quinta-feira, 16 de junho de 2011

Exportações de carne bovina uruguaia em junho

De acordo com Instituto Nacional de Carnes (INAC) o Uruguai exportou durantes as duas primeiras semanas de junho cerca de 1,4 mil toneladas de carne bovina.

Durante o mesmo período em 2010, as exportações chegaram a 4,7 mil toneladas, cerca de 70% mais.

A queda de volume exportado vem ocorrendo desde o início do ano. No acumulado de janeiro a maio deste ano as exportações somam 142 mil toneladas, ante 180 mil toneladas exportadas durante os cinco primeiros meses de 2010.

A Rússia e União Européia seguem como os principais destinos da carne uruguaia. No acumulado de 2011, Rússia e União Europeia importaram cerca de 48 mil e 28 mil toneladas, respectivamente.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

ACRIMAT mostra concentração de frigoríficos durante Feicorte

O superintendente da associação fez palestra durante a feira internacional que acontece em São Paulo
Cuiabá (MT), 16 de junho de 2011 - A Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat está participando da 17ª Feicorte – Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne, realização do Agrocentro, que acontece no Centro de Exposições Imigrantes, em São (SP), de 13 a 17 de junho.
Considera um dos principais eventos da cadeia produtiva da carne a Feicorte reúne os melhores selecionadores e criadores, raças e empresas que atuam na pecuária de corte. “Esse é um evento onde se discute os principais temas da pecuária de corte do país e a concentração das indústrias frigoríficas, formando muitas vezes verdadeiros monopólios, é extremamente prejudicial para o produtor e consumidor”, considerou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, convidado pela organização do evento, para fazer a palestra com o tema “concentração da indústria frigorífica no estado de Mato Grosso”.

“A concentração de frigoríficos não é privilegio de Mato Grosso, mas a situação no estado é grave e chega, muitas vezes, a 100% de capacidade de abate nas mãos de apenas um frigorifico em determinadas regiões”, disse Vacari. Juntas, apenas três grupos detêm 70% da capacidade de abate de Mato Grosso. O JBS/Bertin fica com a maior fatia, 45% do total do Estado, com 15 plantas instaladas sendo 10 em funcionamento, mas na região Nordeste ele é absoluto com 100% da capacidade. A empresa Brasil Foods, representa 13% da capacidade de abate do estado, com suas duas plantas funcionado e o Marfrig com 12%, também com duas plantas em funcionamento.
”O monopólio é prejudicial para o produtor, onde o frigorifico paga o que quer pela arroba, e também para os consumidores, que não tem opção de compra de marcas diferentes”, ressalta o superintendente da Acrimat.

Levantamento solicitado pela Acrimat ao Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) mostra que com o apoio de capital privado e o BNDES em nove anos (de 2000 a 2008) Mato Grosso ganhou 10 novas plantas. De 24 plantas e capacidade de abate de 22.216 cabeças/dia em 2000, passou para 34 plantas e capacidade de abate de 34.816 cab/dia em 2009. Hoje a capacidade total de abate registrada de Mato Grosso é de 34.406 cabeças por dia, mas efetivamente apenas 16.430 cab./dia estão sendo abatidas. Das 40 plantas, somente 23 estão em operação, devido aos processos de recuperação judicial por que passam os frigoríficos.

Vacari aponta algumas alternativas para reverter a situação, entre elas políticas públicas, “pois hoje o BNDES elegeu dois grandes frigoríficos para investir pesado, mas é necessário contemplar também os frigoríficos menores”. Ele disse ainda que fomentar o funcionamento de pequenas e médias empresas ajuda na econômica e desenvolvimento dos municípios onde atuam como acontece hoje na Argentina e no Uruguai. “Além disso, podem ser feitas parcerias mercadológicas entre produtores, pequenos frigoríficos e supermercados”, sugere.
Fonte: Assessoria de Imprensa

Russos se dizem insatisfeitos com ações brasileiras para tentar reverter embargo

Apesar de ontem ter sido feriado na Rússia, a autoridade sanitária daquele país, o Rosselkhoznadzor, publicou uma nova carta acusando o Brasil de não ter realizado os procedimentos de produção de carne de acordo com as normas e exigências do importador, que é o maior cliente do Brasil nessa área. A autoridade mostrou que sente "grande lástima" pelo fato de, após ter ameaçado suspender a importação de carnes do País a partir de amanhã, dos Estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, o governo brasileiro ter "desencadeado na imprensa" uma "ampla campanha informativa, acusando a Rússia de protecionismo e falta de objetividade.

Por meio de nota divulgada na tarde de hoje, o Ministério da Agricultura voltou a rebater acusações feitas pela autoridade sanitária russa, o Rosselkhoznadzor, no episódio que culminou na decisão de suspender a importação de carne brasileira. Mesmo assim, a pasta reforçou que, em conjunto com o setor exportador, está confiante de que as negociações com a Rússia serão bem sucedidas e que o embargo será suspenso.

"Com base nos argumentos e providências adotadas, o Ministério solicitou a revogação da suspensão temporária das exportações dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso", segundo o comunicado. Este também foi o posicionamento do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, apresentado pela manhã em relação ao problema, apesar do descontentamento dos importadores, expresso por meio de nota divulgada pela autoridade sanitária daquele país ontem.

O Ministério disse que foi enviada às autoridades russas uma carta da Secretaria de Defesa Agropecuária reiterando todas as medidas adotadas pelo ministério para atender às normas da União Aduaneira (UA). No documento, conforme o comunicado brasileiro, há também a "correção de todas as não conformidades mencionadas no relatório técnico russo recebido na semana anterior".

Além disso, a correspondência também encaminha o resultado das supervisões realizadas em todos os estabelecimentos exportadores de carnes auditados pela missão russa ao Brasil no período de 3 a 15 de abril. Contém, ainda, informações com as avaliações dos demais exportadores brasileiros.

A nota traz também que todas as observações de não conformidade com as normas da UA foram totalmente atendidas e os procedimentos, adequados aos requisitos russos. Além de documentos, o ministério encaminhou uma nova lista de estabelecimentos que atendem os critérios do país importador, conforme acerto entre as partes feito em reunião de maio, em Moscou. Apesar de os russos terem comentado sobre uma reunião para o final de junho, o governo brasileiro solicitou um encontro já na próxima semana, na capital russa.

O documento de três páginas do Rosselkhoznadzor deixa clara a insatisfação dos russos com a forma com a qual o Brasil vem lidando com a situação. "É pouco promissora a tentativa de transferir problemas reais existentes do campo técnico para o campo informativo-político", disse a agência sanitária. Conforme o texto, a solução dos problemas de garantia de segurança de produtos alimentícios brasileiros importados pela Rússia só será possível pelo caminho da organização de negociações e consultas em nível técnico e de especialistas.

Como havia dito o ministro brasileiro na semana passada, o Rosselkhoznadzor salientou que o Brasil não é um país inseguro em matéria de epizootias. A agência salientou, porém, que, em particular, há constantes focos de doenças perigosas no Brasil como a febre aftosa e surtos de outras doenças de animais que podem ser perigosas para o homem. "Segundo resultados de monitoramento de segurança de produtos inspecionados brasileiros exportados para a Rússia, várias vezes foi detectada contaminação microbiana em lotes inspecionados de produtos que chegam à Rússia", continua o documento, citando como exemplo salmonella, listeria, coliformes, microorganismos aeróbicos mesófilos e facultativos-anaeróbicos. Também teriam sido detectados vestígios de agentes farmacológicos.

Cotas e apoio a entrada da Rússia na OMC

Os exportadores brasileiros de carne suína desistiram de pedir à Rússia que mude seu sistema de cotas de importação do produto. "Não seremos um empecilho à entrada da Rússia na OMC", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), numa referência às negociações entre o Brasil e o país sobre o apoio brasileiro à acessão russa na Organização Mundial do Comércio.

A decisão, tomada pelo conselho da Abipecs e associados, mostra uma mudança de postura dos exportadores de carne suína depois que a Rússia impôs um embargo a 85 estabelecimentos brasileiros exportadores de carnes. Vinte de carne suína foram afetados.

A Abipecs reivindicava o fim da definição geográfica dentro da cota. Por esse critério, a Rússia propõe que 60% da cota de 472 mil toneladas de carne suína sejam destinados aos Estados Unidos e União Europeia. As cerca de 170 mil toneladas restantes fazem parte da rubrica "outros países", ao qual o Brasil tem acesso.

Nas negociações para apoiar a entrada da Rússia na OMC, os exportadores - e o governo brasileiro - defendiam que a cota seguisse o critério de Nação Mais Favorecida (NMF), isto é, o importador russo que a tiver pode comprar de qualquer país. O pedido afetou as negociações relativas à OMC. "Ficamos numa posição muito fragilizada diante do câmbio ruim, do milho caro e da falta de respostas [do governo brasileiro] aos questionamentos russos", disse Camargo Neto, justificando a mudança de postura.

A decisão da Abipecs não significa que o governo brasileiro seguirá o mesmo caminho.

As informações são da Agência Estado e dO Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Boi/CEPEA: Preços da arroba voltam a cair

Apesar de a oferta de animais prontos para abate ter voltado a ficar limitada no mercado brasileiro, os preços da arroba registraram ligeiras quedas nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, as efetivações no mercado pecuário têm refletido basicamente as especialidades de cada transação. Entre 8 e 15 de junho, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (à vista, CDI – São Paulo) caiu 1,33%, passando para R$ 96,84 nessa quarta-feira, 15 – no acumulado de junho, o Indicador registra queda de 1,8%.

Cepea/Esalq

Pecuarista poderá ser credor prioritário quando da falência de frigorífico



A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou, nesta quinta-feira (16), projeto que dá prioridade aos pecuaristas no recebimento de dívidas existentes junto a frigorífico em processo de falência. A matéria segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde receberá decisão terminativa.

O autor do projeto (PLS 226/2011), senador Acir Gurgacz (PDT-RO), explica que, em geral, os pecuaristas entregam o gado ao frigorífico sob promessa de pagamento futuro. No entanto, diz ele, tem sido frequente o fechamento da empresa abatedora antes da data prevista para pagamento pelos animais, o que obriga o agricultor credor a se inscrever "em longo e incerto processo" para recebimento da dívida.

Para amenizar o problema, o senador propõe que as dívidas do frigorífico junto aos pecuaristas sejam saldadas após o pagamento de dívidas trabalhistas e tributárias. Ele lembra que essa mesma alternativa já é dada ao produtor de sementes, quando é fornecedor a empresa que entra em processo de falência.

A relatora, senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), elogiou a proposta e apresentou voto favorável ao texto. A iniciativa também foi saudada pelos senadores Blairo Maggi (PR-MT), Ivo Cassol (PP-RO), Jayme Campos (DEM-MT) e Cyro Miranda (PSDB-GO).

O projeto altera o Código Civil (Lei 10.406 de 2002), incluindo em seu artigo 964, que trata dos créditos que têm privilégio especial, aqueles devidos por frigoríficos aos fornecedores de animais.

Agência Senado
Autor: Iara Guimarães Altafin / Agência Senado

Carne Pampa faz sucesso na Feicorte 2011


A segunda degustação da Carne Certificada Pampa durante a 17ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne foi um sucesso, reunindo nesta quarta-feira (15/06), na capital paulista, mais de duas centenas de pessoas no Espaço Carne, ação focada na demonstração dos trabalhos realizados pelas empresas, pecuaristas e todos os envolvidos na cadeia produtiva na busca pela excelência da carne brasileira.

Criador de Nelore em Feira de Santana (BA) e jurado da raça na Feicorte 2011, José Delsique provou a Carne Pampa pela primeira vez e ficou muito satisfeito. “É muito boa, macia e saborosa. Inegavelmente, é uma das melhores carnes do mundo”, ressalta o nelorista. Segundo ele, o Hereford é uma grande raça por sua história e seleção voltada para a produtividade.

Proprietário da empresa Boi no Rolete e responsável por assar a carne HB servida durante a degustação, Marcos Mangini conta que também surpreendeu-se com a qualidade do produto. “É muito macia e saborosa”, define o especialista, que tem mais de 10 anos de experiência no ramo.

De acordo com Guilherme Sangalli Dias, gerente executivo do Carne Certificada Pampa, é prioridade da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) o desenvolvimento do seu programa de carne de qualidade. “Entendemos que o caminho da valorização passa pelas principais cidades do Brasil, por isso estamos na maior feira de negócios da pecuária de corte do Brasil divulgando nosso produto e fomentando o cruzamento com as raças Hereford e Braford para a obtenção de carne com qualidade diferenciada”, ressalta Dias, lembrando que os produtores dessa carne no Rio Grande do Sul já obtém preço top de mercado.

Segundo ele, a ABHB está trabalhando para expandir o Programa Carne Certificada Pampa para São Paulo e para o Centro-Oeste brasileiro. “Já alinhavamos com o Frigorífico Marfrig um abate experimental no Mato Grosso do Sul, onde já existem grandes criatórios de Braford, e vamos buscar expandir o programa para lá também”, acrescenta Dias. O gerente executivo do Carne Pampa destacou ainda o feedback obtido durante as duas degustações realizadas no Espaço Carne da Feicorte 2011. “Pessoas que não conheciam as raças e provaram sua carne pela primeira saíram daqui extremamente satisfeitas”, completa.

Devido ao sucesso das duas degustações realizadas durante a Feicorte 2011, a direção do Agrocentro solicitou que a ABHB promova mais uma degustação da Carne Pampa, ação que ocorrerá na próxima sexta-feira.
FONTE: assessoria de imprensa da ABHB

Fundesa discute alternativas para a pecuária de corte

A Farsul sediou reunião do Conselho Técnico Operacional do Fundesa que discutiu o planejamento estratégico da cadeia gaúcha de carne bovina. Foi definida realização de um evento com foco na produção pecuária diferenciada do Rio Grande do Sul, nas questões sanitárias e no mercado externo e interno. O alinhamento retirado do evento será encaminhado à Câmara Setorial de carne bovina com objetivo de avançar na adoção de ações que atendam às necessidades do segmento.

Reunião das Associações de Raças
Farsul, Porto Alegre
(16/06/2011)

(E)Eduardo Finco, presidente do Núcleo do RS de Criadores de Mangalarga e Elizabeth Cirne Lima, presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Raças.
Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul
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(16/06/2011)

Jarbas Knor, presidente do Sindler; Elizabeth Cirne Lima, presidente Febrac; Carlos Sperotto, presidente do Sistema Farsul e Francisco Schardong, diretor administrativo da Farsul.
Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul
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(16/06/2011)

Critérios de entrada e saída de animais no Parque Assis Brasil foi um dostemas debatidos na reunião.
Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul
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(16/06/2011)

Carlos Sperotto, presidente do Sistema Farsul
Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul
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(16/06/2011)

(E)Elizabeth Cirne Lima; Carlos Sperotto, Francisco Schardong e Hermes Ribeiro
Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul
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(16/06/2011)

Representantes das associações de raças discutiram temas referentes à Expointer
Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul
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(16/06/2011)

(E)Elizabeth Cirne Lima, Carlos Sperotto, presidente Sistema Farsul; Francisco Schardong, diretor administrativo Farsul e Hermes Ribeiro, secretário Senar-RS
Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul

FONTE: FARSUL

Demanda por carne bovina segue enfraquecida

PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Mercado do boi gordo segue frouxo

A desvalorização no mercado físico também influencia as cotações futuras. Apesar de uma leve recuparação das cotações da BM&F hoje em relação ao último fechamento, os preços ainda seguem desvalorizados. A especialista em mercado pecuário da XP Investimentos, Lygia Pimentel, conta que a valorização entre safra e entressafra é uma das menores da história, levando em consideração os preços do mercado físico e futuro. O valor do boi para outubro, segue hoje em torno de R$ 100,90/@, valor considerado bastante baixo para entressafra. "Esse mercado futuro é o mais pessimista da história", reforça.
No mercado físico, os altos preços da carne vermelha e a concorrência com outros tipos de proteína mais baratas impedem a reação da demanda, que hoje é o principal fator de pressão do mercado. Nos próximos quinze dias, a previsão é de que haja uma seca mais severa, o que pode obrigar o pecuarista a desovar o restante do rebanho e aumentar oferta de animais terminados. Por outro lado, a demanda deve ficar enfraquecida na segunda quinzena do mês, deixando o mercado ainda mais frouxo.

Procuradoria arquiva inquérito contra BNDES em caso JBS

O Ministério Público Federal determinou o arquivamento do inquérito que tinha por objetivo apurar possíveis irregularidades na aquisição de debêntures (títulos de dívida) do frigorífico JBS pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Relatório do procurador da República Carlos Alberto Natal diz que a operação estava de acordo com a política estabelecida pelo governo federal. O texto pontua ainda que a situação financeira da JBS não era falimentar no momento da subscrição das debêntures em ações pela BNDESPar.

Há um ano, o banco comprou, por meio da subsidiária BNDESPar, o braço de investimentos do banco, praticamente todas as debêntures emitidas pela JBS para viabilizar a compra da Pilgrim's Pride, gigante americana de carne de frango. A operação somou quase R$ 3,5 bilhões e consolidou a expansão do grupo em outros mercados.

O apoio do banco ao processo de internacionalização do JBS tem sido alvo de críticas entre os concorrentes do frigorífico.

Com reportagem de São Paulo
FONTE: FOLHA.COM

Com crédito de R$ 123 bilhões, agropecuária vai buscar reforço


Plano Agrícola e Pecuário (PAP), a ser lançado amanhã (17), chega com reajuste para a produção comercial, mas financiará parcela menor da atividade

José Rocher

A agropecuária brasileira terá crédito de R$ 123 bilhões na próxima safra, o maior orçamento já conferido ao setor. O anúncio deve ser feito amanhã (17) pela presidente Dilma Rousseff, em Ribeirão Preto (SP), no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2011/12. Os bancos vão disponibilizar R$ 107 bilhões à agricultura comercial, 7% a mais do que em 2010/11. Os outros R$ 16 bilhões, destinados à agricultura familiar, devem ser confirmados em 30 de junho, também pela presidente, em Fran­cisco Beltrão, no Paraná. Às vésperas do lançamento do PAP, o setor produtivo avalia que o orçamento determinado pelo governo será pouco para sustentar a contínua expansão da produção. A meta do país é passar de 161 milhões para 176 milhões de toneladas de grãos ao ano dentro de um década.

“Houve só o reajuste da inflação do último ano”, disse o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Mene­guet­te, referindo-se aos R$ 7 bilhões acrescentados ao orçamento da agricultura comercial. O setor esperava R$ 120 bilhões para a produção comercial e cerca de R$ 20 bilhões para a agricultura familiar. Os juro padrão deve ser mantido em 6,75% ao ano, com taxas a partir de 0,5% para os pequenos produtores.

O crédito rural para 2011/12 é qua­­tro vezes maior que o de 2002/03, início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Equivale a 12 vezes a arrecadação do governo do Paraná neste ano. O último aumento ex­­pressivo no PAP foi em 2009/10, de 38%. No plano a ser anunciado amanhã, o reajuste fica abaixo do aumento verificado na produção de grãos –8,2% em 2010/11, atingindo 161 milhões de toneladas, conforme a Com­pa­nhia Nacional de Abasteci­men­to (Co­­nab).

Os produtores terão de recorrer mais a recursos próprios ou contratos com juros acima de 12% ao ano, afirma o economista Pedro Loyola, especialista em crédito rural e coor­­denador da Faep. Haverá maior disputa por recursos também devido a mudanças no sistema de financiamento, acrescenta. Ele refere-se à extensão do limite individual para R$ 650 mil em todas as culturas. “Com a nova re­­gra, um produtor de alho pode acessar o mesmo volume de recursos que um produtor de soja” , cita. A ampliação dos financiamentos para as culturas menos expressivas sem a elevação dos valores globais espalha a falsa impressão de que há mais crédito disponível, argumenta.

O orçamento do PAP influencia diretamente a economia do Paraná, estado líder na produção de grãos (20%). Pela participação na atividade e pela concentração de pequenos e médios produtores, o estado é o que mais utiliza o crédito rural. A estimativa do setor produtivo é que o Paraná deve acessar perto de R$ 25 bilhões em 2011/12. Oito em cada dez produtores tomam algum tipo de financiamento e 40% dos recursos usados no cultivo são do crédito rural, avalia a Faep.

Em Mato Grosso, líder na produção de soja (28%), apesar da dependência de financiamentos, o volume tomado do sistema oficial deve ser menor que o do Paraná. Os produtores mato-grossenses cultivam áreas maiores mas, em menor número, tomam parcela menos expressiva do crédito rural, por também estarem sujeitos ao limite individual de R$ 650 mil.

As cooperativas também mostram-se insatisfeitas com o volume de recursos anunciado pelo governo. “Ainda esperamos alguma surpresa antes do anúncio oficial do plano. Os R$ 107 bilhões para a agri­­cultura comercial e os R$ 16 bilhões para a familiar não atendem à necessidade do setor”, afirma o gerente técnico da Organi­za­ção das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra.

“Os programas de financiamento direcionados às cooperativas terão R$ 550 milhões a menos do que na última safra”, acrescenta. Em 2010/11, as empresas contaram com R$ 4 bilhões.

Na avaliação dos representantes dos produtores, o mercado está se encarregando de estimular a produção. Os preços da soja e do milho subiram 29% e 70% no último ano, atingindo R$ 40 e R$ 23 a saca de 60 quilos, respectivamente.

Colaborou Cassiano Ribeiro

Hora do Cade rejeitar a BRF já passou, diz Abipecs

"Não se pode esperar dois anos para colocar em xeque uma empresa que tem enorme influência no setor", afirma Pedro Camargo Neto


O momento de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitar a fusão entre a Sadia e a Perdigão já passou, na avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. A BRF - Brasil Foods, que surgiu com a fusão, é uma das associadas da Abipecs.

"Com o enorme atraso, perderam a força moral para impor tal medida. A hora de rejeitar a fusão, que é o que estão fazendo, já passou. Parece até que querem justificar omissões do passado nesta operação de fusão", disse o executivo. A fusão foi anunciada em maio de 2009. "Não se pode esperar dois anos para colocar em xeque uma empresa que tem enorme influência no setor com milhares de funcionários e produtores. Estão criando um tumulto", continuou.

O julgamento da união entre Sadia e Perdigão teve início na semana passada, com o voto do relator do caso, Carlos Ragazzo. Ele defendeu a reprovação do negócio e, em seguida, o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vista dos autos, suspendendo a avaliação por uma semana. O processo volta a ser analisado hoje. Para Camargo Neto, ao votar pelo veto à operação, o relator do caso está distanciado da realidade e sua atuação "parece um tanto quanto olímpica".

O presidente da Abipecs destacou que não se pode também esquecer que o negócio ocorreu quando a Sadia entrou em dificuldades financeiras. "Também aqui o governo perdeu a oportunidade de apoiar a Sadia, que tinha uma história importante e vivia um momento de crise. O BNDES se omitiu, embora tenha apoiado outras empresas do setor que não possuíam a mesma história da Sadia", comparou Camargo Neto.

Por fim, ele destacou que entre os acionistas da Sadia e Perdigão se encontram fundos de empresas estatais. "Isto é, o governo é o grande acionista e praticamente induziu a fusão. Agora, dois anos depois, solta o Cade uma medida olímpica desta. Lamentável", concluiu.

Paraná adere a programa de abate humanitário de animais

Médicos veterinários da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) estão sendo capacitados para assegurar o respeito, no Estado, às normas do abate humanitário de bovinos, suínos e aves. A fiscalização do abate segundo essas normas será incorporada a partir deste ano à rotina do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP) do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis). A previsão é que até o primeiro quadrimestre de 2012 todos os frigoríficos paranaenses já tenham aderido ao abate humanitário de animais de produção.

Esta semana, veterinários da Seab estão fazendo um curso de três dias, ministrado por dirigentes da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) - uma organização não-governamental que firmou parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O curso começou em Curitiba na terça-feira (14) e será encerrado nesta quinta-feira (16). Além da capacitação, o curso visa a conscientização das estruturas de governo e dos frigoríficos para a importância do tema.

Participam cerca de 48 profissionais, entre dirigentes e fiscais do serviço de inspeção estadual e federal. Ao longo do ano serão ministrados mais 50 cursos em todo o Estado. Eles serão levados a todas as regiões com concentração de frigoríficos e dirigidos aos funcionários desses estabelecimentos. Os participantes dos cursos regionais deverão ser multiplicadores das boas práticas de abate de animais para outros funcionários.

As orientações são passadas por meio de vídeos e manuais. Segundo a médica veterinária Charli Ludtke, coordenadora do Programa Nacional de Abate Humanitário e gerente de animais de produção da WSPA, o objetivo do material é conscientizar sobre a melhor forma de manejo e cuidados que se deve ter com os animais antes do abate.

"O que queremos é comprometer as pessoas envolvidas com o manejo dos animais em ambiente calmo e tranquilo, melhorando também as condições de trabalho das pessoas que trabalham no abate", disse Charli. Ele ressalta que toda a atividade precisa ser planejada e organizada, o que é bom também para a produtividade. "Animais mais calmos têm menor risco de lesões e, assim, de causar perdas econômicas significativas para os produtores e agroindústrias", acrescentou.

Segundo Charli, a interação do homem com os animais e a condução dos animais nas instalações tem de ser harmoniosa. E isso deve iniciar na propriedade, durante a criação, e persistit até o transporte e frigorífico.

Entre os princípios básicos que devem ser observados estão os métodos de manejo e instalações que diminuem o estresse e o sofrimento dos animais; emprego de pessoal competente, bem treinado, atento e cuidadoso; equipamento apropriado que seja ajustado ao propósito; insensibilização eficaz durante o abate, induzindo os animais à imediata perda da consciência e insensibilidade à dor; e garantia de que o animal não retorne à consciência até ocorrer a morte.

Para o chefe do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP), Horácio Slongo, o abate humanitário já existe no Paraná, com o banimento em muitos frigoríficos de técnicas arcaicas como a marretada ou excesso de choque nos animais. "O papel do médico veterinário é cuidar para que os animais sofram o menos possível no momento do abate", disse.

A coordenadora da WSPA ressalta que o abate humanitário também tem consequências econômicas, já que o animal que sofre menos estresse na hora do abate gera carne de melhor qualidade. "Um bovino estressado no momento do abate pode produzir uma carne mais escura e endurecida", afirma. No caso de suínos, a carne pode ficar mais pálida, mole e liberar muita água.

A implantação do programa de capacitação sobre o abate humanitário atende à Instrução Normativa 3 do Ministério da Agricultura e Abastecimento, de 2008, que determina as boas práticas em todo o País. Em função da parceria entre o Ministério e a WSPA, a capacitação da fiscalização está sendo levada aos estados e municípios brasileiros para que o serviço seja adotado e os treinamentos virem rotina nos frigoríficos.

FONTE: Agência Estadual de Notícias, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

UE não aceita proposta brasileira para alterar exigências da Cota Hilton


A União Europeia (UE) recusa a demanda do Brasil de modificar a definição da chamada Cota Hilton, pela qual o país tem direito a exportar - mas não consegue - 10 mil toneladas de cortes bovinos nobres com tarifa menor para o mercado europeu. Bruxelas diz, porém, estar "aberta a escutar" propostas brasileiras sobre "alguns aspectos técnicos da aplicação da cota".

Na prática, a resposta europeia pode se estender à frequente demanda brasileira para que a UE flexibilize suas exigências em relação à rastreabilidade de toda a carne bovina brasileira - não apenas à da Cota Hilton - destinada à exportação aos 27 países-membros do bloco.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil não preencherá o volume de exportações a que tem direito na Hilton. No ano-cota que se encerra este mês, o 2010/2011, o país só venderá cerca de 400 toneladas do volume total, ou seja 4%. No ano anterior, não chegou a 8% do total. A UE deixa claro que o volume é anual e não é possivel transferir as quantidades não exportadas para o ano-cota seguinte (julho 2011-junho 2012).

O Brasil tem ficado distante de cumprir a Hilton porque a UE exige, desde 2009, que os cortes vendidos dentro da cota sejam provenientes apenas de animais rastreados desde a desmama (10 meses de vida) e que sejam alimentados só a pasto, sem nenhum tipo de suplementação a partir de então.

Por isso, o governo brasileiro insiste com a UE para rever as condições para a exportação considerando que elas são hoje "irreais". Para o Brasil, a rastreabilidade especial exigida não é questão de sanidade, mas de mercado. O país reclama de discriminação, pois outros como EUA e Canadá vendem na Cota Hilton sem as mesmas exigências impostas aos brasileiros.

Para a União Europeia, são diversas as razões para o Brasil preencher apenas 4% do volume a que tem direito. Avalia que as exigências adotadas pelos europeus em 2008 limitaram o numero de fazendas brasileiras autorizadas a fornecer gado para abate e exportação da carne à Europa.

Além disso, afirma que não há muitos produtores interessados na utilização da cota respeitando as condições de rastreabilidade aceitas pelo Brasil desde 2005. Bruxelas argumenta que o aumento do consumo interno, o crescimento da demanda da carne brasileira por mercados como Ásia e Oriente Médio e uma taxa de câmbio desfavorável tornaram o mercado europeu menos atrativo para os exportadores brasileiros nos dois últimos anos.

Para a UE a resposta para mudar a definição da cota é clara: "A Comissão Europeia manteve contatos com as autoridades brasileiras sobre essa questão em 2010. A conclusão das discussões foi de que uma modificação da definição da Cota Hilton não é possível. No entanto, a Comissão continua aberta a escutar as propostas brasileiras sobre certos aspectos técnicos da aplicação da cota. Aguardamos propostas brasileiras".

No governo brasileiro, mesmo essa discussão limitada só pode ocorrer depois que o setor privado no Brasil decidir o que quer exatamente. É que até agora os produtores de carne bovina só ameaçaram pedir ao governo que denuncie a UE na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Se eles pedirem a abertura de disputa, o governo precisa preparar estudos, toda a argumentação, ver as despesas de custos de advogados, e tudo isso leva tempo", diz uma fonte.

O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio, rejeitou a alegação da União Europeia de que não há muitos produtores brasileiros interessados na utilização da cota Hilton. "Mercado a gente quer e o mercado está lá, mas nas condições impostas [pela UE], fica difícil alguém se interessar", afirmou Sampaio.

Nas discussões com a União Europeia, desde o fim de 2010, os representantes do governo brasileiro têm defendido a alteração da definição da Cota Hilton para o Brasil. O objetivo é desvincular o conceito de carne bovina de alta qualidade do processo de alimentação dos animais.

De acordo com Sampaio, os europeus sugeriram, como saída para a questão da suplementação, que os produtores brasileiros utilizem apenas produtos não processados como suplementação, tais como cana e silagem. Processados como farelo de soja, usados pelos pecuaristas brasileiros para a engorda dos animais no confinamento, não seriam permitidos.

Além disso, a UE sugeriu a definição do período do ano em que esses suplementos poderiam ser usados na alimentação. "Não concordamos com isso porque engessaria ainda mais", afirma o diretor-executivo. "Essa flexibilização que estão propondo não resolve o problema", acrescenta.

Segundo ele, o setor seguirá buscando uma mudança que permita tornar as exportações de carne na Cota Hilton atraentes. "Vamos fazer mais uma tentativa" e reafirmou que a alternativa de ir à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a UE por conta das exigências continua na mesa.

FONTE:Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Associação australiana diz que proibir a exportação de gado vivo à Indonésia não é a solução

A Associação Australian Beef defende a não proibição de exportações de gado vivo à Indonésia, acreditando que está proibição não solucionará os problemas. De acordo com Brad Bellinger, presidente da associação, o governo da Austrália sabe da crueldade contra os animais há mais de dez anos. “Em todos estes anos ninguém nunca fez nada para mudar essa realidade”.

“Proibir as exportações não resolve em nada o problema, apenas tira do mercado indonésio a carne bovina, o governo da Indonésia juntamente com o da Austrália deveriam oferecer treinamento aos funcionários dos abatedouros e exigir que estes lugares funcionem melhorem drasticamente suas instalações”, completa Bellinger.

Nos últimos dez anos a Austrália exportou mais de cinco milhões de bovinos vivos para a Indonésia, totalizando uma receita de mais de US $ 2 bilhões. A Austrália é o mais importante fornecedor de proteína animal da Indonésia.

Fonte: TheBeefSite

BOI GORDO - Entrevista com Lygia Pimentel

Boi: período seco nos próximos 15 dias pode obrigar pecuarista a desovar restante do rebanho e aumentar oferta de animais terminados. Demanda por carne continua fraca e deve piorar na segunda quinzena do mês.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Estudo aponta a existência de poder de mercado na relação entre frigoríficos e produtores rurais

Estudo elaborado pelos pesquisadores do Insper Rodrigo Moita e Lucille Goloni mostra que existe poder de mercado na relação comercial entre produtores rurais e frigoríficos no Estado de São Paulo. Os resultados indicam ainda que a recente onda de consolidação do setor não teve reflexo na conduta competitiva das firmas.

Para chegar a essa conclusão, foram analisados os preços mensais registrados no estado de São Paulo pelo período de 14 anos. O estado foi o escolhido devido a sua importância na produção de carne, por ser um centro formador de preço e por ser o maior exportador do Brasil. Além disso, é o único a disponibilizar publicamente os dados necessários para o levantamento.

“De acordo com o levantamento, os produtores rurais são muitos e distribuídos pelos principais estados produtores, enquanto que os frigoríficos são grandes e poucos”

De acordo com o levantamento, os produtores rurais são muitos e distribuídos pelos principais estados produtores, enquanto que os frigoríficos são grandes e poucos. Isso sustenta a hipótese de que a indústria tem a estrutura de um oligopsônio, um ‘oligopólio de compradores’, e que, portanto, tem potencial para exercer poder de mercado sobre os consumidores. “Como o grupo de compradores é menor, ele pode negociar em condições privilegiadas, definindo o preço de venda dos seus fornecedores, tendo, portanto, potencial para exercer poder de mercado sobre os pecuaristas”, explica Moita.

O pesquisador destaca que nos últimos anos o setor passou por um importante processo de consolidação e hoje o Brasil é um dos principais players mundiais. Dados da FNP Consultoria mostram que em 2009 o Brasil foi listado como o segundo maior rebanho, com aproximadamente 200 milhões de reses, e é, desde 2004, o maior exportador mundial de carne. “Nesse processo, tanto os produtores como os frigoríficos tornaram-se mais eficientes à medida que implementaram novas tecnologias para criação e abate de animais, melhorando assim a qualidade da carne e garantindo uma oferta mais constante ao consumidor final. Mas, apesar dessa evolução, a relação de poder continuou existindo e não sofreu alterações significativas. A questão, de acordo com Moita, é que enquanto os frigoríficos passaram de pequenos e pulverizados para grandes e estrategicamente localizados nas regiões de maior produção e consumo de carne, os pecuaristas continuaram espalhados pelo país com uma produção pequena por produtor.

Moita ressalta que há tempos se diz que a indústria frigorífica exerce poder de mercado sobre os produtores de gado de corte, no entanto, poucos trabalhos no Brasil procuraram analisar esta questão de modo rigoroso. O resultado vai contra levantamentos anteriores, que rejeitam a hipótese de poder de mercado no País.


Rodrigo Moita é Professor Assistente do Insper

Audiência discutirá operações do BNDES com o frigorífico JBS-Friboi

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vai realizar audiência pública para debater as operações de aporte de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao grupo JBS-Friboi. A data da audiência ainda não foi definida.

O deputado Moreira Mendes (PPS-RO), que sugeriu o debate, afirma que o BNDES já aportou mais de R$ 10 bilhões no grupo, “a maior parte via instrumentos de mercado, como compra de ações e debêntures com condições menos favoráveis do que as tradicionais linhas de crédito ofertadas pelo banco”.

“Tais aportes têm sofrido uma série de contestações”, diz o deputado.

Moreira Mendes lembra que, em 2007, as operações do BNDES em apoio ao JBS-Friboi e a outras empresas do setor frigorífico foram contestadas por não exigir garantias de responsabilidade ambiental. Em 2008, a Operação Santa Tereza da Polícia Federal investigou a intermediação de empréstimos do BNDES ao grupo. No mesmo ano, a Associação Brasileira de Frigoríficos protestou contra a política do BNDES para o setor, que teria levado ao aumento da concentração econômica.

Operações sob investigação
O deputado também cita reportagem do jornal Estado de São Paulo, de fevereiro de 2011, que informa sobre a abertura de inquérito pelo Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro, para averiguar possíveis irregularidades na aquisição de debêntures do grupo JBS-Friboi pelo BNDES.

Moreira Mendes ressalta ainda que, em maio deste ano, a imprensa levantou suspeitas sobre a operação de troca de debêntures por parcelas de posições acionárias do grupo JBS-Friboi e sobre a perda de recursos sofrida pelo BNDES em operação de compra de ações considerada desvantajosa.

Políticas de apoio
Os aportes do BNDES teriam ocorrido porque o setor de carnes foi eleito prioritário pela Política de Desenvolvimento Produtivo do governo federal e porque o JBS-Friboi foi considerado um grupo com potencial de expansão internacional (é apontado como o maior frigorífico de gado bovino do mundo). Segundo Mendes, a participação do BNDES chegou a 31% no grupo.

Moreira Mendes é relator de uma proposta de fiscalização financeira sobre os recursos do BNDES destinados ao financiamento de frigoríficos. A proposta (PFC 65/08) foi apresentada em 2008 e aguarda parecer da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

Serão convidados para a audiência da Comissão de Agricultura: o ministro da Agricultura, Wagner Rossi; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; e o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar.

Da Redação/PT

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'

Confira a entrevista na Feicorte 2011 - Feira Internacional de Pecuária de Corte

Código Florestal: debate sobre o futuro da pecuária, com a modificação do Código Florestal. Profissionais do setor acreditam na produção sustentável da carne bovina, com novas formas de manejo. Mas a conta não pode ser paga somente pelo pecuarista.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

CONGRESSO INTERNACIONAL DA CARNE 2011

FOTO DO CONGRESSO INTERNACIONAL DA CARNE 2011, REALIZADO DIAS 8 e 9 DE JUNHO DE 2011, NO QUAL TIVEMOS A OPORTUNIDADE DE ESTAR PRESENTE.
MUITO BOM !!!

URUGUAY - Atraso en exportación en pie

No hay cambio en política oficial, pero sí alta demanda

Los atrasos en el otorgamiento de nuevos permisos para la exportación de ganado en pie, no se deben a cambios en la política oficial, sino a una alta demanda de técnicos oficiales para el control de la operativa. El titular de la Dirección General de Servicios Ganaderos del Ministerio de Ganadería, Francisco Muzio, dijo a El País que "hubo una demanda importante de técnicos por el período de vacunación contra la aftosa (mayo) y por eso se registran atrasos en el otorgamiento de nuevos pedidos de parte de las empresas".

Luego que Uruguay fue reconocido por la Organización Mundial de Sanidad Animal (OIE) como uno de los pocos países en el mundo libres de encefalopatía espongiforme bovina o "vaca loca", la demanda por bovinos en pie se incrementó notoriamente. Incluso se está exportando ganado lechero hacia China y otros países con altos requisitos sanitarios. "Una cuarentena requiere de una atención especial por parte de los veterinarios, porque involucra a muchos animales", dijo Muzio. Un sólo problema haría perder los mercados.

FONTE: EL PAÍS

COTAÇÕES

FONTE: MEGAAGRO

terça-feira, 14 de junho de 2011

Nota Oficial do Ministério da Agricultura

Confira íntegra do esclarecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a respeito das informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura da Federação da Rússia

A respeito das informações divulgadas no site do Rosselkhoznadzor, do Ministério da Agricultura da Federação da Rússia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, esclarece:

• Na terça-feira, 14, foi enviada às autoridades sanitárias russas uma carta do Secretário de Defesa Agropecuária reiterando todas as medidas adotadas pelo Ministério no sentido de atender às normas da União Aduaneira, bem como a correção de todas as não-conformidades mencionadas no relatório técnico russo recebido na semana anterior.

• A correspondência também encaminha o resultado das supervisões realizadas em todos os estabelecimentos exportadores de carnes auditados pela missão russa no período de 3 a 15 de abril, assim como a avaliação dos demais exportadores brasileiros.

• Todas as observações de não-conformidade com as normas da União Aduaneira foram totalmente atendidas e os procedimentos, adequados aos requisitos russos. Anexo aos referidos documentos, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) encaminhou uma nova lista de estabelecimentos brasileiros exportadores que atendem aos critérios estabelecidos entre as autoridades sanitárias dos dois países, na reunião realizada no mês de maio, em Moscou.

• Com base nos argumentos e providências adotadas, a SDA também solicitou a revogação da suspensão temporária das exportações dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.

• Solicitou ainda a confirmação da reunião programada para a próxima semana em Moscou, oportunidade em que a delegação do Ministério da Agricultura reapresentará todas as respostas às questões técnicas mencionadas na nota divulgada no site da Rosselkhoznadzor.

• Os russos se comprometeram com o adido agrícola brasileiro em Moscou a confirmar a data da reunião tão logo seja recebida e analisada a documentação referida acima.

• O Ministério da Agricultura e o setor exportador estão confiantes em que as negociações serão bem sucedidas e que o embargo será suspenso.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Brasil consolidará liderança agrícola na safra 2020/21, prevê governo


Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Brasil deve avançar na consolidação de potência agrícola nos próximos dez anos e disputar a liderança na produção de alimentos com os Estados Unidos. A projeção é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que hoje (14) divulgou o estudo Projeções do Agronegócio 2010/11-2020/2021.

De acordo com o estudo, produtos agrícolas de alto consumo interno e já constantes da pauta de exportação brasileira tendem a ter aumento de produção, sobretudo por avanço tecnológico, e ganhar mais mercado.

A produção do algodão deve crescer 47,8% nos próximos anos e a exportação do produto (sem as barreiras comerciais americanas) em mais de 68%. O café terá aumento de produção em mais de 24% e a venda para o comércio exterior crescerá em quase 46%. Já a produção de soja subirá em cerca de 36% e a exportação em 39%.

“Os números são conservadores”, disse o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ao afirmar que a projeção feita pelos técnicos do Mapa e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) se baseou em resultados medianos.

De acordo com ele, a demanda por alimento está em expansão nos mercados interno e externo e os preços dos produtos agrícolas estão em ascendência, o que estimula a produção. “Isso não é uma situação circunstancial.”

O ministério avalia que o país manterá a dianteira na produção da carne de frango e carne bovina, e incrementará a produção de carne suína. No total, o país passará da produção atual de 24,6 milhões de toneladas de carne para 31,2 milhões de toneladas na temporada 2020/21 (crescimento de 36,5%).

Alguns produtos como leite e milho – cadeias produtivas nas quais Brasil não é líder de vendas - terão incremento significativo nas exportações. A venda de leite deverá crescer 50,5% (atingindo 300 milhões de litros) e a comercialização do milho crescerá em 56,5% (alcançado 14,3 milhões de toneladas).

Se o cenário se confirmar, o Brasil terá 12% do mercado de milho; 33,2% do mercado de grão de soja; 49% da participação da carne de frango; 30,1% da carne bovina e 12% da carne suína.

O crescimento das exportações será acompanhado da expansão do consumo interno, que continuará sendo o principal destino da produção: 85,4% do milho; 83% da carne bovina; 81% da carne suína; 67% da carne de frango; e 64,7% da soja.

Além de mais produção e mais vendas, o Mapa avalia que o país terá uma nova fronteira agrícola – batizada como Matopiba (formada pelo Maranhão, Tocantins, Piauí e pela Bahia). Essas áreas estão atraindo novas lavouras porque têm terras mais baratas que a Região Centro-Oeste e poderão aumentar a produção de algodão, frango, carne bovina e soja; além de celulose e papel.

O cenário otimista do Mapa poderá ser contrariado, no entanto, se houver nova recessão internacional, se as áreas agrícolas foram afetadas por problemas climáticos, ou se houver aumento de protecionismo, diz o coordenador do estudo, José Garcia Gasques.

Na próxima semana, o ministr Rossi estará na França, participando da reunião do G20 (20 principais economias do planeta) sobre a produção de alimentos. Ele não pretende criticar a política de subsídios da França e dos países europeus. “Reconheço o direito desses países de proteger seu produtores”, disse, ao adiantando que se empenhará para que haja maior flexibilização quanto aos produtos já importados. Rossi defende que o G20 crie instrumentos financeiros para proteger os países pobres da alta das commodities e que também seja criado um estoque mínimo emergencial para essas economias.

Edição: João Carlos Rodrigues

Carnes terão aumento de 27% na produção até 2021


Estudo realizado pelo Ministério da Agricultura e Embrapa aponta aumento de 6,5 milhões de toneladas no volume de carnes nos próximos dez anos


A produção de carnes de frango, bovina e suína deve ter um aumento de 27% na próxima década. A estimativa consta do relatório “Brasil - Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021” do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Hoje, a produção é de 24,6 milhões de toneladas, que passará para 31,2 milhões toneladas, ou seja, um acréscimo de 6,6 milhões de toneladas de carne à produção atual.

A maior variação positiva caberá à carne de frango, que chegará a 30 % no período 2020/2021. O cálculo refere-se à elevação da produção atual de 12,1 milhões de toneladas para 15,7 milhões de toneladas.


Depois do frango, figura a carne bovina, com aumento de 24% da produção. O volume produzido saltará de 9,2 milhões de toneladas para 11,4 milhões de toneladas. A projeção indica também que a produção de carne suína passará de 3,4 milhões de toneladas para 4,1 milhões em 2021 – um crescimento de 20,6%.

“Além do aumento da produção, do mesmo modo que no consumo de grãos, nas carnes, também haverá forte pressão do mercado interno. Desse modo, embora o Brasil seja um grande exportador de vários desses produtos, o consumo interno será predominante no destino da produção”, comenta o coordenador geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Gasques.

FONTE: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Autor: Guilherme Araújo

Bem estar animal influencia na qualidade da carne

Além de ser fonte de vitaminas, como a B12, a carne é fonte de proteínas, essencial para o crescimento de músculos, órgãos e todos os tecidos do corpo humano e necessita de manejo adequado para ser levada até o consumidor final.

Bem estar dos animais, melhores condições de trabalho, diminuição das perdas e maior produtividade: esses são os principais resultados de um manejo adequado e eficiente. A interação com os bovinos e a preocupação em desenvolver e adotar novas técnicas de manejo são fatores importantes para o bom desenvolvimento do rebanho.

“O manejo pré-abate é tão importante quanto as técnicas de inseminação, criação e abate dos bovinos, já que falamos em uma matemática simples - a forma como o animal é tratado é diretamente proporcional à qualidade da carne que ele irá produzir. Conforme estudos já bem aceitos, sabe-se que aproximadamente 50% das lesões de carcaça detectadas nos frigoríficos são originadas na fase de produção e de transporte”, afirma Tiago Arantes, médico veterinário e gerente de produto da Intervet/Schering-Plough Animal Health.

Estas e outras questões são importantes para manter a qualidade da carne ao chegar ao consumidor final, já que muito se discute a respeito dos benefícios da carne vermelha na saúde humana, principalmente para aqueles que querem levar uma alimentação saudável. Muitas vezes rotulada como alimento prejudicial à saúde, a carne é componente fundamental para um cardápio nutritivo, pois ela oferece muitos nutrientes essenciais ao organismo.

A carne é o alimento que contém a maior quantidade de ferro, importante para a prevenção de anemia, principalmente nos grupos de risco: crianças, gestantes e idosos em geral.

Um estudo europeu publicado em novembro de 2010, sobre hábitos alimentares, revelou que a ingestão de carne pode ser uma aliada na guerra contra a balança, principalmente quando se trata de manter o peso, sem engordar. A pesquisa foi conduzida por oito centros de pesquisa europeus e liderada por pesquisadores da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca. Chamado de Projeto Diogenes, o estudo envolveu 772 famílias com 938 membros adultos e 827 crianças. Os resultados desse estudo foram comentados em artigo da pesquisadora dinamarquesa Grethe Andersen.

A pesquisadora, que é professora doutora da Universidade de São Paulo (USP) na área de nutrição, avalia como positivo o hábito brasileiro de consumir arroz e feijão acompanhando a carne. Segundo ela, juntos, esses alimentos são capazes de trazer benefícios nutricionais para a saúde. Questionada sobre a vilania muitas vezes atribuída a carne vermelha para saúde, ela esclarece: “Consumir carne vermelha é muito importante, é necessário apenas optar mais vezes pela carne magra e não consumir em exagero, assim como qualquer outro alimento”, explica.

Os produtos de origem animal apresentam todas as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e as hidrossolúveis do complexo B. O mérito da carne bovina, como fonte de vitaminas, é a alta concentração e disponibilidade de vitaminas do complexo B, em especial a B12.

“Por todos estes motivos é importante manter o bem-estar do animal, manejo adequado, para garantir a qualidade deste alimento essencial á saúde humana que é a carne vermelha”, finaliza o médico veterinário.


FONTE: Alfa Press

Confira a entrevista com Renata Fernandes - Analista da Mesa de Boi da Indusval Corretora

Boi: pressão negativa na BM&FBovespa sem a expectativa de retomada da demanda por carnes. Com embargo Russo que começa oficialmente nesta quarta-feira(15) e preços atrativos das carnes concorrentes como frango e suíno, estoque de carne bovina pode crescer.




FONTE:NOTICIAS AGRICOLAS

Carnes: evolução da produção mundial entre 2001 e 2011 segundo a FAO

Pelas previsões da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em 2011 serão produzidas, mundialmente, 275,2 milhões de toneladas das carnes bovina, suína e avícola. Desse total, 40% virão da suinocultura, 36% da avicultura (carne de frango, principalmente, e de peru) e 24% da pecuária bovina.

Comparada com dados de 2001, a previsão atual sugere aumento de 25% na produção mundial, índice que corresponde a um adicional físico de 55,1 milhões de toneladas de carnes. O detalhe, nesse volume, é que a maior parte (30,6 milhões de toneladas, 56% do total) está representada exclusivamente pelas carnes avícolas. Ou seja: mesmo somados, os adicionais de carne bovina (5,4 milhões de toneladas, 10% do adicional total) e de carne suína (19,1 milhões de toneladas, 35% do total) ficam aquém do acréscimo proporcionado pelas carnes avícolas.

Em consequência, mudou significativamente o “mix” das três carnes na produção mundial. A participação da carne bovina recuou de 27% para 24%, enquanto a da carne suína caiu de 41% para 40%. Opostamente, a das carnes avícolas subiu de 32% para 36%.

Em 2001, o volume de carne avícola correspondeu a 76,5% do volume de carne suína. Em 2011, aceita a previsão da FAO, deve corresponder a mais de 90%. Mantido o crescimento médio desse período, dentro de cinco a seis anos as duas carnes estarão igualadas.
Fonte: AviSite

Desempenho das carnes nas duas primeiras semanas de junho

Entre 1 e 10 de junho de 2011, primeira e segunda semanas do mês e período com oito dias úteis (de um total de 21 dias úteis), as exportações brasileiras de carnes geraram, na média, receita cambial diária de US$62,395 milhões, valor 2,6% e 14,4% superior às receitas registradas, respectivamente, no mês anterior (US$60,839 milhões em maio de 2011) e no mesmo mês do ano passado (US$54,550 milhões em maio de 2010).

A média diária por ora registrada corresponde ao terceiro melhor resultado obtido pelas exportações de carnes nos últimos 32 meses. Nesse período, a receita alcançada só permanece aquém daquela registrada em março e abril deste ano (US$63,186 milhões e US$68,323 milhões, respectivamente).

Fonte: AviSite

Russos vão reduzir importação de carnes

A Rússia, um dos maiores compradores de carnes do Brasil, reduzirá significativamente suas importações nos próximos anos, levando à desaceleração na expansão do comércio global de carnes. A projeção é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO) no estudo “Perspectivas Agrícolas 2011-2020″, que será divulgado na sexta-feira.

Impulsionado pela expansão de embarques de frango e carne bovina, o comércio internacional de carnes deve crescer 1,7% ao ano no período, bem menos que a taxa de 4,4% por ano entre 2001-2010.

Essa desaceleração é atribuída em grande parte à menor demanda da Rússia. Até agora um tradicional grande importador de carnes, o país acelerou a política para expandir sua produção de carnes, a ponto de poder alcançar um “certo grau de autossuficiência e saldo exportável” em dez anos.

Significa que os problemas que a Rússia causa no momento aos produtores brasileiros, com o embargo à entrada de carnes de 85 unidades frigoríficas, tendem a aumentar com ou sem pretextos sanitários. Em todo caso, o Brasil estabelecerá sua posição como líder mundial nas exportações de carnes bovina e de frango, mas buscando novos clientes. O estudo prevê que consumidores adicionais estarão essencialmente na Ásia, América Latina e em países exportadores de petróleo.

O Japão continuará a ser o maior importador mundial de carnes em 2020, seguido por México e Coreia do Sul. A China também persegue sua política de autossuficiência. A expansão da indústria mexicana de processamento de alimentos deve reforçar a demanda de carne estrangeira, paralelamente ao declínio nas importações da Rússia. Na União Europeia, o declínio nas exportações serão acompanhadas pela expansão nas importações.

A grande maioria das exportações de carnes virá da América do Sul e do Norte, que representarão quase 84% do total do aumento dos embarques até 2020. O Brasil estabelecerá sua posição como líder nas vendas de carne bovina, atingindo 2 milhões de toneladas em 2020. Os EUA continuarão a expandir suas vendas no Pacífico.

As exportações de carne suína terão crescimento modesto no período, mas com mudanças significativas na composição das vendas. Os embarques da América do Sul e do Norte devem aumentar. As exportações do Brasil crescerão, mas também aumentará a demanda doméstica. O comércio da China, que faz metade da produção e do consumo, não deve ser alterada.

É esperada uma ligeira desaceleração no crescimento das vendas de carne de frango. Brasil e EUA vão reforçar seu domínio, com quase metade das vendas adicionais para os mercados mundiais.

O mercado de carnes é altamente fragmentado por restrições sanitárias. OCDE e FAO dividem o mercado de carne bovina por “rotas de aftosa e o resto do mundo”. Grandes exportadores como Brasil e EUA pertencem a diferentes circuitos, e seus preços nem sempre seguem os mesmos passos.

Os EUA garantiram o acesso para as carnes de Santa Catarina. Isso “provavelmente” vai intensificar a arbitragem de preço entre os mercados do Atlântico e do Pacífico. No caso da carne bovina, o impacto da abertura do mercado americano a produtores brasileiros pode resultar em maior competição para produtores que estão em áreas mais distantes, como a Austrália.

Tudo isso ocorrerá num cenário em que a produção mundial de carnes é projetada para crescer 1,8% por ano em média, frente a 2,1% na década precedente. A expansão virá de ganhos de produtividade, sobretudo para frango e suínos, nos países em desenvolvimento. Os preços devem continuar elevados, pela combinação de altos custos de produção, expansão dos estoques e a introdução de regras mais estritas nas áreas ambiental, de segurança alimentar, proteção animal e rastreabilidade. OCDE e FAO preveem alta nominal de 18% para a carne bovina, 26% para a de frango, 16% para a suína e 20% para a ovina.

FONTE: Valor Econômico

PECUARISTA SE APRESSA EM ENTREGAR GADO TERMINADO EM MT

As temperaturas caíram nesta semana em grande parte do
país, prejudicando a qualidade das pastagens e, apesar de esse "aperto" do
clima ter sido mais ameno em Mato Grosso, muitos pecuaristas procuraram apressar
a entrega de gado terminado, no intuito de evitar uma perda de rendimento
desses animais. Com isso, veio a pressão dos frigoríficos, com os compradores
reduzindo o preço pago pelo boi gordo.
A arroba, em Mato Grosso, que era cotada no início do mês de maio a R$
90,73/@, registrou na sexta-feira o preço de R$ 85,29/@, obtendo uma queda de
R$ 5,44/@ no período. E esse movimento pode ainda prosseguir no curto prazo,
principalmente devido à escassez de pastos em algumas regiões do Estado, em
função da morte súbita de pastagens, que favoreceu para o aumento no custo de
arrendamento. Razão de preocupação para muitos pecuaristas do estado, uma
vez que a demanda é alta em muitas regiões, fazendo com que muitos dos
negócios de arrendamento informados estarem girando entre R$ 10,00/cabeça/mês
a R$ 15,00/cabeça/mês neste ano.
Deste modo, os pecuaristas que trabalham utilizando-se deste sistema
poderão registrar uma diminuição nas margens de lucro, caso esse aumento não
se repasse ao restante da cadeia.

De acordo com os dados do Secex, a exportação mato-grossense de miúdos
encerrou o mês de abril com recuo de 18,16% (1.186 t) em relação ao mês
anterior. No entanto, quando comparado com o mesmo período do ano passado,
houve incremento de 32,36% no total exportado, a maior variação dos meses de
abril nos anos em análise.
Do total de miúdos exportados em abril, 77,51% foram destinados para a
China, a principal compradora desses produtos no Estado. Com isso, o principal
comprador do estado registrou queda no volume embarcado de 2,53% em relação a
março de 2011.
No acumulado de janeiro a abril deste ano, o embarque de miúdos totalizou
5.065 toneladas, incremento de 35,95% em relação a 2009,
maior volume registrado desde 2008. Em suma, o Estado vem representando uma boa
participação nas exportações de miúdos em relação ao total de embarques
no Brasil, com participação de 15,73%.

O ano de 2009 até novembro de 2010 foi marcado por uma valorização tanto
na arroba do boi quanto da vaca gorda, que costumam andar juntos. De novembro
do ano passado em diante ambos os preços têm mostrado desvalorização. Como o
descarte de vacas foi maior do que nos outros anos, esse aumento na oferta de
vacas resultou na queda do seu preço numa intensidade maior do que no preço da
arroba do boi.
Essa situação faz a diferença entre os preços aumentar. Neste último
mês de maio a arroba do boi gordo fechou com média de R$ 88,05/@, queda de
3,8% com relação a abril, enquanto que a vaca gorda fechou a R$ 78,91/@,
representando queda de 3,51%.
Desde abril deste ano, a arroba do boi gordo mostrou desvalorização com
intensidade um pouco maior, o que fez a diferença entre eles também cair para
11,58% neste mês de maio.
A arroba do boi gordo encerrou a semana anterior com média de R$ 85,50/@
apresentando uma variação negativa de R$ 0,56/@, desvalorização de 0,65% com
relação à semana anterior. A arroba da vaca gorda fechou a semana a R$
77,30/@, aumento de 0,16% com relação à semana passada, o que representa
variação positiva de R$ 0,13/@.

Noroeste: Apresentando uma valorização de 0,06% com relação à semana
passada a arroba do boi encerrou a semana cotada a R$ 85,39, aumento de R$
0,05/@.

Norte: A arroba do boi gordo fechou a semana cotada a R$ 86,23, com aumento
de 0,71% com relação à última semana. Negócios foram fechados em Nova
Canaã do Norte a R$ 87,00/@, na sexta-feira.

Nordeste: Nesta região a arroba terminou a semana cotada a R$ 84,10, com
variação negativa de 1,02%. Na cidade de Canarana foi registrada negociação
de R$ 86,00/@ na segunda-feira.

Médio-Norte: A arroba do boi gordo apresentou média semanal de R$ 85,86,
diminuindo R$ 0,89 se comparada à semana passada.

Oeste: Com desvalorização de R$ 0,67/@, o boi gordo encerrou a semana com
a arroba sendo cotada a R$ 85,45. Houve registros de negociações na cidade de
Pontes e Lacerda a R$ 88,00/@ à vista. A melhor precificação registrada
ocorreu em Araputanga, com preço de R$ 89,00/@ à vista na terça-feira.

Centro-Sul: O boi gordo encerrou a semana na região centro-sul com um
preço médio de R$ 86,30/@, queda de R$ 0,89/@ em relação à semana passada.
Houve registros de negociações na cidade de Cuiabá, a prazo, de R$ 89,00/@.

Sudeste: A arroba do boi gordo finalizou a semana sendo comercializada a R$
85,62, com desvalorização de R$ 0,28
em relação à última semana. Foram registradas negociações à vista de R$
87,00/@ na cidade de Rondonópolis na sexta-feira, dia 10/6.

Dentre a série histórica analisada pelo Instituto, no mês de abril foi
registrado o pico no preço nominal médio da vaca solteira, chegando ao máximo
de R$ 838,66/cab. Porém, o preço médio da vaca magra encontrada no Estado
hoje é de R$ 830,65/cab, alta de 13,78% acima de junho de 2010 e uma redução
de 0,44% em relação ao mês passado.
Essa mudança nos preços para o gado para reposição nos últimos meses
se deve muito à baixa no preço da arroba do boi e da vaca gorda, que garante
pouco suporte para a venda do pecuarista e desaquece o mercado de reposição.
Pode-se comprar hoje no Estado uma vaca magra com a venda de 10,74 arrobas de
vaca gorda à vista, enquanto no mês passado a relação de troca era 10,57,
isso após o recuo de 2% no preço da arroba.

Logo após a etapa de vacinação contra febre aftosa no final de maio, os
produtores procuram otimizar o manejo do gado e aplicam produtos como o Barrage,
um importante inseticida, mosquicida e carrapaticida. Em uma relação de troca
entre o Barrage tipo pulverização e a arroba do boi gordo, entre o final do
ano passado e o mês de março, a média se manteve estável a 2,50 litros por
arroba.
Nos meses seguintes, a relação de troca recuou 1,39% em abril e no mês
passado 6,47%. O preço deste produto no Estado hoje é de R$ 37,90 por litro,
2,28% maior que no mês anterior. Apesar disso, essa variação no preço do
Barrage não foi a maior responsável pela oscilação na relação de troca,
mas sim a arroba do boi gordo que registrou queda de 3,93% com relação entre
os meses de abril e maio.

O mercado futuro da arroba do boi gordo tem "andado de lado" nas últimas
semanas. O preço do contrato com vencimento em outubro de 2011 terminou a
semana abaixo dos R$ 101,00. O papel, que iniciou a semana cotado a R$ 101,60/@,
chegou a ser negociado a R$ 102,79 na quarta-feira, mas acabou perdendo força
e fechou na sexta-feira com o preço de R$ 100,85/@.
Enquanto isso, o mercado físico registrou uma ligeira queda de R$ 0,08/@
na semana, segundo o indicador Cepea/Esalq. Desse modo, o mercado aparenta
aguardar para uma sinalização quanto à real oferta futura de bois terminados
na entressafra.
FONTE: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA-MT).

Subsídios têm blindagem na Europa


Rede de 38 mil cooperativas com forte atuação junto à Comissão Europeia se encarrega de manter protecionismo que barra produtos estrangeiros

José Rocher

Eles produzem grãos e carnes com garantia de renda e estão blindados contra os ataques aos subsídios pagos na União Europeia (UE). Essa força política dos agropecuaristas europeus não se deve apenas à importância econômica e social do setor na geração de renda, na produção de alimentos e no desenvolvimento das regiões agrícolas. Uma rede de 38 mil cooperativas, que reúne 8 milhões dos 13 milhões de produtores dos 27 países do bloco, dá sustentação às bandeiras do agronegócio diante da Comissão Europeia. Num momento de ajustes na Política Agrícola Comum, essa malha de empresas reforça seu lobby protecionista, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem de 2,8 mil quilômetros pelo continente.

A base da representação das cooperativas fica em Bruxelas, na Bélgica, a apenas um quilômetro da Comissão Europeia. Criadas na década de 50, a Copa (que representa os produtores) e a Cogeca (das cooperativas) completam meio século de trabalho conjunto em 2011 com uma estrutura enxuta – 50 pessoas –, porém, mais atuante do que nunca, afirma Paulo Gouveia, um dos diretores do sistema. “Temos mais de 100 reuniões por ano com a Comissão Europeia. São de duas a quatro discussões anuais sobre cada setor”, revela. Três de cada dez agentes da Copa Cogeca são tradutores, especialistas na missão de conciliar interesses de diferentes países em seis idiomas.

Sem estatísticas que separem o que é produzido no âmbito das cooperativas e o que parte de produtores independentes, a Copa Cogeca representa todo o setor. Não só os produtores, que exploram áreas de 10 hectares em média em Portugal até fazendas de 18 mil hectares na Hungria, mas também cooperativas de peso, como a holandesa FrieslandCampina, que fatura o equivalente a R$ 21 bilhões ao ano e tenta ampliar sua renda na industrialização de lácteos. O valor é quatro vezes maior que o faturamento da maior cooperativa de produção rural do Brasil, a Coamo, com sede em Campo Mourão (PR).

Os interesses dos produtores europeus estão em primeiro lugar quando o assunto é a abertura do mercado para países como o Brasil, relata o executivo Eduardo Ferreira, da Missão do Brasil na UE. Torna-se praticamente impossível para um país rebater, com sua representação diplomática, o poder de articulação política do setor junto ao comando do bloco, conta o adido agrícola brasileiro em Bruxelas Odilson Luiz Ribeiro e Silva. Esses relatos explicam a posição irredutível dos governos europeus em relação às barreiras sanitárias e ambientais no controle da entrada de produtos como a carne bovina brasileira, mesmo num momento de retomada das discussões sobre a relação comercial entre a UE e o Mercosul.

Reviravolta

Até a década de 90, a palavra cooperativa tinha conotação negativa na UE, segundo a própria Copa Cogeca. Os produtores temiam perder suas fazendas ao se tornarem cooperados. “A Polônia foi única exceção onde eles não enfrentaram perda de posse da terra”, afirma Gouveia. Os governos freavam a criação de novas cooperativas para evitar que o drama das dissoluções se repetisse. “Hoje a Copa Cogeca conta com boa reputação e um dos lobbies mais influentes na Comissão Europeia”, assume o executivo.

Atualmente, o número de cooperativas na UE fala por si. É maior inclusive na comparação com o do Brasil. A diferença é de 38 mil para 6,7 mil, maior do que na comparação da área agrícola. Os países que integram o bloco cultivam 59 milhões de hectares na safra 2010/11, enquanto o Brasil planta 49 milhões, conforme as estatísticas oficiais. As cooperativas brasileiras representam 9 milhões de cooperados, 1 milhão a mais que as europeias, mas somente no Paraná representam mais da metade da produção rural.

FONTE: Gazeta do Povo

Embargo russo à carne brasileira deve acabar até julho

são Paulo O embargo da Rússia à importação de carne bovina, suína e de aves de 85 frigoríficos brasileiros dos Estados de Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso pode ser suspenso até o final do mês que vem. A expectativa é do secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Alessandro Teixeira. - A imposição da Rússia foi divulgada no início deste mês. Desde então, representantes do Ministério da Agricultura e do Mdic têm tido reuniões para tentar solucionar a questão. A medida entraria em vigor no dia 15 deste mês.

"Estamos tentando resolver isso. Não é a primeira vez que acontece com a Rússia e não vai ser a última", disse o secretário, lembrando que o embargo foi motivado por questões fitossanitárias. Teixeira ressaltou ainda que a decisão russa não suspendeu toda a importação brasileira de carne para aquele país. "As empresas têm frigoríficos em vários estados, não somente naqueles três", afirmou.

Teixeira comentou que as razões do embargo são "técnicas" e que todas as recomendações russas estão sendo seguidas pelos frigoríficos. Daí a expectativa do governo de que a suspensão do embargo à carne brasileira originada destes 85 frigoríficos seja feita até o final do próximo mês. "São vários elementos que a gente tem que equacionar. Em alguns eles tem razão e em outros, não", afirmou.

Ontem, o secretário participou de encontro com exportadores promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), no Rio de Janeiro, para tratar do lançamento da 30ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), que será realizado em agosto. O secretário quer também unificar toda a legislação vigente sobre comércio exterior.

FONTE: DCI

Italianos mostram interesse em terneiros Charolês

Há cinco anos começaram as negociações entre a União de Importadores e Exportadores de Carnes e Derivados da Itália (UNICEB) e o governo do Estado de Santa Catarina, com o objetivo de implantar um projeto de importação de bovinos vivos do Estado catarinense para a Itália. As conversações avançaram e a expectativa é que sejam adquiridos, para a primeira viagem, entre 4 e 5 mil terneiros, que deverão formar o carregamento de um navio.

Segundo os membros da comitiva italiana que estiveram em Santa Catarina em fevereiro, a escolha por Santa Catarina se deu pela facilidade de acesso ao Porto de Imbituba e principalmente pelo Estado ser o único certificado como livre de Febre Aftosa sem vacinação no Brasil.

“O litoral catarinense é um ponto estratégico, principalmente para a exportação de animais”, diz Fulvio Fortunati, membro da União de Importadores e Exportadores de Carnes e Derivados da Itália (Uniceb).

Os bezerros serão abrigados no Centro de Confinamento, em Imbituba. O espaço, com 33 hectares, servirá para realização de atividades de ambientação e concentração de bovinos destinados à exportação. Ali os animais, criados em Santa Catarina, ficarão por aproximadamente 40 dias, onde passarão por diversas aferições por Médicos Veterinários, além de preparação ambiental para a viagem marítima.

No local serão instaladas outras construções, como um centro de manejo, sede para a administração, para os serviços veterinários e para alojamento de outros funcionários, galpões para guarda de maquinários, equipamentos e instalações para distribuição de água, energia elétrica e alimentação para os animais.

Segundo o diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária da Cidasc, Méd. Vet. Roni Barbosa, o local já possui licença ambiental prévia da Fatma e a previsão é de que no primeiro semestre deste ano esteja em funcionamento.

“Se tudo correr bem o primeiro embarque será em julho deste ano”, afirma o veterinário Roni Barbosa.

Participação fundamental de criadores e de técnicos

Os terneiros selecionados deverão ser de raças européias ou seus cruzamentos, de preferência com as raças Charolês e Limousin, não castrados, com idade aproximada de oito meses e peso entre 200 e 250 quilos. A preparação dos terneiros nas fazendas está nas mãos dos criadores, tanto no aspecto de raças e cruzamentos utilizados como da alimentação do rebanho, especialmente das vacas.

Abre-se um novo mercado

“Financeiramente representa para os criadores um valor de aproximadamente 4 a 5 milhões de Reais, porém, a maior vantagem se constitui na possibilidade de ser viabilizada a especialização dos criadores para a produção de terneiros de boa qualidade, visando mercados mais competitivos e, portanto, de maior remuneração, a exemplo da Itália, mantendo em suas fazendas um plantel maior de vacas e touros ou uso da inseminação artificial, sem as demais categorias”, explica o Dr. Roni.

Médicos Veterinários, Zootecnistas, Engenheiros Agrônomos e Técnicos Agrícolas, além de outros profissionais terão uma ativa participação, tanto na motivação dos criadores para o projeto, assim como na preparação dos terneiros para a comercialização, durante a concentração em Imbituba, e no acompanhamento da viagem de

navio até o continente europeu.

Outras informações podem ser obtidas diretamente na sede da Associação Brasileira de Criadores de Charolês, através do fone (51) 3458-3919 ou ainda pelo e-mail charoles@charoles.org.br ou ainda através do site www.charoles.org.br.


Fonte: Comunicação & Marketing da Agênci
(51) 3231-6210
ciranda@agenciaciranda.com.br

Cardiologista diz que carne é insubstituível para o desenvolvimento e a saúde humana

“Para ser vegetariano, tem de ser rico e nutricionista”. A frase é uma pequena provocação de um dos mais renomados cardiologistas brasileiros, Daniel Magnoni, chefe do Serviço de Nutrição e Nutrologia Clínica do Hospital do Coração (HCor-SP), que vem a Salvador no próximo dia 17 de junho para participar do 1º Encontro Baiano sobre Abate e Comércio Ilegal de Carnes. O evento, que tem à frente o Ministério Público Estadual e o apoio do Sindicato das Indústrias de Carne do Estado da Bahia (Sincar), tem como público-alvo promotores públicos especializados em Saúde, em Justiça e em Meio Ambiente, além de agentes fiscalizadores, gestores estaduais e municipais, indústria de frigoríficos, dentre outros, e acontecerá no Fiesta Convention Center, das 9h às 18h.


Na palestra que irá proferir, intitulada “Carne – Um excelente alimento”, o médico joga por terra a fama de vilã que a proteína animal vem ganhando mais fortemente nos últimos anos. “A carne é fundamental para o crescimento das crianças e para manter a saúde dos adultos. A chave para o consumo correto está nas quantidades”, ensina o cardiologista. “Nossos antepassados quando matavam um boi, tinham de comer tudo, ou salgar, pois não possuíam geladeira. Em compensação, faziam longas jornadas a pé. Hoje o sujeito vai para um rodízio e come um quilo só de picanha, sem falar no bufê e na sobremesa”, compara.


A quantidade recomendada pelo dr Magnoni é de 100 gramas ao dia, o equivalente a um bife pequeno. Segundo o médico, essa quantidade garante uma excelente dose de nutrientes como o zinco, as vitaminas do complexo B e o ferro. “Substituir um bife por vegetais exige investimentos altos e muito conhecimento, o que raramente acontece por quem faz essa opção”, diz o médico. Outro mito que ele combate é que a carne causa envelhecimento. “Na quantidade correta e como parte de uma dieta balanceada, isso não acontece”, garante. Sobre a gordurinha da picanha, paixão de muitos brasileiros, o médico flexibiliza. “De vez em quando, e com moderação, não tem problema”, ensina.



Catarina Guedes

Imprensa Sincar

catarinaguedes@agripress.com.br


Carne Certificada Pampa bate recorde de produção em abril

O Programa Carne Certificada Pampa da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), é o programa de certificação com maior tempo de atividades, desde o ano 2000 vem certificando com o Selo Carne Pampa a carne de Hereford e Braford produzida através do programa. Em 2011 há muito o que se comemorar, o crescente número da animais abatidos nas plantas frigoríficas conveniadas no Rio Grande do Sul, do Frigorífico Silva e Marfrig Frigoríficos do Brasil atingiu o auge com a produção de 85 toneladas de carne só no mês de abril de 2011.

Para o Gerente do Programa Carne Certificada Pampa, Guilherme Dias, “o ajuste do padrão racial, o treinamento dos certificadores e o aumento de animais identificados pelo Programa Gado Pampa, impactou direto no aumento de animais certificados nos meses de abril e maio”. “Comemoramos este resultado como um estímulo e indicando que estamos trabalhando no caminho certo”, comemora Dias

A ABHB vem fomentando o programa unindo a certificação frigorífica os Programas Gado Pampa Certificado e Terneiro Certificado Pampa, programas de certificação de gado em pé e que surgiram para suplementar produtos com a garantia de padrão HB.

Em 2011, a Carne Certificada Pampa estará presente na 17ª Feicorte no Espaço Carne, uma novidade da maior feira da cadeia produtiva da carne e que dará aos visitantes e convidados a oportunidade de conhecer o sabor, a maciez e a qualidade da Carne Hereford e Braford. O Carne Pampa estará no Espaço Carne nos dias 13 e 15 de junho, dia 13 das 19h às 22h e dia 15 do meio-dia às 15h.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Lorena Riambau Garcia
Assessoria de Imprensa e Comunicação Social
(53) 3242-1332
ascom.hereford@braford.com.br

segunda-feira, 13 de junho de 2011

HOMENAGEM A MINHA QUERIDA VÓ "ALBERTINA LUND" (VÓ BETA ) QUE ERA GRANDE DEVOTA DE SANTO ANTÔNIO

DIA 13 DE JUNHO "DIA DE SANTO ANTÔNIO"

COTAÇÕES


FONTE: CORREIO DO POVO

COTAÇÕES


Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 13/06/2011
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 10/06/2011 - PRAÇA RS


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MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,50R$ 6,49
KG VivoR$ 3,25R$ 3,25
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,23R$ 6,17
KG VivoR$ 2,96R$ 2,93
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD