carne de búfalo do Rio Grande do Sul e também fechar novas parcerias para fornecer a linha de queijos com o propósito de atender a crescente demanda.
A primeira medida do dirigente é ampliar o fornecimento de carne para toda a rede de supermercados Zaffari/Bourbon, sendo que dez lojas da rede já recebem o produto da cooperativa. Outra ação será concretizada nos próximos meses, quando a Cooperbúfalo fechar a parceria com uma rede de restaurantes de Porto Alegre para o fornecimento de carne.
O consumo da carne de búfalo vem aumentando a cada ano, visto que as propriedades em relação à carne bovina demonstram que o produto tem 40% menos de colesterol, 12 vezes menos gordura, 55% menos calorias, 11% mais proteínas e 10% mais de minerais

FONTE: DBO

Supermercadistas podem entrar na Justiça contra portaria que limita entrada de carne com osso no RS

Associação Gaúcha dos Supermercados não descarta aumento de preços ao consumidor durante a Páscoa
Nestor Tipa Júnior | Porto Alegre (RS)
A Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas) espera até esta segunda, dia 18, a revogação, pelo governo do Rio Grande do Sul, da portaria que limita o ingresso de carne bovina com osso no Estado. Os supermercadistas alegam que em datas festivas, como a Páscoa, cerca de 70% da costela de gado consumida é oriunda de outras regiões. Após a data, a entidade vai orientar os associados a ingressarem na Justiça, solicitando o direito de adquirir a carne com osso diretamente de outros lugares.

O presidente da Agas acredita que esta ação se trata de uma reserva de mercado e que a decisão não reconhece o Ministério da Agricultura como maior órgão fiscalizador. Antônio Cesa Longo não descarta aumento de preços ao consumidor.

— Cerca de 60% a 70% desse produto nessa época do ano vem de outros Estados. Com certeza teremos um reajuste de preços se não for revogada esta portaria, e os gaúchos estarão pagando a costela mais cara durante as datas festivas — frisa.

A assessoria da secretaria da Agricultura do Estado informou que o secretário Luiz Fernando Mainardi foi surpreendido pela nota da Agas. Afirma ainda que o governo gaúcho não foi procurada pelo setor para debater a portaria. A medida foi tomada atendendo um pedido do setor produtivo e indústrias e, segundo assessoria, a portaria está mantida.

O texto, publicado no Diário Oficial do Estado no final de março, revoga decisão tomada em dezembro de 2010 que permitia a compra desse produto de outras regiões do país.

FONTE: RÁDIO GAÚCHA

Margem dos frigoríficos respira nas primeiras semanas de abril

Considerando a média de 2011, o Equivalente Scot Desossa, que avalia a receita dos frigoríficos com a carne desossada, derivados, miúdos e subprodutos, está em R$117,95/@, ante R$104,60/@ no mesmo período de 2010.

Contudo, o aumento na receita não significou melhor momento para os frigoríficos em 2011, pois os preços médios registrados para a arroba de boi gordo em 2011 e 2010 foram, respectivamente, R$102,70/@ e R$87,15/@.

Assim, enquanto em 2010 a margem foi de 20%, em 2011 está em 14,8%.

No entanto, observe na figura 1 que a margem de comercialização da indústria melhorou nos últimos dias. Veja a figura 1.


Enquanto nas últimas semanas a receita com a venda dos produtos se manteve praticamente estável, a arroba do boi teve ligeira queda.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

Mercosul exporta menos e come mais carne


O Mercosul está exportando menos carne, enquanto o consumo do produto tem aumentado. Na Argentina, no Brasil e no Uruguai, o consumo de carne está sustentado e os frigoríficos, em muitos casos, recebem preços mais altos em nível de abastecimento interno do que nos mercados internacionais.

A população do Uruguai passou do consumo de 47,6 quilos de carne bovina por habitante ao ano em 2005 para 62 quilos por habitante em 2010, para chegar a se converter no país com o consumo per capita mais alto do mundo. Na Argentina, o consumo estava aumentando até que houve uma redução do rebanho - que perdeu 12 milhões de bovinos em quatro anos - e durante vários anos, não consumirá mais de 50 quilos por habitante por ano, segundo analistas. Já o Brasil aumentou em três quilos o consumo de carne per capita e, em um país de 200 milhões de habitantes, esse aumento representa 600.000 toneladas.

"No Brasil e no Uruguai, com o câmbio valorizado e com economias que crescem, o consumo de carne se eleva", disse o consultor de carnes da Argentina, Ignacio Iriarte. A mesma visão é compartilhada pelo secretário executivo a Câmara da Indústria Frigorífica (CIF) uruguaia, Daniel Belerati. O empresário disse que essa tendência "se manterá, à medida que o Brasil mantenha sua atual política econômica".

"O alto preço do gado é observado no mercado local e parcialmente no mercado internacional. Muito lentamente, a combinação de gado escasso, consumo interno firme, crescimento do produto bruto por habitante e variação cambial, faz com que tanto o Brasil como o Uruguai sejam países que consomem mais carne internamente e exportam menos, tudo isso com valores recordes em termos de dólar", disse Iriarte.

Nesse sentido, Belerati recordou que os atuais valores da tonelada de carne bovina uruguaia "são muito parecidos aos que tinha em agosto de 2008 - um ano recorde para o setor local de carnes -, um mês antes de se desatar a crise econômica que afetou o mundo e que fez cair em 50% o valor da tonelada".

Iriarte disse que o mercado internacional, por mais que tenha uma demanda firme, "não pode pagar mais pela carne que produzimos". Segundo ele, "para chegar à mesa de um consumidor russo, da União Europeia (UE) ou de outras partes do mundo, há muitos gastos. Por isso, é muito mais interessante para os frigoríficos voltar os cortes ao mercado interno, porque esse paga bem".

Hoje, a carne uruguaia não tem um problema de mercado internacional, mas sim, ocorre o raro fenômeno de que muitos dos cortes tenham melhores preços no mercado interno. Para Iriarte, o Uruguai, com esses preços internos altos, em muitos cortes, está se auto-excluindo do mercado internacional quando baixa a demanda em um nicho pontual, porque "o mercado internacional não pode aguentar a brutal valorização do gado em todo o Mercosul".

O grande problema que o Uruguai tem hoje para aproveitar melhor as oportunidades de negócios no mercado mundial é que sua matéria-prima está cara porque falta gado, mas também porque há uma capacidade instalada que supera a oferta de gado.

Porém, no mercado internacional a carne uruguaia segue sendo valorizada. Em março, a carne bovina refrigerada chegou a valer US$ 5.919 por tonelada e esse é o segundo valor mais alto da história, porque o recorde foi de US$ 5.970 por tonelada.

A oferta de gado caiu e a maioria dos frigoríficos, por mais que algumas plantas tenham fechado temporariamente, segue lutando por gado para se manter aberto, operando. "Quando se gera um problema de matéria-prima, desestabiliza-se o mercado. A defasagem entre capacidade ociosa e oferta de gado disponível esteve em equilíbrio durante muitos anos e agora esse equilíbrio se perdeu", disse Iriarte. Isso faz com que, entre os frigoríficos, haja uma busca por cobrir seu ponto de equilíbrio e não perder mais dinheiro.

Essa competição está fazendo com que hoje a carne esteja quase no mesmo preço que nos Estados Unidos, porque os abates se mantêm altos e existe uma sobre-capacidade na indústria frigorífica instalada que aumentou mais com a abertura de nove plantas.

FONTE: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

AUSTRÁLIA - exportação de bovinos em pé recua em fevereiro


As exportações de bovinos vivos da Austrália durante fevereiro caíram em 25% com relação ao ano anterior, para 58.992 cabeças, de acordo com dados do Australian Bureau of Statistics, com os menores envios no mês atribuídos em grande parte aos importantes mercados da Indonésia (queda de 14%, para 40.130 cabeças) e Oriente Médio (queda de 43%, para 14.734 cabeças).

As exportações do Northern Territory no mês aumentaram em 143% com relação ao ano anterior, para 33.262 cabeças, o que ajudou a compensar parcialmente as grandes quedas em Western Austrália (queda de 58%, para 15.735 cabeças) e Queensland (queda de 59%, para 6.640 cabeças), que foram limitadas pelas enchentes e interrupções no transporte. As cotas para bovinos vivos exportados para a Indonésia continuam disponíveis, com mais 200.000 cabeças alocadas para o segundo trimestre do ano.

FONTE: Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Sudão vai importar genética bovina do Brasil

O país africano pretende também fazer intercâmbio técnico na área.

Acordo foi definido durante visita do ministro sudanês dos Recursos Animais e Pesca, Faisal Hassan Ibrahim.

Aurea Santos aurea.santos@anba.com.br

São Paulo – O Sudão vai importar material genético de gado zebu brasileiro. Além disso, vai enviar técnicos para serem treinados no Brasil na área de reprodução destes animais. As informações são do ministro sudanês dos Recursos Animais e Pesca, Faisal Hassan Ibrahim, e foram dadas à ANBA durante a visita de uma delegação do país africano à sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, realizada nesta quarta-feira (13).

“Visitamos dois centros de inseminação artificial, também visitamos várias fazendas, onde vimos o gado zebu brasileiro, especialmente o gado nelore. Eles fazem um grande trabalho de melhoramento da reprodução”, afirmou Ibrahim, ao anunciar parcerias com instituições nacionais.

“Foi muito interessante a visita à Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, na qual acertamos de melhorar a nossa relação bilateral com a entidade para melhorar o gado zebu no Sudão”, explicou. Segundo o ministro, técnicos sudaneses virão ao país receber treinamento nas áreas de reprodução, inseminação artificial e transferências de embriões. Profissionais brasileiros irão também ao país árabe para oferecer treinamento in loco para os sudaneses.

Na semana passada, Ibrahim já havia assinado um protocolo de intenções com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, conforme noticiado pela ANBA. De acordo com o ministro, este protocolo inclui cooperações nas áreas de transferência de tecnologia e capacitação.

Outra instituição visitada pela delegação de empresários liderada pelo ministro foi a unidade Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Convidamos [a Embrapa] para visitar o Sudão e assinar um protocolo de cooperação. Queremos parcerias nas áreas reprodução, genética, nutrição e todos os aspectos de melhoramento de reprodução”, detalhou Ibrahim. Ainda no ramo da pecuária, o ministro informou que foi assinado um acordo com uma empresa de sementes de pastagem para que elas sejam exportadas ao Sudão.

O ministro contou que também visitou fazendas de pesca e aquicultura. “Ficamos impressionados pela tecnologia que vimos. É muito simples e extremamente eficiente a tecnologia que os brasileiros estão usando na criação de tilápias”, destacou. “Neste momento, está ocorrendo uma reunião entre um dos investidores sudaneses e uma empresa brasileira para fazer uma joint-venture no Sudão, no campo de aquicultura, para produzir mais de um milhão de tilápias”, revelou.

Outras empresas visitadas pela delegação foram companhias de maquinário agrícola e de irrigação. Ibrahim destacou a importância de sua passagem pela Câmara Árabe, na qual a delegação foi recebida pelo secretário-geral da entidade, Michel Alaby. “Penso que a Câmara vai ser o ponto focal de todas estas atividades que estamos fazendo agora.
FONTE: ANBA

Vacinação contra febre aftosa é autorizada para os remates de outono no Rio Grande do Sul

A menos de duas semanas para o início das feiras de outono da Associação dos Núcleos de Produtores de Terneiros de Corte do Rio Grande do Sul (ANPTC-Sul), a estimativa é de que sejam vendidos mais de 10 mil animais em eventos realizados em seis municípios. A maior preocupação dos criadores é com a vacinação contra a febre aftosa.

Como o período de imunização se inicia em maio, para que os animais sejam transportados após a aplicação da vacina, a secretaria da Agricultura do Estado precisa liberar a compra antes do calendário de imunização. Neste ano, a autorização será emitida apenas na próxima sexta-feira. Para a participação nas feiras, os exemplares precisam ser vacinados contra a doença até 15 dias antes do deslocamento.

— No ano passado, a liberação foi feita nos primeiros dias de abril, mas poucos criadores aproveitaram o maior prazo — explicou o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da secretaria, Heraldo Marques.

Para quem participa dos eventos já na primeira semana de maio, o tempo de aplicação da vacina é curto. Segundo o presidente da associação, Max Soares Garcia, alguns criadores terão pouco tempo para imunizar o rebanho.

— Os expositores de São Sepé terão apenas um dia para a vacinação — aponta Garcia.

A obrigatoriedade da vacina contra a brucelose, aplicada apenas nas fêmeas até oito meses, foi dispensada nas feiras de outono. A justificativa da secretaria é a falta de estoque.

— Os laboratórios tiveram problemas no fornecimento do produto. Então, decidimos liberar para não prejudicar os negócios — aponta Marques, esclarecendo que o risco de contaminação é baixo, porque, de uma forma geral, as fêmeas dos rebanhos são vacinadas no período indicado.

As medidas apontam que a imunização do rebanho não deve interferir nas feiras. O clima entre os produtores é de otimismo e o crédito está garantido pelos bancos. A partir do dia 26, se iniciam os negócios em Cachoeira do Sul, e seguem em São Sepé, Pinheiro Machado, Caçapava do Sul, Santana da Boa Vista e Lavras do Sul. Mesmo com a seca, não haverá redução de oferta, apenas devem entrar em pista animais com um peso mais baixo. A associação estabeleceu o peso mínimo em 150 quilos.

FONTE: CANAL RURAL

BOI GORDO - Confira a entrevista com Lygia Pimentel - Especialista - XP Investimentos

Boi: compras de carne na segunda quinzena do mês, durante feriado prolongado, podem sustentar preços da arroba.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Por que os frigoríficos estão “quebrando”?

Publicado em 12/04/2011 por otaviojuliato

Esta pergunta já vem me intrigando faz algum tempo. Nos últimos 3 anos, pelo menos uma dúzia de grupos de portes médio e grande que atuam no setor carne bovina entraram com pedidos de recuperação judicial ou “RJ”, indicando que enfrentavam complicada situação financeira e impossibilidade de continuar com suas operações normalmente.

Não sou defensor da indústria frigorífica tampouco me posiciono aqui como representante de qualquer classe de pecuaristas, ruralistas ou qualquer coisa parecida.

Também não tenho intenção alguma de apontar defeitos, nem fazer prognósticos. Não sou especialista, analista, nem nada. Na verdade, sou um entusiasta da cadeia produtiva da carne bovina, admirador de sua complexidade e importância. O que quero mesmo é tentar entender os motivos e obter respostas para a pergunta acima. Queria tentar ir além da “versão oficial”, da “nota na imprensa” ou das explicações que toda “RJ” de frigorífico traz.

Os frigoríficos, como nós sabemos, sempre foram uma caixinha de surpresas no Brasil. O tradicional setor de abatedouros frigoríficos, que apesar do tamanho e importância que tem na economia brasileira, fora sempre tachado pela ilegalidade, informalidade, falta de transparência, amadorismo, etc. Há alguns anos passa por um agudo processo de profissionalização e este na minha opinião é o principal motivo que responde a pergunta que coloquei como título deste post. Vocês concordam?

Antes de analisar os argumentos das explicações oficiais usados pela maioria das empresas do setor para justificar a situação, vamos esclarecer alguns fatos.

Somos os maiores fornecedores de carne bovina de qualidade e barata do mundo. Temos, seguramente, os menores custos mundiais de produção de carne bovina da “porteira pra dentro”. Nosso mercado interno é enorme e apresenta um do maiores consumos per capita de carne bovina no planeta. Os parque industriais são em sua maioria modernos, os CDs bem alocados e a força de trabalho capacitada. As barreiras de entrada no negócio são altas e o governo está razoavelmente promovendo esforços através de desonerações fiscais e outros mecanismos para equilibrar as forças do setor.

Dito isso, podemos destacar nos próximos parágrafos, alguns pontos levantados por várias empresas do setor para justificar a situação financeira complicada em que se encontram. Apesar de não ter tido acesso a todos os comunicados, eles são quase que na totalidade, generalistas e não apontam motivos específicos, salvos alguns casos, como por exemplo o último que li do Frigorífico Mataboi, de Araguari, MG, que apontou o fechamento de uma linha de crédito em um banco particular como um dos motivos para escassez no seu capital de giro.

“O mercado é competitivo e pulverizado, as margens do setor são baixíssimas.” – Concordo. Tudo bem, tenta-se resolver isso com aumento de escala, o que na verdade é o que foi feito pela maioria dos grandes players do setor. Mas ainda assim, muitos deles tombaram.

“A oferta de gado para abate, de uns anos pra cá foi diminuindo consideravelmente.” – Também verdade. Os preços da @ do boi, por anos depreciada, levaram a substituição da pecuária pelo cultivo da cana-de-açucar em áreas tradicionais de engorda devido a rentabilidade mais elevada. E causaram também as migrações dos rebanhos para áreas periféricas, mais distantes dos mercados consumidores. Porém, as plantas industriais migraram juntamente com os rebanhos. É forte a presença de grandes grupos do setor em todos os pontos de grande concentração de rebanhos de engorda no país. É fato também que muitos se endividaram nesta corrida por ocupação territorial.

“Devido a última crise financeira mundial, o crédito, praticamente secou.” – Nas expansões de suas capacidades produtivas, mercados e busca por ocupação territorial, as empresas, quase todas muito alavancadas, esqueceram-se de incluir em seus planejamentos duas coisas. Primeira e óbvia, que a “fonte de recursos um dia poderia secar.” Como secou. E segundo, e a que acho particularmente mais grave, que os custos dos serviços das dívidas contraídas estavam acima da capacidade de suas operações comerciais suportarem. É notório que a atividade de abate de bovinos e venda de carne, simplesmente não fecha a conta, como vai suportar pagar juros pra isso ainda.

“Com a estratégia de apoiar a criação de corporações globais, o governo brasileiro, apoiou financeiramente, através de empréstimos subsidiados pelo seu banco de fomento, algumas empresas em detrimento a outras.” – Sim, isso de fato ocorreu fortemente. Grandes somas foram injetadas em alguma empresas do setor, com o objetivo de promover o crescimento das mesmas e torna-las grandes players mundiais no negócio da carne. Sob este ponto de vista, a estratégia deu certo, alguns frigoríficos brasileiros dominam a produção e os mercados mundiais de proteína animal. Vale ressaltar também que estes grupos estavam, do ponto de vista organizacional, maduros e muito bem preparados para suportar o crescimento e contaram também com outros mecanismos de funding, como a abertura de capital, além dos oficiais.

Não irei me alongar muito, mas, como se pode notar, as afirmações contidas nos comunicados tiveram impacto em todo o setor, não foram pontuais, nem localizadas neste ou naquele grupo. As empresas que estavam mais expostas sofreram mais rapidamente e de forma mais aguda, outras sofreram de forma moderada e algumas ainda estão sofrendo. Eu ainda acho bem provável que a lista de empresas do setor envolvidas em recuperações judiciais vai crescer, daqui a pouco, os frigoríficos menores e de nichos específicos talvez comecem a ocupar vagas nesta lista.

O fato é que, como escrevi no inicio do texto, o setor atravessa uma fase de reestruturação e profissionalização. Talvez parecido com o que alguns setores da indústria brasileira passaram há algumas décadas atrás. Isso é um movimento sem volta, uma seleção natural de empresas e organizações. É por isso que volto a afirmar, que, para mim, apesar de todos os pontos citados acima como responsáveis pelos problemas financeiros das empresas, o maior motivador foi a má-gestão. Isso fez e faz a diferença. Eu disse má-gestão e não má-fé. Os grupos do setor que estão envolvidos em recuperações judiciais sempre foram tradicionais e tem históricos muito positivos de anos e anos no negócio da carne. Com certeza irão se recuperar e voltar as atividades assim que for possível. A lição que fica, ao meu ver, é que agora deverão entrar mais preparados, para uma nova realidade, que veio para ficar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Boi Gordo: Apesar da baixa oferta, houve recuo no preço referência em São Paulo

Apesar da oferta modesta, houve recuo no preço referência em São Paulo. O valor à vista caiu R$0,50/@. Os negócios ocorrem em R$101,00/@, à vista e R$102,50/@, a prazo, livre de imposto.

As escalas atendem de 3 a 4 dias, na maioria dos casos. Ligeira melhora em relação ao cenário de ontem.

O preço do boi gordo também caiu no Norte do Mato Grosso, onde a arroba está cotada em R$89,00, à vista, livre de imposto.

Houve reajuste em cinco praças.

No Sul de Minas, após a valorização de R$1,00/@, a arroba do boi gordo está valendo R$96,00, a prazo, livre de funrural.

O preço também subiu no Sul da Bahia, em Redenção-PA, no Norte do Tocantins e no Espírito Santo.

No mercado atacadista com osso houve recuo na cotação do boi casado de animal castrado, que é negociado por R$6,20/kg.

Clique aqui e confira as cotações do boi.

Fonte: Scot Consultoria

Concentração de mercado preocupa confinadores

Associação do setor se preocupa com os custos a crise que envolve os frigoríficos
Sebastião Garcia | São Paulo (SP)
Confinadores de gado demonstram confiança no mercado para este ano, mas se dizem preocupados com a concentração, os custos no setor e com os problemas financeiros que atingem os frigoríficos. Recentemente, foi a vez o Mataboi anunciar que fez um pedido de recuperação judicial. A dívida da empresa com pecuarista e bancos é calculada em R$ 360 milhões.

Assuntos como esse foram comentados durante a posse da nova diretoria da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). Ricardo Merola deixa a presidência depois de dois mandatos.

– Primeiro a gente conquistou uma credibilidade muito grande no mercado. Posteriormente, nós conseguimos fazer várias negociações com frigoríficos, garantindo para eles matéria-prima – diz o ex-presidente.

No entanto, o ex-presidente não deixa de ter preocupações. Uma delas é com a concentração do mercado, hoje em quatro grandes frigoríficos. Ele diz que é uma ameaça para o setor, porque existem menos opções de venda de gado.

– Eu gostaria que esse problema fosse tratado pelo governo, porque não é um modelo correto para um país tão grande quanto o nosso. É muito difícil você ter uma única planta fazendo uma negociação igual para todos – argumenta Merola.

Nova diretoria
A mudança na diretoria da Assocon ocorre num momento delicado, diz o novo presidente, o pecuarista Eduardo Moura. Ele assume o cargo preocupado também com os custos do confinamento e com a crise que envolve os frigoríficos.

– Eu acho que a gente assume num momento difícil. Há uma concentração do setor. Vários frigoríficos com dificuldade, em renegociações judiciais, vários companheiros nossos com prejuízos grandes. Por outro lado, é o momento também de preços altos. Eu me lembro que a gente falava que boi acima de US$ 20 era caro. O boi hoje custa US$ 50, e o Brasil continua exportando, continua trabalhando, continua vendendo. Então é um desafio. É um momento de desafio – diz o novo presidente.

História
A Assocon foi fundada em 2005 pra representar os produtores que trabalham no sistema de confinamento no Brasil. A ideia era incentivar o aumento da produção e da qualidade da carne. A associação começou com dez sócios. Hoje, são 60 membros em seis Estados: São Paulo, Minas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, com 800 mil cabeças, o maior rebanho confinado no país. No Brasil, são 2,6 milhões de animais.

Rodrigo Penna, que foi diretor regional em Goiás e agora assume a vice-presidência da associação, diz como deve se comportar o mercado este ano.

– Apesar dos insumos estarem mais caros este ano, nós estamos otimistas com o confinamento, mas a dificuldade tem sido achar gado. A oferta de gado magro está restrita e o preço do gado, sobrevalorizado. Já recuperou todo o valor da arroba e um pouco mais. Mas a gente vê bastante produtor pequeno e médio que pretende comprar boi este ano em resposta ao bom momento que teve no ano passado – conta Penna.

Parceria
A posse do novo presidente foi anunciada nesta terça, dia 12, durante a assembléia dos sócios, em São Paulo. Durante a cerimônia, foi assinada também a parceria feita com o Canal Rural, que passa a ter direito de exploração da Conferência Internacional de Confinadores (Interconf), que será realizada em setembro em Goiânia.

– O Canal Rural, que está envolvido com todas as questões da agropecuária em geral, começou a ver que este setor precisa também de um conteúdo próprio, de uma informação própria, como os outros setores da pecuária. Ele entendeu que seria muito importante para o seu público participar de um evento desta magnitude pra poder realmente levar para esse público o conhecimento do que se faz no Brasil de melhor em termos de confinamento – afirma Juan Lebron, diretor de Gestão Comercial de Iniciativas Transacionais.

FONTE:CANAL RURAL

Banrisul libera R$ 70 milhões para as feiras de outono

Cada produtor pode financiar até R$ 100 mil, com taxa de juros de 6,75% ao ano.

Rio Grande do Sul
-

O Banrisul disponibilizou recursos no valor de R$ 70 milhões para as feiras de terneiros, terneiras e vaquilhonas, além de matrizes e reprodutores bovinos (leite e corte) com registro, durante o período de outono. No total, o Banco participará de 110 feiras no Estado.

Cada produtor pode financiar até R$ 100 mil, com taxa de juros de 6,75% ao ano. O prazo para pagamento é de até 36 meses para matrizes e reprodutores bovinos e de até 24 meses para os demais animais.

Os produtores que quiserem investir no rebanho contam com os recursos do Banrisul pelo sistema de crédito pré-aprovado. O cliente pode passar na agência do Banrisul em que é correntista e solicitar o pré-aprovado. Dessa maneira, já chega na feira com a carta de crédito aprovada e o valor definido.

FONTE: DIARIO DE CANOAS

ANPTC-Sul lança feiras de terneiros no RS


Com foco na qualidade da produção, a ANPTC-Sul (Associação dos Núcleos de Produtores de Terneiros de Corte), divulgou seu calendário de feiras de outono. Seis eventos devem movimentar o Rio Grande do Sul nos meses de abril e maio. Mais de 10 mil animais com genética britânica deverão passar pelas feiras de terneiros, terneiras e vaquilhonas.

O Banco do Brasil já garantiu apoio para a aquisição desses animais. Após convênio firmado com a Farsul e a Casa Rural, é possível realizar um financiamento de até cinco anos com taxa de juros de 6,75%. Pode ser negociada, ainda, uma carência de até dois anos.

Os organizadores acreditam que a seca no estado não deve interferir no volume de animais disponíveis, mas sim no peso deles. Por isso, neste ano, o peso mínimo dos exemplares aceitos nas feiras será de 140 kg, 20 kg a menos do que o praticado anteriormente.

Veja o calendário das feiras de outono da ANPTC-Sul:

26/04 – Cachoeira do Sul
08/05 e 10/05 – São Sepé
04/05 – Pinheiro Machado
05/05 e 12/05 – Caçapava do Sul
06/05 – Santana da Boa Vista
07/05 – Lavras do Sul

FONTE: Agrolink
Autor: Marianna Rebelatto

ARGENTINA - El ternero alcanzó un precio máximo de 11,15 $/kg en Liniers

Dicha categoría se negoció hoy a un valor promedio de 9,45 $/kg en la plaza porteña. La vaca buena se comercializó a 5,73 $/kg con picos de 8,50 $/kg. Se vendieron 7713 cabezas versus 9148 el martes pasado.

El ternero alcanzó un precio máximo de 11,15 $/kg en Liniers


En la jornada de hoy martes se comercializaron 7713 cabezas en el Mercado de Liniers, una cifra inferior a la registrada el mismo día de la semana pasada cuando se vendieron 9148 animales.

La categoría con mayor volumen de operaciones hoy fue el ternero con 1626 ejemplares comercializados registrando un precio promedio de 9,45 $/kg (9,61 $/kg ayer lunes) y un máximo de 11,15 $/kg (10,80 $/kg).

La vaca conserva buena (435 cabezas) registró un valor medio de 4,48 $/kg (4,66 $/kg), mientras que la vaca conserva inferior (276 cabezas) se negoció a 3,33 $/kg (3,92 $/kg).

En lo que respecta a la hacienda liviana, los novillitos buenos de 351/390 kilos (715 cabezas) registraron un precio promedio de 9,33 $/kg (9,06 $/kg) y un tope de 10,80 $/kg (10,30 $/kg). Mientras que los novillitos buenos de 391/430 kilos (808 cabezas) recibieron un valor medio de 8,82 $/kg (9,11 $/kg) con un máximo de 10,50 $/kg (9,40 $/kg).

Por su parte, la vaca buena (1455 cabezas) recibió un precio promedio de 5,73 $/kg (5,74 $/kg) alcanzando un tope de 8,50 $/kg (7,00 $/kg).

FONTE: INFOCAMPO

R$ 1,00(REAL) = $ 2,548 (PESOS ARGENTINOS)

Início de semana calmo no mercado do boi gordo

Cenário típico de início de semana: pecuaristas analisando as ofertas e frigoríficos testando preços.

Poucos negócios concretizados. As escalas atendem, na maioria, a 3 dias.

De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o preço referência em São Paulo está em R$101,50/@, à vista, livre de imposto.

Houve valorização dos animais no Mato Grosso do Sul, em Dourados e Campo Grande. Para as negociações a prazo, a referência está em R$98,00/@, livre de imposto, nas três praças do estado.

As fêmeas têm sido utilizadas para preencherem as escalas devido à pequena oferta de bois. Isto elevou as cotações no sul e norte de Minas Gerais.

Nestas regiões os negócios ocorrem por R$85,00/@ e R$89,00/@, respectivamente, a prazo, livre de imposto.

No mercado atacadista os preços das peças, tanto de animais castrados, como inteiros, estão estáveis. A vaca casada teve reajuste e está cotada em R$5,80.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

BOI GORDO - Confira a entrevista com Caio Junqueira - Cross Investimentos

Boi: atuais preços da arroba não estimulam confinamento. Primeira rodada de animais no cocho ainda é tímida. No curto prazo, cotações devem continuar sem grandes mudanças.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

segunda-feira, 11 de abril de 2011

PREÇOS DE BOI GORDO E VACA GORDA PARA CARNE A RENDIMENTO


REGIÃO DE PELOTAS
*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO EM 11.04.2011

BOI: R$ 6,50 a R$ 6,60
VACA: R$ 6,10 a R$ 6,30

PRAZO: 30 DIAS

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br/

PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA- MERCADO FÍSICO/KG VIVO

EM 11.04.2011
REGIÃO DE PELOTAS

KG VIVO:
BOI GORDO: R$ 3,10 A R$ 3,25
VACA GORDA: R$ 2,70 A R$ 2,85

PREÇOS MÉDIOS DE GADO- MERCADO FÍSICO / KG VIVO


EM 11.04.2011
REGIÃO DE PELOTAS

TERNEIROS R$ 3,20 A R$ 3,40
TERNEIRAS R$ 2,80 A R$ 3,00
NOVILHOS R$ 2,90 A R$ 3,10
NOVILHAS R$ 2,80 A R$ 3,00
BOI MAGRO R$ 2,80 A R$ 2,90
VACA DE INVERNAR R$ 2,30 A R$ 2,40

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br

COTAÇÕES

Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 11/04/2011
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 08/04/2011 - PRAÇA RS


Ver todas cotações Ver gráfico

MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,50R$ 6,38
KG VivoR$ 3,25R$ 3,19
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,10R$ 6,04
KG VivoR$ 2,90R$ 2,87
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA

FONTE:ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

COTAÇÕES


FONTE:CORREIO DO POVO

Pecuária de corte: Marfrig aumenta as bonificações para o programa Carne Pampa

Acordo foi anunciado nesta segunda-feira, 11


A partir desta segunda (11) os animais abatidos nas 4 plantas do Rio Grande do Sul do Frigorífico Marfrig (Bagé, Alegrete, São Gabriel e Capão do Leão), enquadrados na tabela de certificação do Programa Carne Certificada Pampa, da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), passarão a receber bonificações de 6% em relação ao preço negociado como o Marfrig em todas as categorias da tabela de qualidade do programa e as fêmeas, enquadradas na tabela, também receberão os mesmos preços praticados para os machos.
A ABHB comemora o benefício alcançado aos produtores, pois os mesmos seguem amparados pelas cotações do indicador Esalq/Cepea para o RS, forma de remuneração que já vinha sendo praticada pelo frigorífico, agora o produtor receberá automaticamente o que for maior entre o preço negociado + 6% ou preço indicado no Esalq Max P(6) + 2%.
"Nossa entidade tem a preocupação de garantir uma premiação aos produtores, tanto aos que produzem genética quanto aos que fazem recria ou terminação, voltados a suprir o mercado de carne de qualidade, procurando motivá-los cada vez mais a investir na sua atividade. Nesse sentido, apresentamos os resultados do trabalho da ABHB nesses 11 meses de parceria e o Marfrig reconheceu esse esforço premiando nosso criador com esta bonificação diferenciada para os animais Hereford, Braford e suas cruzas", comemora Fernando Lopa, presidente da ABHB.
"Somos uma empresa que visa parceria com produtores de carne de qualidade, e em reconhecimento ao trabalho da associação, estamos a disposição para estreitar uma parceria de abastecimento continuo de animais conforme nossos novos valores de remuneração. Sabemos da importância das raças no rebanho gaúcho e valorizamos também as ações da entidade" explica Carolina Barretto, gerente de Comunicação e Relacionamento com Pecuaristas do Marfrig.
Para a Nacional HB 2011, a ser realizada na 1ª semana de maio em Alegrete - RS, a ABHB estará promovendo, no dia 5, a 2ª Jornada Técnica para Produtores da Carne Pampa, onde realizará diversas palestras voltadas a produção e comercialização de animais para o programa

FONTE: DBO

Estratégia dos frigoríficos para abocanhar parte da margem no varejo.wmv



FONTE: SCOT CONSULTORIA

Como anda o abate de fêmeas?

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Trimestral de Abates, referentes aos últimos três meses de 2010. No 4º trimestre do ano passado, foram abatidas 7,183 milhões de cabeças de bovinos, uma queda de 3,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 3,8% em relação ao mesmo período em 2009.

Segundo dados do IBGE, em 2010 foram abatidas 29,265 milhões de cabeças de bovinos, representando aumento de 4,3% em relação ao ano anterior e o abate de bovinos tem mostrado recuperação após período de crise internacional (4º trimestre de 2008 ao 2º trimestre de 2009).

Mas a pergunta de todos é: como está a evolução do abate de fêmeas? É interessante analisar estes dados para termos uma noção de qual fase do ciclo pecuário estamos.

As constantes altas que vêm sendo observadas nos preços da arroba do boi gordo podem ser creditadas, principalmente, ao aumento da demanda mundial por carnes e a oferta reduzida de animais para o abate.

A primeira está relacionada ao aumento da população mundial, da renda desta população - que com mais dinheiro no bolso opta por comprar mais este tipo de proteína, em especial o brasileiro que tem experimentado uma melhor distribuição de renda e assim o mercado interno segue aquecido.

O segundo fator não é exclusividade do Brasil. Está claro que existem menos animais sendo disponibilizados no mercado, por aqui isso acontece devido ao intenso aumento no abate de matrizes que ocorreu de 2003 a 2006, em consequência dos preços reduzidos da arroba, que desestimularam investimentos na atividade produtiva e forçaram os criadores a abater um número maior de fêmeas para fazer caixa. Assim a oferta de bezerros diminuiu e posteriormente os reflexos apareceram no mercado do boi gordo também. Outro ponto que deve ser levado em conta e que agravou ainda mais o desequilíbrio entre oferta e demanda, é que há alguns anos a indústria frigorífica investiu no aumento e modernização do parque industrial brasileiro, promovendo a expansão da capacidade de abate, no entanto a produção não acompanhou esta expansão e o resultado todos nós conhecemos, boi "caro" em praticamente todo o país.

Segundo a pesquisa do IBGE, em 2010 foram abatidas nos frigoríficos brasileiros, com algum tipo de inspeção, 10.566.631 de fêmeas (vacas + novilhas), que foram responsáveis pela fatia de 36,11% do abate total de bovinos. Em 2009 esta participação foi de 37,37% e em 2008 de 39,00%, evidenciando que está sim existindo um movimento de retenção de matrizes na pecuária brasileira que deve se refletir na oferta de animais para abate nos próximos anos.

Gráfico 1. Participação de machos e fêmeas nos abates totais



Como isto vai influenciar nos preços da arroba já é outra história. É preciso acompanhar além da intensidade desta retenção, como será o comportamento do mercado interno - que vem ganhando importância nos últimos anos e segue aquecido apesar do aumento nos índices de inflação -, das exportações de carne bovina brasileira - que tem sofrido com a variação cambial desfavorável - e dos custos de produção; como estão sendo realizados os investimentos no setor; como irão evoluir os preços das outras proteínas de origem animal, principalmente frangos e suínos; como estará a saúde financeira do frigoríficos nos próximos anos; entre outros fatores que influenciam direta e indiretamente o mercado do boi gordo.

FONTE: BEEFPOINT

BOI GORDO - Confira a entrevista com Hyberville Neto - Scot Consultoria

Boi: mercado começa a semana praticamante sem negócios. Tanto pecuaristas quanto frigoríficos esperam por números da demanda no final de semana.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Mais bois na Argentina

O governo argentino emite sinais de disposição para recuperar o estoque de gado bovino e aumentar a produção de proteínas animais, através de créditos subsidiados aos pecuaristas no valor de 3 bilhões de pesos (cerca de US$ 750 milhões).
Os empréstimos terão um prazo de cinco anos com taxas de juros entre 9% e 9,5%, e serão concedidos pelo estatal Banco Nación, conforme detalhou o Ministério da Agricultura.
A Argentina quer chegar em 2015 com 77 milhões de cabeças de gado. O atual estoque gira em torno de 48,2 milhões de cabeças. As taxas do mercado são superiores a 20% e os produtores têm dificuldades para conseguir créditos.
As metas e os créditos fazem parte do Plano Nacional de Pecuária que pretende também ampliar a produção de carne suína e de frango. O ministro de Agricultura, Julian Domínguez, disse hoje, durante o lançamento oficial do plano, que o governo quer estimular o consumo de outras carnes, mas também pretende elevar o consumo per capita de carne bovina dos atuais 57 quilos para 60 quilos anuais.
Segundo a Câmara de Indústria da Carne da República Argentina (CICCRA), baseados em números oficiais, o consumo interno de carne bovina caiu 13,2% de 2009 para 2010, ficando em 2,38 milhões de toneladas. Na mesma comparação, as exportações de carne retrocederam 52,7%, somando 302.034 toneladas. A produção caiu 20,7%, para 2,68 milhões de toneladas.
O governo afirma que o retrocesso é produto de uma forte redução do rebanho, mas culpa somente a estiagem de 2009. Os produtores apresentam um segundo motivo: a política oficial de intervenção que levou à liquidação do rebanho e migração dos pecuaristas para cultivos rentáveis, como a soja.

FONTE: Valor Econômico

Pergunta: O teto do boi é o bezerro ?

Carta Pecuária de 08/04/2011

Rogério Goulart

Reprodução permitida desde que citada a fonte
Essa semana vamos conversar inicialmente sobre o bezerro. Recentemente o pico de 2008 foi, com um belo atraso, finalmente rompido.

Hoje o bezerro vale 780 reais. Se ele quiser continuar na alta, seu próximo objetivo vai para 825~850 reais. Por outro lado, se quiser cair, seu possível objetivo seria entre 675~700 reais. Não vou aborrecer você com o estudo atrás desses números, mas a coisa toda gera esse tipo de visualização simples assim.

Para onde vai? Você pode me perguntar. Difícil dizer, caro leitor. Se o bezerro tivesse subido junto com o boi lá atrás em 2010 te diria que era mais provável ele continuar a subir. Hoje, depois da alta espantosa do boi e o bezerro não indo atrás?
Não sinto tão confortável assim.

A verdade é que a retenção de fêmeas dos últimos anos está produzindo uma maior quantidade de bezerros.

Não vou entrar em detalhes nisso agora porque já venho falando isso várias vezes tanto aqui nos textos semanais, na Carta Pecuária de Longo-Prazo — nosso texto trimestral — e nas palestras que temos feito Brasil afora. Isso está relativamente fácil de enxergar no mercado. Bezerro não está em falta.

Ok, sim, entendo, tem a questão do preço e tal, mas oferta não falta.

O que quero dizer é que se você compara o mercado de bezerro e o mercado de boi magro fica fácil distinguir qual dos dois está mais ofertado — no caso, o mercado de bezerro.

Além disso, a realidade do Mato Grosso do Sul — que gera o gráfico acima e que são os preços oficiais de bezerro para a bolsa — pode não ser a realidade atual em outros estados, mas pode confiar.

Se não é, será daqui a pouco. Cada estado tem seu tempo individual e, até onde pude pesquisar, o MS puxa a fila em se tratando das viradas de mercado. O MS e o RS também, mas o RS responde a um mercado um pouco diferente do Brasil Central, por isso concentro a análise sobre o MS.

Mas independentemente de ciclo pecuário, retenção de fêmeas e quantidade da oferta de reposição, o mercado do bezerro rompeu os picos de 2008 e é isso que nos importa no momento. Confesso a você que esse rompimento me pegou um pouco de surpresa. Não achava que ele teria força para a alta, mas força de alta é o está acontecendo.

Isso obviamente gera um ambiente mais propício para a alta da arroba do boi, caro leitor.

Quem tem bezerros disponíveis agora encontra no estado atual do mercado uma boa opção de comercialização de seus animais e deveria observar com carinho essa possibilidade. Posso falar isso com tranqüilidade porque não gera nenhum conflito de interesse com o que faço — afinal de contas, não compro bezerros para engordar, só compro boi magro ou, em alguns casos, compro já o boi gordo para engordar
mais ainda. Mas isso já é outra história.

Então, a alta do bezerro gera implicações importantes para o mercado do boi. O boi, sim, a gente tem mercado futuro, tem também mercado de opções de futuro (seguro de preço) na bolsa, temos os contratos a termo dos frigoríficos, as Non-Deliverable Foward (NDF) do Banco JBS, etc, etc. Temos alternativas. Dá
pra fazer mais coisa.

CONCLUSÃO Mercado parado. É brabo. Nesse curto-prazo de mercado, não temos muita novidade não. Esses +/- 2 reais que o mercado está oscilando é a única coisa que sabemos que está acontecendo.

De resto, todas as atenções estão voltadas para o dólar.

Você tem visto o dólar, caro leitor? Impressionante. Rumo aos R$ 1,00, como disse umas semanas atrás?

Parece que, no seu devido tempo, sim.

Hei, atrapalha as exportações, mas por outro lado barateia a vida do cidadão. O Brasil do jeito que está pegando fogo, já viu como estão altos os preços de pacotes de hotéis no Nordeste ou em qualquer outro lugar? Um absurdo. Com a metade do valor, ou um pouco mais que isso você vai para Argentina, para o Chile ou até mesmo para os Estados Unidos.

Viajar atualmente de férias no Brasil é coisa de rico, de bacana, de quem tem dinheiro. Para o resto de nós, pobres, quebrados, que têm que economizar, a solução é ir para Nova Iorque... ou Miami, ou Santiago e Buenos Aires!


FONTE: CARTA PECUÁRIA / ROGÉRIO GOULART

Retenção de fêmeas continuou em 2010

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram abatidas 29,24 milhões de cabeças de bovinos em 2010.

As fêmeas compuseram 34,9% dos abates, valor inferior ao observado em 2009 (36,3%), o que indica que o criador continua acreditando na atividade e retendo suas matrizes, mesmo com o custo de oportunidade imposto pelos altos preços das vacas no gancho.

A participação de fêmeas na produção de carne é influenciada diretamente pelo preço do bezerro. Com os bezerros valorizados, as fêmeas são vistas como matrizes.

Com as cotações dos bezerros em baixa elas são vistas como produtoras de carne e como o montante que vai ajudar a fechar o caixa, uma vez que a produção (bezerros) não remunera de acordo com o esperado.

A cotação do bezerro acompanha a do boi gordo em boa parte do tempo. Com isto, os valores do boi gordo também têm influencia sobre a opção de vender ou não as fêmeas para o abate.

Em 2005 e 2006, na fase de baixa do ciclo pecuário, as participações de vacas nos abates foram altas, 43,8% nos dois anos.

A partir de 2007, com as valorizações do boi gordo, os abates de fêmeas se tornaram proporcionalmente menores, em relação aos machos. Figura 1.


Em 2007 elas compuseram 40,1% do total. Em 2008 e 2009 as participações foram de 38,7% 36,3%, respectivamente.

Em algum momento estas fêmeas que estão sendo retidas vão sobreofertar o mercado com bezerros, que tendem a frouxar o mercado de reposição.

Com isto, a tendência é que elas percam sua atratividade em relação à cria, o que as leva para o gancho.

Esta variação de oferta e demanda gerada pelo abate de fêmeas e oferta de bezerros e bois gordos é a base do ciclo pecuário.

Um fator que deve ser levado em consideração é a demanda, que tem aumentado, paralelamente às oscilações de oferta

FONTE: SCOT CONSULTORIA