domingo, 29 de julho de 2012

Agora é a vez do Pampa gaúcho


Os pesquisadores do Projeto Biomas iniciaram esta semana a busca pela propriedade onde serão desenvolvidos os estudos do Pampa. Eles trabalham na região de Bagé, inserida em uma das mais lindas e características paisagens do Estado. A cidade que completou 201 anos e ainda exibe ares de província, está a 390 quilômetros da capital, Porto Alegre e tem, segundo o último censo do IBGE, 116 mil habitantes.

O Projeto Biomas nasceu da parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Embrapa. A partir das pesquisas que estão sendo realizadas nos seis biomas brasileiros, serão propostos modelos inovadores de produção com o plantio de árvores nas propriedades rurais, além de recuperação das florestas ciliares.

“É uma região onde 60% do PIB vem da agropecuária, especialmente da produção de arroz e da pecuária de corte”, explica o analista da Embrapa Pecuária Sul, Marcelo Pilon. No entanto, a região da campanha (expressão utilizada pelos imigrantes italianos para designar o interior do Estado), também começa a apostar em outras culturas como a vitivinicultura e, mais recentemente, a plantação de oliveiras.

“Nessa fase, considerando, principalmente, tipos de solo, vegetação e sistemas de produção, serão escolhidas e caracterizadas as áreas experimentais e de referência, onde iremos implantar os projetos propostos pelos pesquisadores”, conta o coordenador do Biomas, Gustavo Curcio, da Embrapa Florestas.

Para isso, a equipe começou a visitar algumas propriedades rurais da região. Uma delas foi a fazenda Agropecuária Espantoso, localizada a 40 quilômetros de Bagé. “É interessante fazer pesquisas para ajudar os proprietários rurais. Se é para desenvolver, estamos dispostos a colaborar”, diz Odacir Pillão, proprietário do lugar.

“Uma característica desse bioma é a formação campestre, ou seja, em vez de florestas, há o predomínio de campo. Além disso, percebemos que os proprietários aqui, conservam a mata ciliar. A inserção da árvore associada a alguns sistemas de produção poderá suprir necessidades internas das propriedades rurais”, finaliza a também pesquisadora e bióloga Anette Bonnet.

Assessoria de Comunicação Digital da CNA
Reportagem especial de Larissa Trevisan
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Fonte: Assessoria de Comunicação Digital da CNA

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