sábado, 7 de maio de 2011

Demanda mundial por carne bovina pode alavancar leilões na Superagro


O mundo possui um rebanho de gado da ordem de 1,2 bilhão de cabeças. O Brasil ocupa a
segunda posição no ranking mundial, com 18,9% do volume, ficando atrás apenas da Índia
que responde por 28,7% deste montante. O país figura também na segunda colocação quando
o assunto é produção de carne bovina, sendo responsável por 16,6% de todo produto
produzido no mundo. Mas, quando se fala em exportação deste item, o Brasil é líder,
chegando a comercializar com outros países 7,4 milhões de toneladas, o que representa
24,4% de toda carne bovina exportada mundialmente.

Do rebanho bovino brasileiro, Minas Gerais detém 22,5 milhões de cabeças, o que
representa 11% de todo o rebanho nacional. O Estado ocupa a segunda posição em volume de
animais, figurando atrás apenas do Mato Groso. A representatividade mineira também é boa
no que diz respeito às exportações. Enquanto no primeiro trimestre deste ano o país
negociou US$ 1,2 bilhão, alta de US$ 200 milhões ante o mesmo período do ano anterior,
Minas gerou US$ 76,4 milhões, evolução de 18,7% ante os US$ 64,3 milhões do mesmo intervalo.

Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez, o volume de
negócios foi alavancado pela alta no valor da tonelada do alimento no mercado
internacional. “O preço da tonelada sofreu alta de 27% no primeiro trimestre deste ano
contra o mesmo intervalo em 2010. Esse índice foi elevado em função de uma maior demanda
por proteína animal e pela melhoria no poder aquisitivo dos países emergentes. A
tonelada da carne exportada por Minas Gerais saltou de US$ 3,6 mil para US$ 4,6 mil”,
explicou.

Os principais compradores internacionais da carne mineira foram a Rússia, respondendo
por 32,7% do total exportado; o Irã, com 22,3%; Israel, consumindo 10,4%, Hong Kong com
6,2%, Filipinas com 3,7% e 26 outros países somando os 24,7% restantes da carne mineira
destinada à exportação.

Mesmo com uma queda no volume exportado nacionalmente quando comparado aos três
primeiros meses do ano anterior - o montante sofreu redução de 12%, passando de 281,4
mil toneladas para 247,9 mil toneladas -, a alta nos preços alcançou o índice de 32%. De
acordo com Albanez, enquanto em 2010 o preço médio da tonelada negociada nacionalmente
foi de US$ 3,5 mil, no primeiro trimestre deste ano o valor chegou a US$ 6,6 mil,
comparou. “Acredito em um mercado favorável, com tendência para alta no consumo para o
próximo trimestre”, projetou o superintendente.

Leilões - Com o mercado aquecido, a Superagro Minas 2011 se insere neste cenário com a
realização de leilões das principais raças bovinas, como Brahman, Guzerá, Holandês e Gir
Leiteiro. No dia 28 de maio, às 20 horas, será realizado o Leilão Guzerá Villefort e
Convidados, onde serão apresentados 28 lotes de animais de qualidade. Segundo o
realizador do Leilão, Virgílio Villefort, as expectativas são boas e a estimativa é que
os negócios possam alcançar a cifra de R$ 1,5 milhão. “A raça mantém uma tendência de
crescimento contínuo. Além do fato de que o guzerá é uma das melhores, senão a melhor
raça para cruzamento com nelore, reforçando a qualidade do animal para corte”, explicou.

Outro arremate que será realizado pelo mesmo produtor é o Leilão Gir Leiteiro Villefort
e Convidados, que acontecerá no dia 04 de junho, às 21 horas, também no Expominas. De
acordo com Villefort, neste leilão também serão postos à venda 28 lotes. “A raça está em
franca expansão por causa da sua produção leiteira. O gir leiteiro é adaptável a regiões
nas quais a raça holandesa não atinge bem o seu potencial. Além desse aspecto, o gir
leiteiro também é bastante utilizado no cruzamento com o holandês para gerar rusticidade
nas crias. Por esses aspectos acredito que o leilão poderá ultrapassar a marca de R$ 1
milhão”, projetou Villefort.

Segundo o empresário, essas duas raças que serão leiloadas por ele durante a Superagro
Minas são as que mais crescem no país proporcionalmente. Com isso, tanto o guzerá quanto
o gir leiteiro vêm ganhando mais espaço no mercado e os animais top de linha estão bem
valorizados. “As técnicas de melhoramento genético hoje são bastante utilizadas no campo
para aprimorar os animais”, salientou.

Superagro - Além da Tradicional Exposição Agropecuária, a Superagro também engloba a 15ª
Feira e Festival Internacional da Cachaça (Expocachaça); Feira de Negócios, Serviços e
Produtos Pet e Veterinários (Expovet); Feira da Agricultura Familiar; Ciclo de Palestras
do Sebrae-MG e o Ciclo de Aulas Técnicas. As novidades desta edição são a Feira da
Pesca, Aquicultura, Náutica e Turismo; o Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal e o
16° Encontro Nacional de Educação Sanitária e Comunicação. O evento será realizado entre
os dias 25 de maio e 5 de junho, no complexo Parque de Exposições da
Gameleira/Expominas, em Belo Horizonte (MG).

A feira é uma promoção do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA),
junto com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e
Sebrae-MG.

FONTE: assessoria de imprensa da Superagro

Mercado do boi gordo encerra a semana com preços estáveis e poucos negócios

O mercado segue estável, sem grandes alterações hoje.
Além de ser sexta-feira, dia em que o mercado costuma andar em ritmo mais lento, os frigoríficos buscam consolidar a queda ocorrida nos últimos dias, o que trouxe preços estáveis e poucos negócios.
A pressão intensificou-se apenas em Goiás, onde as escalas são mais longas. O diferencial de base (diferença de preços entre GO e SP) está na casa dos 11% em Goiânia, ou seja, é uma das piores remunerações ao boi goiano nos últimos meses. Com isso, o volume de negócios se contraiu um pouco hoje, portanto, ofertas de preços mais baixas não se consolidaram e os valores permaneceram os mesmos.
A expectativa é de que o tempo frio continue pressionando as pastagens, ou seja, os preços poderão permanecer frouxos.
O fluxo continua praticamente o mesmo.
Com o aumento das escalas, houve aumento dos estoques, o que fez com que a carne perdesse seu suporte. O boi casado recuou R$0,10/kg para R$6,20/kg.
A venda de carne desossada tem se mostrado mais interessante nos últimos dias, em detrimento às vendas de carne com osso.
Espera-se que o fim de semana traga bom resultado para as vendas.

Clique aqui e confira a análise completa.

Fonte: XP Agro

Frigoríficos do Paraná pedem apoio do governo para evitar escassez de bois para abate

Pecuária paranaense sofreu com duas crises recentes que penalizaram o setor e desestimularam os criadores
A escassez de bois para abate nos frigoríficos paranaenses e a criação de uma câmara setorial para a pecuária de corte no Paraná foram dois assuntos discutidos entre o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e representantes dos frigoríficos paranaenses, liderados pelo presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná, Péricles Salazar.

Segundo Salazar, a pecuária paranaense sofreu com duas crises recentes que penalizaram o setor e desestimularam os criadores. Uma delas foi à crise da febre aftosa em 2005, seguida da crise econômico-financeira mundial quando nas duas situações os preços da arroba do boi caíram muito e os pecuaristas reduziram o número de matrizes.

– Essa redução está refletindo agora com falta de matéria-prima nos frigoríficos que estão com capacidade ociosa – disse Salazar.

Para reverter esse quadro, Salazar pediu apoio na Secretaria da Agricultura para adoção de medidas que estimulem o crescimento do rebanho bovino no Paraná, atualmente com 9,2 milhões de cabeças. Entre essas medidas Salazar sugeriu incentivo à retenção de matrizes, melhoramento genético, melhoria de pastos para os rebanhos.

Para complementar essas medidas, todos os assuntos de incremento à pecuária de corte do Estado devem ser discutidos numa câmara setorial da pecuária de corte, com a participação de todas as entidades que representam a agropecuária paranaense que possam contribuir na tomada de decisões para o setor, sugeriu Salazar.

Baixo carbono

Ortigara apresentou aos representantes do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarnes) os programas da Secretaria destinados a incentivar a pecuária de corte que prevê a integração de lavoura, pecuária e floresta.

– Para isso os pecuaristas podem fazer investimentos em áreas de pastagens, acessando financiamentos com recursos do governo federal que está ofertando para o setor com prazo de 12 anos para pagamento e juros de 5,5% ao ano, as taxas mais baixas do mercado – disse o secretário.

Segundo Ortigara, isso é possível porque o Paraná aderiu ao programa Agricultura de Baixo Carbono, instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que prevê a redução de 37% de redução de emissão de carbono até 2020. E o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta está contemplado nesse programa que tem recursos disponíveis da ordem de R$ 2 bilhões de um total de R$ 18 bilhões ofertados pelo governo federal para o crédito rural.

No sistema de integração lavoura, pecuária e floresta no Paraná pode-se aliar o plantio de milho, com o plantio de leguminosas para recuperação de áreas de pastagens degradadas e o plantio de espécies florestais. Ortigara salientou que esse sistema propicia o aumento ainda maior da produtividade do milho, que já é elevada no Estado. Além disso, é uma das formas de imprimir mais eficiência à pecuária, setor que movimenta um conjunto expressivo do agronegócio paranaense como as indústrias de ração, curtumes, entre outros.

FONTE:GOVERNO DO PARANÁ

Produtores da Carne Pampa participam de Jornada Técnica

A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) promoveu em 05 de maio, durante a Exposição Nacional das Raças Hereford e Braford 2011, a 2ª Jornada Técnica para Produtores da Carne Pampa. O encontro, realizado no Parque Exposições Lauro Dornelles, em Alegrete (RS), reuniu produtores, estudantes e técnicos interessados em conhecer melhor o programa de carne certificada mantido pela Associação.

Na abertura do evento, Guilherme Sangalli Dias, gerente executivo do Carne Certificada Pampa, apresentou números referentes a 2010, quando 21.449 animais certificados foram abatidos nas quatro plantas gaúchas do Grupo Marfrig (Bagé, Capão do Leão, Alegrete e São Gabriel) e no Frigorífico Silva, em Santa Maria (RS).

Ele informou ainda que a certificação dos animais é realizada nas plantas frigoríficas por seis certificadores contratados pela ABHB, sendo que além destes existem outros seis certificadores credenciados para realizar a identificação dos animais que se enquadrem racialmente e fenotipicamente para produção de carne certificada diretamente nos estabelecimentos rurais, através do Programa Gado Pampa Certificado, trabalho este que também pode ser realizado nas propriedades por todos os inspetores técnicos da ABHB.

“O objetivo da jornada técnica é aproximar os produtores do Programa Carne Certificada Pampa. Esse encontro serviu para mostrar o tipo de novilho que o mercado quer e que vem sendo certificado pela ABHB”, explica Dias, lembrando que o evento foi marcado pela interação do público com os palestrantes, onde os espectadores puderam fazer seus questionamentos e sanar eventuais dúvidas. “Foi um momento para escutar os produtores e buscar melhorias para o programa. A indústria esteve aberta para discutir todas as questões referentes à elas”, acrescenta o gerente do Carne Pampa, referindo-se a participação das duas empresas parceiras do programa, o Frigorífico Silva e o Grupo Marfrig.

Segundo ele, a ideia é tornar essa jornada uma referência para aproximar também os invernadores, fechando assim o elo da cadeia produtiva, levando a eles informações necessárias de como certificar seus produtos. “A intenção é oferecer, através de profissionais renomados, ferramentas para melhorar o negócio dos produtores rurais e, consequentemente, sua rentabilidade”, completa Dias.


Consultor do Frigorífico Silva, Ricardo Zambarda Vaz abordou a influência do Carne Pampa em toda a cadeia produtiva, reforçando que o principal atrativo ao produtor é a remuneração maior obtida através da certificação. Segundo ele, o frigorífico oferece duas opções de remuneração extra, o Índice Esalq ou o Programa Silva de Bonificação, que possibilita um incremento de 3 a 6%, que varia conforme a idade e o peso dos animais. Vaz também informa que todos os meses faltam produtos para a industrialização de alguns cortes, como alcatra, picanha e maminha, entre outros. “Por isso, estamos trabalhando para consolidar também cortes não tradicionais ou considerados 'de segunda', buscando agregar maior valor”, revela o zootecnista. Segundo ele, o Frigorífico Silva vem atuando em sua capacidade máxima de abate, de 10 mil animais/mês, sendo que 20% desse total é de gado Hereford e Braford.

Ele revela ainda que está sendo lançando, junto com a ABHB, um Campeonato de Carcaças. “Desde o dia 1º de maio, estamos avaliando os lotes entregues ao frigorífico, analisando questões como sanidade, peso de carcaça e acabamento. A ideia é apresentar durante a Expointer 2011 uma relação com os finalistas, sendo que cerca de dois meses após serão abatidos lotes destes produtores, onde será feita uma avaliação completa das carcaças para determinar os vencedores, que devem receber uma remuneração extra sobre a bonificação já garantida”, acrescenta Vaz.


Diego Brasil, gerente de Fomento do Marfrig, iniciou sua explanação apresentando dados gerais sobre o grupo, que iniciou suas atividades com abates em 2000. Segundo ele, em 2009 e 2010, com o arrendamento das plantas do Frigorífico Mercosul, iniciou-se o processo de consolidação do Marfrig no mercado gaúcho. De acordo com ele, falta ainda um esclarecimento maior aos produtores sobre as exigências necessárias para classificar seus produtos para o Carne Pampa, como o grau de acabamento, por exemplo. “Cada vez mais queremos saber o que o produtor almeja para seu negócio, para podermos estar alinhados com este pensamento”, completa o médico veterinário.

O produtor Alfeu Fleck, da Estância São Manoel, de Alegrete, um dos mais empolgados com o evento, acompanhou com atenção cada explanação e interagiu com os palestrantes através de questionamentos. “Precisamos saber os requisitos para vender os animais, e a melhor maneira de tomar conhecimento disso é participar de eventos como este”, observa o criador, que deslocou-se de Porto Alegre (RS) para acompanhar a programação da segunda Jornada Técnica para Produtores da Carne Pampa. Segundo ele, a palestra que mais lhe chamou a atenção foi "A Importância da Eficiência de Estoque", apresentada pelo engenheiro agrônomo Luis Fernando Alvim Silva, que abordou a gestão do negócio rural. “Esse tipo de evento deveria ser realizado pelo menos duas vezes ao ano”, sugere, contando que aprendeu muitas coisas novas durante o encontro.

Ele lembra que participa do Carne Pampa desde sua criação, há pouco mais de uma década, e que comercializa toda sua produção anual através do programa, cerca de 600 novilhos Hereford e Braford. “Estou muito satisfeito. Vendo para os dois frigoríficos e nunca tive queixa alguma. Sempre peso os animais na fazenda antes de enviar para o abate e os resultados de rendimento de carcaça e espessura de gordura registrados nos frigoríficos sempre foram compatíveis”, revela Fleck.

FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Programa de Fomento Angus da Marfrig é destaque em evento



O Programa Fomento Angus Marfrig, que tem como objetivo a produção de carne com qualidade superior, será apresentado em detalhes por Edmundo Rocha Vilela, presidente da Lageado Consultoria, aos profissionais do setor e estudantes no III Simpósio Internacional de Nutrição de Ruminantes, que acontece nos dias 13 e 14, na UNESP, em Botucatu (SP).

“A seleção genética é hoje procedimento eficiente e fundamental para a obtenção da carne bovina de qualidade. O pecuarista se beneficia ao receber remuneração equivalente por produto diferenciado e tem a garantia de compra”, destaca Vilela.

Com o tema “Produção de carne de qualidade: perspectivas, dificuldades e atuação do frigorífico”, a palestra de Edmundo Rocha Vilela será realizada dia 14 de maio às 14h45 e incluirá a visão da indústria brasileira da carne bovina sobre questões ligadas à eficiência produtiva na criação e a importância da adequação às exigências técnico-sanitárias no aporte de tecnologias e questões regulatórias, visando estar em conformidade com a legislação dos países consumidores da carne brasileira.

Sobre o Programa de Fomento Angus

O Programa Fomento Angus da Marfrig, lançado em 2007, objetiva ampliar o fornecimento de carne de alta qualidade certificada, promovendo a utilização de novas tecnologias a campo e gerando maiores resultados aos pecuaristas. O programa valoriza a produção de animais puros ou de cruzamentos com, no mínimo, 50% de sangue Angus, seguindo as recomendações técnicas da Associação Brasileira de Angus.

A Marfrig incentiva o uso de reprodutores Angus por meio de inseminação artificial convencional ou em tempo fixo (IATF), técnica que cresce significativamente no Brasil.

“Todo o processo de inseminação, diagnóstico de gestação, nascimento dos bezerros e apartação de lotes é assistido por técnicos especializados e credenciados no Programa de Fomento Angus da Marfrig. Com isso, a empresa facilita o uso de tecnologias pelo pecuarista e oferece oportunidades a veterinários parceiros”, explica Luciano de Andrade, gerente de fomento da Marfrig.

Evento
O Simpósio Internacional de Nutrição de Ruminantes está em sua terceira edição e terá como tema principal “Rúmen Sustentável e Estratégias de Cria e Recria: desafios futuros para produção de carne”, com palestras ministradas por profissionais do Brasil e exterior. Mais informações: www.gruponutrir.com.br

FONTE: assessoria de imprensa do Programa Fomento Angus Marfrig.

Feiras de Terneiros no RS confirmam interesse por animais Angus

O balanço das feiras de terneiros Angus realizadas em abril apresenta forte valorização e procura pela raça

No Leilão Influência 2011 realizado em 27 de abril, as empresas Calafate e Campos da Barra, ambas de Rio Grande do Sul e associadas ao Núcleo Sudeste de Angus, venderam a totalidade de suas ofertas, com excelentes resultados.

A Calafate ofertou 70 terneiros Angus certificados, com média de R$ 760,00 por animal e pico de R$ 855,00 por cabeça (R$ 4,28/kg vivo) – este lote foi adquirido por Erico Ribeiro da Fazenda Retiro, de Pelotas (RS).

A Estância Campos da Barra, de Ronaldo Z. de Oliveira, ofertou 50 terneiros, vendidos por R$ 532,00/cabeça (R$ 3,94/kg vivo). Os lotes comprados por Carlos Weymar, de Pelotas (RS) e Julio de Araújo Lara, de São Lourenço do Sul (RS).

O remate promovido pela PAP Villamil de Castro, de Dom Pedrito (RS), comercializou 1.113 terneiros, sendo 873 machos e 205 fêmeas. O resultado apurado com as vendas dos lotes de terneiros Angus certificados registrou média geral de R$ 4,07/kg vivo, valor superior à média global dos machos do leilão, que ficou em R$ 3,80/kg vivo. “Vendemos um lote de 20 terneiros Angus certificados para a GAP Genética, de Uruguaiana (RS), pelo preço médio de R$ 4,15/ kg vivo”, comemora Villamil.

A 37ª Feira Oficial de Outono de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas promovida pelo Sindicato Rural de Bagé (RS), reuniu criatórios de nove diferentes localidades para venda de 2.744 animais. O preço médio foi de R$ 3,57/kg vivo pelos machos e R$ 2,84/kg vivo para as fêmeas. O lote de 23 machos Angus certificados vendido pela criadora Maria Tereza Gonçalves foi o que obteve a maior cotação do leilão, vendido pelo valor médio de R$ 4,67/kg vivo.

“Na feira de terneiros de Bagé mais de 60% da oferta eram de animais angus ou cruza angus de alta qualidade com liquidez total em pista, alguns lotes certificados chegaram a R$ 710,00/ cabeça e valores até 4,20/ kg vivo, comprovando a valorização por animais com genética angus que poderão futuramente ser direcionados para o Programa Carne Angus Certificada”, esclarece Juliana Brunelli, Gerente da Associação Brasileira de Angus.

A 3ª Feira de Terneiros Britânicos de Livramento (RS), promovido pelo Sindicato Rural da cidade em parceria com as empresas Balcão Agronegócios e Cambará Remates, concretizou a venda de 747 machos (com destaque para Angus), que saíram pelo preço médio de R$ 1.290,00/cabeça, além de 1.054 fêmeas vendidas pela média de R$ 1.777,00/cab.

As informações são de assessoria de imprensa.

FONTE:AGROLINK

Boletim NA direto da Agrishow 2011 - Boletim do Boi Gordo com Lygia Pimentel



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Ministério da Agricultura divulga calendário de vacinação contra febre aftosa

Durante o mês de maio, a maioria dos Estados deve imunizar bois e búfalos para prevenir a doença
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento iniciou a campanha nacional de vacinação dos bovinos e búfalos contra a febre aftosa 2011, no último domingo, dia 1º. Em relação ao ano passado, ocorreram alterações no cronograma dos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, que anteriormente realizavam a imunização em abril e outubro. Agora, esses Estados passam a vacinar os seus rebanhos em maio e novembro, assim como o restante das unidades do Nordeste.

Em Goiás e no Distrito Federal, a vacinação anual de todos os bovinos e bubalinos será realizada em maio, enquanto os animais com até 24 meses de idade serão imunizados a partir de novembro. Na nova zona livre de febre aftosa com vacinação do Estado do Mato Grosso do Sul ─ localizada na fronteira com o Paraguai e Bolívia ─ a imunização também começou em 1º de maio.

Os Estados de Roraima e Rondônia iniciaram a vacinação em abril. O restante das unidades iniciou a imunização em maio, exceto Santa Catarina – livre de febre aftosa sem vacinação. A estimativa é que sejam disponibilizadas aproximadamente 560 milhões de doses em todo o Brasil. O rebanho brasileiro está estimado em 208 milhões de cabeças.

Neste ano, os investimentos para controlar a doença podem alcançar R$ 59 milhões e serão aplicados no apoio à manutenção e melhoria estrutural dos serviços veterinários, capacitação de pessoal, campanhas de vacinação estratégicas e trabalhos de educação sanitária. No total, a previsão é destinar mais de R$ 93 milhões para a Saúde Animal.

O Ministério da Agricultura tem intensificado as ações contra a febre aftosa nos últimos oito anos. No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões, o que representa crescimento de 1.693,9%.

Em 2010, a taxa de cobertura vacinal de bovinos e búfalos contra a doença alcançou 97,3%. Os estados que registraram os melhores resultados na vacinação foram Mato Grosso, com 99,74%, Tocantins, com 99,52% e Mato Grosso do Sul, com 99,41% dos animais imunizados.

Classificação
Atualmente, 15 unidades da federação são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detêm esse status, a região Centro-Sul do Pará e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas.

O Estado de Santa Catarina é reconhecido pela OIE como livre da doença sem vacinação. Em risco médio estão Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e a região Centro-Norte do Pará. Em alto risco encontram-se Roraima, Amapá e as demais áreas do estado do Amazonas.

FONTE: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Arrendamento de confinamentos preocupam pecuaristas de MT


Arrendamento de unidades de confinamento por grandes empresas preocupa pecuaristas de Mato Grosso. Superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, alerta que grupos empresariais do setor estão locando as fazendas que realizam o sistema de confinamento para ter produção de gado em alta escala. Conforme ele, essa tendência é realizada em Goiás e em São Paulo e está chegando ao Estado.

"A Sadia, por exemplo, arrendou unidades que juntas têm capacidade de confinar até 20 mil animais por ano".

Para Vacari, a atitude das empresas pode prejudicar a concorrência do mercado. Ele explica que o potencial de animais criados confinados deve aumentar, por outro lado, se mal intencionadas os grupos podem manipular o mercado. Outra preocupação é com a disponibilidade de bezerros.

O superintendente da Acrimat informa que o aumento no abate de matrizes vai impactar no número de animais que poderiam ser criados em confinamento. A incerteza do bom desempenho do sistema também passa pela disponibilidades de insumos para a pecuária. Levantamento do Imea mostra que dos tipos utilizados para alimentação do rebanho confinado, já adquiridos pelo produtor, o volumoso (milho) tem o maior percentual participação, com 31%.

A aquisição do farelo de soja atingiu 20% do estimado para este ano, enquanto que o mineral chegou a 18%.

Vacari informa que o preço futuro dos produtos agrícolas poderá interferir no sistema de confinamento estadual. "Por exemplo, se o milho estiver caro, haverá menos compra do produto que é um dos principais insumos da pecuária. Isso deverá reduzir o número de animais criados neste método".

Exportação - Carne bovina mato-grossense vive bom momento no mercado internacional. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) apontam que no primeiro trimestre deste ano foram exportados US$ 153,944 milhões em produtos, alta de 28% sobre o volume contabilizado no mesmo período de 2010, quando foram embarcados US$ 120,209 milhões.

O bom desempenho gerou resultados positivos. A participação do produto na lista de itens enviados ao mercado externo pelo Estado, subiu de 6,13% para 7,71% de um ano para outro. Em volume houve queda, baixando de 33,812 mil toneladas no ano passado para 32,620 mil (t) em 2011.

FONTE: A GAZETA

MS: missão chinesa irá conhecer sistema produtivo do Estado

Autoridades sanitárias de Hong Kong visitam Mato Grosso do Sul na próxima segunda-feira (09/05) para conhecer o sistema produtivo da pecuária estadual. A visita foi confirmada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DIPOA/SDA/MAPA).

A Delegação de Hong Kong será coordenada pelo Dr. York Chow, Secretário de Saúde e Alimentos, acompanhado de mais oito integrantes que ocupam postos de direção nas áreas de Saúde Animal, Higiene Alimentar e Qualidade de Alimentos nos Serviços Oficiais de Hong Kong. O objetivo da visita é manter contatos com dirigentes de Secretarias e Departamentos do MAPA e também conhecer de perto o setor produtivo brasileiro.

O Superintendente Federal de Agricultura no Estado, Orlando Baez (SFA/MS) informou que a delegação chegará ao Brasil na segunda-feira onde visitará a sede do MAPA, a EMBRAPA, APEX e a Embaixada da China, embarcando a noite para Campo Grande. Na terça (10/05) fará uma rápida visita a SFA/MS. Logo em seguida o grupo visita a planta frigorífica do JBS S/A - SIF 4400 (habilitado à exportar para Hong Kong) e também conhece uma propriedade rural a ser definida pelos técnicos.

Para Baez, Mato Grosso do Sul entrou no roteiro de visitação dos técnicos de Hong Kong pelo potencial produtivo e pela excelência do seu rebanho bovino, além da alta qualidade de seu parque industrial. Logo após as visitas ao Estado a delegação seguirá para São Paulo, e no dia 11/05, quarta-feira, terá reuniões com Associações de Indústrias Frigoríficas de bovinos, suínos e aves. Ao final das reuniões, retornam para Hong Kong.

Os mais recentes resultados das exportações de carnes brasileiras demonstram que Hong Kong é um importante parceiro comercial do Brasil figurando, em 2010, como 4º maior importador de carnes bovinas e 1º importador de miúdos bovinos do Brasil.

FONTE: jornal Correio do Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

PREVISÃO DO TEMPO


Previsão do tempo REGIÃO SUL
Data: 06-05 sexta-feira
Nesta sexta-feira, uma frente fria muito fraca avança pela costa da Região Sul, mas sem força para provocar chuva. O leste de Santa Catarina e Paraná terá apenas variação da quantidade de nuvens. Nos três Estados, a passagem da frente fria será sentida também na temperatura e por causa da nova massa de ar polar, a tarde fica menos quente que a do dia anterior e a sensação de frio maior durante a noite.
Data: 07-05 sábado
No sábado toda a Região Sul fica sob a influência da massa de ar polar que provoca mais uma madrugada gelada. Devido às baixas temperaturas e umidade elevada, pode até formar nevoeiro em algumas localidades nas primeiras horas do dia. No decorrer da manhã o tempo abre e o dia segue ensolarado.
Data: 08-05 domingo
O domingo ainda vai começar com temperaturas baixas, mas com o enfraquecimento da massa de ar polar e com os ventos que passam a soprar mais quente de norte, a tarde será mais agradável do que a tarde do sábado. Áreas de instabilidade provenientes da Argentina provocam chuvas isoladas entre o noroeste gaúcho e o oeste do Paraná no fim do domingo. Outra frente fria com fraca atividade provoca chuva fraca no litoral norte gaúcho. As demais áreas do Rio Grande do Sul terão apenas aumento da quantidade de nuvens durante a tarde e a noite.
Data: 09-05 segunda-feira
Na segunda-feira a frente fria avança para Santa Catarina e Paraná e provoca chuvas, principalmente na faixa leste. Junto com essa frente fria, outra massa de ar polar chega ao Sul do Brasil provocando nova queda da temperatura.
Previsão estendida:
Não tem previsão de chuva generalizada na Região Sul até fim da primeira quinzena.
TEMPERATURAS MÍNIMAS REGISTRADAS NO DIA 06-mai-2011 sexta-feira
Rio Grande do Sul
INTERIOR
7.3°C Vacaria
PORTO ALEGRE
12.6°C
Santa Catarina
INTERIOR
6.8°C Major Vieira
FLORIANÓPOLIS
13.5°C
Paraná
INTERIOR
5.9°C General Carneiro
CURITIBA
11.8°C
FONTE: CENTRAL RBS DE METEREOLOGIA

Frigoríficos x Pecuaristas … Uma reflexão.

Em meu último artigo aqui no blog abordei um tema atual e de extrema relevância para cadeia produtiva da pecuária bovina , a recente onda de recuperações judiciais e “quebras” financeiras de grupos que operam no setor de abates de bovinos ou especificadamente, frigoríficos. Pela repercussão que o artigo teve, fui convidado a publica-lo no maior site e portal online de negócios ligados a cadeia pecuária do Brasil, o Beefpoint. Há semanas, o artigo mantém-se classificado em primeiro lugar como o “mais comentado” no site, devido a polêmica que o assunto tem e os recentes acontecimentos vivenciados pelo setor.

Grande parte dos comentários que recebi sobre o artigo são de críticas as políticas comerciais dos frigoríficos e mais intensas ainda as relações comerciais entre fornecedores e compradores, ou seja, pecuaristas e frigoríficos. Baseado nestes comentários e feedbacks, neste artigo vou tentar sintetizar o assunto e entender o que ocorre entre estes dois importantíssimos e fundamentais elos da cadeia produtiva da pecuária bovina.

Antes de começar, gostaria de chamar à atenção para alguns pontos nesta reflexão, no texto irei deixar de lado as questões relacionadas a liquidação financeira das compras, ou simplesmente, pagamento. Vamos assumir que compra feita é compra paga. Pagamento é obrigação natural de uma compra e não mérito. Default acontece, eu sei, mas é exceção e não regra.

Também não vou questionar sobre preços praticados e as leis de mercado. Os frigoríficos são os compradores dos bois e novilhas produzidos pelos pecuaristas, é sua matéria-prima. Nada mais natural que ele tente pagar o menor valor possível para adquirir esta matéria-prima. O contrário é verdadeiro, o pecuarista é o vendedor e quer obter o maior valor possível pela venda de sua mercadoria. A dinâmica do mercado rege estas interações, os preços não são controlados e nenhum elo da cadeia, por mais concentrado que seja, ainda tem poder de distorcer os preços a seu favor.

Dito isso, excluindo-se as questões de mercado e pagamentos, tudo o que sobra, ao meu ver e pelo que escuto por aí a respeito desta relação comercial, é motivo de reclamações. E digo isso não somente olhando para um dos lados, o mais óbvio e pulverizado, dos pecuaristas. Existem muitas reclamações também por parte da indústria contra os pecuaristas, por mais incrível que pareça.

De fato, não irei elencar nem discorrer sobre todas as reclamações e pontos de discórdia entre as partes, cada um tem seu histórico e com certeza tem razão em algum ponto para discordar ou não do outro. Mas para citar alguns, os pontos mais abordados por parte dos pecuaristas são sempre relacionados a logística, ou a famosa “faca afiada” do frigorífico ou então os descontos por falta de pontuação em critérios obscuros adotados pela indústria, etc. E por parte dos frigoríficos, reclamações a respeito da falta padronização de lotes, leilões de preços por parte de pecuaristas, ou a falta de comprometimento com qualidade e etc. As listas são grandes e dependendo do tipo de comercialização adotada, peso vivo (com ou sem o uso do rendimento de carcaça) ou peso morto, ela cresce muito mais. Mais eu vou parar por ai, o objetivo do texto não é este. O que podemos concluir com isso é que as origens das reclamações são variadas, mas o fim é o mesmo, aumentar ou diminuir os valores pagos, sempre.

Não vou fazer demagogia aqui, nem defender qualquer uma das partes, meu objetivo é analisar tudo isso e tentar extrair algo de útil. Mas olhar tudo de maneira imparcial é complexo demais. Tomando por exemplo outras cadeias produtivas do agronegócio importantes no Brasil, como por exemplo a da cana de açúcar ou laranja. Não tenho dados para mostrar mas acredito que as concentrações das indústrias nestes setores podem ser até maiores que as de frigoríficos e as reclamações existem e são rotineiras nestas duas cadeias também. Isso é fato, descontentamentos entre fornecedores e compradores não são exclusividade da cadeia pecuária bovina. Talvez possamos aprender alguma coisa debatendo com estes outros setores, quem sabe.

Existem muita queixas, dos dois lados, sobre a falta de regras claras aos participantes da cadeia, sobre o papel de cada um, sobre bônus e ônus, padronizações e etc. Esqueça regras jurídicas e fiscais, estamos tratando de outros pontos aqui, estamos falando de práticas comerciais. Até concordo em alguns pontos, mas particularmente, sou contra o excesso de regulamentação para este tipo de relação. Acho que atrapalha a dinâmica dos negócios e pode até interferir nas leis de oferta e demanda. Na verdade, existem algumas práticas que foram sendo incorporadas as rotinas dos negócios e não são regras, mas são utilizadas como se fossem. Exemplo: o frigorífico sempre paga o frete do gado vivo, ou a porcentagem utilizada nos cálculos de rendimentos de carcaça na comercialização do gado nas balanças das fazendas, etc. Já não são suficientes?

Mais do que regras, determinando os papéis comerciais de cada um, sinto falta de políticas de médio e longo prazo pensadas em comum acordo para o setor. Modelos de câmaras setorias onde sentam-se juntos setores público e privado (com participação de todos os elos da cadeia produtiva) são usados em diversos países do mundo para pensar perpetuamente determinado setor da economia. A cadeia bovina, com toda sua relevância e longo ciclo produtivo, merece isso. Temos a nossa, eu sei, mas discute-se muito mais questões pontuais do que propriamente soluções concretas para problemas crônicos do setor, aja visto que estamos tendo esta discussão há décadas.

Mas afinal, como resolver este impasse entre frigoríficos e pecuaristas?

Desculpem-me, não tenho pretensão de responder esta questão. Como já disse anteriormente, não sou especialista nem analista, mas gosto de discutir temas polêmicos do setor. Eu acredito seguramente que relações comerciais que gerem muitas situações obscuras, de arbitrariedades entre as partes, devem ter regras claras sim, não impostas, mas discutidas, exaustivamente se for necessário. O que eu não consigo acreditar é como tivemos condições de fazer nossa produtividade no campo e na indústria crescer de maneira tão eficiente arrastando uma relação comercial depreciativa como esta por anos. Pensando nesta conclusão, posso afirmar que temos muito mais motivos para juntar forças do que procurar conflitos, pensem bem, se obtivemos sucesso até agora mesmo com estes grandes impasses, o que podemos fazer se começarmos a pensar em soluções juntos, sem interesses unilaterais. Esta sim, é a raiz do problema que temos que nos concentrar. Acho que a melhor conclusão para este artigo seria a de alterar o título de “Frigoríficos x Pecuaristas” para “Frigoríficos + Pecuaristas”. O que acham?
FONTE: OTAVIO JULIATO

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Confinamento em MT não atenderá demanda dos frigoríficos


A falta de boi gordo e de pastagem no estado são pontos preponderantes para essa carência de oferta, apesar do aumento de animais confinados
Rosana Vargas
Ascom Acrimat
Assessoria
coletiva confinamento
Coletiva com a imprensa e apresentação dos números do levantamento do Imea.

A intenção do produtor de Mato Grosso em investir no sistema de confinamento de gado registrou um aumento de 29,93% este ano com relação ao ano passado. Em 2010 foram confinados 592.834 mil animais e este ano subiu para 770.266 mil, isso representa 46% da capacidade de confinamento no estado, que pode atingir até 1.673.620 animais em dois giros de produção. “Esse número só vem confirmar o que estamos falando desde o início do ano: o gado de Mato Grosso não tem pastagem e uma das alternativas é o confinamento, por isso esse aumento”, disse o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat – Luciano Vacari.

Mas, apesar desse aumento de quase 30%, o gado confinado não será suficiente para atender a demanda dos frigoríficos. No mês de setembro, quando será entregue o maior percentual do gado confinado, o número de animais vai representar 20% da produção, o que significa dizer que atenderá a 40% da capacidade de abate dos frigoríficos, “os outros 60% as indústrias terão que buscar o boi gordo no pasto e essa oferta será restrita, o que nos leva a dizer, que pode faltar boi gordo”, ressalta Vacari. Ele lembra ainda que a oferta de boi confinado se concentra em alguns meses do ano “ e isso não atende a demanda do mercado”. Por conta da falta de pastagem, a escala de entrega do gado confinado também foi antecipada. Em 2010 apenas 3% do confinamento foi entregue em junho, este ano a previsão que suba para 10%.

A falta do boi gordo em Mato Grosso é resultado do alto abate de fêmeas registrado no período de 2005 a 2007, pela morte de 2,28 milhões de hectares de pastagem no estado que morreram devido a forte seca de 2010, ataques de pragas e outros 5 milhões de hectares de pastagem que estão degradados. “Esses pontos refletem diretamente na oferta de animais e por falta de comida para o gado o produtor tem que ter duas preocupações na hora de optar pelo confinamento, que é o estar perto de regiões que produzem grãos e dos frigoríficos, pois precisam ter para quem vender”, analisou Vacari.

É exatamente isso que demonstra o levantamento feito pelo Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de MT, da intenção de confinamento em 2011. O analista de bovinocultura do Imea, Daniel Latorraca, disse durante a apresentação dos dados, que “a região do Médio Norte, por exemplo, que tem boa produção de grãos e frigoríficos, será responsável por 17% do gado confinado, com 134.156 mil cabeças. Em contrapartida, a região Noroeste, que não tem produção de grãos e poucos frigoríficos, será responsável por 1% apenas desse montante, com 4.750 cabeças confinadas”. Mato Grosso possui 200 unidades de confinamento e 160 produtores foram ouvidos durante a pesquisa de intenção.

Fazendo uma avaliação para o mercado consumidor, Vacari acredita que “apesar da restrição de gado pronto para o abate, tanto de confinamento quanto de pasto, não podemos falar em aumento no preço da carne para o consumidor final, pois isso vai depender muito da margem de lucro que o varejo vai colocar na hora de cortar o bife da carne do boi”, salientou Vacari. Nos últimos cinco anos, segundo levantamento do Imea, enquanto os preços da arroba e dos produtos dos frigoríficos tiveram um reajuste de 84% o varejo aumentou o preço da carne para o consumidor em 140%.

FONTE: ACRIMAT

Boi Gordo: Pressão de baixa continua, mas o volume de negócios nos preços menores está reduzido


A pressão de baixa continua, mas o volume de negócios nos preços menores está reduzido.

Sendo assim em quase todas as praças a referência se manteve estável.

Em São Paulo, depois de conseguirem alongar um pouco suas escalas, algumas empresas abriram ofertas de compra em até R$3,00/@ abaixo da referência que permanece nos R$100,00/@ à vista, livre de funrural, porém sem relatos de negócios consolidados.

Os compradores seguem testando o mercado e a especulação é grande.

A única região onde a pressão baixista deu resultado e a arroba caiu foi em Goiás, no sul do estado. Esse comportamento tornou a praça ainda mais atrativa para as indústrias de São Paulo que completam suas escalas em grande parte com animais de estados vizinhos.

Já em Pelotas – RS, o comportamento foi inverso e a dificuldade na compra forçou valores maiores para o boi gordo.

O mercado atacadista de carne bovina é o fator que deve dar força à pressão de baixa.

Após um alongamento nas escalas de abate, a demanda retraiu durante a semana e deixou os frigoríficos mais ofertados.

Clique aqui e confira as cotações do boi.

Fonte: Scot Consultoria

Clima beneficia implantação de pastagens


As chuvas das últimas semanas na Metade Sul do Estado estão amenizando os efeitos causados pela estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul no início do ano. O volume têm sido suficiente para restaurar a umidade e repor parte dos açudes.
Segundo a Emater, os bovinos de corte foram beneficiados, mas o impacto não é imediato e o gado está apenas mantendo o peso, já que as pastagens de verão, como o sorgo forrageiro, estão em final de ciclo. Mas o assistente técnico da instituição em Bagé, Fábio Schlik, explica que o clima está beneficiando a implantação das pastagens de inverno.
- Temos umidade no solo, temos temperaturas interessantes para estas pastagens, pois não são muito baixas, e temos boa insolação. Estas pastagens estão se estabelecendo em boa forma – avalia.
A expectativa é que a retomada da engorda do gado ocorra a partir deste mês, quando estarão aptas as pastagens de azevém e aveia.

FONTE: CAMPO E LAVOURA

BOI GORDO - Entrevista com Caio Junqueira



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

BOI GORDO - Segundo semestre, o que esperar?

O primeiro semestre tem sido lento, com pouco volume e baixa volatilidade. Foi marcado por uma safra com baixo volume de animais terminado disponíveis e consumo enfraquecido. Apesar disso, mesmo com altos preços alcançados pela carne nas gôndolas dos supermercados, a pequena oferta de animais terminados acabou dando suporte às cotações. O ano teve início com o boi casado em R$6,05/kg. Hoje, início de maio, ele está em R$6,20/kg, alta de 3,5%. Já a arroba do boi gordo em São Paulo iniciou 2011 nos R$101,00/@ e hoje encontra-se no mesmo patamar de negociação. Pois é, onde está a safra?

A situação não é fácil para os frigoríficos que, pela primeira vez na história, tiveram que encarar uma safra com o boi acima dos R$100,00/@ à vista em São Paulo. Estamos nos aproximando do fim do período e o boi ainda não conseguiu cair consideravelmente.

De acordo com o histórico da arroba, nos últimos dez anos a média de preços no segundo semestre foi mais alta do que aquela observada no primeiro semestre. A isto chamamos sazonalidade, ou seja, safra e entressafra. Desde 2001, os preços do segundo semestre caíram apenas em 2005, quando tivemos o surto de febre aftosa no Mato Grosso do Sul (bata na madeira três vezes,) e em 2009, quando colhíamos os reflexos da crise mundial que enxugou o crédito da praça e fez paralizar mais de 50 plantas frigoríficas. Acredito que esses sejam motivos bons o suficiente para justificar a “ausência” de efeito sazonal sobre as cotações.

Somente este estudo histórico já sugere preços mais altos para o segundo semestre, mas temos outras questões que podem colaborar.

De acordo com a Bigma Consultoria, que apura custos de produção da atividade pecuária, a projeção é de um aumento de 45% sobre os mesmos para o segundo semestre de 2011. Não bastasse a queda de 20% para o volume de animais confinados no ano passado, mesmo com a arroba acima de R$100,00/@ à vista durante praticamente o ano todo, o estímulo é arrefecido pela alta dos custos.

Além disso, outra coisa preocupa: hoje o mercado futuro não remunera bem a entressafra e precifica uma alta de apenas 1,5% para outubro, outro fator que não estimula os potenciais confinadores.

Pesquisas de intenção apontam alta de até 10% para o volume de animais confinados no País, entretanto, esse resultado nem chega perto de recuperar a queda ocorrida em 2010.

Parece um mercado firme, não? A não ser que o consumo interno e as exportações resolvam enfraquecer fortemente neste segundo semestre devido, principalmente, aos preços. Eles têm realmente intimidado o produtor em alguns momentos. Outra possibilidade é que o volume de animais confinados surpreenda e consiga anular a queda ocorrida em 2010, mas com as projeções de custos e de preços apontadas pelo mercado futuro, fica a grande interrogação no ar.

Por enquanto parece mesmo um mercado altista!

FONTE: www.agroblog.com.br / autor Lygia Pimentel

Indústria faz mapa do risco para exportar


Objetivo é identificar municípios em que incidência de excesso de medicamentos na carne é menor

Diante dos custos e dificuldades de se adequar aos novos padrões americanos de resíduos de medicamentos na carne, os frigoríficos brasileiros estão mapeando os municípios em que o rebanho apresenta maior risco de gerar excessos de produtos veterinários.
As diferentes práticas e períodos de vacinação, aplicação de medicamentos e abate dos animais podem interferir no nível de resíduos dos produtos finais.
Parte da timidez dos grupos brasileiros em retomar as exportações reside na falta de segurança de que, seguindo as orientações da indústria veterinária, não haverá problemas com os produtos de carne. “Fizemos mais de 60 mil testes em bois e carnes e,mesmo seguindo a bula dos medicamentos, houve excesso de resíduos no produto final”, diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli.
Por isso, há quem defenda uma moratória branca às exportações para os Estados Unidos.
O objetivo seria evitar que novos problemas como os ocorridos no ano passado se repitam, prejudicando ainda mais as relações com as autoridades e os clientes americanos.
O principal problema continua sendo a ivermectina, um vermífugo extremamente comum e sem patente. Para que a carne não apresente excesso de medicamentos, eles devem ser aplicados respeitando-se o prazo de carência para que sejam parcialmente eliminados do organismo do animal.
A indústria veterinária garante a segurança dos produtos legais,mas ressalta que há muitas etapas no processo que podem apresentar falhas, desde a aplicação correta do produto no campo até o abate respeitando os prazos indicados. “Estamos à disposição para discutir a questão, mas é difícil crer que uma ciência tão conhecida como a veterinária seja responsável por todo esse desconforto para o país”, diz o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Emílio Salani.

FONTE: MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

Quais são suas expectativas para os preços da arroba neste ano? - resultados parciais

Lançamos hoje pela manhã no BeefPoint uma enquete para saber quais são as expectativas para os preços da arroba neste ano e já tivemos mais 50 participações. Veja os resultados parciais e participe preenchendo o formulário abaixo.

Gráfico 1. Qual será o MENOR valor da arroba durante a SAFRA de 2011?


Gráfico 2. Qual será o MAIOR valor da arroba durante a ENTRESSAFRA de 2011?


FONTE: SCOT CONSULTORIA

Melhora na demanda faz preços subirem no atacado de carne bovina

Alta de preços para o atacado de carne bovina sem osso de São Paulo.

De acordo com levantamento da Scot Consultoria, considerando a média de preços de todos os cortes pesquisados o aumento foi de 1,5% na semana.

O início de mês e a proximidade com o Dia das Mães dão ânimo ao consumo.

A demanda por cortes de traseiro, que desde o início do ano apresentava dificuldade no escoamento, melhorou e pela segunda semana seguida os preços subiram.

Considerando somente esse tipo de produto a alta foi de 2%, em média, com cortes como contra filé e miolo de alcatra apresentando valorização de 3,5% e 5,0%, respectivamente.

Com a maior oferta de animais terminados, a melhora na demanda é que tem dado sustentação ao mercado do boi gordo.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

Mercado de reposição aquecido em Santa Catarina

Um programa de financiamento do governo, para pagamento em até seis anos, incentiva a compra de animais de reposição em Santa Catarina.

O foco é comercialização de bezerras.

No último mês, os preços de todas as categorias subiram, com destaque para o bezerro desmamado, com alta de 7,4%, cotado em R$710,00/cabeça, segundo levantamento da Scot Consultoria.

Desde o começo do ano, os animais de reposição estão mais valorizados frente ao boi gordo.

FONTE SCOT CONSULTORIA

quarta-feira, 4 de maio de 2011

BOI GORDO - Mercado do boi gordo segue sustentado com aumento de oferta e demanda aquecida

Boi Gordo: frio faz aumentar a oferta de animais no mercado e frigoríficos pressionam referência de R$ 100,00/@ para baixo. Em contrapartida, o início do mês e véspera de dia das mães aquecem a demanda.




Com a queda de temperatura nas principais regiões produtoras, a oferta de animais disponíveis no mercado começam a aparecer, já que as pastagens ficam mais compromentidas com as atuais condições climáticas.

A referência da arroba em São Paulo ainda segue nos patamares de R$100,00 à vista, embora os frigoríficos insistam com a pressão baixista nos principais estados produtores. "Mas, com preços abaixo dos cem reais quase não há negócios", diz o consultor da Scot Consultoria Alex Santos Lopes.

Em contrapartida ao aumento da oferta, também há sinais de melhora no lado da demanda por carnes com o início do mês e com a aproximação do Dia das Mães, fator que dá sustentação ao mercado. "Agora, é importante esperar o comportamento da oferta e demanda na próxima semana. Vamos ver se esse aumento de oferta é mais pontual ou se ele vai perdurar e como vai ficar a demanda após o início de mês", comenta.

Fonte: Notícias Agrícolas // Marília Pozzer

Valorização do bezerro nas praças do Sul

O mercado de reposição está aquecido no Sul do país e o preço do bezerro de desmama subiu nos três estados da região.

De acordo com levantamento da Scot Consultoria, na última semana a valorização foi de 3,6%, 1,4% e 2,9%, respectivamente para o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Considerando um animal de 165kg, as cotações são de R$580,00, R$720,00 e R$710,00 por cabeça, para as praças citadas acima, respectivamente.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mercado do boi gordo segue bastante pressionado com poucos negócios realizados

Pressão segue forte no mercado do boi gordo, com poucos negócios realizados. A grande expectativa da semana é saber se os frigoríficos vão continuar com a pressão de baixa ou se voltam aos preços praticados na semana passada.



Mercado do boi gordo inicia a semana bastante pressionado, com poucos negócios realizados. Nas principais praças produtoras, os preços recuaram de dois até quatro reais nas cotações do mercado de balcão.

O mercado atacadista trabalha em ambiente muito firme como se esperava com o início de mês, o que deve dar sustentação às cotações e inclusive despertar um maior apetite de compra por parte da indústria.

Para a analista da Indusval Corretora, Renata Fernandes, a grande expectativa da semana é saber se os frigoríficos vão continuar com a pressão de baixa ou se voltam aos preços praticados na semana passada, acima dos atuais. " Nesta semana, com a oferta baixa, o mercado deve se manter estável. Para o mercado futuro que está um pouquinho descolado do mercado à vista, pode inclusive ocorrer reajuste", conclui.

Fonte: Notícias Agrícolas // Marília Pozzer

Leilão em D. Pedrito/RS




Leilão em D. Pedrito/RS
O tradicional leilão de Produção PAP Villamil, ocorrido, na sexta-feira, em Dom Pedrito, comercializou R$ 655,05 mil com a venda de 1.112 animais. O preço médio do quilo vivo dos terneiros ficou em R$ 3,80, com valor top de R$ 4,15. A média para as terneiras foi de R$ 3,91, com máxima de R$ 4,92.

Litoral vende 550 animais




Litoral vende 550 animais

A Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas de Santo Antônio da Patrulha/RS faturou R$ 448,33 mil para 550 animais, no sábado. O preço médio do quilo vivo dos machos fechou em R$ 4,30, com o pico de R$ 5,03. Nas terneiras, a média foi de R$ 3,30 e nas vaquilhonas, de R$ 3,40. As informações são do Morungava Remates.

Boi gordo: indicador e BM&F recuam

Nesta segunda-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista permaneceu estável, sendo cotado a R$ 103,22/@. O indicador a prazo registrou variação negativa de R$ 0,56, sendo cotado a R$ 106,01/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio



Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 02/05/11



Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para maio/11



Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Tabela 3. Atacado da carne bovina



Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico



O indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 765,49/cabeça, registrando desvalorização de R$ 5,76. A relação de troca foi calculada em 1:2,22.

Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista (R$/cabeça)x relação de troca (boi gordo de 16,5@ por bezerros)

FONTE: BEEFPOINT

Ministério adota formato eletrônico para controle do trânsito de animais

Informações da guia informatizada serão reunidas em um banco de dados único para todo o Brasil

Marcos Giesteira

Ribeirão Preto (03/05/2011) - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, assinou a Instrução Normativa, que define os critérios da Guia de Trânsito Animal (GTA) em formato eletrônico. A assinatura ocorreu na manhã desta terça-feira, 03 de maio, na abertura da ExpoZebu, em Uberaba (MG). O modelo e-GTA será adotado para movimentação de animais vivos, ovos férteis e outros materiais de multiplicação animal em todo o território nacional.

“Já estamos com um núcleo experimental em Alagoas e agora vamos estender para todo o país. Queremos ter as informações da movimentação de gado no Brasil inteiro. Nossa pecuária é de ponta. Hoje Temos progresso tecnológico, protagonismo econômico e, portanto, precisamos ter o que há de melhor”, disse Wagner Rossi. A e-GTA será expedida por sistema informatizado, utilizado pelo Ministério da Agricultura. As informações serão transmitidas à Base de Dados Única, em até 24 horas após a sua emissão, onde poderão ser consultadas e atestada a autenticidade do documento.

“Com a criação da Base de Dados Única poderemos saber, antes da emissão, se o produtor e o estabelecimento de destino realmente existem e, após a movimentação, se a carga foi recebida no local previsto. Também vai permitir mais agilidade na fiscalização, pela facilidade de consultar os dados de trânsito dos animais”, afirma o coordenador de Trânsito e Quarentena Animal (CTQA) do Ministério da Agricultura, Bruno Cotta.

O documento eletrônico vai conter informações referentes à carga a ser movimentada, como espécie; origem; destino; quantidade por sexo e faixa etária; finalidade do trânsito e identificação do emitente e do local de emissão e as datas de emissão e validade.

O procedimento de emissão via sistema informatizado já era realizado em alguns Estados do Brasil, mas não existia um sistema central que reunisse os dados nacionalmente. O modelo de GTA em papel continuará sendo utilizado onde não for possível a adoção do formato eletrônico. Nesses casos, as informações referentes à movimentação deverão ser inseridas na base de dados do Estado e enviadas posteriormente à Base de Dados Única.

A emissão e impressão da e-GTA deverá ser autorizada com base nos registros sobre o estabelecimento de procedência da carga e no cumprimento das exigências de ordem sanitária definidas para cada espécie.

A e-GTA deverá ser baixada pelo Serviço Oficial do Estado de destino após a comunicação de chegada da carga pelo destinatário e, quando necessário, o seu cancelamento será feito pelo Serviço Oficial responsável pela emissão. A guia poderá ser baixada, também, pelos estabelecimentos de abate ou pelo produtor de destino mediante permissão do Serviço Estadual de Sanidade Animal.

Saiba mais

A Guia de Trânsito Animal (GTA) é o documento oficial e obrigatório para o transporte de animais no Brasil, exceto de cães e gatos. Nela, estão contidas informações sobre a origem e o destino, bem como a finalidade do transporte animal. Cada espécie animal possui uma norma específica para a emissão da guia de trânsito, que é feita mediante o cumprimento de condições sanitárias.

A GTA é um importante instrumento de defesa agropecuária, pois auxilia o Serviço Veterinário Oficial na tarefa de evitar a introdução e a disseminação de doenças que possam pôr em risco a população ou causar prejuízos aos produtores.

FONTE: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA