quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Embargo russo: Brasil enviará a resposta dia 10


Resposta do governo brasileiro ao relatório de inconformidade elaborado pelo governo russo, após visita de uma missão às plantas frigoríficas de Mato Grosso, Goiás e São Paulo, será encaminhada até o dia 10 de fevereiro. Prazo foi confirmado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta quarta-feira (25), sem mencionar, entretanto, os pontos que precisam ser corrigidos para restabelecer o comércio com a Rússia.

Inspeção nos 3 estados brasileiros foi realizada em novembro, 4 meses após o início do embargo, em 15 de julho do ano passado, para Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. Relatório de inconformidade elaborado em novembro foi encaminhado pelo governo russo este mês, antecedendo reunião do ministro Mendes Ribeiro Filho com a ministra da agricultura da Rússia, Yelena Skrynnik, no último fim de semana, durante evento em Berlim (Alemanha). Tão logo seja enviada a resposta ao relatório serão realizadas reuniões técnicas com representantes dos 2 países, para elaborar um protocolo de equivalência, conciliando as exigências sanitárias da Rússia e do Brasil.

Cenário - Previsão do Mapa é que, com a aprovação da Rússia como integrante da Organização Mundial do Comércio (OMC), o problema do embargo será resolvido, uma vez que o país teria anunciado a intenção de adotar os critérios sanitários utilizados pela União Europeia, para onde o Brasil já exporta carne. Por aqui, os suinocultores aguardam com ansiedade a solução do impasse, uma vez que o setor tenta de se recuperar da crise iniciada no ano passado e o mercado russo se configura como um dos mais importantes.

Diretor-executivo da Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues, informa que os preços caíram e os custos subiram. Recuperação dos preços pagos aos produtores começou a acontecer no fim do ano passado, mas na última semana, voltou a baixar cerca de 12%, oscilando de R$ 2,50 (kg) para R$ 2,20 (kg).

Redução está sendo provocada pelo aumento da oferta da carne suína no mercado interno, após queda nas exportações. Alternativa buscada pelos criadores para driblar o problema é garantir a abertura de novos mercados.

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