quarta-feira, 11 de julho de 2012

Exportação de gado vivo sobe 29% no semestre


Mauro Zafalon

Reprodução permitida desde que citada a fonte

Após uma queda de 38% em 2011, as exportações de gado vivo cresceram 29% no primeiro semestre deste ano.

De janeiro a junho, o Brasil vendeu 246 mil bovinos vivos para fora do país, ante 191 mil animais no mesmo período do ano passado, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

O volume, no entanto, ainda é inferior ao de 2010, quando as exportações de gado vivo bateram recorde.

A retomada é atribuída à volta da Venezuela, destino de 83% das exportações brasileiras, às compras no país.

No ano passado, o dólar especial para compra de alimentos subiu no país vizinho e praticamente inviabilizou as operações. Como os preços ao consumidor, controlados pelo governo, permaneceram estáveis, as margens dos importadores, que compram o gado vivo para abater no país, ficou muito apertada.

O real, mais valorizado em 2011, também não ajudou.

Com o passar do tempo, no entanto, o governo venezuelano repassou o aumento dos custos, provocado pela mudança no câmbio, aos preços finais, voltando a permitir as exportações ao vizinho, diz Daniel Freire, presidente da Abeg (Associação Brasileira dos Exportadores de Gado).

Outros destinos do gado brasileiro no primeiro semestre foram o Líbano, o Egito, a Turquia e o Congo.

Gastão Carvalho Filho, diretor da Boi Branco, uma das principais exportadoras de gado em pé do país, destaca o aumento das exportações de reprodutores neste ano.

O Brasil exportou 10 mil animais de elite no primeiro semestre, ante 1.000 no mesmo período do ano passado. Apesar do forte crescimento, esse grupo representa apenas 4% do total das exportações de gado vivo. Mas contribui para elevar o valor agregado dos embarques.

O preço médio das exportações de bovinos vivos subiu 11% no primeiro semestre, contribuindo para o aumento de 46% na receita obtida com essa atividade.

Fonte: Folha de São Paulo

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