sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Painel Embrapa – Competitividade da Cadeia Produtiva da Carne Bovina

Ontem participei de um encontro de especialistas na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande/MS. O objetivo do evento era analisar os principais problemas da pecuária atualmente, todos levantados e elencados por pesquisadores da Embrapa.

Eles separaram todos os presentes (~40 pessoas) em 4 grupos de 10, sendo cada grupo focado em temas principais. No grupo em que fiquei estavam representantes do Cepea, Assocon, Famasul, Tortuga, Ministério, pesquisadores da Embrapa e um jornalista da Globo Rural. Com certeza um bom grupo.

Veja abaixo os tópicos com a discussão sobre alguns deles.

Melhoramento animal

– Baixa difusão de práticas de melhoramento genético

– Tímida adoção da prática de escrituração zootécnica

– Falta de análises econômicas consistentes dos principais sistemas de produção

– Falta de genótipos resistentes a doenças

– Falta de alternativa genética para maciez da carne

Ambiente

– Baixo aproveitamento de dejetos animais

– Baixo índice de tratamento e reutilização de resíduos e sub-produtos de frigoríficos e curtumes

– Baixa disponibilização de água no sistema produtivo

– Pouco sombreamento nos pastos

– Falta de alternativas sustentáveis para substituição de insumos agrícolas nas pastagens

Gestão da propriedade e socioeconomia

– Baixa capacitação de mão-de-obra de campo

– Baixa capacitação em gestão do agronegócio

– Falta de ferramentas acessíveis e amigáveis de gerenciamento do agronegócio

Resistência em implementar mecanismos de rastreabilidade: permanece a visão de que a rastreabilidade é apenas um custo adicional ao pecuarista, mas o ganho gerencial com a melhora da escrituração zootécnica e com uso da rastreabilidade deve ser cada vez maior nos próximos anos. A pressão ambiental é outro fator visto como positivo para incentivar a rastreabilidade. Conclusões: necessidade de maior transparência da sazonalidade do prêmio ao longo do ano e conscientização do pecuarista quanto à importância da rastreabilidade.

Mercado

Crescimento do mercado de outras fontes de proteína (animal e vegetal), em geral mais baratas: a elasticidade no consumo de carnes caiu nos últimos anos, mas a carne bovina permanece com maior elasticidade. O aumento no consumo de carne bovina só deve ocorrer por substituição, uma vez que o consumo geral de carnes no Brasil já é alto (nível de país desenvolvido). Entre as estratégias para aumento no consumo está o desenvolvimento de food service, marketing para a carne e estreitar a relação entre pecuarista-indústria.

Dificuldade de ofertar produtos de maior valor agregado ao mercado externo: discussão sobre falta de padronização da carcaça e falta de regularidade na oferta de animais cruzados ou com sangue taurino. A solução passa por parcerias entre pecuarista e indústria, fomento e fortalecimento de marca da carne.

Falta de habilidade de desenvolver novos mercados externos: necessidade de abertura de mercados como Japão, Coréia do Sul, EUA, Indonésia e China, mas investimento também para manter os mercados atuais. Foco nas relações políticas.

Fraca articulação entre os atores da cadeia produtiva: precisa haver uma mudança nas relações entre todos os elos da cadeia produtiva, principalmente através da melhora no diágolo. O fortalecimento de parcerias entre pecuarista-indústria também é fundamental, mas para isso precisa haver maior receptividade do lado do produtor.

Excesso de protecionismo contra a carne brasileira no exterior: necessidade de ações preventivas para evitar desgaste comercial, mas também é preciso um enrigecimento das negociações e maior força do governo e associações (por exemplo, Abiec) nas negociações. Para o médio/longo-prazo, inclusão de um adido agrícola nas principais embaixadas brasileiras, com representantes de cada setor, nos mesmos moldes feitos pela embaixada americana.

No total foram 20 problemas discutidos, enquanto os outros grupos discutiam outros temas. Posteriormente a Embrapa vai montar um documento que, além de ser disponibilizado ao público, deve nortear as pesquisas das unidades nos próximos anos.

Não é sempre que se observa uma troca de informações entre o lado acadêmico e o produtivo/comercial de maneira tão transparente. Sem dúvida uma iniciativa louvável da Embrapa e cujo resultado será positivo para toda a cadeia produtiva da carne bovina.

FONTE: COMMODITIES AGRICOLAS/ http://leonardoalencar.wordpress.com/

BOI GORDO - Entrevista com Lygia Pimentel

Dificuldade na compra de animais terminados continua garantindo firmeza ao mercado do boi gordo. Oferta de pasto ainda é restrita mesmo com o início da preparação das pastagens diante da volta das chuvas em algumas regiões produtoras. Mercado de reposição segue parado, porém, cotação do bezerro já encontra suporte puxada pelas altas do boi.



FONTE:NOTICIAS AGRICOLAS

Tanto aqui, como lá !!! Altos costos encienden luces amarillas en el agro

“Los altos costos, la pérdida de interés de los inversores, el impuesto a la tierra y, básicamente, la incertidumbre frente a reglas de juego no claras, son temas que están encendiendo distintas luces amarillas en el sector agropecuario”, aseguró este jueves a El Observador el gerente de la Asociación Rural del Uruguay (ARU), Gonzalo Arroyo.

El productor se quejó de los impuestos, de la mano de obra cara, del peso del Estado y arremetió contra el Impuesto a la Concentración de Inmuebles Rurales (ICIR), que tuvo su aprobación este miércoles en la Cámara de Diputados.

“En los costos uno tiene que analizar muchas cosas; se tiene la mano de obra más cara de la región, los servicios del Estado más caros de la región. Por ahora estamos agarrados de los precios internacionales, que hoy van tapando todos los problemas. (Pero) con cualquier patinada en los precios internacionales, todo esto se cae como un castillo de naipes, eso es lo más claro”, dijo Arroyo.
Aseguró también que “para mucha gente” una situación de esa naturaleza “significará tener que generar vales para poder pagar impuestos ciegos que no se compadecen de la renta”.

La aplicación del ICIR generó intensas polémicas desde que el presidente de la República, José Mujica, comunicó su idea de implementarlo. En la fuerza política del gobierno hubo divisiones y este miércoles el bloque de diputados astoristas votó aduciendo disciplina partidaria. Además, el ministro de Ganadería, Tabaré Aguerre, eludió varias veces asistir al Parlamento para defender el proyecto. Desde que Mujica lanzó la idea del impuesto, el secretario de Estado planteó reparos.

Arroyo dijo que el impuesto es “tan absurdo, pero tan absurdo, que hasta la academia está en contra”. “La Facultad de Agronomía, a través de su decano y uno de sus catedráticos dijo claramente que esto era un absurdo y que impactaba básicamente a los productores uruguayos, no a las grandes empresas. Pero no quieren escuchar porque es un tema ideológico, no racional, y a los temas ideológicos no hay con que darle, no hay argumento que valga”, agregó notoriamente disgustado.

Hizo referencia a que el ICIR “va en contra de la filosofía que dominaba cuando se impulsó la gran expansión del sector agropecuario” y utilizó el concepto de “impuesto ciego” para referirse al IRIC porque “si uno pierde, igual tiene que pagar”.

Sobre el argumento de la plusvalía que maneja el gobierno para aplicar el ICIR, Arroyo dijo que “el Estado se cobra esa valorización de la tierra cuando el propietario va a vender” ese bien. “¡Y bien que se la cobra, eh!”, insistió.

“La gente no vive del valor de la tierra, vive de lo que produce la tierra. El productor se hace de la famosa plusvalía el día que vende la tierra y, en ese momento, el Estado está para cobrarle. Lo que pasa es que quieren cobrar dos veces: por tenerla y después por venderla. Es una barbaridad”, recalcó.

El reclamo por los costos realizado por Arroyo no es exclusividad de la ARU, pues los grupos inversores argentinos han dado otra señal de alerta, informa este jueves el semanario Búsqueda, ya que “repliegan sus negocios en Uruguay”.

“Hay mucha gente retirándose del negocio o achicándose, y a diferencia de años anteriores cuando se renovaban las empresas, ahora no se ven tantos grupos entrando”, dijo a Búsqueda el gerente agrícola de la sociedad argentina Zed, Martín Tezanos.

Por su parte, el gerente general de la empresa, Jorge Francomano, indicó que “el negocio está dejando de ser atractivo y competitivo por el aumento de costos internos u de insumos importados, como los fertilizantes”.

FONTE: EL OBSERVADOR

BOI GORDO - Confira a entrevista com Caio Junqueira - Cross Investimentos

Boi Gordo: mercado termina a semana firme, após uma sequência de altas registradas nos últimos dias. Referência da arroba em São Paulo se confirma em R$ 107,00 à vista. Tendência continua altista para a próxima semana, com demanda aquecida e oferta restrita de animais terminados.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

CNA apresenta ao Ministério da Agricultura propostas para aumento da produtividade na pecuária

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai apresentar ao Ministério da Agricultura nessa sexta, dia 18, propostas para o aumento da produtividade no setor pecuário por meio do Plano Nacional da Pecuária. De acordo com o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, o Brasil pretende conquistar os mercados asiáticos e exportar carne in natura para os Estados Unidos. Mas para isso acontecer precisa aumentar a produtividade.

A primeira reunião para discutir a elaboração do Plano Nacional da Pecuária foi realizada na última sexta, dia 11. Na ocasião foram apresentadas as primeiras propostas de linhas de financiamento para a criação de gado em confinamento e semi-confinamento que devem integrar o plano.

O comitê gestor do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) avalia a inclusão do sistema de criação de bovinos em confinamento e semi-confinamento entre as práticas contempladas com as linhas especiais de crédito do programa. Comparado ao sistema tradicional de criação a pasto, o sistema de confinamento proporciona a redução de áreas de pastagem e a redução das emissões dos gases do efeito estufa por quilograma de carne produzida.

Outra proposta a ser encaminhada é o pedido de renovação da linha de crédito de até R$ 750 mil para a aquisição de reprodutores e matrizes bovinas ou bubalinas, anunciada no Plano Safra 2011/2012. A CNA também defende a inclusão da possibilidade de uso dos recursos desse financiamento para a aquisição de material genético, como sêmen e embriões, com o objetivo de melhorar a qualidade do rebanho.

Fonte: Canal Rural

É tempo de pensar na silagem



Armazenar comida para o rebanho é ter produção elevada o ano todo um costume entre os produtores que trabalham com rebanhos de corte de forma extensiva em não produzirem e guardarem alimento para os períodos críticos do ano, onde a natureza não disponibiliza comida farta e de qualidade para a manutenção do peso dos animais. E, geralmente o que ocorre, é o emagrecimento e a perda de tempo porque quando chega a época de bons pastos o rebanho tem que recuperar os quilos perdidos primeiro para depois começar a ganhar peso.
Uma das formas de evitar este emagrece e engorda é fazer ensilagem, que é um processo de conservação dos alimentos em locais hermeticamente fechados, livres de oxigênio, cujo objetivo é preservar ao máximo o valor nutritivo original da forragem escolhida para isto, seja cana, capim ou milho e sorgo planta inteira. A ensilagem é a forma mais eficiente e barata que se conhece para garantir suprimento de volumoso ao rebanho durante o período de entressafra. “É ideal para sistemas de produção que buscam maximizar o uso da terra, do trabalho e do tempo”, assinala a diretora técnica da Kera Nutrição Animal, Regina Flores.
Conforme explica Regina o processo de conservação da forragem está baseado na redução do pH (aumento da acidez) graças à produção de ácido láctico a partir do açúcar. A silagem se conserva porque ao ensilarmos a forragem, levamos para o silo toda a flora microbiana que está aderida à forragem na lavoura. Esta flora está composta por um universo muito grande, mas os que podem influir na maior ou menor qualidade da silagem são os fungos, leveduras, bactérias láticas, (que são as responsáveis pela conservação da silagem), clostrídios e coliformes.
Para o consultor técnico da Kera, Carmelindo Tomielo, uma boa silagem precisa ser complementada com a adição de inoculantes biológicos que são “bons” microorganismos que auxiliam na fermentação da ensilagem. Uma silagem sem adição de inoculantes demora de 25 a 40 dias para chegar a um pH menor que 4,5: isto significa que durante 25 a 40 dias, estarão se desenvolvendo bactérias láticas, coliformes e clostrídios. “É aqui que entra o inoculante de silagem, com a função de baixar o pH abaixo de 4,5 o mais rapidamente possível, pois só assim inativaremos os clostrídios e coliformes ( e ao fazê-lo, paramos de perder o valor nutritivo da silagem). É por esta razão que a Kera trabalha com concentrações tão altas de bactérias por grama de silagem, para podermos garantir que em 3 dias a silagem estará “pronta.”
Vantagens - O custo de produção para silagem varia muito, porque há diferenças na escala, tipo de cultura a ser ensilada, fertilidade do solo, etc. Mas, em geral uma silagem tem entre R$35 a R$90 por tonelada de matéria original (matéria úmida). Importante salientar que a silagem produzida e bem armazenada dura por muitos anos. Fazendo silagem é possível a manutenção de um maior número de animais ou unidades animais (450 kg) por unidade de terra; permite a manutenção ou maximização da produção (carne ou leite); permite, através do confinamento, ofertar animais bem nutridos em épocas de melhor preço; permite armazenar grande quantidade de alimento em pouco espaço.
Agrolink com informações de assessoria

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Confira a entrevista com Paulo Molinari - Analista de mercado sobre o mercado do Boi Gordo

Boi Gordo: período de entressafra de baixa oferta de animais mantém preços da arroba em alta. Em São Paulo, referência passa de R$ 105,00 à vista, com espaço para novos reajustes. Valor atrai pecuaristas, mas demanda aquecida não traz pressão pela oferta maior de bois.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Marfrig lança nova tabela de premiação para animais Angus

O Programa Carne Angus Certificada em parceria com o Marfrig lança nova tabela de premiação para animais Angus no Rio Grande do Sul. Premiação chega a 10% de acréscimo para macho ou fêmea.

Confira a tabela de premiação abaixo:

Clique na imagem para ampliá-la.
Fonte: Programa Carne Angus

Austrália exportou 20% mais gado em pé em setembro

As exportações de gado em pé da Austrália durante o mês de setembro aumentaram 20% com relação ao ano anterior, para 89.171 cabeças, com as exportações para a Indonésia totalizando 55.613 cabeças, de acordo com dados do Australian Bureau of Statistics.
Após vendas de 19.279 cabeças em agosto, as exportações de gado em pé para a Indonésia em setembro aumentaram em 10% com relação ao mesmo período do ano anterior, para 55.613 cabeças. Para os primeiros nove meses de 2011, as exportações para o maior mercado de gado em pé da Austrália totalizaram 296.452 cabeças - 30% a menos, ou 128.000 cabeças a menos que no mesmo período de 2010.

Outros mercados registraram envios recordes durante o mês de setembro, incluindo Egito (18.000 cabeças), Japão (1.769 cabeças), Malásia (1.615 cabeças) e Filipinas (1.604 cabeças).

Durante os primeiros nove meses de 2011, as exportações de gado vivo da Austrália totalizaram 502.711 cabeças - menos que as 639.737 cabeças no mesmo período de 2010. Em termos de retornos de exportação, os envios em 2011 tiveram um valor de A$ 437 milhões (US$ 444,68 milhões).

Em 16/11/11: A$ 0,98253 = US$ 1 (Oanda.com)

Fonte: MLA, traduzida e adaptada pela Equipe Beefpoint.

Confira a entrevista com Lygia Pimentel - Consultora de Mercado sobre o mercado do Boi Gordo

Boi gordo: mercado segue esticado para alta e firmeza do consumo tende a pressionar ainda mais a arroba. Carne chega mais cara na gôndola do supermercado, o que pode ser um fundamento limitador da entressafra. Oferta de animais continua restrita





FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Olhos abertos


O Rally da Pecuária 2011 chegou ao fim, pessoal, e foi muito interessante! Só conheci gente bacana, lugares bonitos e a organização está de parabéns. Iniciativas como essa devem ser aplaudidas de pé!

Segue uma foto da última equipe:

Se quiser, acompanhe mais fotos no www.rallydapecuaria.com.br

Mas vamos ao mercado. Olha, eu estou achando linda essa disparada dos preços do boi gordo. Em setembro confesso que fiquei bem pessimista com o volume de animais confinados que apareceu e com a queda de preços ao longo do mês.

O consumo estava forte, mas encontrava dificuldades em andar ainda mais e me perguntei se esta seria uma daquelas entressafras “exceção”, em que vemos preços mais altos no primeiro semestre em relação ao segundo.

Novembro veio pra provar a força descomunal que tem a entressafra e que ela não pode ser subestimada, mas já tenho uma pulga atrás da orelha aqui. O mercado está forte, tem muita gente por aí que até se ofende se eu falar em queda.

Não me refiro a mercado em baixa por enquanto, mas alguns sintomas já começam a me deixar de olho aberto.

Bom, as escalas encurtaram? Sim. Mas é claro que a falta de animais não faz nada por si.

Observem o primeiro gráfico.

Gráfico 1.
Evolução das escalas de abate (dias) e dos preços do boi gordo em São Paulo (R$/@).

O que se observa é que as escalas já estiveram mais curtas do que estão hoje. Basta fazer a comparação entre o que acontecia com a linha preta na metade do ano e o que acontece agora. A linha preta representa a média das escalas em São Paulo no mês. Mesmo assim, a reação não vinha com a força que veio agora, e o motivo é a carne, que resolveu andar.

Bom, sobre isso já tínhamos conversado na semana passada. Qual é a novidade desta semana, afinal?

A novidade é que a carne voltou a pesar dentro da cesta básica em outubro. Isso significa que os gastos com carne voltaram a representar mais de 35% dentro do gasto total com a cesta básica, o que não ocorria desde fevereiro de 2011, quando o boi estava em R$105,00/@ em São Paulo e essa relação (carne/cesta básica) estava decrescendo, ou seja, saiu de 39% em dezembro para os seus 35% em fevereiro e manteve uma média de 35% durante o restante do ano.

O dado para novembro ainda não saiu, mas não há muita dúvida de que virá em alta forte. Observe a figura 2.

Gráfico 2.
Representatividade do gasto com carne dentro do gasto total com a cesta básica (%).

Outro detalhe que já citei há pouco, mas vale lembrar: o pico do ano passado foi de 39%. Não sei qual será a alta a ser registrada em novembro, nem afirmo que pulará de 36% para 39%, apesar de ser exatamente o que aconteceu entre outubro e novembro do ano passado (3 pontos porcentuais de alta).

De toda forma, já dá pra ficar de olho. Afinal de contas, contando apenas a primeira quinzena de novembro, a carne já subiu 12% ou R$0,73/kg.




E falando em carne, observe o gráfico 3.

Gráfico 3.
Evolução do preço do boi casado no mercado atacadista de São Paulo (R$/kg).

Vejo duas coisas nessa figura. A primeira é que o boi casado está quase chegando ao patamar máximo do ano passado. O topo, que ocorreu no dia 10/11 nos R$7,36/kg.

O segundo fator é a formação do gráfico propriamente dita. Algo no comportamento de hoje te lembra do mesmo período de 2010? A mim, sim.
Por último, vamos falar sobre a inflação, que no mesmo período de 2010 era mais ameaçadora do que é hoje.

Bom, pelo menos é o que acha o Banco Central, já que deu início a uma rodada de diminuição dos juros à espera de reflexos da crise que aparecerão por aqui. De toda forma, fica claro que a pressão inflacionária está menos intensa neste momento, como é possível observar no gráfico 4.

Gráfico 4
Evolução do IGP-DM mês a mês.

Mas a carne pode ajudar a apertar a situação novamente em novembro. De toda forma, ontem li uma notícia boa: de acordo com o Serasa, a redução da pressão inflacionária fez diminuir a inadimplência no Brasil pelo segundo mês consecutivo após seis meses de aumento ininterruptos. Bom sinal!

Bom, aquela nossa conversa da semana passada ainda está valendo: o bom é vender na alta, gente.

Vender devagarzinho, compassadamente, nos melhores patamares possíveis para o momento, com calma para colocar na negociação o frete, o prazo, o pagamento à vista, enfim. Vocês devem saber melhor do que eu como aproveitar quando estamos com as rédeas nas mãos. Mas o que quero dizer é que é bom aproveitar enquanto a reação do consumo aos altos preços continua na inércia.

Ah, só mais um comentário. Ontem (16/11), o indicador subiu novamente, foi para os R$107,81/@. Na BM&F, o vencimento novembro/2011 por enquanto estacionou no topo anterior de 2011, os R$108,90. Não conseguiu romper esse patamar ainda. Caso isso não ocorra amanhã e se o efeito da segunda quinzena do mês não for sentido, talvez esse topo possa ser rompido, mas cuidado.

Os osciladores mostram um pouco de divergência e o volume negociado hoje, quando os preços encostaram nessa barreira, foi considerável. Para quem especula, seria ideal um rompimento de topo anterior com volume e osciladores positivando.

Aliás, o mercado futuro já paga 108,40 para novembro, 107 para dezembro e 101,55 para janeiro. A curva está bem inclinada e isso me cheira a oportunidade.

Gráfico 5.
Curva futura.










Abraços a todos e até a semana que vem!

FONTE: WWW.AGROBLOG.COM.BR / AUTOR LYGIA PIMENTEL

Quem sabe responde: Preço futuro do boi gordo

Quem sabe responde: Preço futuro do boi gordo

O Quem Sabe Responde desta semana atende às dúvidas de dois leitores sobre os preços da arroba do boi gordo. O primeiro questionamento é do Wesley Gava sobre a previsão da cotação desta matéria-prima no final de 2011 e a segundo é do integrante da rede Sidy Perazzoli sobre a tendência para os próximos seis meses.

A resposta é do presidente da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores), Eduardo Alves Moura. Ele que explica que não tem como saber 100% o andamento do mercado do gado gordo no Brasil nos próximos dias, muito menos nos próximos meses, mas que com ademanda aquecida e a oferta de gado gordo escassa os preços registrarão alta significativa daqui pra frente.

A previsão para o fim do ano, com a aproximação da festa natalina e do reveillon, é de que as cotações do boi gordo anotem valorização entre 5% e 10%.

Então, considerando que o atual preço do boi gordo em Araçatuba/SP está na faixa dos R$ 105,50 a arroba (negócios a prazo), até o fim do ano o preço da commodity deve girar entre 110 e 116 reais cada arroba nesta praça produtora, por exemplo.

Já no início de 2012, os valores da arroba do boi gordo podem cair, com o aumento da oferta dos bois de confinamento e dos animais que hoje estão engordando no pasto, com a maior disponibilidade de alimento com as chuvas dos últimos dias, retornando à casa dos R$ 100/@.

De janeiro/fevereiro pra frente, os valores do boi gordo oscilarão de acordo com o andamento do mercado, impossibilitando uma previsão efetiva a longo prazo, mas a trajetória deve ser altista diante do desequilíbrio entre a oferta e a demanda do setor.

FONTE: RURAL CENTRO

Preço do boi no pico ou ainda tem mais?

Rogério Goulart, administrador de empresas, pecuarista e editor da Carta Pecuária
cartapecuaria@gmail.com
Reprodução permitida desde que citada a fonte
Semana passada colocamos um gráfico parecido com esse aqui abaixo.



A diferença são os valores com impostos. Essa semana atualizei as contas e coloco os preços à vista, livre de impostos. Arroba de SP, certo? Assim a arroba mostrada aqui fica mais próxima do nosso dia a dia.

Note nessa sexta-feira uma arroba valendo ao redor de 105 reais à vista e o atacado está a indicar atualmente um potencial de 108 reais. É a mesma história da semana passada, o atacado está puxando a arroba para cima.

O que o pecuarista pode fazer com esse tipo de informação? Negociar com o frigorífico. Uma arroba ao redor de 100 reais fora de SP tanto é possível como já está ocorrendo nos estados vizinhos.

Seguindo em frente, outra maneira de olhar a movimentação dos preços é analisar as carnes propriamente ditas e suas respectivas forças. Observem os gráficos do traseiro bovino e da carcaça casada.



Chamo a atenção do leitor para olhar atentamente esses dois gráficos anteriores. Repare como o traseiro está bem próximo de encostar no PICO do ano passado. A carcaça casada também está em ritmo acelerado para tentar atingir o mesmo objetivo.

Não sabemos o que vai ocorrer, é claro. Pode ter sido o pico da arroba nessa semana? Pode.

Porém, algo nos diz que ainda temos um pouco mais de suco para espremer antes de jogar essa laranja fora.

Observe esse mesmo estudo no gráfico da arroba do boi, a seguir.


Note como a alta da arroba está atrasada no mesmo tipo de análise entre os três gráficos. Esse é o mesmo gráfico que coloquei na semana passada, só que atualizado.

Outra coisa interessante nesse gráfico, e que também comentei semana passada, tem a ver com o conceito dos 50%.

Semana passada ainda estávamos muito abaixo dele. Agora acabamos de cruzá-lo. Como o mercado muda rápido em apenas uma semana, não é?

A ideia dos 50%, caro leitor, é simples. Depois que um preço rompe os 50%, ele vai tentar buscar o pico anterior. Existe, então, um valor na cabeça de todo mundo, e esse valor é o pico de 115 reais da arroba de 2010.

Chegaremos lá? Não sei. Na atual conjuntura? Mercado interno, ok... Mas e o externo?

Frigoríficos grandes publicando prejuízos astronômicos, outros reduzindo seus lucros...

Mas estou otimista. Salários médios com recordes de alta, desemprego com recordes de baixa.

Recorde de venda de motos. Filas em restaurantes... Posso estar enganado, mas esses não são os típicos sinais de um país com piora em seu consumo.

Para terminar, outro gráfico a seguir. Esse é tradicional e pioneiro aqui na Carta Pecuária. Você não achará esse estudo em outro lugar. É o gráfico da arroba do bezerro versus a arroba do boi gordo.


Repare que o boi gordo “buscou” o bezerro ano passado ao redor dos 117 reais (115 livre de impostos). Ou seja, o boi subiu até encostar no bezerro, que valia ao redor disso. Hoje isso seria o que? Hoje o bezerro vale 118 reais.

Chegaremos lá? Não sei. Mas o que sei é que nesse intervalo quero estar bem atento para ir negociando gado gordo com frigorífico e fechar o ano vendendo boi com preços médios maiores que o primeiro semestre. O que esperar mais?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Principais indicadores do mercado do boi - 16/11/11

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio



O indicador Esalq/BM&F Bovespa boi gordo a vista teve valorização de 0,32% nessa segunda-feira (14), sendo cotado a R$107,57/@. Na semana, teve valorização de 3,61%.

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta



O indicador Esalq BM&F Bezerro a vista sofreu valorização de 0,42%, sendo cotado a R$728,90/cabeça nesta segunda-feira (14). A margem bruta na reposição foi de R$1049,05 com valorização de 0,77%.

Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar



Na segunda-feira (14), o dólar foi cotado em R$1,76 com valorização de 0,58%. O boi gordo em dólares teve baixa de 0,26% sendo cotado a US$60,97. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.

De acordo ocm o InfoMoney, o mercado refletiu a piora de humor externo, que levou à queda das principais bolsas mundiais, e levou à valorização dos investimentos tido seguros, como o dólar.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 14/11/11



O contrato do boi gordo para dezembro/2011 foi negociado a R$107,89 com alta de R$0,41, subindo 4% desde 01/nov quando foi cotado em R$103,57.

Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para Dezembro/11



Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.

No atacado da carne bovina, o equivalente físico ficou estável. O spread entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de R$1,76, com alta de R$0,34 no dia e baixa de R$0,95 na semana. Confira a tabela abaixo.

Tabela 3. Atacado da carne bovina



Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

FONTE: BEEFPOINT

A Feicorte vai até você!!

NFT Alliance

Reprodução permitida desde que citada a fonte
A Feicorte em parceria com a Nutrition for Tomorrow Alliance, apresenta o Circuito Feicorte NFT 2012.

Uma rodada do maior evento de gado de corte do Brasil em um formato de workshop e feira de negócios, nos principais centros de produção do País.

Serão 2 dias em cada cidade, visando a discussão de temas de interesse de cada região com os maiores especialistas do setor, além da exposição das principais empresas representando todos os elos da cadeia de produção de Carne Bovina.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

COTAÇÕES


FONTE: CORREIO DO POVO

27ª Feira Oficial de Primavera de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas de Bagé

27ª Feira Oficial de Primavera de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas de Bagé
Foto: Fabiana M Gonçalves
Terneiros da Fazenda Triunfo - produtora Rosângela Varella Vaz
Núcleo de Terneiros Terneiros da Fazenda Triunfo - produtora Rosângela Varella Vaz
Boris Delabary (E) foi um dos jurados da feira, e recebeu homenagem das mãos de Sérgio VazA APROPAMPA oferece prêmios para os melhores lotes das raças Angus e Hereford. Rogério Jaworski dos Santos (D) fez a entrega do prêmio para o melhor lote de Angus -  Tavares representou o produtor, Ricardo Kalil Gonçalves

A feira aconteceu na última sexta-feira, 11 de novembro, nas Associação e Sindicato Rural de Bagé, e teve promoção do Núcleo de Produtores de Terneiros de Corte do município.



RESULTADOS FINAIS

Total de animais comercializados: 1596



MÉDIAS em R$

Por quilo vivo machos: R$ 4,16

Por quilo vivo fêmeas: R$ 3,70

Por quilo vivo vaquilhonas: R$ 3,85



MÉDIA DA ALTERNATIVA

Por quilo vivo – machos: R$ 5,00

Por quilo vivo – fêmeas: R$ 4,29



Unitário p/cabeça

-Machos: R$ 1.250,00

-Fêmeas: R$ 1.020,00

-Vaquilhonas: R$ 1.350,00



MÉDIAS PESOS

Machos: 229

Fêmeas: 192

Vaquilhonas: 260



PARTICIPARAM COM INSCRIÇÕES NA FEIRA PRODUTORES, DOS MUNICIPIOS DA REGIÃO: Bagé, Dom Pedrito, Lavras do Sul, Aceguá, Candiota e Hulha Negra.



Maior preço por quilo (machos): R$ 5,00

Produtor: José Erico da Silva Souto



Maior preço por cabeça (machos): R$ 1.250,00

Produtora: Rosângela Varella Vaz



Maior preço por quilo (fêmeas): R$ 4,29

Produtor: Amanda Furich Scholante



Maior preço por cabeça (fêmeas): R$ 1.020,00

Produtor: Nova Pec. Agro Pastoril Ltda



Maior Preço por quilo Vaquilhonas: R$ 4,17

Produtor: José Maria Gonçalves



Total Comercializado: R$ 1.396.040,00



Financiaram Banco do Brasil, Banrisul S.A e Sicredi.





Fabiana Machado Gonçalves

Jornalista - Reg.Prof.: 11.156


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