sexta-feira, 20 de julho de 2012

Nova Zelândia: missão gaúcha conclui visita às indústrias e propriedades neozelandesas

Organizada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), a missão gaúcha formada por representantes do Governo do Estado, do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), Farsul e Senar, completou, nesta terça-feira (17), o segundo dia de visita à Nova Zelândia. Entre segunda-feira (16) e terça-feira, os integrantes do grupo visitaram propriedades dedicadas à produção de carne e leite, indústrias e mantiveram contatos com produtores e entidades representativas.

Coordenada pelo titular da Seapa, Luiz Fernando Mainardi, a missão, que também visitará a Austrália, foi conhecer experiências em rastreabilidade bovina, prática que começa a ser adotada de forma obrigatória no País neste mês, e modelos de produção da bovinocultura de leite. As observações subsidiarão a formatação de programas em fase de elaboração pelo Governo do Estado, em sintonia com as Câmaras Setoriais da Carne e do Leite.

Uma das empresas visitada foi a Fonterra, maior produtora de lácteos do mundo, que processa anualmente 21 bilhões de litros de leite com 40% do mercado global de laticínios. A empresa, criada em 1927, possui 10.500 sócios proprietários e a cada década vem se destacando pelo forte investimento tecnológico, sendo a primeira empresa no mundo a mecanizar integralmente a produção de queijo com tecnologia na concentração de proteína do leite. Fortes investimentos aliados a uma parceria com a Massey University, uma das principais universidades do país, surgida em 1928, tem possibilitado à Nova Zelândia ocupar um lugar de destaque mundial na produção leiteira e de carne bovina.

O mesmo grupo conheceu, no município de Palmerston North, uma propriedade de 500 hectares destinada à produção de leite, onde conferiu as pastagens como um dos grandes diferencias do país. Formadas fundamentalmente por trevo e azevém, as pastagens chegam a durar até dez anos sem necessidade de replantio, o que permite um diferencial nutricional com menor incidência de mão de obra. A produção média do país está em torno de 30 litros de leite vaca/dia.

O programa local de rastreabilidade, que a partir deste mês passa a funcionar em caráter obrigatório, é coordenado pelo Instituto Nacional de Rastreabilidade (NAIT), e prevê rastrear integralmente o rebanho bovino formado por aproximadamente 4,4 milhões de bovinos de corte e 6,2 milhões de bovinos de leite.

Opinião

As observações sobre o funcionamento da produção de leite no campo, na indústria e as condições para buscar o mercado, com o desenvolvimento de novos produtos, aliado ao papel da universidade, dão a certeza de que o Estado está no caminho correto ao construir um programa que compreenda o todo da cadeia produtiva do leite.

Esta é a opinião do titular da Seapa, Luiz Fernando Mainardi, segundo quem a produção gaúcha só terá importância comercial se forem desenvolvidas ações estratégicas para isso. “Só vamos conseguir entender os elos da cadeia se vermos isso como um sistema integrado quer começa no produtor, na fazenda, chegando até o consumidor final e, por isso. precisamos criar um Programa de Estado, e não somente de governo¨, acrescentou o secretário.

Para o presidente do Sindilat, Wilson.Zanata, o que impressionou foi o profissionalismo dos produtores e o fato da pesquisa das universidades chegar mais facilmente ao campo. Além do produto leite ter supremacia sobre os outros produtos como a carne. “Aqui os pastos são perenes e renovados a cada 10 anos porque foram feitos investimentos em pesquisas que desenvolveram variedades adequadas para este cultivo”, disse Zanata.

Feiilding

Em Feiilding, localizada ao sul da Nova Zelândia, o outro grupo visitou uma propriedade de 1000 hectares que faz a terminação de bovinos e abate em torno de 1000 animais ao ano.

O grupo também realizou visita a uma associação de raças onde predomina a Angus e Hereford. Segundo a coordenadora do Programa da Carne Gaúcha da Secretaria da Agricultura, Ana Suñe, nesta instituição foram salientados os benefícios que o NAIT trará para o registro genealógico para melhorar estatisticas sobre a bovinocultura. Também foi possível conferir pelo grupo o recebimento de animais em um frigorífico onde os abates são totalmente automatizados e os cortes especificos identificados pelo sistema de rastreabilidade.

Nesta quarta feira (18), a delegação esta em deslocamento para a cidade de Hamilton, ainda na Nova Zelândia onde fica até a sexta feira (20), quando partem para a Austrália.

Fonte: Governo do RS

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