quinta-feira, 28 de junho de 2012

CNA defende linha de crédito para aumentar animais em pastagens recuperadas


O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, defendeu a criação de uma linha de crédito para que os pecuaristas possam adquirir animais, aumentar o número de bois por hectare em pastagens recuperadas e gerar ganhos de produtividade ao setor. Ele abordou o tema, nessa segunda-feira (25-6), durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que reúne membros de todos os elos do setor pecuário e é presidido pelo representante da CNA. “Queremos recuperar pastagens degradadas, mas precisamos de condições para criar mais cabeças por hectare, para ter mais produtividade”, explicou.
Nogueira informou que pediu a inclusão desta medida ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2012/2013, que deve ser anunciado no final desta semana. No encontro, ele afirmou que esta ação contribuiria para uma pecuária mais sustentável, incluída como um dos temas da pauta da reunião de hoje, que também discutiu a adoção de boas práticas pecuárias. A certificação sanitária e socioambiental da carne para combater o mercado clandestino da carne foi outro ponto abordado durante o debate, em em exposição apresentada pela União Nacional das Indústrias e Empresas da Carne (UNIEC).
Os participantes da reunião assistiram, ainda, a uma apresentação do assessor técnico da Comissão Nacional do Meio Ambiente da CNA, Rodrigo Justus, sobre o novo Código Florestal e a Medida Provisória 571, que traz complementos ao texto sancionado pela Presidência da República. “Há pontos que nos preocupam, pois o produtor terá prazo para recuperar suas matas nas margens dos rios, mas o texto do novo Código Florestal não dá prazo para o Governo autorizar licenças ambientais, nem fazer o georreferenciamento das propriedades”, ressaltou o presidente do Fórum.
Antenor Nogueira defendeu, ainda, o fim da cobrança de PIS e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) sobre ração e sal mineral, utilizados na alimentação do rebanho. Hoje, a alíquota que incide sobre estes insumos é de 9,25%. “Se, hoje, há desoneração para outros produtos, por que não temos para a carne, que é um produto que ajuda a sustentar o saldo comercial brasileiro”, indagou. Ele informou que esta é uma antiga demanda do setor e que reforçará este pleito junto ao Governo Federal.
Fonte: Portal do Agronegócio

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