sexta-feira, 26 de agosto de 2011

BOI GORDO - Confira a entrevista com Élio Micheloni Jr. - Analista de Mercado - Icap corretora

Boi: aumento de animais de confinamento deve ser compensado pela redução na oferta de bois a pasto, o que pode reduzir uma potencial pressão negativa por parte da oferta.





FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Redução na oferta e melhora no consumo sustentam mercado do boi gordo

A oferta de animais terminados diminuiu durante a semana.

A pressão de baixa perdeu a força com as escalas dos frigoríficos se estreitando.

É grande a especulação no mercado.

Em São Paulo, a referência está em R$98,00/@, à vista, e R$102,00/@, a prazo, livres de funrural. Existem ofertas de compra de R$96,00/@, à vista, até R$102,00/@, a prazo, livre de imposto.

Geralmente as indústrias que ofertam menos possuem animais comprados no mercado a termo ou de confinamentos próprios.

Existem frigoríficos com escalas prontas até o final da próxima semana, assim como outros não compraram boiadas para iniciar os abates da semana.

Goiás, em função do grande número de confinamentos, é o estado onde existe maior facilidade na compra. A região segue abastecendo fortemente as indústrias paulistas.

O consumo de carne bovina deve favorecer a firmeza do mercado, já que os primeiros sinais de melhora nas vendas começaram aparecer no atacado de carne com osso, embora os cortes desossados ainda tenham caído
FONTE: SCOT CONSULTORIA

Reposição retomando a firmeza

O mercado de reposição está retomando a firmeza aos poucos, apesar da pequena movimentação.

A situação para as categorias jovens continua a mesma das últimas semanas, ou seja, mercado parado e preços praticamente estáveis.

Somente diante de capacidades de suporte das pastagens mais confortáveis é que a demanda por bezerros deve ser retomada.

A oferta de boiadas terminadas não é consistente e existe a expectativa de retomada da firmeza dos preços.

Com isso, a demanda por bois magros deverá ganhar força novamente.

As ofertas de vendas para a categoria estão em altos patamares e a resistência de venda em preços mais baixos é grande.

Em resumo, o rumo das cotações do boi gordo será fundamental para a definição deste mercado, principalmente para as categorias próximas à terminação.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

Principais indicadores do mercado do boi - 26/08/11

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio



Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 25/08/11



Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/11



Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.

Tabela 3. Atacado da carne bovina



Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico



Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista (R$/cabeça)x relação de troca (boi gordo de 16,5@ por bezerros)

FONTE: BEEFPOINT

A entressafra começa agora

Sejamos objetivos: lembram-se dos gráficos que publiquei na semana passada sobre escalas e diferenciais de base? Pois é, eles sofreram algumas alterações na última semana. Observe:

Gráfico 1.
Escalas de abate na semana passada e nesta semana nas diferentes praças pecuárias (dias).

As barras verdes mais claras representam a situação das escalas no início de julho, na iminência de o mercado subir. As barras verdes escuras representam as escalas na semana passada. As barras azuis representam as programações hoje, de acordo com o Cepea.

Vamos dividir a análise.

1. Observando o período semana-a-semana. Com exceção do Mato Grosso do Sul, as escalas diminuíram em todas as praças analisadas. Porém, os preços no MS ficaram praticamente estáveis entre os dias 16/8 e 24/8. Mas observe que o diferencial entre vaca e boi diminuiu substancialmente, de -9% para -4% nesse mesmo período. O fato de o frigorífico se dispor a pagar mais pela vaca em relação ao preço do boi é um sinal altista, sinal de que a oferta de bois não está satisfatória.

2. Comparando os indicadores de hoje aos indicadores do fim de junho, quando o boi reagiu e entramos na entressafra definitivamente. As escalas de abate no período estavam iguais ou maiores do que o que vemos hoje, com exceção do Mato Grosso. É… por lá a oferta está abundante mesmo, principalmente se considerarmos o período sazonal. No caso do diferencial vaca/boi, no Mato Grosso do Sul, considerando o final de junho, ele estava em -9% contra os -4% atuais que já comentei.

Tá, oquei, o diferencial no MS pode não servir como exemplo, os outros podem ter se comportado de maneira diferente. É verdade. Vamos checar os diferenciais vaca/boi em outras praças:

Gráfico 2.
Evolução do diferencial vaca/boi em diferentes praças pecuárias.

É possível observar que, com exceção de Goiás, nas outras praças aumentou a pressão altista sobre a vaca, isto é, o preço da vaca subiu em relação ao valor pago pelo boi.

Parece que no curto-prazo, a alta do boi praticamente já ocorreu. Resta o preço subir. Mas o que tem impedido esse movimento, uma vez que a oferta piorou, as escalas contam com pulos, falhas e vacas compondo os abates (rendimento mais baixo)? A resposta está na carne.

Gráfico 3.
Evolução dos preços do boi gordo (R$/@ em Barretos – SP) e do boi casado no atacado (R$/kg).

Observe que no fim de junho, os preços do boi casado estavam mais embaixo, ou seja, davam mais espaço para uma valorização. Agora, eles caíram, mas não tanto quanto em junho. Estão em patamares mais elevados comparativamente, o que dificulta que o consumidor se anime a comprar mais, já que está pagando mais caro. O movimento do atacado teve altíssima correlação com o movimento observado para o boi gordo, que saiu de um fundo em R$95,00/@ e caiu novamente em agosto, mas não voltou aos R$95,00/@. Parou nos R$99,00/@.

O consumo pode dar aquela melhorada de início de mês, principalmente devido ao fechamento da diferença entre o preço do frango e o preço do dianteiro bovino, que são concorrentes. Mas depois pode acabar pesando novamente devido à chegada da segunda quinzena do mês e de um possível ajuste da produção de frangos, que é rápida e voltou a dar resultados aos granjeiros. Sem falar nas exportações que, por enquanto, não nos dão esperanças de recuperação. O cenário macroeconômico anda muito feio.

Tá, vamos resumir esse monte de informações perdidas: o consumo vai bem, mas será difícil esticar mais do que isso, excluindo-se a variação atrelada ao fator sazonal (início/fim de mês). É o que me parece por enquanto.

Aparentemente, essa será a nossa entressafra. Já há bom número de pessoas preocupadas com a oferta em setembro, apesar de as pesquisas de confinamento apontarem bom crescimento da oferta desse tipo de animal. Aliás, de acordo com a pesquisa Top 50 Confinamento realizada pela equipe do BeefPoint, a concentração de vendas de animais de cocho ocorrerá em setembro. O motivo é que os preparativos foram feitos no início do ano, antes de o boi gordo cair e enquanto os custos ainda eram considerados baixos. Depois que o boi caiu e os custos subiram, ninguém apostou tanto no segundo turno como no primeiro. Resultado: concentração menor em outubro/novembro.

A questão é que a partir de agora, os pastos estão em péssimas condições e os modelos climáticos não apontam chuvas para a próxima quinzena. A partir daí, a confiança no modelo é menor, por isso não vou me estender sobre este assunto. A questão é que mesmo animais de semi-confinamentos poderão se tornar escassos em setembro devido à baixíssima disponibilidade de forragem. Conclusão: aparentemente, a única oferta que sobrará é a de animais confinados.

Parece que em termos de demanda a coisa anda meio fraca. Quero dizer, não me entendam mal, a fraqueza a que me refiro é relacionada à capacidade do consumidor brasileiro comprar mais carne bovina do que vem comprando no momento, mas como escrevi em textos anteriores, o mercado interno certamente vem fazendo a sua parte.

Já em termos de oferta, parece que temos tudo para que o boi volte a andar no curto-prazo. A condição para isso ocorra é que o mercado interno se descole por um momento do cenário macro-econômico. Se isso ocorrer, o peso que paira sobre os preços pecuários poderá se tornar um pouco mais leve e aí a balança oferta X demanda voltará a pender.

Bem-vindo à entressafra!

FONTE: www.agroblog.com.br / autor Lygia Pimentel


De 16 a 72 mil se amplió el contingente de cabezas para exportación ganadera

Bogotá. El ministro de Agricultura, Juan Camilo Restrepo, señaló que ante la necesidad expresada por un grupo representativo de ganaderos del país que han logrado la apertura de otros mercados diferentes al venezolano.

El Gobierno Nacional, aumento la cifra del contingente de exportación de ganado bovino a 72 mil; para tal efecto el pasado 23 de agosto, el Gobierno firmó el Decreto 3046, modificando la cifra contemplada en el Decreto 2000 de junio de 2011, en donde se expresaba que el contingente de exportación de ganado en pie era tan sólo de 16 mil cabezas, limitando importantemente a los productores y exportadores.

Restrepo Salazar, indicó que para realizar una adecuada reglamentación del contingente, que permita atender en lo posible las necesidades de quienes participen en la asignación del mismo, se realizó en días pasados una mesa de trabajo con el concurso de ganaderos de todas partes del país.

Por su parte, el jefe de la cartera agropecuaria, señaló que, si bien Colombia debe tomar las medidas necesarias que le permitan mantener su hato ganadero y continuar con la política de Transformación Productiva y aprovechamiento de mercados con valor agregado, también resulta fundamental mantener los flujos de comercio con países que han considerado a la ganadería colombiana como uno de los mejores proveedores en este tipo de productos.

Esta clase de medidas, permitirán tener un riguroso control sobre el hato ganadero nacional, con el objeto de que este perdure y se mantenga en la línea del tiempo, factor que a su vez ayudará a que otros importantes frentes de exportación, no sean desatendidos.

Elizabeth Peláez -FONTE: LA REPUBLICA - COLOMBIA

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

BOI GORDO - Entrevista com Caio Junqueira




FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Boi/CEPEA: Baixa liquidez estabiliza cotações

Com o mercado em ritmo bastante lento, os preços médios da arroba do boi gordo têm registrado apenas pequenas oscilações nesta segunda quinzena de agosto. Segundo pesquisadores do Cepea, o número de negócios de boi e também de carne tem sido pequeno. Entre 17 e 24 de agosto, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa permaneceu estável, fechando a R$ 100,48 nessa quarta-feira, 24.

Abate nas mínimas na Argentina

Segundo a Câmara da Indústria e Comércio de Carne da Argentina (CICCRA), o abate de bovinos do país no primeiro semestre de 2011 representou o menor volume da última década.

O volume abatido foi de 5,26 milhões de cabeças, 13,1% menos que em 2010 e 32,5% menor na comparação com 2009.

O país iniciou recentemente um processo de retenção de fêmeas, o que explica em parte a redução dos abates.

O outro fator foi a redução do número de produtores, desestimulados pelas consequências negativas das intervenções estatais sobre a cadeia da carne.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

Carne bovina de São Paulo terá Selo de Qualidade

Certificação pode ajudar a pecuária de corte paulista a garantir o mercado externo
Mônica Costa

A carne bovina produzida em São Paulo passa a contar com uma certificação que vai assegurar a procedência e qualidade do produto. O Selo de Qualidade da Pecuária de Corte foi lançado nesta quarta feira, 24, pela Secretaria Estadual da Agricultura e visa a certificação das unidades de produção com base em normas que garantam o bem-estar e saúde do animal.

Itens como proteção ambiental, condições de trabalho na propriedade, segurança dos alimentos e o atendimento à todos os preceitos de boas práticas da produção sustentável de bovinos de corte também são necessários para que o selo seja concedido.

“Além dos processos exigidos por outras normas de certificação, o pecuarista deverá apresentar risco sanitário próximo do zero para receber o selo” afirma Auler Matias, pecuarista e um dos redatores da normatização para o Selo de Qualidade da Pecuária de Corte. A secretaria fará a certificação da propriedade e, consequentemente, dos animais.

O status vai garantir que os animais estão livres de doenças como a aftosa, tuberculose e brucelose, por exemplo. De acordo com Matias, este diferencial poderá assegurar ao pecuarista paulista acesso ao mercado internacional. “Os países importadores sempre alegam problemas sanitários para barrar a nossa carne. O Selo será uma garantia de que a carne produzida no Estado está livre destes riscos”, afirma.

O governo de São Paulo estuda a possibilidade de financiar o processo de adequação das propriedades para a implantação do sistema. A expectativa é que, no primeiro ano, 500 propriedades possam aderir ao programa.

O Selo Produto de São Paulo integra o Sistema de Qualidade de Produtos Agrícolas, Pecuários e Agroindustriais e foi criado pelo Governo do Estado por meio da Lei nº 10.481. de 29 de dezembro de 1999. O objetivo é aumentar a competitividade do agronegócio paulista nos mercados interno e externo.

Os produtos já certificados são café (gourmet e superior), carvão, carne suína, algodão e cachaça.

Fonte: Portal DBO

Confinamento bovino deve crescer

Em 2010, os 50 maiores confinamentos do país colocaram sob engorda intensiva um total de 1,198 milhão de animais, 9,4% menos que os 1,322 milhão de bois confinados no ano anterior, conforme a pesquisa BeefPoint de Confinamentos. Mas, segundo o levantamento, a expectativa é de aumento de 32,6% no número de boi confinados este ano, para 1,588 milhão de cabeças, apesar dos custos elevados dos insumos.

O maior confinamento de bovinos do país em 2010 foi o da JBS, com um volume de 168.772 animais, de acordo com o levantamento da Beefpoint. No ano anterior, a JBS, que investe no confinamento de animais para garantir matéria-prima para abate em suas unidades, estava em terceiro lugar no ranking.

O confinamento da BRF (Brasil Foods), que está na sexta posição entre os 50, estava em nono no levantamento passado. A Marfrig, apesar de confinar bovinos para abate em suas fábricas, não participa da pesquisa.
De acordo com Miguel Cavalcanti, consultor da Beefpoint, o mercado "ruim" no ano passado desestimulou o confinamento. "Não valia a pena confinar". Ele observa que no primeiro semestre de 2010, as cotações do animal magro e dos grãos estavam em alta, enquanto a sinalização de preços no mercado futuro para o boi gordo era ruim.

Em outubro, porém, a arroba do boi gordo atingiu picos de alta. Depois os preços caíram, mas seguiram em patamares elevados, perto ou acima de R$ 100 a arroba. "As médias de preços [do boi] este ano estão muito melhores que no ano passado", diz.

Assim, mesmo com os preços altos dos insumos - considerado um dos maiores desafios do setor -, a expectativa é de avanço do confinamento, avalia o consultor. A expectativa, acrescenta Cavalcanti, é de que a margem dos confinadores este ano seja melhor do que em 2010.

O levantamento da Beefpoint mostrou ainda que 28% dos confinamentos pesquisados estão localizados em Goiás, 26% em São Paulo, 22% em Mato Grosso, 14% em Mato Grosso do Sul, 8% em Minas Gerais e 2% no Paraná. Conforme a pesquisa, 37% dos animais confinados estão em Goiás, 26% em São Paulo, 18% em Mato Grosso, 12% em Mato Grosso do Sul, 6% em Minas e 1% no Paraná.

Cavalcanti destaca uma mudança nas ferramentas de administração de risco usadas pelos confinadores, revelada pelo levantamento. Houve aumento do uso de opções e contratos futuros entre os confinadores. Em 2009, de 10% usavam opções. No ano passado, 18%. Já os futuros eram usados por 34% em 2009 e no ano passado, foram 40%. Enquanto isso caíram as negociações de venda de boi a termo, em que são feitos contratos com frigoríficos (de 46% para 38%).

Além disso, também aumentaram as vendas à vista dos confinamentos, reflexo da percepção de maior risco de crédito dos frigoríficos. Em 2010, 26% das vendas foram à vista ante 18% em 2009, mostra o levantamento. A projeção para este ano é que 38% das vendas sejam nessa modalidade.

A pesquisa com os 50 maiores confinamentos também indicou que o mês de maior saída [venda para abate] de animais em 2010 foi outubro (36% dos estabelecimentos). Para 24%, outubro também deve ser o pico este ano. No entanto, as previsões para 2011 mostram a intenção de adiantar a venda. Mais confinadores pretendem ampliar o volume de vendas em setembro. Um percentual de 18% usou a estratégia no ano passado e 36% pretendem fazê-lo este ano. "O objetivo é fugir do pico de oferta [de confinamento], quando há dificuldade de venda", observa Cavalcanti.

FONTE: Valor Econômico

No coração da entressafra...E que entressafra!

Rogério Goulart, administrador de empresas, pecuarista e editor da Carta Pecuária
cartapecuaria@gmail.com
Reprodução permitida desde que citada a fonte
Estamos no meio da entressafra, caro leitor. O que aconteceu com a arroba do boi, a arroba do bezerro, a taxa de reposição e o contrato futuro de outubro por esses tempos? Vamos usar como referência inicial o dia do pior preço da arroba do boi no final de junho.

A arroba do boi saiu de R$ 95,94 para 100,31 hoje.

A arroba do bezerro valia R$ 116,00 e ainda vale os mesmo R$ 116,00.

O bezerro saiu de R$ 740,00 para R$ 734,00 hoje.

A taxa de reposição saiu de 2,14 bezerros/boi para 2,25 bezerros/boi hoje.

O contrato de outubro saiu de R$ 100,35 para R$ 103,18 hoje.

Ou seja, a entressafra está seguindo seu curso, puxando os preços do boi. Está certo que até agora essa puxada é bem abaixo da média histórica, mas também com a enxurrada de bois confinados em Goiás e, pelo que dizem, no Mato Grosso, até que o mercado está se comportando bem.

O destaque vai, então, para a arroba do bezerro. Vejam que os preços não caíram nesses meses. Ela ainda vale ao redor de 116 reais. Curiosamente esse preço — 116 reais — é bem próximo do pico da arroba do boi do ano passado, se lembram?

Não podemos nos esquecer também a tendência do boi encostar no bezerro nas entressafras. “Crise”, “Consumo interno”, “Confinamentos”. O preço da arroba do boi já encostou na arroba do bezerro em qualquer uma dessas ocasiões.

É como se fosse um norte interno do setor, que independe do que está ocorrendo na economia de um modo geral. Não descartaria essa possibilidade esse ano, ainda. Pelo menos até começar a entrar para valer os bois da futura safra.

Observe no primeiro gráfico o que disse. O boi, no seu devido tempo, busca o bezerro. Isso ocorreu todos os anos exceto 09 e 10. Não aconteceu por causa da crise? Pode ser.

Esse ano, até agora, não estamos tendo essa convergência. Ela ocorrerá, mais cedo ou mais tarde. Quanto mais tarde vier, mais forte será o movimento dos preços, em especial o movimento da arroba do boi, se é que a história nos serve de alguma coisa, pois no passado foi isso que ocorreu em vários anos, como você pode ver aqui.

Seguindo em frente, observe o gráfico das semanas de alta e baixa da arroba do boi, ao lado.

Esse gráfico mostra quantas semanas consecutivas a arroba caiu ou subiu com o passar do tempo. Acabamos de fechar a “semana 3” da baixa atual. No passado recente, desde 2010, as baixas normais se estenderam na maioria das vezes até três semanas, podendo ir até 4 semanas.

Na safra desse ano tivemos 5 semanas consecutivas de queda.

Como a queda típica são três semanas, pode-se especular que o mercado “já deu” o que tinha que dar na baixa? Não sei. Vamos olhar o mercado futuro. Normalmente o mercado futuro antecipa as mudanças no mercado físico.

O contrato de outubro está no último gráfico. Observe a forte queda nesses últimos trinta dias. O mercado caiu de 109 reais para os 103 de hoje.

Chama a atenção os pisos crescentes desses meses. Antes o mercado parou no 100 reais. Hoje parou no 103. Interessante, mas pouco informativo para o que a gente quer.

Então, não, o mercado até agora está neutro.

Ele está indeciso. Sobe forte em um dia, cai forte no outro. A semana terminou em alta, o que é positivo, porém esse contrato precisa andar mais um pouco para se tornar novamente atrativo sob o ponto de vista de trava de preços.

Então, caro leitor. Vamos por as barbas de molho. É uma boa notícia estarmos na terceira semana de “queda”. No MS diminuíram os preços de 95 para 94 e depois para 93 reais, porém a notícia que temos é que pelo menos na região de Dourados os preços já voltaram para 95 reais. Talvez a “3ª semana” seja o máximo que essa arroba poderá cair na safra? Veremos.

A oferta concentrada de bois confinados está em plena força. Comentários que em Goiás que essa oferta está no seu pico, agora. Não tive como confirmar isso. Dizem que no MT está cada semana entrando mais bois, também não tive como confirmar isso. Talvez seja verdade, talvez seja apenas os comentários gerais do mercado.

O fato é que há bois confinados suficientes para segurar as cotações? Sim, pelo menos nessas últimas três semanas foi isso que ocorreu.

A virada do mês pode trazer surpresas? Toda virada de mês é boa para a carne. Se estivermos mesmo ao redor do pico dessa fornada de bois confinados, setembro poderá trazer surpresas para a pecuária.

Espero que surpresas boas.

Nortão — Bom, provavelmente a maioria de vocês quando for ler esse texto já estarei na estrada rumo à Rodovia Fantasma, Linha do Equador e Transamazônica, 10 mil quilômetros embrenhados na maior floresta tropical do mundo. De moto! Continuarei a escrever nossos textos semanais, sem problemas.
Quem quiser acompanhar a aventura é só entrar no site www.cartapecuaria.com.br.

Aviso: está no ar o blog da viagem de moto para a Rodovia Fantasma e Trasamazônica! Entre no site www.cartapecuaria.com.br e confira!

Nota da Bigma Consultoria: O texto de Rogério Goulart, da Carta Pecuária, publicado nesse espaço, foi resumido e alguns gráficos podem ter sido suprimidos. Acesse a análise completa e com os gráficos no site da Carta Pecuária

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Indústria frigorífica quer incentivos para impulsionar a criação de novilho precoce

A convite da secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, representantes de quatro frigoríficos do Estado do Tocantins e o presidente do Sindicarnes – Sindicato das Indústrias de Carnes Joaquim Carlos (Marlon) se reuniram na manhã desta quarta-feira, 24 de agosto, com o secretário executivo da pasta, Ruiter Padua, tratar de questões relacionadas ao setor. A reunião ocorreu no gabinete da Seagro.

Um dos assuntos abordados foi uma proposta da indústria frigorífica para que o Governo do Estado estude uma forma de incentivar o produtor a aderir à criação de animais com características para o novilho precoce. Segundo o presidente do Sindicarnes, os frigoríficos estão trabalhando no limite no período da entressafra, devido à falta de boi no Estado. “O Governo deveria aumentar o ICMS do bovino para fora do Estado, pois compradores de outros estados estão retirando os garrotes daqui a 3,5% para engorda e quando o gado volta para o Tocantins, o imposto é de 7%”, cobrou Marlon.

Para o secretário executivo, Ruiter Padua, uma das alternativas é a recuperação das pastagens com a utilização do Programa ABC do Governo Federal. “Temos que encontrar uma forma de incentivar e motivar o produtor para que ele possa recuperar sua pastagem, pois o Governo já oferece todos os incentivos de ICMS para o produtor e para os frigoríficos”, explicou.

O diretor de Segurança Alimentar da Seagro, Reynaldo Soares, defendeu a apresentação de uma proposta de valorização do boi, juntamente com o novilho precoce. “Temos que levar as informações sobre as formas de incentivo para o produtor e se a indústria frigorífica não pactuar com o projeto não vai funcionar”, considera Soares.

Outro assunto também tratado foi uma política de incentivo para a indústria do couro, de forma que o produtor seja estimulado a cuidar melhor do couro bovino. “Abrimos essa discussão com os curtumes do estado e esperamos melhorar a qualidade do couro tocantinense”, informou Ruiter.

De acordo com Marlon uma proposta de incentivo para a criação de novilho precoce e outras questões relacionadas à indústria frigorífica já está sendo elaborada e deverá ser apresentada para a Secretaria da Agricultura, até o dia 14 do próximo mês. Em relação à pauta de ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviço, o sindicato marcará audiência com a Secretaria da Fazenda para discutir o assunto.

Seagro/TO
Autor: Rosilda Pereira

Leilão Divas ofertará fêmeas de elite das raças Angus e Crioula


Iniciativa inédita objetiva apresentar na feira uma oferta diferenciada das raças

Depois do sucesso de sua 1ª edição ocorrida na Expointer de 2010, o leilão Divas tornará a ser realizado na feira este ano com uma inovação: além de éguas Crioulas, entrarão em pista matrizes Angus importadas da Argentina e do Uruguai. O evento, idealizado pela Cabanha Catanduva (Cachoeira do Sul, RS), também oferecerá exemplares das cabanhas Villa Matarazzo (Jayme Monjardim), Maya (Zuleika Torrealba), da argentina Santa Sergia e da uruguaia La Coqueta.

“Resolvemos unir dois eventos muito bem sucedidos realizados no ano passado, o Divas, que marcou a entrada da Catanduva no mercado de Crioulos, e o Red Concert Internacional”, afirma o proprietário da Catanduva, Fábio Gomes. “Trata-se de uma oferta muito especial e por isso reduzida, pois serão apenas nove éguas crioulas, dentre as quais filhas de Delantero, de Hornero, de Sargento e de Naipe do Aceguá, além de uma chilena importada e uma irmã inteira de Campana Farrapo, único filho de um Freio de Ouro, ganhador do Freio de Ouro e único ganhador de quatro “Freios” (um de Ouro, um de Prata e dois de Bronze), que vem com prenhez do Grande Campeão da Expointer, BT Lamborguini”.

Conforme Gomes, a oferta também será reduzida nas fêmeas Angus. Serão 20 lotes selecionados de linhagens até agora inéditas no Brasil, importadas das cabanhas Santa Sérgia, da Argentina e La Coqueta, do Uruguai.
Fundada em 1917 e com sede na província de Buenos Aires, a Santa Sergia é uma das mais antigas, respeitadas e tradicionais selecionadoras de genética Angus argentina. “Os clientes terão a oportunidade de adquirir animais importados já nacionalizados e entregues no Brasil, sem precisar enfrentar dificuldades com importações como premunição obrigatória dos animais – nesses países não existe carrapato, riscos negociais e entraves alfandegários”, afirma Gomes.

A La Coqueta foi fundada em 1997. Em dez anos de apresentações na Exposição do Prado, já levou sete Grandes Campeonatos - quatro de machos e três de fêmeas – e foi eleita várias vezes a Cabanha do ano no Uruguai. A última premiação aconteceu em setembro de 2010, quando La Coqueta Excêntrico foi escolhido o grande campeão do Prado e o melhor exemplar da raça apresentado na exposição.

O leilão ocorrerá dia 31 de agosto, a partir das 19h30min, no restaurante internacional do Parque Assis Brasil, em Esteio (RS). Antes dos animais entrarem em pista, os presentes assistirão a uma apresentação do sexteto de Cordas do Teatro São Pedro. O leilão começará com a oferta de peças exclusivas de coleção da loja La Victoria, como arreios antigos, obras de arte e facas de prata.

A estreia do Divas no ano passado foi um sucesso. A venda de 36 exemplares das cabanhas Catanduva e Terra Costa obteve média de R$ 65 mil, a mais elevada da Expointer 2010.

Quem conduzirá os negócios será o escritório Tellechea & Bastos. O leiloeiro da venda de éguas será Fábio Crespo, e de Angus, Guilherme Minssen.

Serviço:

Divas Angus e Crioulos
Data: 31 de agosto
Local: Restaurante Internacional do Parque Assis Brasil de Esteio
19h30min: animais disponíveis para revisão
20 horas: Sexteto de cordas Teatro São Pedro
21 horas: Leilão – Transmissão Canal Rural

As informações são da Cabanha Catanduva.

Agrolink com informações de assessoria

Central de reprodução bovina começa a operar em Rio Grande/RS

Às vésperas da abertura da EXPOINTER 2011, o Rio Grande do Sul já conta com uma central de reprodução bovina com as mais modernas biotécnicas disponíveis. Registrada no Ministério da Agricultura sob nº RS 13138-5 a GALAPA Central de Reprodução é a primeira na execução de fertilização in vitro do Estado. O início de operação da GALAPA cria condições para os produtores de gado de corte e leite para a multiplicação do seu material genético, com ganho de produtividade com até 40 prenhezes matriz/ano e sexagem garantida. Instituições financeiras como o Banco do Brasil e o Sicredi são parceiros dos produtores no financiamento das prenhezes e no apoio direto a este empreendimento. A GALAPA está estabelecida na BR 471 km 457, a 30 km da Vila da Quinta, no município de Rio Grande.

As informações são da Todt Comunicação.

Agrolink com informações de assessoria

CNA vai propor a Mendes Ribeiro crédito para confinamento de boi

O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, disse hoje que a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) irá propor ao novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, a criação de uma linha de crédito específica para atender aos criadores que investem no confinamento de gado. Ele observou que a atividade é responsável pelo abastecimento do mercado durante a entressafra, evitando altas expressivas de preços das carnes.

Nogueira elogiou o ex-ministro Wagner Rossi pela inclusão da pecuária de corte no Plano de Safra, pois o setor não contava com crédito significativo para investimento desde 1986. Ele afirmou que a criação da linha de crédito para a aquisição de matrizes, implantada no Plano de Safra deste ano, atendeu a um pedido do setor.

O líder rural, que também é presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária, afirmou que o embargo russo às carnes é uma questão comercial e não se deve a problemas técnicos. Nogueira observou que o embargo não atingiu Goiás, que responde por 60% do confinamento no Brasil. O gado do confinamento vai abastecer o mercado russo nos próximos meses, durante a entressafra da pecuária brasileira, diz ele.

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela equipe BeefPoint.

Venda de ingressos para a 34ª Expointer começa nesta quarta-feira

Os ingressos para a edição deste ano da Expointer serão vendidos a partir desta quarta-feira (24) à tarde, nos guichês da estação Mercado Público, da Trensurb. Esta é a primeira vez que a comercializados será feita antecipadamente. Durante a semana, outras quatro estações também estarão oferecendo os tickets para o parque: Rodoviária, Canoas, Sapucaia e São Leopoldo.

Os ingressos custam R$ 8, para o público em geral, e R$ 4, para estudantes e pessoas com mais de 60 anos. Automóveis pagarão R$ 20, com isenção de pagamento para o motorista. Os demais ocupantes pagam. A abertura oficial dos portões será no sábado (27), às 9h, no portão 2, localizado no Pórtico Central do Parque Assis Brasil.

De acordo com o supervisor comercial da Trensurb, Edson Carlos Ferreira dos Santos, a empresa também colocará em operação a frota máxima de 21 unidades durante os fins de semana da feira, quando são transportados cerca de 90 mil passageiros. "A empresa também mapeou pelo menos duas mil vagas nos estacionamentos próximos às estações, para que o visitante deixe o carro em um local seguro e percorra o caminho com mais agilidade até o parque", acrescentou Santos.


Texto: Juliano Meira Pilau
Edição: Redação Secom - fone (51) 3210-4305

Setor de carnes tem nova entidade

Foi criada, recentemente, mais uma associação dentro do setor de carnes: é a União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec), com sede em Brasília (DF). A nova entidade é derivada da União das Indústrias Exportadoras de Carne do Estado do Pará. “Resolvemos torná-la de âmbito nacional para, com isso, avançar nas propostas para o segmento”, diz o presidente da Uniec, Francisco Victer, que também era o presidente da extinta entidade paraense.

A Uniec começa com seis associados, entre eles frigoríficos do porte de JBS, Xinguara e Rio Maria, “que têm pelo menos uma planta no Pará”, diz Victer, acrescentando, porém, que o objetivo é reunir mais frigoríficos de outros Estados, além de empresas ligadas ao setor de carnes, desde a ponta da pecuária em si até a transportadora e também a ligada ao comércio.

“Na verdade, uma das propostas da nova associação é passar a ver o setor não mais como produtor de carne, mas como produtor de proteína animal, independentemente de que espécie animal venha esta proteína, seja de bovinos, suínos, aves e até espécies aquáticas”, frisa Victer. Outro ponto que Victer faz questão de destacar é que a entidade não veio competir com outras já consolidadas, sobretudo no setor de bovinos, como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) ou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) ou a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef).

“Estamos surgindo para somar esforços”, explica Victer. “Essas entidades foram e ainda são fundamentais para estimular o aumento do rebanho e abrir mercados à carne brasileira – o que tornou, por exemplo, o País o principal exportador mundial de carne bovina”, diz.

Assim, uma das propostas da Uniec é pensar além da abertura de mercados e ficar atenta à manutenção desses clientes, dando à carne vantagens comparativas e competitivas. “Aí entram os aspectos sanitários, ambientais, trabalhistas e reconhecimento de uma série de vantagens que tem a carne brasileira”, explica o presidente da Uniec.

Ainda na visão do representante da nova entidade “é preciso pensar em produzir carne que venha com menos resistência e questionamentos, dando a garantia aos mercados já conquistados de que nossa carne é boa, barata e não carrega problemas que antigamente não eram tão valorizados, mas que hoje estão na ordem do dia das discussões, como questões sociais, ambientais e sanitárias”, diz Victer. Basta ver o atual bloqueio das exportações de carne para os Estados Unidos pela detecção de lotes com ivermectina, vermífugo utilizado nas criações.

Outra questão que Victer acha importante destacar e que, na visão dele, a Uniec tem muito a contribuir é em relação à pecuária e meio ambiente, “já que nós acumulamos uma boa experiência no Pará, após o Ministério Público ter exigido, em 2009, que os pecuaristas assinassem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), se comprometendo com a preservação ou recomposição de florestas por intermédio do cadastro ambiental rural. “No prazo de menos de um ano quase 50 mil produtores fizeram o cadastro ambiental”, diz Victer. “Assim, ao se apresentar e apresentar oficialmente a sua propriedade, o pecuarista garante sua responsabilidade sobre aquilo, sobre o passivo ambiental ali existente e sobre preservar o que existe de floresta em sua propriedade e dentro da lei”. Esses 50 mil produtores paraenses, segundo Victer, já representam a quase totalidade dos pecuaristas comerciais do Estado, “sem, obviamente, contar os clandestinos, que trabalham ao arrepio da lei e serão engolidos neste processo massivo de regularização”, acredita.
FONTE:ESTADÃO.COM.BR

Carne: Paranaenses protestam contra portaria do RS

O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná – Sindicarnes-PR solicitou à Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) ações de protesto contra medida adotada pelo estado do Rio Grande do Sul que baixou portaria 47/2011 que proíbe a comercialização de carne bovina com osso paranaense diretamente com os supermercados locais. Segundo o Sindicato, a venda somente pode ser feita, a partir de agora, a atacadistas com registro do SIF (Serviço de Inspeção Federal). Para o Presidente-Executivo da ABRAFRIGO, Péricles Salazar, “trata-se de uma medida que agrega custos e torna a carne mais cara porque passa a existir mais um intermediário na operação que vai agregar suas margens. Na prática é uma reserva de mercado que penaliza o consumidor”, disse ele.

FONTE: Agrolink

terça-feira, 23 de agosto de 2011

ESTAMOS COMPRANDO PARA CLIENTES



Para compra imediata
Pagamento à vista

vacas para invernar
preferência por européias ou cruzas européias
de preferência carcaçudas

150 terneiros
somente europeus
de preferência que conheçam carrapato
de preferência castrados
peso entre 150 - 180 kg

Tratar com LUND 8111.3550 ou 9994.1513

PREÇOS DE BOI GORDO E VACA GORDA PARA CARNE A RENDIMENTO



REGIÃO DE PELOTAS
*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO EM 23.08.2011

BOI: R$ 6,20 a R$ 6,30
VACA: R$ 5,90 a R$ 6,10

PRAZO: 30 DIAS

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br/

PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA- MERCADO FÍSICO/KG VIVO

EM 23.08.2011
REGIÃO DE PELOTAS

KG VIVO:
BOI GORDO: R$ 3,10 A R$ 3,20
VACA GORDA: R$ 2,70 A R$ 2,80

PREÇOS MÉDIOS DE GADO- MERCADO FÍSICO / KG VIVO


EM 23.08.2011
REGIÃO DE PELOTAS

TERNEIROS R$ 3,30 A R$ 3,50
TERNEIRAS R$ 2,90 A R$ 3,00
NOVILHOS R$ 3,00 A R$ 3,20
NOVILHAS R$ 2,90 A R$ 3,10
BOI MAGRO R$ 2,90 A R$ 3,00
VACA DE INVERNAR R$ 2,45 A R$ 2,55

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br

COTAÇÕES

Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 23/08/2011
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 22/08/2011 - PRAÇA RS


Ver todas cotações Ver gráfico

MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,30R$ 6,23
KG VivoR$ 3,15R$ 3,12
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 5,90R$ 5,88
KG VivoR$ 2,80R$ 2,79
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

COTAÇÕES


FONTE: CORREIO DO POVO

ABA abre temporada dos leilões chancelados de primavera

A Associação Brasileira de Angus (ABA) abre a temporada de eventos chancelados de primavera durante a Expointer 2011, de 27 de agosto a 4 de setembro, em esteio (RS), com a realização de três leilões chancelados de animais (rústicos e argola), mais a tradicional feira de da Novilha Angus. Segundo Juliana Brunelli, gerente da ABA, devido à grande importância da exposição para a pecuária na região sul, o resultado dos leilões tradicionalmente servem de termômetro para balizar os preços dos eventos futuros da raça. “Por isso, estamos otimistas não apenas com o sucesso da raça na pista de julgamento, mas também para que os leilões da Angus atinjam boa média e liquidez dos lotes ofertados”.

No dia 29 de agosto, a partir das 13:30h, na pista J do Parque de Exposição Assis Brasil, acontecerá o Leilão Nacional de Rústicos, que colocará à venda os animais premiados no julgamento da IV Nacional de Rústicos da Angus. O evento ofertará também outros 70 animais previamente inscritos para o remate. Ainda no dia 29 de agosto, o Grupo Selo Racial, formado pelas propriedades Cabanha Rincon Del Sarandy (Uruguaiana, RS), Cabanha da Corticeira (São Borja, RS), Estância Olhos D’Água (Alegrete, RS) e Cia. Azul Agropecuária (Alegrete, RS), promoverão o remate Selo Racial Reserva Especial, a partir das 20h, no Restaurante Internacional, dentro do parque de exposições. Na ocasião, estarão em pista as 25 melhores fêmeas Angus PO, que serão vendidas sem reserva.

No dia 31 de agosto, acontecerá o Leilão Divas, realização da Cabanha Catanduva, de Fábio e Fabiana Gomes, a partir das 21h, também no Restaurante Internacional. Ao todo estarão em pista 20 fêmeas Angus PO. “É importante ressaltar que muito desses animais são de parcerias da nossa cabanha com a Estância Santa Sérgia, da Argentina, e da irmã da Catanduva, estância La Coqueta, do Uruguai”, informa Fabiana Gomes. Para fechar a agenda de remates Angus na Expointer 2011, no dia 3 de setembro será realizada a tradicional Feira da Novilha Angus, promovida pela Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e a Santa Ursula Remates, a partir das 14h, na pista J do parque de exposições. Serão ofertados cerca de 600 animais Angus PO e Cruza Angus, todos selecionados de diversas cabanhas do RS.

Fábio Medeiros, subgerente do programa Carne Angus Certificada e responsável técnico pelo evento, ressalta que devido ao rigor técnico da seleção das fêmeas a feira de novilhas é sempre uma excelente oportunidade de negócio para os criadores da raça. “Nos últimos anos a Expointer foi palco de grandes eventos organizados pela ABA, que agradaram tanto vendedores pela alta média e liquidez quanto compradores, que puderam levar para casa animais de genética de alta qualidade.

FONTE: Agrolink com informações de assessoria

Unión Europea aprobó cupo de carne uruguaya de feedlot

La Unión Europea dio luz verde hoy para que Uruguay acceda al cupo de carne de alta calidad terminada en feedlot.

A partir de este martes correrán 100 días para que se puedan dar los primeros embarques por esta cuota con arancel cero y que genera muchas expectativas entre los productores e industria.

Este cupo es por 20.000 toneladas y aumentará a 45.000 toneladas a partir del año que viene. Ya están habilitados para exportar dentro de este cupo Estados Unidos, Australia, Nueva Zelanda y Canadá.

El director de Asuntos Internacionales del Ministerio de Ganadería, Mario Piacenza, dijo al programa Tiempo de Cambio de radio Rural que, posiblemente, la mayor competencia sea de la carne australiana.


Hasta ahora la utilización de este cupo parte de Estados Unidos ha sido muy baja aunque a principios de 2011 afirmaron que podría aumentar el uso de la misma.

El País Digital

Emergentes resistem mais a problemas mundiais, diz banco



Segundo BofA, turbulências globais teriam que durar mais ou serem mais fortes para causar o mesmo estrago de 2008

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo

Os emergentes estão enfrentando melhor choques econômicos globais. Em relatório, o Bank of America Merrill Lynch (BofA) diz que esses mercados estão ficando menos sensíveis a problemas mundiais. “Em comparação à crise de 2008, os mercados emergentes estão melhor preparados para lidar com choques globais. Ou, em outras palavras, turbulências mundiais teriam que durar mais ou serem mais fortes para produzir o mesmo estrago em atividade econômica do que o verificado logo após a crise.”

Foto: Getty Images

Mercados emergentes sofrem menos com crises globais do que há alguns anos

Segundo cálculos do BofA, a reação dos emergentes à liquidez global financeira (medida pelo Vix, o índice de volatilidade, ou nervosismo) caiu pela metade desde o estopim da crise de 2008. Para ilustrar, os analistas dizem que, durante a última crise, as economias dos emergentes tiveram perda de 2 pontos percentuais em seu crescimento, na comparação com o mundo. Hoje, o impacto seria de 1,2 ponto.

Apesar dessa situação fortalecida, isso não significa um descolamento total. “Uma recessão nos Estados Unidos vai machucar os emergentes”, dizem os analistas. “Cada ponto percentual de contração na atividade econômica dos EUA deve levar a 0,4 ponto a menos no crescimento econômico global.”

O BofA chegou à conclusão sobre a resiliência dos mercados emergentes ao analisar os efeitos do comportamento da economia norte-americana nos resultados dos emergentes. “Enquanto o mundo desenvolvido entra em colapso, os mercados emergentes parecem estar desacelerando graciosamente.”

Entre os exemplos de resistência estão o comportamento da economia chinesa e do continente asiático como um todo. “Além disso, os fluxos de capital continuam favorecendo fundos locais, a despeito do aumento da volatilidade dos mercados globais.”

No levantamento anual, no entanto, as captações dos emergentes ainda não retornaram aos níveis de antes da crise. Números do Instituto Internacional de Finanças (IIF) mostram que os fluxos de capital privado para emergentes tiveram um pico de US$ 1,3 trilhão em 2007, despencando para US$ 600 bilhões em 2008 e 2009, e ainda não se recuperaram totalmente. Projeções do IIF mostram que apenas em 2012 a entrada de recursos deve se aproximar de 2007, com US$ 1 trilhão. As previsões para este ano são de US$ 960 bilhões.

A semana no Brasil

Também em relatório de hoje, o Standard Bank traz idéias de aplicação em ações dos emergentes. Segundo o banco, os “dias de cão” continuam, mas é possível encontrar algumas oportunidades. Dos oito papéis recomendados, quatro são do Brasil, sendo três de frigoríficos: JBS, Minerva e Marfrig.

Sobre JBS, o banco diz que osresultados do segundo trimestre tiveram forte impacto de custos. Mas os analistas continuam a acreditar que a empresa está exatamente no momento em que deve reverter essa situação. No caso do Minerva, o foco na redução dos custos com o gado está melhorando margens de lucratividade. Já o Marfrig é visto como uma empresa com boa rede de distribuição, produção diversficada e suporte do BNDESPar.

A quarta empresa citada pelo Standard Bank é a Companhia elétrica do Pará, a Celpa, uma empresa “com muito a ser feito”.

FONTE: IG

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cotações do boi podem reagir na próxima semana com a volta às compras do atacado

Boi: o baixo volume de bois à termo escalados para setembro e a volta às compras do atacado a partir da próxima semana dão indicações de que cotações da arroba podem reagir.




Mercado do boi gordo segue lateral neste início de semana. As praças com maior representatividade de animais de confinamento, como Goiás, ajudam a abastecer os frigoríficos paulistas, o que acaba segurando a pressão altista de entressafra. De acordo com a especialista em mercado pecuário da XP Investimentos, Lygia Pimentel, o baixo volume de bois à termo escalados para setembro e a volta às compras do atacado a partir da próxima semana dão indicações de que cotações da arroba podem reagir.

Nesta segunda-feira, os preços seguem mais estabilizados na maioria dos estados. Em São Paulo, os negócios acontecem em torno dos R$ 98/@ e no Mato Grosso do Sul em torno de R$ 93 a R$ 94/@, à vista. As escalas seguem curtas, atendendo em média de 3 a 4 dias em São Paulo.

De acordo Pimentel, não está tão fácil comprar animais terminados. A oferta de bois do primeiro turno de confinamento já sinaliza retração, porém o consumo por carnes também não evolui nesta segunda quinzena do mês, o que acaba refletindo na lateralidade dos preços da arroba. "O mercado segue na expectativa de novidade para andar novamente", comenta.


Fonte: Notícias Agrícolas // Aleksander Horta e Marília Pozzer

Entrevista com Caio Junqueira

Boi Gordo: futuros na BM&F acompanham aumento de oferta do confinamento no físico e caem para patamar de R$ 102/@ no vencimento outubro. Mato Grosso do Sul é a única praça brasileira com menos oferta e preços reagem. Consumo está mais fraco.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Principais indicadores do mercado do boi - 22/08/2011

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio



Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 19/08/11



Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/11



Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.

Tabela 3. Atacado da carne bovina



Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico



Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista (R$/cabeça)x relação de troca (boi gordo de 16,5@ por bezerros)



Elaboração Equipe BeefPoint.

ITR 2011 - O que preciamos saber?

Onde está o principal benefício de uma declaração bem elaborada?

Cumprindo o nosso papel de orientar e assessorar os produtores rurais de forma preventiva, enumeramos abaixo as principais questões que devem ser observadas no preenchimento da Declaração de ITR 2011, com foco principal na Estruturação Tributá-ria visando reduções nos custos com Imposto de Renda sobre Ganho de Capital.

A Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) deve ser apresentada por toda pessoa física ou jurídica que seja proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária, de imóvel rural.

Neste ano, tivemos uma alteração no período de entrega, conforme a Instrução Normativa no 1.166 o prazo para entrega da declaração será de 22 de agosto até 30 de setembro de 2011.

Então, este é o momento de avaliarmos as informações a serem declaradas e o seu impacto em outros assuntos de extrema importância, como o Imposto de Renda sobre Ganho de Capital, a emissão da Certidão Negativa de Débitos, os Processos de Fiscalização, etc.

Na assessoria de negociações de imóveis rurais realizadas pela SAFRAS & CI-FRAS IMOBILIÁRIA LTDA., assim como de outras empresas atuantes no setor imobili-ário rural, observamos que o Imposto de Renda sobre Ganho de Capital muitas vezes inviabiliza o fechamento de um negócio, em função dos altos valores deste imposto. Assim, devemos conhecer as formas de planejar o pagamento deste imposto e, neste sentido, a Declaração de ITR é uma importante ferramenta, que sendo bem utilizada pode proporcionar uma redução significativa nos valores a pagar.
SAFRAS & CIFRAS


1) Quais as principais mudanças ocorridas em termos de
pro-cessos de fiscalização da Receita Federal sobre as declarações de ITR?

Além das tradicionais intimações da Receita Federal do Brasil (RFB) que busca-vam verificar basicamente as áreas de interesse ambiental e os valores de terra nua declarados, a partir do final de 2009, vimos que os processos de fiscalização tem se voltado também a verificar a distribuição de áreas (aproveitáveis e inaproveitáveis) e a exploração do imóvel, o que tem por objetivo verificar como está o Grau de Utilização do imóvel fiscalizado.

Assim, além dos cuidados tradicionais com o Valor da Terra Nua (VTN) e Áreas de Interesse Ambiental, devemos dar a devida atenção para a documentação que comprove o uso do imóvel (fichas de vacinação, notas fiscais de venda de grãos, etc.). Portanto, estas alterações que estão sinalizando um maior poder de fiscalização da RFB se refletem diretamente na elaboração da Declaração de ITR e na organização da documentação que comprova os dados declarados.


2) O ITR e as áreas de interesse ambiental.

As Áreas de Interesse Ambiental são isentas de ITR. Nesta categoria, são en-quadradas principalmente as Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, Flo-restas Nativas, entre outras áreas.

Todo produtor que declarar a existência de Áreas de Interesse Ambiental no ITR deverá apresentar obrigatoriamente o Ato Declaratório Ambiental (ADA) previamente ao IBAMA. Além disso, em um eventual processo de fiscalização, pode ser exigida a comprovação destas áreas. Assim, é muito importante a precisão nesta informação e a apresentação do ADA, para garantir isenção sobre as mesmas.

O principal ponto de prejuízo numa eventual falha em alguma informação nestas áreas de interesse ambiental é a alteração na alíquota do imposto, em função da redu-ção do Grau de Utilização do Imóvel. No caso de um processo de fiscalização, a au-sência de documentos comprobatórios de alguma área de interesse ambiental pode determinar uma mudança no Grau de Utilização do Imóvel, por consequência podemos ter uma alteração na alíquota do imposto, o que determina grandes variações no valor de imposto a pagar.

A seguir apresentamos um exemplo de uma Declaração do Imposto Territorial Rural – DITR de imóvel rural que possui áreas isentas de imposto declaradas sem a apresentação do Ato Declaratório Ambiental – ADA ao IBAMA.

• Propriedade de 2.000,0 ha com VTN de R$ 2.500,00/ha.
• Área de Proteção Ambiental = 550,0 ha (sem apresentação do ADA).
• Grau de Utilização = 100,0 %.
• ITR pago em Setembro de 2007 = R$ 10.875,00.
• ITR calculado após a FISCALIZAÇÃO (Setembro de 2011): R$ 80.000,00.
• Diferença de Imposto: R$ 69.125,00.
• Multa: R$ 51.843,75.
• Taxa de Juros/SELIC: R$ 28.120,05.
• TOTAL DO LANÇAMENTO DE OFÍCIO: R$ 149.088,80.
Neste caso, o preço de uma declaração errônea foi de R$ 149.088,80.

Este valor pode ser impugnado através de um processo administrativo, elabora-do por profissional com conhecimento agronômico e da legislação específica.Portanto, temos dois momentos cruciais que merecem a devida atenção, a Declaração de ITR e a preparação da Defesa Administrativa após o recebimento de uma intimação fiscal.


3) Como está a situação da municipalização do ITR?

A partir da definição de todos os requisitos e condições necessárias para cele-bração do convênio entre as Prefeituras Municipais e a Receita Federal do Brasil (RFB) no final de 2008, vimos uma grande adesão dos municípios ao convênio com a RFB.
Com este convênio, os municípios são beneficiados com 100% do valor de arre-cadação do ITR. Historicamente, 50% dos recursos oriundos do ITR eram destinados à união e 50% aos municípios.

Uma consequência natural da Municipalização do ITR foi o aumento do Valor da Terra Nua declarado, em virtude do maior conhecimento das prefeituras quanto aos valores dos imóveis rurais.

Além disso, em virtude da possibilidade de perda do convênio, a tendência é de que a fiscalização por parte dos municípios venha a se intensificar, conforme definições abaixo.

Entre as disposições da legislação que regulamenta este convênio, existe a defi-nição da possibilidade de perda do convênio caso o município conveniado deixar de:

a) informar os valores de terra nua por hectare (VTN/ha), para fins de atualiza-ção do Sistema de Preços de Terras (SIPT) da RFB; e

b) cumprir as metas mínimas de fiscalização definidas pela RFB, observadas as resoluções do Comitê do Imposto Territorial Rural (CGITR).


4) Qual a importência do valor da terra nua (VTN) a ser declarado?

Conforme disposições previstas na legislação vigente, o Valor da Terra Nua de-ve estar em conformidade com o valor de mercado de terras apurado em 1° de janeiro do ano da declaração.

Este Valor da Terra Nua corresponde ao valor total do imóvel excluídos os valo-res correspondentes a: construções, instalações e benfeitorias; culturas permanentes e temporárias; pastagens cultivadas e melhoradas; florestas plantadas.

Assim, como o ITR é pago anualmente sobre o Valor da Terra Nua Tributável e a sua alíquota é progressiva, aumentando conforme o tamanho da área do imóvel, a úni-ca forma de planejar uma redução nos valores devidos é reduzindo o tamanho do imó-vel, de forma a alterar a alíquota do imposto a pagar.

O valor a declarar, além de influenciar diretamente no valor do imposto a pagar, será base para um eventual processo de fiscalização pelo Município ou Receita Fede-ral e, principalmente, no caso de imóveis adquiridos a partir de 1997, pode ser a base para apuração do Imposto de Renda sobre Ganho de Capital.


5) Como o valor da terra nua pode influenciar no imposto de
renda sobre ganho de capital?

Considera-se Ganho de Capital a diferença positiva entre o valor de alienação (venda, integralização etc.) de bens ou direitos e o respectivo custo de aquisição (com-pra, partilha etc.).

Em uma análise pura e simples do parágrafo acima, podemos concluir que em muitos negócios, temos a apuração de um alto valor referente à Imposto de Renda so-bre Ganho de Capital, o que, em muitos casos, acaba inviabilizando o negócio. Isto ocorre, porque os valores de aquisição que estão apresentados na Declaração de Im-posto de Renda do contribuinte são valores muito baixos (desatualizados) e não podem ser atualizados, se não houver uma alteração no proprietário do imóvel. Assim, com a valorização no preço dos imóveis nos últimos anos, temos uma diferença significativa entre os valores de aquisição e alienação.

Porém, em se tratando de imóveis rurais, temos uma legislação específica que nos permite estruturar a compra e venda de uma forma mais econômica tributariamen-te.

No caso de imóvel rural, para aquisições realizadas a partir de 1º de Janeiro de 1997, considera-se como custo de aquisição o valor da terra nua declarado no ITR no ano da aquisição do imóvel. Para o valor de alienação, será considerado o valor decla-rado no ITR no ano da alienação do imóvel.

Portanto, temos a possibilidade de estruturar o negócio de compra e venda de um imóvel rural com uma carga tributária completamente diferente daquela baseada nos valores constantes nas escrituras públicas de compra e venda. Para tanto, basta observarmos com critério o momento certo para efetivar a compra e venda, bem como os valores corretos para declarar no ITR do ano de aquisição e ano de alienação do imóvel rural.

Para que tenhamos sucesso nesta estruturação tributária, é preciso que o negó-cio seja estudado antes da assinatura de qualquer contrato e/ou recebimen-to/pagamento de algum valor. A data de efetivação do negócio será determinante para utilizarmos o Valor da Terra Nua do ITR como custo de aquisição/alienação ou então utilizarmos os próprios valores de Escritura de Compra e Venda, onde normalmente temos um Ganho de Capital significativamente superior.


6) Considerações finais.

Diante do exposto, fica claro que a Declaração de ITR não se trata de uma sim-ples formalidade para apuração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, mas sim, pode ser uma importante ferramenta de Estruturação Tributária. Por outro lado, se mal elaborada, pode ser uma grande oportunidade para um processo de fiscalização pela Receita Federal ou Prefeitura Municipal.

Assim, sendo bem utilizada, a declaração de ITR pode ser aproveitada para es-truturar futuras negociações de compra/venda de terras. Em contrapartida, caso o ne-gócio não seja estudado amiúde, podemos ter surpresas desagradáveis e acabar pa-gando mais imposto do que o previsto, inclusive sofrendo penalidades via processos de fiscalização - que podem contemplar o Imposto de Renda sobre Ganho de Capital e o próprio ITR.

Murilo Damé
Engenheiro Agrônomo, Consultor SAFRAS & CIFRAS
e-mail: murilo@safrasecifras.com.br

Michele Muller
Graduanda em Administração com Ênfase em Gestão Ambiental
e-mail: michelemuller@safrasecifras.com.br

Roberta Ribeiro
Graduanda em Administração de Empresas
e-mail: roberta@safrasecifras.com.br