sábado, 9 de junho de 2012

Sobre as incertezas do mercado e as opções de venda


Lygia Pimentel é médica veterinária, pecuarista e especialista em commoditieslygia@bigma.com.br
Reprodução permitida desde que citada a fonte
 
Terminado o feriado, estamos torcendo pra que depois do fim de semana o consumo seja bom, não é mesmo? Aparentemente, a carne mostra força neste início de mês, o que é comum devido à sazonalidade com que o mercado costuma trabalhar mês após mês.

Entretanto, o problema agora é que oferta de animais ainda permanece forte. Os frigoríficos têm melhorado suas margens com o barateamento da matéria prima em relação à carne no atacado, sem falar do faturamento com as exportações que também tem ajudado.

Não fosse essa necessidade otimizar o funcionamento das unidades de abate em busca da diluição de custos fixos e margens melhores, talvez estivéssemos diante de preços mais baixos. Em outras palavras, há oferta maior, mas há também apetite maior por parte dos frigoríficos. Apetite esse que, diante da oferta de animais, não tem sido o suficiente para sustentar o mercado.

Para ilustrar essas informações, segue nosso primeiro gráfico:

Gráfico 1.
Evolução do valor da arroba, do equivalente físico e do diferencial entre eles.

Fonte: Cepea/Broadcast/Divisão AgriFatto – Bigma Consultoria

Bom, voltando... temos no gráfico o recente comportamento de recuperação dos preços no atacado, ilustrado pela linha cinza, e a concomitante estabilidade do valor da arroba em São Paulo.

Também temos a diferença entre o equivalente físico e a arroba, que normalmente é um indicador que trabalha no campo negativo. Isso significa que, normalmente, o frigorífico paga mais caro pela arroba em relação ao preço que ele consegue comercializar a carcaça. Quer dizer que o frigorífico toma prejuízo na maior parte do tempo? Não.

Ele faz a diferença negativa virar positiva no momento em que vende os subprodutos, como couro, sebo e miúdos. Também faz isso ao processar a carne e vende-la desossada.

Mas o que podemos observar também no gráfico é a média dessa diferença entre arroba e carne com osso tem diminuído, ou seja, tem se aproximado do campo positivo semestre após semestre e hoje concentra-se no melhor patamar dos últimos três anos. Assim como os preços da arroba, a margem do frigorífico também se comporta ciclicamente, afinal, ela depende do custo da matéria-prima, ou seja, o boi. Então quando o boi sobe (como em 2010), as margens da indústria se apertam. Quando cai, como agora, as margens se recuperam.

Bem, mas estamos entrando na entressafra, não é? Não sei. São Pedro tem nos surpreendido. Após uma seca brava em plena safra, está chovendo muito em um momento em que tipicamente vemos pastos amarelos e rapados. Só pra acabar com toda a programação do pecuarista. Observe a próxima imagem.

Gráfico 2.
Volume precipitado em Campo Grande - MS no primeiro semestre de 2011 e 2012 (mm).

Fonte: CPAO/Embrapa/Divisão AgriFatto – Bigma Consultoria
* parcial até o dia 8/6.

A oferta de animais gordos costuma sumir neste período, mas e se as chuvas continuarem nos surpreendendo? Será que a entressafra pode demorar mais a chegar? E se o volume maior de gado confinado atrapalhar a entressafra? E se as exportações voltarem a ser impactadas pelo cenário macroeconômico adverso?

A questão é que trabalhamos com uma incerteza absurda e uma infinidade de fatores que podem comprometer ou impulsionar a oferta de animais.

E, novamente, pra acabar com a volatilidade e pisar em terreno firme, só usando ferramentas financeiras como o mercado futuro, o termo e o seguro de preços, também chamado de compra de opção de venda, ou compra de PUT.

Pessoal, não trabalho mais em corretora. Já trabalhei, mas hoje meu negócio é vender boi, palestras e consultoria. O que quero dizer é que não ganho nada dizendo isso. Nem um centavo com corretagem, nada. Não estou vendendo uma ideia ou um produto, mas gosto de compartilhar boas experiências e o que tenho visto é que as operações que trabalham travadas são mais tranquilas e fazem sobrar mais tempo pra gente gastar com todos os outros mil problemas que existem dentro da propriedade.

Uma vez que o mercado deu a chance de lucro, por que não agarrá-la com as duas mãos? É um mal do investidor achar que a tendência favorável a ele dura para sempre, mas isso nunca acontece. Em todos os mercados é assim, ele se regula e somos pegos de calças curtas.

E aí entra aquele ditado que diz que “gato escaldado tem medo de água fria”. Tem muita gente com quem converso que travou o boi futuro na bolsa, mas viu o mercado subir e teve que pagar ajuste. Não gostou da ideia e abandonou a ferramenta. Pra quem acha que o mercado pode andar muito ainda neste ano, tem uma maneira de conseguir travar um preço mínimo, mas ainda aproveitar uma possível alta.

Estou dizendo que essa alta não vai acontecer? Não. Estou dizendo que o mercado vai andar muito? Também não. Só estou defendendo a ideia de, na incerteza, garantir o almoço. E esse jeito de garantir chama-se “seguro de preços”, ou compra de PUT.

A compra de PUT, ou opção de venda, é a aquisição do direito de vender boi em um preço determinado através do pagamento de um prêmio, mesmo que o mercado esteja posicionado abaixo do valor que você “apostou”.

Suponha que você terá um lote de animais prontos para venda em outubro. Nesta operação, você esquece o frigorífico por enquanto e compra uma opção de venda (PUT) 100, que te dá o direito de vender boi por R$100,00/@, mesmo que o mercado esteja valendo R$95,00/@ lá em outubro.

Simples. Se você comprou o direito de vender em 100 e o mercado estiver em 95, você “ganha” R$5,00 na Bolsa por causa da compra da opção (PUT). Como o mercado estará valendo R$95,00/@, 95 (boi) + 5 (Bolsa) = 100. É claro que tem o custo disso e deve ser considerado na operação.

Hoje, o valor de uma PUT strike 100 para outubro está em torno de R$1,90/@, o que faz com que sua trava seja feita em 98,10 – ou que seu custo de produção aumente R$1,90. Hoje, o boi vale R$92,50/@ em São Paulo. Supondo que ele suba para apenas 95,00 em outubro, você terá os 98,10 garantidos se tiver negociado a PUT. E se o mercado subir acima para 105, por exemplo, o seu investimento com a opção de venda (R$1,90) perde valor, mas você poderá aproveitar a alta integralmente sobre o boi que você tem no pasto.

A única “perda” será o investimento com o valor da opção comprada que, neste caso, não foi utilizada.

Outro fator interessante é que quanto menos vantajosa for pra você, mais barata será a opção. Isso significa que dá pra comprar strikes mais baixos, como o 98, 97, 95, etc., e pagar menos por isso. Sua margem será menor, mas o custo dessa operação também.

Ela é chamada seguro de preços pois pode ser comparada a um seguro de carro. Se batemos o carro (se o boi cair), pagamos o prêmio e acionamos o seguro (exercemos nosso direito adquirido em Bolsa). Se não batermos o carro (se o mercado subir), simplesmente não acionaremos o seguro e tudo fica como era antes. E tem outra: não é porque pagamos o seguro que torcemos pra bater o carro, certo? É apenas uma maneira de não contar contar com imprevistos acima do que esperamos (ou acima do que podemos arcar).

De maneira simples e com um rápido estudo de custo x preços, conseguimos acabar com a volatilidade e a incerteza do mercado, principalmente em períodos confusos como este que vivemos agora.

Espero ter ajudado ou pelo menos plantado uma semente para que haja interesse em desenhar uma operação para o seu caso pessoal e imaginar como seria na sua fazenda se você fizesse a proteção.

Bom, acho que encontrarei muitos de vocês na próxima semana, certo? Teremos Feicorte, que vai de 11 a 15 de junho. Estarei por lá na segunda, terça e quarta-feira. Espero conversar pessoalmente.

Abraços a todos e até a semana que vem.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Participação do confinamento no total de animais abatidos


por Hyberville Neto


Segundo estimativas da Scot Consultoria, os bovinos confinados em 2011 representaram 7,2% dos abates totais. Para 2012 as estimativas iniciais são de que esta participação seja de 8,5%.

Veja a figura 1.


Mesmo representando uma parte pequena do total, a maioria dos animais confinados é vendida no segundo semestre, o que gera concentração de oferta nas regiões onde a atividade é mais expressiva, como Goiás, Mato Grosso e São Paulo.

Esta concentração de oferta tende a gerar variações nas cotações e no diferencial de base em relação a São Paulo, que é a praça base das operações de hedge.

Tal ponto deve ser considerado pelo pecuarista ao utilizar estas ferramentas.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

JORNAL ANGUS@NEWS

Angus@news - Edição junho/2012

Carga tributária brasileira diminui competitividade com vizinhos do Mercosul


Mesmo com todos os incentivos fiscais e políticas de financiamentos e de proteção dos governos federal e estadual para o desenvolvimento do agronegócio, inúmeros impostos pesam no bolso dos agricultores e, por consequência, dos consumidores. Na comparação com os vizinhos do Mercosul, Argentina, Uruguai e Paraguai, o Brasil dispara na frente com a maior carga tributária, cerca de 20% mais alta. Enquanto os hermanos operam com taxação única por meio do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), o Brasil possui quase 90 tributos entre impostos, taxas e contribuições. Essa é uma das principais dificuldades do País com relação à concorrência com produtos latino-americanos.
"Não tenho dúvidas de que o Mercosul é bom para o Brasil, mas altamente prejudicial ao Rio Grande do Sul", declara o deputado federal Jerônimo Goergen, vice-líder do PP na Câmara e um dos defensores do agronegócio em Brasília. A ideia do mercado comum era unir esses países em um único bloco a fim de abrir as portas para as grandes nações compradoras, como o Canadá, por exemplo. Segundo o deputado, hoje não há mais necessidade disso, pois desde o acordo assinado, em 1991, o Brasil cresceu economicamente quase cinco vezes mais. "Temos um custo muito alto para o Estado", afirma o deputado, autor da Lei de Fronteira (nº 12.427), que obriga a análise química e fitossanitária de todos os produtos que entram no Estado como forma de conter a importação.
O Plano Brasil Maior, estratégia do governo federal para estimular a competitividade e o crescimento econômico do País, poderia ser uma alternativa para mudar os rumos e dar um incentivo à atividade. "Mas agronegócio não fui incluído Plano Brasil Maior", lamenta Goergen. Além disso, o endividamento do setor é bilionário, alerta o deputado. No dia 31 de maio, a Medida Provisória 556, que incluía assuntos tributários como o crédito presumido, perdeu a validade por não ter sido votada. De acordo com o parlamentar, o acerto ficou para que a proposta de restituição dos valores cobrados a mais da agroindústria sejam colocados na MP 563.

Mas os grandes vilões no custo da produção brasileira são os insumos. Para o assessor econômico do sistema Farsul Antônio da Luz, o agronegócio vai muito mal em relação a outros países, pois o Brasil tem um dos maiores custos operacionais do mundo, principalmente na produção da soja, trigo e milho.
Os fertilizantes e as máquinas agrícolas, conforme o especialista, entravam o processo produtivo devido ao alto preço. A incidência de impostos faz com eles cheguem a custar 100% mais do que na Argentina, por exemplo. A importação de insumos mais baratos dos países do bloco é proibida. "Ninguém vende mais caro do que o Brasil", indigna-se o economista. Um exemplo é o hussar, herbicida utilizado em pós-emergência no controle de plantas daninhas nas culturas do arroz, cana-de-açúcar e trigo é vendido por R$ 205,85 o litro na Argentina. Porém, no Brasil, sai por R$ 541,48. "Esses produtos não podem entrar no País, mas o contraditório é que eles estão presentes nos alimentos que importamos," lembra o assessor.

Temor é que aconteça a desagriculturização - As expectativas quanto ao futuro do agronegócio incluem cenários nebulosos. O temor é que o País passe por uma desagriculturização, termo copiado da indústria, desindustrialização, que serve para denominar as perdas diante da importação de produtos mais baratos do exterior. Já está ocorrendo uma desagriculturização, em especial com o arroz e o trigo, devido ao alto custo de produção, o que dificulta a competitividade com os nossos vizinhos", explica o assessor econômico do sistema Farsul Antônio da Luz.
Uma colheitadeira fabricada no Rio Grande do Sul chega a custar de 28% a 100% mais caro do que nos países vizinhos, conforme o especialista. O grande problema, segundo ele, é que isso desestimula os produtores e industriais a permanecer no Brasil. Eles acabam atravessando a fronteira a fim de se instalar naqueles países.
Na ponta do lápis, o comparativo realizado pela Farsul demonstra a disparidade entre os custos de produção de algumas culturas. De acordo com dados da entidade, o valor operacional da soja no Brasil é o dobro da Argentina e 30% mais cara que nos Estados Unidos. A produção do milho chega a custar 90% a mais que na Argentina e 40% superior ao praticado nos EUA. O preço do trigo é 40% maior que na Alemanha e 90% mais que nos EUA. O arroz tem custo superior de 27% do que na Argentina, 38% que nos EUA e 30% maior do que no Uruguai.
O princípio da neutralidade dos impostos, ou seja, que não influencia na competitividade, de acordo com Antônio da Luz, não ocorre no Brasil. "A nossa carga tributária não é neutra e acaba deturpando as nossas vantagens comparativas por não respeitar essa regra", afirma. Em sua opinião, se o governo baixasse para 30% o peso dos tributos haveria um acréscimo de "competitividade violenta" no Brasil.
Produtores de arroz defendem incentivos por parte dos governos - O Rio Grande do Sul é responsável por aproximadamente 65% de toda a produção de arroz do País, segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A reclamação do setor é com relação aos produtos que entram no Brasil oriundos do Mercosul. Uma das medidas comemoradas pelos produtores e industriais é a unificação da alíquota do ICMS em 4%. Para o presidente do Irga, Cláudio Pereira, o Rio Grande do Sul só perde no que não é beneficiado dentro do Estado.
Com relação ao Mercosul, cada um tem sua política, e hoje o Brasil compete com o arroz uruguaio e o argentino no mercado internacional. Mas, conforme o presidente do Irga, o Estado tem competitividade e consegue vender com preços mais baixos. Isso, de acordo ele, é graças às ações de proteção do Estado. "No ano passado o governo colocou mais de R$ 1 milhão no arroz e isso é retorno em impostos", garante.
A safra de arroz 2011/2012 no Rio Grande do Sul deve ser 13,5% menor que a safra anterior. A redução em 9 milhões de toneladas para 7,8 milhões não chega a ser problema, conforme demonstra a entidade. O maior mercado é o interno e para os produtores o momento é bom, o que não acontece com outras culturas em razão da estiagem. De acordo com o produtor e presidente do Sindicato Rural de Tapes, Juarez Petry, o setor orizícola tem ótima irrigação. "Não temos problemas de quebras de safras, além das boas condições de infraestrutura, é um produto da cesta básica", explica.
No entanto, os insumos determinam o custo do grão e como os tributos brasileiros são os mais altos da América Latina, os grãos importados ganham espaço nas prateleiras dos supermercados e no prato dos consumidores. Conforme Petry, produzir arroz sempre foi um negócio rentável e contou com apoio de pesquisas e investimentos.
Porém, com a condição de entrada livre do Mercado Comum do Sul, sem taxação nenhuma, acaba causando "concorrência desleal", pois os impostos brasileiros encarecem o produto. Conforme Petry, no ano passado o Brasil exportou 2,8 milhões de toneladas e até o momento o País já exportou quase 400 mil toneladas. "O mercado está forte, firme, sendo abastecido pelos produtos, o arroz não pode ser segurado nas mãos dos produtores, pois o mercado precisa fluir", diz o produtor.
Apesar dos bons negócios, Petry comenta que dentro da porteira os impostos pagos pelos produtores chegam a média de 20%, mas até chegar ao final da cadeia, alcança quase 40%.
Segundo Pereira, a inclusão do arroz no Plano Brasil Maior é essencial para o setor, pois trará medidas importantes de desoneração dos investimentos e das exportações para iniciar o enfrentamento da apreciação cambial, avanço do crédito e fortalecimento da defesa comercial e ampliação de incentivos fiscais. Além disso, aposta também na facilitação de financiamentos e maior competitividade das cadeias produtivas. De acordo com a entidade, para o arroz beneficiado ser incluído no programa, ele tem que ser considerado produto manufaturado. O programa do governo federal para o período 2011-2014 visa a aumentar a competitividade da indústria nacional, a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor.

Embargos e altos impostos afetam setor de máquinas agrícolas - Apesar de o setor de máquinas e de implementos agrícolas no Estado não sofrer concorrência com outros países do Mercosul, a indústria paralisou com os embargos da Argentina
Os embargos impostos ao Brasil pela Argentina fizeram com que cerca de 200 itens fossem bloqueados na exportação para aquele país. O Rio Grande do Sul sofre diretamente as consequências e os prejuízos. O Estado produz 65% de máquinas agrícolas do Brasil e exporta 25% da produção para a Argentina (que é o terceiro maior produtor de soja do mundo), de acordo com Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers). "Estávamos trabalhando em prol de uma CPI do Mercosul, mas suspendemos a coleta de assinaturas visto que o governo sinalizou com a possibilidade de reação", comenta o deputado federal Jerônimo Goergen (PP).
"Não estamos vendendo nada, está tudo trancado", angustia-se o presidente do Simers, Cláudio Bier. De modo geral, de 35% a 40% do que o Rio Grande do Sul fabrica é vendido aos países do Mercosul. Desde quando se instituiu o mercado comum, todos os intercâmbios, com exceção de raríssimas mercadorias manufaturadas e, principalmente, dos gêneros supérfluos e produtos de cesta básica, possuíam o mesmo tratamento tributário, o que continua sendo amparado com os acordos de créditos recíprocos. No entanto, segundo Bier, os calçados são sobretaxados na Argentina.
Existem produtos com redução de ICMS, mas, conforme o presidente, um dos problemas são os encargos recorrentes dos impostos federais, como PIS e a Cofins, que são pagos mesmo quando se tem prejuízo. O Estado já recorreu da Justiça questionando essa contribuição para alguns casos específicos. Além desses, a dor de cabeça dos industriais, são os encargos sociais e trabalhistas, que pesam 25% sobre a folha de pagamento. "Os países vizinhos trabalham com o IVA e pagam sobre os resultados que obtiveram, e isso tem uma equalização mais justa", compara o presidente.

Estado é contra a taxação de 30% sobre a carne exportada - O mercado da carne está em guerra. As principais entidades que representam os frigoríficos brasileiros solicitam ao governo federal a taxação de 30% na exportação de gado em pé. O Rio Grande do Sul e o Acre são responsáveis pelos maiores embarques de gado para os países do Oriente Médio e Rússia. O Estado possui tradição nesse mercado há pelo menos 60 anos e essa interferência do poderia prejudicar o bom andamento do setor. De acordo com o diretor da Farsul Hermes Ribeiro Filho, a alegação é de ociosidade em questão de matéria-prima para o abate nos frigoríficos. "Somos frontalmente contra a taxação", diz o diretor. Ele argumenta que a venda para fora do País é muito baixa para justificar a falta de animais aos frigoríficos.
Em 2010, o Estado embarcou pouco mais de 26 mil cabeças de gado para Oriente Médio, em 2011, 17 mil e, em 2012, até o momento, não chega a seis mil. "Eles querem que o mercado externo, embora levando pouco, sirva de balizador para os preços internos", interpreta. Segundo ele, existem muitos animais no Brasil. Somente no Rio Grande do Sul, nascem em torno de 3 milhões de terneiros por ano.
De acordo com o diretor da entidade, o Estado concede incentivos fiscais e tem o ICMS mais baixo para a indústria frigorífica. Mas, para ter acesso, é preciso entrar no programa Agregar RS, que reduz de 7% para 2% o imposto. Atualmente, de segundo ele, existem apenas 100 frigoríficos dentro desse programa, e há um universo de mais 700 empresas para se cadastrar. "Com o fortalecimento do Agregar RS, se consegue reduzir o abate clandestino e podemos garantir a saúde do consumidor que tem o direito de adquirir carne segura", garante. Em razão disso, o diretor argumenta que os frigoríficos não podem queixar-se de que a tributação é alta, pois existem ferramentas que viabilizam o setor.
No ano passado, o Brasil exportou mais de 400 mil cabeças de gado, o menor volume desde 2008 devido ao recuo de importação pela Venezuela. Entidades como a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) defendem igualdade tributária entre o exportador de carne e o de gado vivo. O presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar, cobra isonomia: "Estamos na contramão da agregação de valor."
A Associação Brasileira de Exportadores de Gado (Abeg) encomendou estudo técnico que contrapõe os argumentos pró-taxação. Considerando os últimos cinco anos, o volume de gado exportado significou 2,9% do total de vagas ociosas para abate na indústria. E conclui que o imposto limitaria a comercialização, que tem elevado a renda no setor pecuário, e que as exportações são um canal eficiente para diluir o risco na atividade.
Emaranhado tributário engessa o agronegócio
O Brasil tem uma legislação tributária complexa, capaz de confundir até mesmo os maiores especialistas no assunto, que procuram entender a relevância de alguns tributos. Integrante do Instituto de Estudos Tributários (IET), o advogado tributarista da Pandolfo Advogados, Rafael Borin, acredita que, na prática, a carga tributária é prejudicial para economia.
Recentemente, a presidente Dilma Rousseff editou a Medida Provisória 563 que desonera o custo da folha de salários para alguns setores econômicos, em especial aos exportadores de tecnologia da informação. No entanto, Borin observa que essa redução de tributos sobre o custo da mão de obra não atingiu o agronegócio, de forma que ainda continua sendo alto para os empresários. "Se o agronegócio tivesse uma desoneração maior da sua folha de salários, teríamos certamente aumento na participação da receita na economia nacional e mundial", analisa.
Segundo ele, outro entrave tributário é o acúmulo de créditos de PIS/Cofins em relação às empresas exportadoras. Ou seja, o governo federal está trancando aproximadamente R$ 4,5 bilhões de tributos pagos pelo setor exportador vinculado ao agronegócio, o que força o ingresso em ações judiciais. "Certamente, se tais créditos fossem liberados, teríamos um significativo incremento financeiro que fomentaria o setor", garante.
O Mercosul, na opinião do tributarista, tem boa matriz, mas, com o passar dos anos, foi apresentando inúmeras distorções que acarretaram em perda de competitividade do agronegócio brasileiro. "Entendo que é importante manter o tratado, mas ele não tem conseguido atingir o objetivo de viabilizar a circulação de produtos entre os países, pois o preço utilizado no Brasil não é atraente", explica.
Fonte:  Jornal do Comércio

URUGUAY - Está detenida la exportación de ganado en pie a Turquía


URUGUAY : Ese país no está emitiendo los permisos necesarios.
Las exportaciones de ganado en pie hacia Turquía, principal destino de este tipo de transacciones, están trancadas debido a que desde ese país no se están emitiendo las autorizaciones necesarias.
El presidente de la Unión de Exportadores de Ganado en Pie (UEGP), Alejandro Dutra, indicó que “la realidad es que no se puede exportar ejemplares. Operadores de origen italiano que están trabajando en este negocio en Uruguay tienen 8.000 animales en cuarentena. Si este negocio, uno de los tantos que esta en marcha, se cae significaría una pérdida de US$ 1.700.000″.
Dutra informó que desde Turquía tampoco llegaron los veterinarios que se esperaban para los trámites sanitarios correspondientes. Por otro lado otras empresas ya tienen miles de ejemplares comprados, que aún no han sido levantados y se encuentran en los campos de sus antiguos propietarios.
De acuerdo a lo explicado por el gremialista la situación es compleja ya que otros países, además de Uruguay están sufriendo la misma situación, al tiempo que varias naciones europeas continúan comerciando con Turquía sin ningún problema.
 
El director de Sanidad Animal del Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca (MGAP) Federico Fernández, indicó que si bien han recibido la preocupación de los operadores no tienen ninguna información oficial sobre el tema.
“La realidad es que Uruguay está habilitado sanitariamente para exportar ganado en pie hacia Turquía, eso es lo único oficial que existe”, afirmó.
El jerarca explicó que se comunicaron, sin éxito aún, con la embajada de ese país en Argentina, ya que en Uruguay no hay representación diplomática de ese tipo.
Por otra parte el mismo Fernández envió un correo electrónico a su par de dicha nación, sin recibir respuesta. “En estos momentos no tenemos certeza sobre qué más poder hacer para solucionar el tema”, expresó el jerarca.
Fuentes del sector informaron que la misma situación por la que pasa Uruguay también estaría afectando a países como México, Brasil, Hungría y Bulgaria.
El problema, que aún no se tiene claro si es sanitario o burocrático, se habría originado en recientes operaciones de es-te tipo realizadas desde algunas de estas naciones, las cuales no cumplieron con las normas establecidas desde Turquía, indicaron los informantes.
El otorgamiento de este tipo de permisos es uno de los temas más ríspidos que se viene dando en el sector agropecuario en los últimos meses.
Productores y operadores ganaderos sostuvieron en reiteradas ocasiones que desde el Poder Ejecutivo, se estaba afectando el mercado al no emitirlos al ritmo en el que se estaban dando en años anteriores.
El MGAP suspendió la emisión de los mismos durante el mes de febrero, ya que en ese lapso se realizó la vacunación contra la fiebre aftosa.
Inmediatamente terminado el mismo la cartera de Estado comenzó a otorgar permisos a un gran ritmo, lo cual también despertó la molestia de ganaderos y operadores, quienes sostienen que se pasó de un extremo a otro y que la falta de certidumbre sobre cómo y cuándo se dan los mismos hacía muy difícil concretar las transacciones, por la complejidad de las mismas.
Ante las reiteradas protestas, el titular del MGAP volvió a sostener la postura que manifestó desde el comienzo de la polémica, afirmando que faltan recursos humanos y que los existentes están abocados prioritariamente a mantener y mejorar la sanidad animal del país.
  Fuente: El Pais

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sistema Farsul e Sebrae retomam programa Juntos para Competir


O Sistema Farsul, por meio do Senar, e o Sebrae, assinaram nesta quarta-feira a retomada do projeto Juntos Para Competir. O objetivo é capacitar cerca de 2,5 mil produtores até o final do ano em programas de gestão empresarial, inovações tecnológicas e agregação de valor.
O presidente do Sebrae sinaliza que serão realizados 18 projetos para qualificação. Vitor Koch salienta que o setor rural é o principal destaque da economia gaúcha, por isso merece esta atenção.
- O campo é um dos setores fundamentais para o desenvolvimento da economia aqui no Rio Grande do Sul e entendemos como prioridade do Sebrae, pois o setor está dentro da cadeia produtiva, que fomenta a economia. Nós temos, no comércio, uma noção muito clara. Quando o campo vai bem o comércio, em 30 dias, responde - avalia.
O presidente da Farsul comemora a retomada do programa. Carlos Sperotto reforça que, pela importância do setor primário para a sociedade gaúcha, é necessário investir na melhoria dos processos produtivos.
- Estamos com um impulso de fazer chegar ao produtor do Rio Grande do Sul essas ferramentas para atendermos as demandas que somos chamados. Temos muitos temas a trabalhar, pois o perfil do Rio Grande é vinculado ao setor produtivo - ressalta.
O convênio terá investimentos de R$ 4,5 milhões, sendo que cada entidade vai dar uma contrapartida de 50%.
FONTE: CAMPO E LAVOURA

Chuvas devem se regularizar no Estado, diz CemetRS


O Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS) divulgou, nesta quarta-feira, 6, nota técnica sobre as condições meteorológicas de novembro de 2011 a maio de 2012, as influências na agropecuária gaúcha e as perspectivas para os próximos meses. Conforme o boletim, as culturas do milho e da soja foram as mais prejudicadas pela estiagem, com perdas de 47,3% e 50% em relação à safra anterior.

Em relação ao clima, neste inverno a tendência é de normalidade: a passagem mais frequente de frentes frias deve provocar chuvas regulares e com grande distribuição espacial. Assim, as precipitações deverão ficar dentro da normal climatológica na maioria das regiões.

A nota apresenta as condições meteorológicas do mês de maio, quando foram registradas chuvas abaixo da média em quase todo o Estado, e o prognóstico para junho. Neste mês, os índices de precipitações deverão ficar em torno de 60 milímetros a 100 milímetros, e o predomínio do ar mais seco e frio manterá as temperaturas baixas e com formação de geadas.

Além da agricultura, também a pecuária sofreu perdas com a pouca precipitação pluvial: a estiagem prolongada influenciou no baixo crescimento das pastagens, com reflexos negativos na produção de leite. O boletim aponta que em todas as regiões do Estado os volumes de chuva acumulados entre novembro e maio foram menores que a média normal do período.

A estação de Cruz Alta registrou o menor valor (311 milímetros), 36% da média, que é de 865 milímetros. Já em Santa Rosa foram observados 317 milímetros, apenas 31% do esperado. Na maioria das regiões, os índices de chuva observados no período oscilaram entre 45% e 70% da média normal. Em Porto Alegre foi registrado o maior volume, atingindo 96% do esperado para o período.

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Massa de ar frio provocará queda de neve no Sul entra quarta e quinta-feira


Condições meteorológicas favorecem a formação de geada e neve no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.


Entre a noite do dia 06/05/2012 (quarta-feira) e até a manhã do dia 07/05/2012 (quinta-feira), as condições meteorológicas são favoráveis a queda de neve na Campanha, Planalto e nas Serras do Nordeste e do Sudeste no Rio Grande do Sul e no Planalto Sul de Santa Catarina. 

Devido à atuação de uma intensa massa de ar frio (de origem polar), as condições meteorológicas são favoráveis a ocorrência de frio intenso (com temperaturas negativas) em toda a região Sul do país entre os dias 06/05/2012 (quarta-feira) e 08/05/2012 (sexta-feira). 

Ao amanhecer do dia 06/05/2012 (quarta-feira), as condições meteorológicas são favoráveis a formação de geada no oeste e centro do Rio Grande do Sul, Santa Catarina (exceto no Planalto Sul) e no sul e oeste do Paraná. 

Ao amanhecer do dia 07/05/2012 (quinta-feira), as condições meteorológicas são favoráveis a formação de geada no Rio Grande do Sul (exceto na Campanha, Planalto e nas Serras do Nordeste e do Sudeste), Santa Catarina (exceto no Planalto Sul) e no Paraná (exceto no litoral). 

Ao amanhecer do dia 08/05/2012 (sexta-feira), as condições meteorológicas são favoráveis a formação de geada em toda a região Sul do país (exceto nos litorais).
Fonte: Mapa

Estamos buscando para clientes


Boi: Custo ameaça avanço da exportação brasileira de carne bovina


Perspectivas para avanço nas exportações são positivas, mas o aumento do custo de produção pode desacelerar cenário


O Brasil pode se beneficiar da maior oferta de gado neste e no próximo ano e elevar as exportações de carne bovina,  mas enfrentará o desafio do aumento do custo de produção em relação a outros países produtores, como os Estados Unidos. A avaliação é de David Nelson, diretor de estratégia global da área de pesquisa e consultoria em alimentos e agribusiness 
do Rabobank, durante o Congresso Mundial da Carne em Paris.

"O custo do trabalho está aumentando no Brasil porque a economia está crescendo. Nos EUA, não há criação de empregos, por isso os salários estão estagnados",afirmou.Segundo ele,considerando uma perspectiva de competitividade internacional na exportação, o aumento dos salários representa um desafio para o Brasil,mas as empresas brasileiras que elevam os vencimentos também ajudam a impulsionar o consumo doméstico . De acordo com dados apresentados por Nelson , na última década o custo do trabalho aumentou 70% no Brasil e 350% na China, e ficou praticamente estável nos EUA.

A perspectiva de oferta maior de gado para abate no Brasil e menor nos EUA - devido a problemas climáticos em 2011 - é uma oportunidade para o país retomar as exportações, que já corresponderam a 30% da produção há cerca de cinco anos e hoje estão abaixo de 20%, observa Nelson. "A questão é quem vai pagar mais: o mercado doméstico ou o internacional", afirma, 
acrescentando que o comportamento do câmbio também é um fator importante.Elevar as exportações de carne bovina significa, para o Brasil, tirar vantagem de um mercado com preços mais altos, impulsionados pela menor oferta e também pela valorização dos grãos usados na ração animal. "A produção global de carnes é a mesma hoje que há seis anos, quando o PIB mundial cresceu; por isso os preços são mais altos", observou.

De acordo com Christophe Lafougère, diretor da Gira, consultoria europeia especializada em carnes e lácteos, nem os preços altos têm estimulado o aumento da produção de bovinos. Além disso, os preços nas diferentes regiões de produção têm convergido. "O que 
se percebe é que os países emergentes aumentaram o preço ao nível de EUA e Europa", disse no evento em Paris. Ele considera que o mercado de suínos, ainda influenciado por sistemas de cotas em China e Rússia, também deverá ver uma convergência dos preços.


Cenário europeu

De acordo com Nelson, o fim das cotas para a produção de leite no bloco a partir de 2015 deve gerar uma queda na produção de carne bovina, sobretudo em países do norte da Europa. A razão é que esses países devem optar pelo leite, que será mais lucrativo que o bovino. Haverá, ainda, uma redução nos subsídios por propriedade produtora de gado bovino, o que tende a impactar a oferta. Sem contar o aumento dos regulamentos em relação ao ambiente e bem-estar animal. 

A perda da competitividade da indústria de carne não é a única preocupação na Europa atualmente. Especialistas dizem que a crise na zona do euro levou o consumidor a substituir proteínas mais caras, como a carne bovina, pelo frango, que é mais barato. Dados da Comissão Europeia apresentados pelo Rabobank mostram recuo em um período de 11 anos. Segundo o órgão, o consumo per capita de carne bovina saiu de 19,1 quilos, em 2000, para 15,8 quilos em 2011.

Jos Goebbels, vice-presidente da União Européia de Comércio de Gado e de Carne (UECBV, na sigla em francês), reconheceu uma transferência de demanda para o frango. E disse que o câmbio deverá definir o comportamento da compra, já que a Europa importa boa parte da carne bovina que consome. 



Com informações do Valor Econômico
Fonte: Notícias Agrícolas // Thaís Jorge

CNA no Congresso Mundial da Carne



A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu faz palestra hoje à tarde no 19º Congresso Mundial da Carne, em Paris
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, participa, nesta quarta-feira (6/6), do 19ª Congresso Mundial da Carne, em Paris, França. Em palestra no auditório do Le Palais des Congres, a senadora apresenta a pecuária de corte brasileira no painel “Produzir de forma sustentável para 9 bilhões de seres humanos”. Kátia Abreu vai dizer que “o Brasil é um grande player do mercado mundial de carne. Temos um dos maiores rebanhos do mundo capaz de fornecer carne de qualidade para vários países”.

O rebanho bovino brasileiro é estimado em 210 milhões de cabeças. O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina — atrás dos Estados Unidos — e disputa a liderança de maior exportador mundial com a Austrália. Em 2010, o País produziu 9,5 milhões de toneladas e exportou 1,6 milhão de toneladas. De janeiro a abril deste ano, a receita total obtida com as exportações de carne bovina alcançou a cifra de US$ 1,6 bilhão, praticamente o mesmo valor exportado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Secex/Mdic).

Os principais destinos da carne bovina industrializada brasileira são a União Européia (45,57%) e Estados Unidos (31,06%). As projeções da Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação (FAO) apontam que até 2030 haverá necessidade de aumentar em 34% a produção de carne bovina, 47% a suína e 55% de frango.

Recentemente, o Brasil conquistou, por unanimidade, o status de risco insignificante para a ocorrência para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida popularmente como a doença da vaca louca. O anúncio foi feito na 80ª Reunião Anual da OIE, no último dia 24, em Paris, França. Antes da reclassificação, o Brasil era avaliado como país de risco controlado para ocorrência da vaca louca, embora nunca tenha registrado nenhum caso da doença.

A reclassificação do status permitirá que o Brasil retome as exportações de carne bovina para países que restringiam a entrada dos produtos brasileiros. A quebra dessa barreira abrirá caminho para a venda de tripas bovinas para a União Européia. As exportações para o Egito e a Tunísia também deverão ser liberadas, além das vendas externas de animais vivos para países da América do Sul com o mesmo status sanitário, como Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai.Estima-se que somente com a abertura do mercado da União Européia para as vísceras haverá um incremento em torno de US$ 100 milhões da receita brasileira obtida com as exportações de carne bovina.

Assessoria de Comunicação da CNA (com informações de Agências de Notícias)

SITE LUND NEGÓCIOS


ACESSE NOSSO SITE www.lundnegocios.com.br


Uruguai: consumo de carne bovina ficará em 60 kg/habitante em 2012


O consumo de carne bovina no Uruguai não aumentará mais de forma sustentada como vinha ocorrendo nos últimos anos, indicou o encarregado pelo mercado interno do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Gabriel Costas.
O consumo rondará os 60 quilos por habitante em 2012, o que, de qualquer forma, posicionará mais uma vez o Uruguai como principal consumidor de carne bovina do mundo, já que a Argentina, o maior competidor, teria seu consumo estabilizado em 57 quilos anuais, disse Costas.
Em 2011 ocorreu, pela primeira vez desde 2005, um leve retrocesso nesse aspecto, dado que baixou de 61,2 quilos per capita registrados em 2010 para 60,6 quilos. Em 2005, esse volume era de somente 47,6 quilos.
Costas explicou que a estabilização em torno de 60 quilos tem a ver com o fato de as pessoas chegarem a um teto em sua melhora econômica, que se traduz na compra de alimentos, enquanto que o aumento do consumo de outras carnes alternativas, como de aves e suína, está tomando espaço da carne bovina. Essas carnes, que também vêm crescendo de forma sistemática nos últimos anos e se situaram em 19,5 quilos per capita no caso da carne de aves e em 10,5 quilos per capita no caso da carne suína em 2011, voltariam em crescer, em torno e 5% em 2012, segundo Costas.
Ele explicou que, lentamente, está ocorrendo a nível local uma situação comum a nível mundial já que, com exceção do Uruguai e da Argentina, as carnes mais consumidas são as de frango e de porco, por terem melhor conversão grãos-carne.
No Uruguai, o consumo total de carnes foi de 94,7 quilos por habitante em 2011, muito abaixo dos mercados como Estados Unidos e Dinamarca, países onde, baseado em outras carnes, chegam a 120 quilos anuais por habitante.
Fonte: El País Digital, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Entrevista com Mercedes Echenique



Pecuarista de Pedro Osório (RS) participa do programa "Juntos para produzir" para aperfeiçoar sua atividade de corte na região. Agronegócio brasileiro caminha cada dia mais para aumentar sua qualidade. FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Outono exige engorda eficiente


Com a alta da cotação dos terneiros, especialistas projetam touros até 15% mais caros na primavera em comparação a 2011

Desequilíbrio de preços entre categorias preocupa pecuaristas<br /><b>Crédito: </b> FRANCISCO BOSCO / CP MEMÓRIA
Desequilíbrio de preços entre categorias preocupa pecuaristas
Crédito: FRANCISCO BOSCO / CP MEMÓRIA
O preço aquecido da terneirada de outono, que acaba de terminar, deve dar trabalho extra ao terminador. Com a média dos machos a R$ 4,06 o quilo vivo e o boi gordo a R$ 3,30, deixar esse terneiro pronto para abate de forma rentável não será tarefa fácil, preveem especialistas. A diferença de quase 25% entre o preço de um e de outro exigirá uma engorda mais qualificada e eficiente do que é feito normalmente.

Neste certame, os terneiros tiveram acréscimo de 5,94% no preço em relação à temporada 2011. Já o custo de pecuária no Estado, considerando os diversos sistemas de produção, subiu 12,31% no período, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Diferença que anulou o ganho real. Ainda assim, o presidente do Sindiler, Jarbas Knorr, considerou positiva a temporada, com ótimos preços.

O consultor Fernando Velloso, da FFVelloso & Dimas Rocha Assessoria Agropecuária, argumenta que a mudança no perfil da engorda agrava a situação. Ele observa que há alguns anos o sistema era extensivo, levava de três a quatro anos para que um animal fosse a abate. Atualmente, é preciso engordá-lo mais rápido porque antes dos 2 anos o exemplar estará indo para o frigorífico. "É preciso ter melhores ganhos por área e animal, tentar extrair mais da terra", explica.

Os produtores estão preocupados. Presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito, José Roberto Pires Weber, que há dez anos realiza o remate Santa Thereza dentro da programação da Farm Show, classifica de "absurdo" o preço do terneiro. "De que jeito o produtor vai comprar esse animal e engordá-lo sem prejuízo? É uma relação nada vantajosa vender um boi 25% mais barato do que se comprou, sendo que foi preciso investir dinheiro para que ele engorde", acredita.

Para Knorr, isso não será problema. Ele argumenta que as propriedades estão preparadas para receber os terneiros. "O produtor espera os terneiros com muita comida, sabe que é preciso que eles ganhem peso rápido e fiquem pesados o suficiente para serem repassados aos frigoríficos com preço satisfatório. Engorda eficiente resulta em retorno positivo na hora da venda ao frigorífico, compensando a diferença de preço", expõe.

O leiloeiro Marcelo Silva, um dos mais atuantes nos remates em ambas temporadas, preocupa-se com a diferença de cotação entre o terneiro e o boi gordo. Para o diretor da Trajano Silva Remates, o mercado chegou a patamares complicados. "É hora de o governo atuar, tomando medidas para aquecer o preço do boi gordo, como fomentar as exportações e incentivar a concorrência entre os frigoríficos", acredita.

Afora a dificuldade de engorda, o preço do terneiro em alta traz boas perspectivas para o certame de primavera. Indiretamente, explica Silva, o preço do terneiro deve causar reflexo na temporada em função da relação costumeira de oito terneiros para cada reprodutor. "Em função disso, há uma previsão de aumento de 12 a 15% no preço dos touros em relação a 2011, que devem chegar a R$ 7 mil."

O desempenho

- Terneiros: 40.435 (-21,7%)*

Total: R$ 29,12 milhões

Preço médio: R$ 4,06 (-5,94%)*

- Terneiras: 10.084 (+7,29%)*

Total: R$ 6,33 milhões

Preço médio: R$ 3,68 (+2,1%)*

- Vaquilhonas: 6.174 (+45,89%)*

Total: R$ 6,24 milhões

Preço médio: R$ 3,44 (+23,33%)*

* Comparativo com 2011
FONTE: CORREIO DO POVO

Balanço do Mercado da Pecuária de Corte: Receita recorde nas exportações deste ano

Um estudo sobre as exportações brasileiras de carne bovina in natura realizada entre janeiro e maio deste ano, frente os anos anteriores é o destaque do Balanço do Mercado de Pecuária de Corte desta segunda-feira.
Utilize o sumário abaixo e entre especificamente na informação desejada.
Lembrando que o objetivo deste material é levar ao produtor informações para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.
Navegue por esta página 
Exportação de Carne BovinaIBGEPreço FísicoÚltimas notícias
EXPORTAÇÃO
Finalmente, as exportações brasileiras de carne bovina in natura começaram a alavancar. Em maio deste ano, os frigoríficos que atuam no Brasil conseguiram embarcar a outros países 83,1 mil toneladas da matéria-prima, maior resultado visto ao longo deste ano e 20% maior que as 69,2 mil toneladas exportadas em abril.
Apesar deste crescimento, no acumulado do ano (jan a mai), os embarques internacionaisatingiram 339,5 mil toneladas, resultado que é o segundo menor desde 2004, ultrapassando apenas as 329,4 mil toneladas vendidas em jan/mai de 2011.
Segundo as últimas informações apresentadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o faturamento das exportações ficou em 398,3 milhões de dólares, também o maior nível do ano. Entre janeiro e maio, o faturamento obtido com as negociações internacionais ficou em 1,653 bilhão de dólares, um recorde histórico.
Esta receita histórica é fruto do preço da tonelada que entre janeiro e maio atingiu o segundo maior patamar de todos os tempos, com média de US$ 4.872, abaixo apenas da cotação verificada no mesmo período do ano passado (US$ 4.988/t).
Exportação, Carne Bovina, Histórico, Secex

ESTUDO RURAL CENTRO – PREÇO FÍSICO
Preço, boi, Araçatuba, SP, maioEm maio deste ano, o preço a prazo do boi gordo na praça produtora de Araçatuba, interior paulista, atingiu média de R$ 94,8/@, valor que é o segundo  maior da série histórica 2009/12.
O valor atual é 4,8% menor que a média contabilizada no mesmo período do ano passado (R$ 99,65/@). Em contrapartida, o resultado de maio de 2012 ultrapassa em 18,9% a média de 2010 (R$ 79,73/@) e de 2009 (R$ 79,8/@).

IBGE
Números apresentados há pouco pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) mostram que no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 0,2%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a indústria, que cresceu 1,7%, seguida dos serviços (0,6%). A agropecuária caiu 7,3%.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o PIB cresceu 0,8% e, dentre as atividades econômicas, destacou-se o aumento dos serviços (1,6%). Agropecuária caiu 8,5% e indústria manteve-se estável (0,1%).
Apesar desta queda, dois pontos devem ser tomados em consideração, o primeiro é que a Agropecuária continua sendo o grande alicerce do PIB e o segundo é em valores correntes o PIB do setor atingiu R$ 44,7 bilhões, o segundo maior resultado visto desse 1995, ano em que a entidade começo a apurar essas informações, abaixo apenas do primeiro trimestre de 2011 (R$ 46,2 bi).


FONTE: RURAL CENTRO

GADO GORDO PELO MUNDO




  






FONTE: TARDÁGUILA  AGROMERCADOS

Tendências Mercado da Carne


Produtores e empresários do setor agropecuário estão discutindo alternativas e tendências para a produção de carne no Estado, na quarta etapa do circuito Feicorte. Entre os principais assuntos estão o melhoramento genético, o confinamento estratégico e a importância disso.

A Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), que será realizada, entre os dias 11 a 15 de junho, no Centro de Exposições Imigrantes, chega a sua 18ª edição com expectativa de público de 25 mil pessoas. O evento é considerado a principal vitrine do setor da pecuária de corte e reunirá os principais criadores, profissionais e empresas do ramo. Leia mais no link http://www.feicorte.com.br/index.php

Decisão sobre taxação deve sair ainda esta semana

Esta semana, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deverá decidir sobre o pedido de taxação da exportação do gado em pé, requerido pela AssociaçãoBrasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), União Nacional da Indústria e Empresas de Carne (Uniec) e Associação Brasileira de Frigorifícos (Abrafrigo), sob alegação de que a comercialização do boi vivo para fora do país compromete o abastecimento interno.

A solicitação gerou polêmica, especialmente no Pará, que tem o quinto maior rebanho do país e contribui com 90% daexportação de boi vivo do país. O gado é exportado desde 2006 para o Líbano, Turquia e Venezuela.

O secretário estadual de Agricultura, Hildegardo Nunes, recebeu ofício da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), informando que a entidade repudia a taxação. Segundo informou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-MT) no ofício, se a taxação for efetivada, será um grande retrocesso nas relações comerciais do país, pois causará prejuízo à atividade.

CONTRÁRIOS


Segundo Hildegardo Nunes, a taxação da exportação do gado vivo tem despertado posição contrária no setor produtivo de todo o país. O secretário esclarece que no Pará não é diferente. Tanto que como presidente do Conselho do Agronegócio encaminhou informações sobre a atividade no Pará aos ministros da Agricultura, Indústria e Comércio e das Relações Exteriores – integram a Camex. Ele disse que, além da CNA, já obteve resposta de apoio também do Ministério da Agricultura.

“Querem fazer reserva de mercado, pois a exportação do boi vivo representa apenas 1% do abate nacional”, assegura. Ele enfatiza que a atividade para a produção no Pará representa 25%, os outros 75% do rebanho são direcionados para abastecer o mercado interno estadual e nacional.

Segundo Hildegardo, há um excedente da produção bovina no Pará, mas que o parque frigorífico local ainda é insuficiente para absorver. Toda essa superoferta reflete na defasagem de preço, em relação à média nacional, como explica Nunes. Mas, no passado, a defasagem de preço já foi bem maior, já alcançou até 25%. Hoje, oscila entre 5% e 10%. “Se essa taxação for aprovada, o Pará será o maior prejudicado, pois contribui com 90% das vendas de boi vivo pro exterior”, enfatiza.

Atualmente, a arroba do boi é comercializada a R$ 100 no país. No Pará, esse valor cai entre 5% e 10%. Porém, acentua o secretário, os países árabes que comercializam o gado brasileiro exigem o animal vivo por motivos religiosos e a Venezuela, porque tem um parque frigorífico funcionando. “Se o Brasil não oferecer o gado vivo, outros países o farão. Não vão substituir o boi vivo por carne”, esclarece. 

FONTE: Diário do Pará

terça-feira, 5 de junho de 2012

PROCURAMOS CAMPO PARA ARRENDAR


*ESTAMOS PROCURANDO CAMPO DE PECUÁRIA PARA ARRENDAMENTO                                              


*BUSCAMOS ÀREA COM ATÉ 500 Ha                                                                                                          


*PREFERENCIALMENTE LOCALIZADO EM UMA DISTÂNCIA NÃO SUPERIOR A 150 KM DA CIDADE DE        PELOTAS                                                                                                                                                      


*PAGAMENTO DO ARRENDAMENTO ANTECIPADO                                                                                      


TRATAR COM LUND PELOS FONES             (053) 81113550       ou 99941513                                                    

Sebrae, Farsul e Senar assinam parceria em benefício do agronegócio no Rio Grande do Sul


Programa Juntos para Competir terá ações de capacitação, integração e organização de cadeias produtivas



Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Sebrae/RS e Senar/RS assinarão nesta quarta, dia 6, em Porto Alegre, um convênio de cooperação conjunta entre as três entidades em prol do desenvolvimento do setor do agronegócio no Estado. A solenidade que oficializará o programa “Juntos para Competir” contará com a presença do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Vitor Augusto Koch, e do presidente do Conselho do Senar e do Sistema Farsul, Carlos Sperotto.

O projeto contará com ações de capacitação, integração e organização das principais cadeias produtivas do Rio Grande do Sul, para proporcionar um incremento na qualidade e agregar valor aos produtos.

– Estávamos ávidos por esse momento. Vamos trabalhar juntos pelo desenvolvimento das micro e pequenas empresas do agronegócio e também do empreendedor individual. Sempre que temos o campo com bom desempenho, há resultados no comércio e demais setores da economia – diz Koch.

Para Sperotto, a iniciativa marca a história do agronegócio no Rio Grande do Sul.

– Esta quarta será um dia significativo, de avanço dos programas das cadeias produtivas através da parceria de três entidades com representatividade, força e permeabilidade. A nós está destinado o êxito de resultados – afirma.

RURALBR