quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Custo de Produção do Boi Magro x Viabilidade do Confinamento em 2012


Rogério Marchiori Coan (1) / Lygia Pimentel (2)

Reprodução permitida desde que citada a fonte
 
É quase unânime a opinião de que 2010 foi um ótimo ano para quem conseguiu confinar. Ele começou com perspectivas negativas em relação ao preço para outubro. A opção de hedge na BM&F/Bovespa até meados do ano não era atrativa, inibindo investimentos.

Grandes projetos, iniciados em anos anteriores, começaram a ruir; não por maus resultados no confinamento em si, mas por diversos outros fatores que envolveram desde o planejamento do sistema de produção, até a gestão do fluxo de caixa.

No início de 2010, da mesma forma que em todos os anos, basicamente quando se inicia ou quando se planeja os confinamentos, a alta dos animais de reposição era mais acentuada do que a alta do preço do boi. Observe a evolução dos preços na figura 1.

Figura 1. 
Índice de preços do boi e do bezerro, considerando janeiro de 2009 como base 100.

Fonte: Cepea / Elaboração Bigma Consultoria

A falta de atratividade, desânimo com relação aos preços do boi e preços projetados no mercado futuro aquém dos valores que remunerariam o confinamento tornaram 2010 o segundo ano consecutivo de queda no número de bovinos de corte confinados. Observe a evolução na figura 2, segundo estimativa da Bigma Consultoria.

Figura 2.
Estimativa da evolução anual do número de bovinos de corte confinados no Brasil.

Fonte: Bigma Consultoria

O decorrer de 2010, no entanto, privilegiou aqueles que confinaram. Custos mais baixos, conforme comentado anteriormente, ausência de chuvas no período seco e valorização do preço do boi superior às mais otimistas previsões para o ano tornaram o confinamento altamente rentável para o período. Aliás, é o que ocorre historicamente com anos pessimistas, eles nos surpreendem. O contrário também é verdadeiro, como foi provado através da tabela 2 no texto “Viabilidade do Confinamento em 2012”.

Aqueles que confinaram, e aplicaram corretamente as técnicas, acabaram por colher bons resultados. O ano foi bom, o que também pode ser confirmado na análise elaborada pela Bigma Consultoria e cujos resultados estão apresentados na figura 3.

Figura 3.
Margem relativa de lucro no confinamento, considerando 2005 como índice 100.

Fonte: Bigma Consultoria

Pelo critério de evolução dos indicadores de custos e preços do boi, comparamos a evolução das margens anuais do confinamento. A margem de 2005 foi estabelecida como base 100. Sendo assim, em 2010 as margens teriam sido 13,9% melhores do que em 2005, caso o confinamento fosse conduzido com a mesma tecnologia e o mesmo desempenho de ganhos.

Bom, vamos falar do presente e de um breve futuro chamado 2012. Pelo menos até o dia 13 de fevereiro de 2012, os preços do boi magro e os insumos ainda estavam com valores acima do esperado pelo mercado, considerando as praças dos Estados de São Paulo (SP), Goiás (GO), Minas Gerais (MG), Mato Grosso do Sul (MS) e Mato Grosso (MT). Ao analisarmos fevereiro, portanto, parece fácil concluir que as perspectivas e os ânimos para o confinamento de 2012 não são tão positivos como foram em 2010. Ou seja, será que realmente vai valer a pena confinar em 2012?

Para aqueles pecuaristas que utilizam o confinamento como uma oportunidade de negócio, a resposta é que, baseado nos valores atuais de insumos e boi magro, para valer a pena confinar em 2012 a remuneração da arroba deverá ser compatível com pelo menos R$100,00.

Isso para se confinar com tranquilidade, principalmente para os confinadores com operações nos Estados de GO, MG, MS e MT. Também é interessante lembrar que o valor pode sofrer alterações de acordo com o sistema adotado, região onde se localiza, capacidade de diluição de custos dentro do confinamento e otimização de recursos. E este é exatamente o valor apontado pelo mercado futuro hoje para os meses de outubro, novembro e dezembro, sendo que julho, agosto e setembro refletem cotações abaixo desse patamar.

Agora, para aquele pecuarista que utiliza o confinamento como uma ferramenta gerencial dentro do sistema de produção de recria/engorda ou de ciclo completo, a conversa é um pouco mais amistosa, pois diferentemente do confinador “negócio”, o confinador “estratégia” produz o próprio boi magro e a um custo bem mais competitivo do que o aquele disponível no mercado comum.

Diante de todo esse cenário, vamos avaliar como se comporta, no presente momento, a viabilidade do confinamento em 2012 para os pecuaristas que produzem o boi magro na propriedade e como esse custo pode impactar os resultados dos sistemas de produção.

Para inicio de nossa conversa, temos que considerar algumas premissas básicas para realização dos cálculos, como: período de confinamento, ganho de peso (GPV), custo da dieta, custo operacional (manuseio, distribuição, depreciações, etc.), frete e protocolo sanitário. Os cálculos consideraram um plano nutricional para promover a terminação de animais Nelore, machos não castrados, tamanho corporal 5, Escore de Condição Corporal 4, peso inicial de 360 kg (12@) e peso final de 515 kg (18,03@), com rendimento de carcaça de 52,5%. Na tabela 1 podemos observar algumas dessas variáveis por Estado.

Em relação ao custo do boi magro, faremos as simulações considerando um custo inicial de R$900,00/cab, o que implica em um custo de produção de R$75,00/@ e, evoluiremos R$50,00 em custo por cabeça, até atingirmos um boi magro produzido à R$1.150,00, ou seja, R$95,83/@, custo este bastante elevado quando se pensa nas atividades de recria/engorda ou ciclo completo.

Em relação à remuneração da arroba, consideramos três cenários para as simulações, sendo: um pessimista (R$95,00/@), um moderado (R$100,00/@) e um otimista (R$105,00/@). Vale ressaltar que são somente cenários e não uma tendência real do que realmente teremos neste futuro não muito distante. Até porque, vai que 2012 repete o feito de 2010. Já pensou?

Tabela 1.
Premissas básicas para simulação dos custos e resultados do confinamento.

Fonte: Bigma Consultoria

Como forma de padronizar a linguagem, consideraremos como viabilidade do confinamento a operação que permite pelo menos R$90,00 de lucro operacional por animal. Assim, fica mais fácil discutirmos os números, sem se ater aos preciosismos.

Bom, vamos aos números. Na figura 4 podemos visualizar o lucro operacional para o Estado de São Paulo. Como era de se esperar, quanto maior o custo de produção do boi magro e menor a remuneração da arroba, menor é o lucro operacional da operação. No entanto, é relevante citar que quando se tem um boi magro produzido por R$1.150,00 e uma remuneração na casa dos R$100,00/@, ainda sim é possível viabilizar o confinamento em 2012 no Estado de SP.

Figura 4.
Lucro operacional do confinamento no Estado de SP, em função de diferentes custos de produção do Boi Magro.

Fonte: Coan Consultoria/Bigma Consultoria

Agora, com uma remuneração da arroba em R$95,00, a viabilidade do confinamento só se torna possível em SP com um custo do boi magro abaixo dos R$1.050,00, o que é tecnicamente possível, pois esse animal estaria sendo produzido por R$87,50/@ nas fazendas.

Para o Estado de GO os números são outros. Observe na figura 5 que com a remuneração da arroba em R$95,00 e um boi magro produzido entre R$1.075,00 e R$1.100,00, ainda sim é possível viabilizar o confinamento. A explicação para esse fato está na dieta, que normalmente é mais barata nesse Estado, em função da maior oferta de grãos e resíduos da agroindústria. Assim, confinar em GO parece ser realmente tranquilo, pois mesmo com uma remuneração da arroba não tão otimista, o confinamento estratégico ainda será um bom negócio.

Figura 5.
Lucro operacional do confinamento no Estado de GO, em função de diferentes custos de produção do Boi Magro.

Fonte: Coan Consultoria/Bigma Consultoria

No Estado de MG a prosa não é muito diferente do que levantamos em GO. Observa-se na figura 6 que o lucro operacional do confinamento é muito semelhante, sendo também viável mesmo diante de um cenário pessimista de remuneração da arroba. Quanto se tem cenários moderado ou otimista, os números ficam ainda melhores.

Figura 6.
Lucro operacional do confinamento no Estado de MG, em função de diferentes custos de produção do Boi Magro.

Fonte: Coan Consultoria/Bigma Consultoria

No Estado do MS os números também são animadores. Na figura 7 podemos observar que com um boi magro produzido por R$1.100,00 e uma remuneração em R$95,00/@, ante os R$89,00/@ observados hoje no mercado físico, o confinamento estratégico parece ser um bom negócio.

Novamente, o motivo dessa melhor competitividade recai sobre a maior oferta de grãos e resíduos da agroindústria no Estado, fato este que torna as dietas de alto concentrado mais atrativas técnica e economicamente, não só no MS, mas também em GO e MT, promovendo custos da arroba produzida e colocada mais competitivos.

Figura 7.
Lucro operacional do confinamento no Estado de MS, em função de diferentes custos de produção do Boi Magro.

Fonte: Coan Consultoria/Bigma Consultoria

E no Estado do MT, como ficam os números?

Para variar, nesse Estado parece que o confinamento veio para ficar mesmo. Vejam que na figura 8, mesmo com um boi magro caro, produzido por R$1.125,00 e com uma remuneração de R$95,00/@, ainda sim o confinamento se torna viável, permitindo um lucro operacional de R$104,97/cab.

Figura 8.
Lucro operacional do confinamento no Estado de MT, em função de diferentes custos de produção do Boi Magro.

Fonte: Coan Consultoria/Bigma Consultoria

Fora isso, devemos levar em consideração o que o mercado futuro indica e as alternativas que ele nos oferece.

Como vimos anos pessimistas tendem a nos surpreender, apesar de não ser uma regra, necessariamente. E, neste caso, as atenções voltam-se ao mercado de opções que, por sinal, tem sido cada vez mais utilizado pelo pecuarista como forma de proteção contra eventos inesperados e pela volatilidade inerente ao mercado de commodities.

O “susto” gerado caso o pecuarista decidisse travar seu custo com o mercado futuro e a arroba resolvesse andar, prejudicaria os resultados, já que não é possível aproveitar o movimento de alta se a operação de hedge fosse feita somente com contratos futuros.

Com a utilização do mercado de opções, temos a possibilidade de proteger-nos contra uma possível queda, blindando os custos de produção, mas simultaneamente, conseguimos aproveitar os benefícios de um mercado em alta. No entanto, ele tem um custo mais alto. Por isso, é necessário avaliar qual é a verdadeira necessidade de cada caso.

Pedimos desculpas aos leitores que já possuem conhecimento sobre o assunto, mas seguem aqui algumas definições:

Termo é a venda antecipada do boi ao frigorífico com base no que aponta o mercado futuro, mediante contrato. O boi deverá ser entregue no mês de vencimento do contrato tomado como base e o descumprimento deste é compensado com uma multa.

Já o hedge com futuros é feito da seguinte forma:

Suponha que você tenha 400 bois para entregar em outubro. Tomando como base um valor de R$100,00/@ em São Paulo, o produtor chegou à conclusão de que os preços atuais cobrem seus custos e já garantem uma rentabilidade satisfatória. O diferencial de base histórico para o boi no Mato Grosso do Sul é de -5%, portanto, a trava prevista (hedge) será em R$95,00/@. Ele, então, vende 20 contratos com vencimento em outubro no valor de R$100,00/@.

- Supondo que o mercado físico caia para R$96,00/@ em outubro, temos: BM&F: 100,00 – 96,00 = +4,00 Físico: 96,00 – 5% = 91,20 + 4,00 = R$95,20 (hedge em R$95,00/@)

- Supondo que o mercado físico suba para R$104,00/@, temos: BM&F: 100,00 – 104,00 = -4,00 Físico: 104,00 – 5% = 98,80 – 4,00 = R$94,85 (hedge em R$95,00/@)

A vantagem do hedge na bolsa é que ele pode ser desfeito, caso o pecuarista acredite que o mercado continuará a subir acima do valor travado ou caso não possa mais arcar com os ajustes diários. Para entender a situação, imagine o que aconteceu em 2010, quando o mercado subiu continuamente durante praticamente o ano todo, até novembro.

Quem travou o boi com futuros ou com o termo em 2010 se arrependeu amargamente, pois viu os preços ultrapassarem em muito as apostas do mercado futuro ocorridas na safra.

E mesmo com a safra de 2010 mais otimista do que a deste ano (ou seja, precificava uma alta entre safra e entressafra maior do que a projetada hoje), os preços foram muito além do que era precificado na BM&F para o segundo semestre.

Portanto, a justificativa para não usar ferramentas de gestão de risco existe com base na trava pura e simples, mas a verdade é que na grande maioria das vezes o uso mercado futuro compensou, mesmo para quem travou apenas futuros ou fez o termo tradicional com o frigorífico.

Diz o ditado que gato escaldado tem medo de água fria e o receio de uma alta forte que torne o hedge um mau negócio está no ar.

Para não correr o risco de perder a alta, há alternativas ao preço “travado” que protegem o produtor da queda e permitem que ele ganhe com a alta. Adianto que todas elas são feitas através do mercado de opções, basicamente. Para quem não tem um conhecimento mínimo deste mercado, recomendo algum curso ou leitura para entender o princípio das operações realizadas com derivativos (opções). Elas são a base para não passar raiva, mesmo fazendo a lição de casa, ou seja, o hedge. Dito isso, vamos à parte prática.

Hoje o mercado futuro precifica R$100,00/@ para outubro, que é o mês em que você venderá seus bois confinados, de acordo com este exemplo. Você considera os preços baixos para uma entressafra, já que o ágio médio considerado pelo mercado futuro para o segundo semestre é de 6%.

Pois é, hoje os futuros resistem muito em apostar na alta. Bom, mesmo assim esse valor cobre bem o seu custo de produção e abaixo disso a situação já começa a ficar preocupante. Então você pensa: “vou me garantir com os preços nesse patamar mesmo assim”. As maneiras de travar e aproveitar a alta são as seguintes:

1. Venda do boi a termo para o frigorífico com compra de opção de compra (CALL):

Essa operação também é chamada de “PUT sintética”. Pode ser que você a encontre por aí com este outro nome, então já fica a dica pra não comer bola. Mas deixe esse nome esquisito de lado, vamos entender o que isso significa.

A opção de compra, ou também chamada CALL, é a aquisição do direito de comprar um ativo por um preço determinado, mediante pagamento de um prêmio. Ficou difícil? Vamos à parte prática da questão, então.

Suponha que você tenha vendido ao frigorífico 500 bois a termo por R$100,00/@, que é o que o mercado projeta para outubro hoje. Quinhentos bois são o equivalente a 9.000 arrobas, mais ou menos.

Lembre-se: você travou o termo com o frigorífico, portanto, teoricamente, não poderá aproveitar a alta e terá que entregar os animais pra eles por R$100,00/@. Seu custo estaria travado, caso o mercado caísse, mas como subiu, você ficou a ver navios. Certo? Errado, se você mudar de ideia e achar que o mercado subirá. Basta comprar uma CALL.

Suponha que o prêmio de uma CALL 100 esteja em R$3,70/@. Multiplicado por 9 mil arrobas = R$33,3 mil de investimento. A CALL 100 te dá o direito de comprar boi por R$100,00/@, mesmo que o mercado esteja valendo R$106,00/@. Que beleza, não é? Você tem o direito de comprar mais barato algo que já vale mais do que isso e vender imediatamente para colocar o dinheiro no bolso. Dinheiro esse, aliás, que servirá para acompanhar o mercado se ele continuar subindo.

Considerando-se o melhor cenário desenhado sob o ponto de vista dos custos de produção para 2012 e considerando também o ágio médio histórico, supomos que o boi atinja os R$105,00 em outubro.

Subtraindo-se o custo da opção de compra dos R$105,00, restam R$101,30. Ou seja, o preço é superior àquele que você travou no frigorífico e, se o mercado continuar subindo, você acompanhará essa alta.

Podemos considerar também um custo de produção de R$99,00/@ em SP. O investimento da CALL se pagaria a partir dos R$102,70 e o mercado conseguiu atingir os R$105, neste caso.

Se não der certo e o mercado cair, a opção perde seu valor e você estará protegido pelo termo com o frigorífico.

2. Compra de uma opção de venda (PUT) “a seco”:

Nesta operação, você esquece o frigorífico por enquanto e compra uma opção de venda (PUT) 100, que te dá o direito de vender boi por R$100,00/@, mesmo que ele esteja valendo R$95,00/@ em outubro. Simples. Com o mesmo mercado em R$100,00/@ para outubro, a PUT sai por um prêmio de R$3,40/@. O valor total do investimento é de R$30,6 mil para aqueles 500 animais.

Caso o mercado suba para R$105,00/@, você venderá seus animais ao frigorífico por esse preço e seu investimento (PUT) perde o valor – ou vira pó, no jargão do mercado. Se o mercado cair para R$96,00/@, por exemplo, você venderá mais barato ao frigorífico, abaixo do seu custo de produção de R$99,00 (SP), mas ainda poderá exercer seu direito adquirido de vender bois por R$100,00/@ e ganhar com a diferença (+R$4,00).

Esta é, definitivamente, a alternativa mais segura para quem não quer perder uma possível alta, mas precisa proteger seus custos do infortúnio de uma queda de preços.

Outra coisa interessante sobre o mercado de opções é que quanto menos vantajoso pra você, mais barato ele se torna. O prêmio de uma PUT 100 pode custar relativamente caro, mas há outras alternativas, como usar strikes menos vantajosos, porém mais baratos. Observe a tabela:

Tabela 2.
Strikes e prêmios estimados de PUT para outubro

Fonte: Boi Invest.

Isso significa que a compra de uma PUT strike 95,00 sairia por menos da metade do preço e você ficaria apenas com parte do seu custo exposto. Sem falar que se for o caso de uma arroba colocada, o custo de produção seria mais baixo, teoricamente, o que tornaria a alternativa ainda mais vantajosa.

3. Seguro de preços:

É a compra de uma opção de venda (PUT) diretamente do frigorífico. É igual à operação descrita acima, que é realizada através de uma corretora, mas com o frigorífico não há necessidade de desembolso imediato do valor total da proteção, já que ele mesmo fará o desconto do custo da operação apenas no momento do pagamento pelos bois.

Vale ressaltar que além das alternativas acima, o mercado de opções oferece outras operações de proteção no leque, inclusive aquelas estruturadas (como trava de alta, ou “call spread”, por exemplo), que barateiam o custo do seguro. Além disso, hoje muitos frigoríficos com mesas de comercialização se especializaram para adaptar-se à realidade do mercado e à necessidade do pecuarista.

Com isso, colocam à disposição diversas ferramentas de hedge, inclusive para o risco de base, pois no momento da negociação a trava é feita com base no preço da praça em questão. A base, portanto, fica travada, caso o produtor assim deseje. Em resumo, em alguns frigoríficos esses produtos são amplamente oferecidos e utilizados, o que facilita a vida do produtor.

De toda forma, para aqueles que não gostam de abrir sua estratégia para o frigorífico, existe sempre a Bolsa, que é o lugar que permite que todas essas operações se tornem viáveis.

Então não há desculpas para não planejar sua venda e maximizar os ganhos de maneira eficiente. Todas essas informações juntas podem parecer confusas e difíceis de assimilar num primeiro momento, mas o importante é sentar e fazer as contas com calma para entender qual é a melhor “opção”.

Como trabalhamos com mercados que oscilam fortemente e que rendem margens apertadas, é importante aproveitar cada oportunidade criada para agregar valor à produção. Não é mais possível (e será cada vez menos) manter uma atividade de sucesso ignorando a volatilidade do mercado e criando possibilidades de falhas de comercialização.

Por fim, diante do que apresentamos nessas simulações, fica evidente que o confinamento poderá ser lucrativo em 2012, principalmente para quem o utiliza como ferramenta estratégica e gerencial no sistema de produção.

Gostaríamos de agradecer imensamente ao grande amigo Ricardo Heise, por ter ajudado com algumas informações para a elaboração deste artigo.

Produtores, técnicos, frigoríficos e mesmo formadores de opinião, observam o confinamento de maneira mais madura e mais prática em 2012. É por esta razão que acreditamos no crescimento cada vez mais consolidado do confinamento no Brasil para os próximos anos.

Afinal, mais que uma estratégia vital para otimizar o ciclo do boi, o confinamento é um caminho sem volta para o futuro da pecuária nacional. Pode acreditar nisso em 2012 e com certeza até 2050!

Participe do 7° Encontro Confinamento: Gestão Técnica e Econômica nos dias 7 e 8 de março de 2012, no Hotel JP, em Ribeirão Preto - SP e saiba por que o confinamento é a estratégia para crescer em um mercado globalizado e competitivo.

Acesse e confira em www.gestaoconfinamento.com.br

(1) Zootecnista – Diretor Técnico da Coan Consultoria. E-mail: rogerio@coanconsultoria.com.br
(2) Médica Veterinária – Consultora da Bigma Consultoria. E-mail lygia@bigma.com.br

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