sábado, 20 de outubro de 2012

ABS Pecplan tem novo Gerente de Negócios no Rio Grande do Sul

Neste mês de outubro os clientes da ABS Pecplan no Rio Grande do Sul já podem contar com o novo Gerente de Negócios contratado pela empresa para atuar em todo estado. Raul Orocil Soares de Abreu, de 32 anos, é natural de Bagé e formado pela Universidade da Região da Campanha, no curso superior de Administração Rural. Ele também possui pós-graduação em Gestão de Agronegócios pela mesa instituição. 

Raul participou de muitos cursos e seminários na área de pecuária promovidos por importantes instituições como Embrapa, Sebrae, Farsul, Senar e Fundação Bradesco. Foi estagiário e tem experiência profissional em grandes propriedades e empresas do setor como Estância da Invernada, Estância Aroeira, Schering-Plough, Intervet e Ouro Fino. Aplicará no atendimento ao cliente ABS os conhecimentos adquiridos nas áreas de bem estar animal, técnicas de aplicação de produtos, manejo reprodutivo e manejo sanitário e protocolos de IATF entre outros. 

“Confiamos na competência de Raul Abreu, que atuará no campo junto à experiente equipe de vendas ABS Pecplan. Estará apoiado pela força dos serviços técnicos das revendas em todo o estado para garantir o melhoramento genético do rebanho gaúcho e assegurar o crescimento de nossos negócios no Rio Grande do Sul”, destaca Alexandre Lima, Gerente Nacional de Negócios. 

“A minha expectativa em trabalhar na ABS Pecplan é a melhor possível! Sempre trabalhei em propriedades que utilizam a genética ABS e sei que os resultados são muito bons. É um orgulho integrar a equipe de uma empresa líder, pioneira, onde as pessoas me receberam com carinho e respeito. Espero contribuir com o crescimento da ABS Pecplan e dos nossos clientes no RS”, resume Raul. 

Seja bem vindo!

fonte: Adriana Dorazi dos Santos - Assessoria de Imprensa ABS Pecplan 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Minerva vê final de ano bom para carne bovina



Em teleconferência com analistas, realizada nesta quinta-feira, o presidente do Minerva, Fernando Galletti de Queiroz vê um cenário favorável para o setor de carne bovina do país no final de 2012 e começo do ano que vem.
O quatro trimestre já é, tradicionalmente, o mais forte para a indústria no mercado doméstico. Somado a isso, Queiroz cita o momento difícil para outras proteínas, como frango e suíno.
O aumento nos preço dos grãos neste ano, por conta de fatores climáticos, vem pressionando os preços dessas outras proteínas, que são mais dependentes destes produtos que o setor de bovinos. Isso torna essas carnes mais caras e menos competitivas. "Com o preço das outras proteínas subindo, vemos o efeito substituição. Essa tendência vai continuar no ano que vem", afirmou Queiroz.
Lucro
A Minerva Foods registrou lucro líquido de R$ 20,6 milhões entre julho e setembro deste ano, aumento de 33% sobre igual período de 2011, informou a empresa nesta quarta-feira. O resultado foi puxado pela melhora da margem operacional e impulso das vendas no mercado externo. No segundo trimestre, a empresa havia registrado prejuízo de R$ 130,9 milhões.
"A empresa terminou um período de investimentos greenfield, e agora estamos acelerando as operações, e no momento certo do ciclo da pecuária, com um aumento de oferta (de animais para abate) no Brasil e América do Sul, quando se tem o resto do mundo em um ciclo muito negativo", disse Queiroz. "Então nós estamos ganhando mercado e ganhando rentabilidade", acrescentou.
A empresa registrou Ebitda de R$ 134,5 milhões, contra os R$ 90,9 milhões do mesmo intervalo do ano anterior. Já a margem Ebitda no período foi de 11,67% contra 8,55%.
Entre os principais motivadores para a melhora no Ebitda está a inversão do ciclo da pecuária, com a maior oferta de animais para abate reduzindo o preço da arroba bovina para a indústria. Além disso, os preços da carne no mercado internacional estão estáveis em dólar, o que se reflete em um aumento do preço em reais.
Exportação
A receita líquida no terceiro trimestre subiu para R$ 1,15 bilhão no período, ante R$ 1,06 bilhão registrados em igual período do ano passado. O movimento reflete o ganho nas vendas externas, que foi de 30,5% maior no trimestre ante igual período de 2011, somando R$ 852,3 milhões.
A empresa cita como principais destinos para sua carne bovina os mercados emergentes, como a Rússia (27% de participação) e os países do Oriente Médio (40%).
A dívida líquida da companhia cresceu 3,7%, de R$ 1,58 bilhão no segundo trimestre, para R$ 1,64 bilhão ao final do terceiro trimestre deste ano.
Apesar do aumento na dívida líquida, a geração maior de Ebitda provocou a redução do grau de endividamento, medido pela relação dívida líquida/Ebitda, que ficou em 3,7 vezes no terceiro trimestre, versus 3,99 vezes no trimestre anterior.
Mercado interno
No mercado interno, as vendas tiveram pequeno recuo, uma vez que foi registrado um aumento médio de quase 7% no preço da carne no último trimestre. Mas o presidente da companhia pondera que o cenário é favorável para o setor no último trimestre, sazonalmente o mais forte para a indústria de proteína animal.
O salto nos preços de grãos neste ano, depois da seca no Brasil no início do ano e da seca nos EUA, está pressionando as margens das indústrias de carnes de frangos e suínos, muito mais dependentes destes produtos para a alimentação animal em comparação ao setor de bovinos.

FONTE: http://www.monitormercantil.com.br

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Evolução das pesquisas com carrapato





Evolução das pesquisas com carrapato

A trajetória de pesquisa sobre controle do carrapato-do-boi na Embrapa Gado de Corte evoluiu nos últimos anos, baseando-se na importância do carrapato na cadeia produtiva de bovinos de leite e de corte que mostra um problema global podendo alcançar prejuízos na ordem de dois bilhões de dólares anualmente no Brasil e até 18 bilhões no mundo.

A crise no controle do carrapato é grande considerando que o controle químico dos carrapatos ao longo do tempo vem diminuindo a sua eficiência em função do desenvolvimento da resistência dos carrapatos a essas bases químicas.

A vacina contra o carrapato é uma tecnologia possível e, hoje em dia, a Embrapa Gado de Corte possui tecnologia com base em antígenos recombinantes onde possui efeito parcial no controle dos carrapatos podendo ser usado pela iniciativa privada para a produção de vacinas.

Esta tecnologia está em processo de desenvolvimento para chegar a um patamar que, por si só, ofereça um controle satisfatório, mas no seu estado da arte já permitiria o uso associado ao controle químico podendo dar um folego maior a essa tecnologia tradicional e reduzindo os seus efeitos colaterais, principalmente, com relação a contaminação do ambiente e dos produtos de origem animal.

Mais informações sobre o controle do carrapato:

http://cloud.cnpgc.embrapa.br/controle-do-carrapato-ms/

Agrolink com informações de assessoria

Rebanho de búfalos foi o que mais cresceu no país em 2011


Pesquisa do IBGE registrou 1,78 milhão de bubalinos, dos quais 38% se encontram no estado do Pará

por Agência Brasil
Ernesto de Souza
O rebanho de búfalos foi o que teve o crescimento mais expressivo no país entre 2010 e 2011O rebanho de búfalos foi o que teve o crescimento mais expressivo no país entre 2010 e 2011 (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)
O rebanho de búfalos foi o que teve o crescimento mais expressivo no país entre 2010 e 2011, com aumento de 7,8%. A Pesquisa de Produção Pecuária Municipal, divulgada nesta quinta-feira (18/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou 1,78 milhão de bubalinos, dos quais 38% se encontram no estado do Pará. O Amapá, com 18,4% do rebanho nacional, e o Maranhão, com 6,5%, também concentram número significativo de búfalos. 

“Verificamos que está havendo uma preferência por esse rebanho por ele ser mais resistente e por estar havendo maior disseminação dessa carne e do próprio leite”, disse a analista da pesquisa, Adriana Santos. 

rebanho de bovinos aumentou 1,6% entre 2010 e 2011 no Brasil e chegou a 212,8 milhões de cabeças no ano passado. Os rebanhos cresceram nas regiões Nordeste (2,9%), Sudeste (2,8%) e Norte (2,7%). O ritmo de crescimento na Região Norte foi menor do que nos anos anteriores, segundo o IBGE, por causa do aumento da fiscalização contra o desmatamento, o que inibe a expansão de rebanhos. 

Na Região Sul, o número de bovinos registrado pelo IBGE em 31 de dezembro de 2011 foi o mesmo de igual período do ano anterior. O mesmo ocorreu na Região Centro-Oeste, que manteve-se como detentora do maior rebanho do país, com 34,1% do total. A Região Norte, dona do segundo maior rebanho, concentrava 20,3% do total. 

O estado de Mato Grosso tinha o maior efetivo de bois em 2011 (13,8%), boa parte concentrada no norte do estado (5,9% do total nacional). Em seguida, aparecem Minas Gerais (11,2%), Goiás (10,2%) e Mato Grosso do Sul (10,1%). 

Entre os municípios, São Felix do Xingu, no Pará, continuou tendo o maior rebanho bovino do país, com 1% do total nacional. Corumbá e Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul, também continuaram ocupando as segunda e terceira posições. Altamira, no Pará, teve o maior avanço, ao passar da 28ª para a 12ª posição. 

O rebanho suíno chegou a 39,3 milhões de cabeças, o que representa aumento de 0,9% entre 2010 e 2011. Os três estados do Sul concentram 48,6% do rebanho do país, sendo Santa Catarina o estado com maior número de animais (20,3% do total). 

O número de ovinos (ovelhas) teve aumento de 1,6%. O de coelhos criados no país também aumentou: 3,2%. O rebanho de caprinos (cabras) manteve estabilidade entre 2010 e 2011. 

A pesquisa revelou, no entanto, que houve queda nos rebanhos de cavalos (-0,1%), jumentosjeguesburros e mulas(-0,7%).

URUGUAY - LOTE 21 PRECIOS EN 17 DE OCTUBRE

Local: Hipódromo de Maroñas17 de octubreMontevideo
MínimoMáximoPromedio
Terneros hasta 150 kilos
2,56
3,05
2,813
Terneros más de 150 kilos
1,91
2,82
2,433
Promedio general de terneros
1,91
3,05
2,55
Novillos 1 a 2 años
1,84
2,46
2,14
Novillos 2 a 3 años
1,80
1,95
1,867
Terneros Holando
-
-
1,70
Novillos Holando 1 a 2 años
1,59
1,60
1,595
Novillos Holando de 2 a 3 años
1,38
1,52
1,488
Vacas invernada
1,55
1,80
1,688
Terneras
1,93
3,03
2,23
Terneros/as
2,05
2,40
2,246
Fuente: Lote 21
Precio US$/cab

Rebanho de bovinos do país cresceu menos em 2011, mostra IBGE



Alta foi de 1,6%; Brasil tem segundo maior rebanho do mundo. 
Produção de leite tem baixa eficiência, aponta instituto.

Do G1, em São Paulo

Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país, equivalente a 13,8% do total
A população brasileira de bovinos alcançou 212,8 milhões de cabeças em 2011, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um crescimento de 1,6% em relação a 2010, quando havia 209,5 milhões de animais. A alta, no entanto, ficou abaixo da registrada no ano anterior, de 2,1% em relação a 2009.
Segundo o IBGE, o rebanho brasileiro é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para a Índia – onde os bovinos não são comerciais. Na produção de carne bovina, no entanto, o Brasil perde para os Estados Unidos, “o que evidencia a eficiência produtiva daquele país neste setor”, diz o instituto na pesquisa. A produção per capita de carcaça bovina brasileira ficou em torno de 35 kg/habitante/ano.
Entre os estados, Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país, equivalente a 13,8% do total, seguido por Minas Gerais, com 11,2%; Goiás, com 10,2%; e Mato Grosso do Sul, com 10,1%. São Félix do Xingu, no Pará, no entanto, era o município com o maior número de animais, ou 1,0% do efetivo nacional, seguido por Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS).
Produção de leite
Em 2011, a produção total de leite foi de 32,091 bilhões de litros, com uma alta de 1,3% no número de vacas ordenhadas na comparação com o ano anterior, e um crescimento de 4,5% na produção do produto.
Mas o instituto aponta que a eficiência da produção de leite brasileira, de 1.382 litros anuais por vaca, é baixa, sendo superada “em muito” pelas obtidas pela União Europeia (5.978 litros/vaca/ano), Estados Unidos (5.710 litros/vaca/ano), China (4.166 litros/vaca/ano) e Índia (1.973 litros/vaca/ano). Ainda assim, o Brasil ocupou, em 2011, a sexta posição mundial na produção de leite, por possuir o terceiro maior número de vacas em lactação do mundo.
“Ressalta-se, no entanto, que esta produtividade é bastante variável em nível nacional, desde 309 litros/vaca/ano, em Roraima, a 2.536 litros/vaca/ano no Rio Grande do Sul”, diz o IBGE.
Búfalos, porcos e frango
O efetivo de bubalinos, no ano de 2011, foi de 1,277 milhão de cabeças, uma alta de 7,8% em relação ao ano anterior. A maior parte está concentrada nas regiões Norte e Nordeste, com o estado do Pará, sozinho, tendo 38% do total do país, seguido por Amapá (18,4%) e Maranhão (6,5%).
Em 2011, o Brasil possuía o quarto maior rebanho mundial de suínos, ficando atrás da China, da União Europeia e dos Estados Unidos (LIVESTOCK, 2011). O país destacou-se também na produção de carcaça de frangos, ocupando a terceira posição mundial, atrás dos Estados Unidos e da China. A produção de carcaça per capita ficou em torno de 59 kg/habitante/ano.
fonte: G1

Prévia da primavera gaúcha aponta alta nos touros


Balanço dos primeiros remates soma mais de 4 mil animais, entre machos e fêmeas. Angus se destaca.
Carolina Rodrigues
Os primeiros 15 dias de outubro dão indícios de que esta será uma boa primavera para os gaúchos. Desde que terminou a Expointer, em Esteio, no dia 2 de setembro, DBO acompanhou os resultados de 38 leilões no Estado, para a venda de raças de corte. Neles saíram 4.405 animais por R$ 18,6 milhões.

Isso é apenas o começo da temporada que se estende pelos próximos 50 dias. O total dos leilões programados para o mês de outubro é de 86 eventos, mais 22 em novembro (confira as datas e raças na seção Agenda de Leilões, neste portal). Os quase 5 mil animais comercializados até o momento representam 42% dos bovinos vendidos em toda a temporada 2011 da primavera gaúcha.

É baseado no desempenho das pistas para os machos que se pode fazer um bom prognóstico do que vem por aí. Do total, 2.061 lotes foram de reprodutores pela média de R$ 6.290, uma ótima cotação na relação de troca por boi gordo. Além da demanda firme há disposição dos grandes criadores em investir em genética diferenciada. Dos 24 remates de outubro, em três os preços topes passaram dos R$ 20 mil, cotação de touros de central para esse mercado. O máximo chegou a R$ 27 mil para um reprodutor vendido no Leilão Criadores Braford da Expofeira de Rosário do Sul, remate que fez parte da Nacional da raça. O animal foi apresentado pela Cabanha Umbu e levado por Humberto Mooss.

Na quantidade de animais até o momento comercializados, os selecionadores de Angus respondem pela maior fatia. Foram 2.127 lotes (43% da temporada), dos quais 948 machos à média de R$ 6.015. O lance máximo foi de R$ 21.750 para um lote apresentado no 1º Remate Cambá Pytá e Sossego, em Santana do Livramento, RS. O touro foi levado por Reno Paulo Kunz, de Jaguarão. Os criadores de Brangus fizeram o terceiro maior preço, em R$ 18 mil.

Na venda de fêmeas os números são mais modestos. Até o momento 2.341 lotes saíram por R$ 5,6 milhões, sem destaques em pista, como ocorreu em anos anteriores. A média para elas está em R$ 2.500. Porém, como ainda há uma bateria muito forte de remates não se pode dizer que se manterá apenas mercado para as mais comerciais. Nos últimos três anos, principalmente em 2010 e 2012, houveram cotações de R$ 90 mil e R$ 60 mil para matrizes de destaque.

Acompanhe neste site, diariamente, a cobertura de todos os remates da primavera gaúcha.

Fonte: Portal DBO

Dilma faz nove vetos à MP do Código e edita decreto



BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff sancionou na quarta-feira a medida provisória que trata do Código Florestal com nove vetos ao texto aprovado no Congresso, entre eles a parte que flexibilizava a fórmula de recuperação das matas ciliares.

Dilma também assinou um decreto que regulamenta o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa da Recuperação Ambiental (PRA).

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o decreto e os vetos serão publicados na edição do Diário Oficial de quinta-feira e levam em conta os princípios adotados pelo governo desde o início das discussões do tema.

"Todos (os vetos foram) fundamentados pelo princípio da edição da MP, que significa não anistiar (desmatadores), não estimular desmatamentos ilegais e assegurar a inclusão social no campo", disse a ministra a jornalistas.

O veto mais importante ao texto aprovado no Congresso é na parte que cria uma regra para a recuperação de áreas devastadas na beira dos rios, dispositivo que ficou conhecido como "escadinha" e causou um grande embate com a bancada ruralista.

Os parlamentares tinham diminuído para 15 metros a faixa mínima de vegetação exigida ao longo de margens de rios desmatadas para propriedades com tamanho entre 4 e 15 módulos fiscais (o módulo fiscal varia entre 5 e 110 hectares, dependendo da região).

A MP original, editada em maio pela presidente, previa que propriedades com tamanho entre 4 e 10 módulos fiscais deveriam recompor a vegetação numa área de 20 metros ao longo de cursos d'água com menos de 10 metros de largura.

"A gente resgata via decreto que ela está editando hoje a escadinha (original)", disse Izabella. "Não entende o governo que nós devemos reduzir a proteção ambiental para médios e grandes proprietários", acrescentou a ministra.

O decreto presidencial também regulamentará o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que será obrigatório para todos os produtores para que eles tenham acesso a benefícios do governo e assinem contratos de financiamento. E estipulará os instrumentos e os procedimentos a serem adotados pelos Programas de Regularização Ambiental (PRAs). O PRA terá que ser assinado por todos os produtores que tenham desmatado áreas sem autorização legal.

"Nesse primeiro decreto, além de resgatar a escadinha, ela (Dilma) institui o sistema de Cadastro Ambiental Rural no Brasil... e disciplina também procedimentos e critérios e objetivos desse sistema e do PRA", explicou a ministra.

Questionada se essa solução via decreto, sem levar em conta os congressistas, poderia gerar atrito com a bancada ruralista, Izabella evitou polemizar.

"O Congresso poderá se manifestar e estaremos abertos para o diálogo", afirmou, acrescentando que os vetos da presidente foram "cirúrgicos" e preservaram a maior parte do texto aprovado pela Câmara e pelo Senado.

HISTÓRICO

A MP foi aprovada em setembro pelo Congresso depois de uma longa queda de braço entre o governo e a bancada ruralista, principalmente durante a tramitação do texto na Câmara.

Uma cisão na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que isolou os deputados mais radicais, permitiu que a MP fosse aprovada. Essa ala mais radical queria que a presidente Dilma Rousseff aceitasse um acordo que a impediria de vetar qualquer mudança feita pelo Congresso no texto.

E um dos principais mecanismos defendidos pela presidente, a escadinha, havia sido modificado durante a tramitação da MP.

A própria medida provisória foi editada num ambiente de polêmica também, já que ao vetar partes do primeiro texto do novo Código Florestal, aprovado pelo Congresso em maio, depois de mais de uma década de discussão, a presidente enfrentou os interesses da bancada ruralista e parte de sua base aliada.

A decisão, porém, não atendeu os anseios de ONGs do setor ambiental, que à época lançaram a campanha "Veta Dilma" pedindo que a presidente vetasse integralmente o novo Código Florestal aprovado no Congresso.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

Agência Brasil
Reuters

Abrafrigo quer ver abate clandestino tratado como crime


Embora exista uma ampla legislação que enquadra o abate clandestino como crime passível de punição, inclusive com pena de detenção por um período de dois a cinco anos e multas, a prática ainda é muito disseminada no Brasil, chegando a responder por quase 50% do abate bovino em certas regiões como o Nordeste do país. “O problema é que este tipo de conduta tem reflexos na área de saúde pública, meio ambiente e consumidor e deve ser coibida, utilizando-se, inclusive, do direito penal pelos danos que traz para a sociedade”, alerta o Presidente Executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), Péricles Salazar.

A entidade está encabeçando um movimento para que as autoridades voltem a prestar mais atenção ao tema uma vez que o abate sem inspeção municipal, estadual ou federal causa riscos de transmissão de zoonoses, riscos ambientais e ofende diretamente os direitos do consumidor. Embora seja uma prática “aceita” pela população, Péricles Salazar explica que seus efeitos são muito prejudiciais à coletividade, justificando uma ampla campanha de conscientização de que o abate clandestino corresponde a uma prática ilícita, prejudicial e que deve ser coibida pelos órgãos fiscalizadores, inclusive pelo Ministério Público, de forma preventiva e repressiva. “Não existe um levantamento específico, mas só o que o país economizaria com o tratamento de doenças que são transmitidas pela carne sem inspeção já justificaria uma campanha como a ABRAFRIGO está propondo”, conclui o Presidente-Executivo da entidade.

Agrolink com informações de assessoria

Suécia alerta sobre carne de porco húngara falsificada

carne porco Suécia contrafação Hungria
© SXC.hu

A Administração Nacional de Alimentos sueca emitiu um aviso para todos os países da União Europeia, que afirma que ao mercado europeu chegou a carne de porco falsificada, vendida por preço de carne bovina.

Sabe-se que a carne veio à Suécia da Hungria.
Ainda não está claro, se a carne falsificada apresenta um risco para a saúde humana. Os funcionários têm a preocupação de que alguém possa preparar um bife mal passado, o que é aceitável no caso da carne bovina, e inadmissível no caso da carne de porco. Além disso, é possível que a carne contenha um corante nocivo para a saúde humana.
As autoridades estão tentando determinar se a carne, de baixa qualidade, já entrou em restaurantes ou no comércio varejista.

FONTE: VOZ DA RUSSIA

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Núcleo prepara feira de terneiros- Bagé /RS

Integrantes do Núcleo de Criadores de Terneiros de Cortes de Bagé se reuniram na última segunda-feira para tratar sobre a 28ª Feira de Terneiros, que acontece no dia 9 de novembro.
FRANCISCO BOSCO
OFERTA: estão inscritos cerca de 1,5 mil animais para o leilão

Na ocasião, o presidente do núcleo, César Piegas informou que as inscrições que iniciaram no dia 8 de outubro encerram no dia 3 de novembro. Até o momento estão inscritos mais de 1,5 mil animais.

No dia 5 de novembro acontece o sorteio das mangueiras durante assembleia, no pavilhão de remates da Associação e Sindicato Rural de Bagé, às 20h. Na oportunidade também vão ser decididos os preços mínimos a serem praticados no remate.

Orientação

Durante a reunião, Piegas falou aos produtores sobre a decisão da Inspetoria Veterinária e Zootécnica quanto à vacinação contra febre aftosa. Segundo ele, os animais participantes da feira devem ter sido imunizados sete dias antes. Devem ser vacinados animais de até 24 meses de idade.
As fêmeas para reprodução de até 24 meses de idade, vacinação contra a brucelose realizada na idade de 3 a 8 meses, devidamente identificadas. Atestados de exame com resultado negativo para a brucelose no caso de fêmeas acima de oito meses de idade não vacinadas contra a brucelose e atestado de exame com resultado negativo para tuberculose.
Fêmeas para a reprodução com mais de 24 meses de idade devem apresentar atestado de exame com resultado negativo para brucelose e tuberculose. Machos não castrados devem apresentar atestado de exame com resultado negativo para brucelose e tuberculose.
Os machos castrados ficam dispensados dos testes de brucelose e tuberculose. Exceto, os animais oriundos de propriedades que se encontram na lista de impedidos para exportação para União Aduaneira.
Os testes de diagnóstico de brucelose e tuberculose só podem ser realizados por médicos veterinários habilitados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.
 FONTE:  MINUANOONLINE

São Lourenço do Sul: 35ª Expofeira vai de 17 a 21 de outubro



O Parque de Exposições Coronel Antônio Cândido Ferreira vai receber visitantes locais e da região sul, entre os dias 17 e 21 de outubro para a 35ª edição da Expofeira de São Lourenço do Sul. Serão apresentadas centenas de bovinos, além de cavalos crioulos e também ovinos. Os animais passarão por julgamentos, exposições morfológicas e concurso leiteiro. Este ano a 35ª Expofeira também destaca os shows durante a noite, o 7º Coma Arroz, a 16ª Mostra da Indústria e Comércio e a presença do assador Carlos Munhoz. A estimativa é que o número de visitantes supere os 20 mil entre os cinco dias de Feira. Os dias de maior movimento no Parque de Exposições são sábado e domingo.

Nesta quarta-feira (17) a programação começa com a entrada de animais, e um Seminário, a partir das 09 horas, no Restaurante do Parque, do Conselho Agropecuário Municipal (CAPEC), que reúne mais de 60 associações ligadas ao setor agropecuário de São Lourenço do Sul. Neste mesmo dia a Pfizer - empresa farmacêutica que oferece medicamentos veterinários para bovinos, equinos, ovinos, caprinos, suínos, aves, cães e gatos, e também produtos agrícolas - fará uma palestra no Parque de Exposições, a partir das 19h30.

Os criadores de ovinos poderão participar da palestra técnica “Estratégia de Controle de Verminoses em ovinos”, com o Médico Veterinário da Emater- Ascar/Emater –RS, Tiago Gallina, e de uma explanação na sexta-feira (19), com o jurado Sérgio Munhoz. Munhoz vai falar sobre as raças, os cuidados, a criação e a morfologia de ovinos para aqueles que estão começando a ingressar neste ramo na região. A Ouro Fino também fará uma palestra, assim como o IRGA, que vai tratar da rotação de culturas em solos de várzea.

Entre as diversas atrações os visitantes poderão aproveitar os shows de Mano Lima, Estação 5, Balanço Latyno, Grupo Querência, Expresso da Vanera, Marcello Caminha, e César Oliveira e Rogério Melo. O show nacional e que tem destaque na Expofeira é o da dupla sertaneja dos irmãos de Novo Hamburgo, Lucas e Felipe, que se apresentam no sábado (20) à noite.

A abertura oficial da 35ª Expofeira de São Lourenço do Sul acontece no sábado (20), às 17 horas. No domingo, às 14 horas haverá o desfile dos campeões e um rodeio, com premiação de R$ 10 mil em dinheiro, numa gineteada em pelo na modalidade leilão. A entrada para o Parque de Exposições será cobrada no sábado (20) e domingo (21) ao preço de R$ 3,00 por pessoa, cada dia, sendo a entrada franca para os dias da semana.


Cavalos Crioulos contam com programação especial


Adorados pelo público participante, a presença dos cavalos crioulos na 35ª Expofeira de São Lourenço do Sul começa na sexta-feira (19), às 09 horas com Resenha Coletiva. No mesmo dia, às 15 horas será feita a Concentração de Machos. No sábado (20), às 08 horas é o início do julgamento morfológico, que continua no período da tarde onde também terão Grandes Campeonatos. No último da Feira, domingo (21) as atividades com os cavalos crioulos encerram-se com a campereada à 09h30. O jurado da morfologia este ano será Luiz Gustavo Camargo e o técnico responsável é Rouget Gigena Wrege.


Projeto Caminha no Bem promove integração social de jovens através da música

De 17 a 20 de outubro o músico Marcello Caminha ministrará palestras e oficinas de violão gaúcho a jovens entre 11 e 18 anos de escolas e grupos artísticos no Parque de Exposições, durante a 35ª Expofeira. As oficinas acontecerão nos turnos da manhã e da tarde, com 100 alunos em cada turma. O intuito é promover a integração social destes jovens e fazê-los ver na música uma oportunidade de construir seja uma carreira, seja um hábito prazeroso na vida. O Projeto é realizado através do CTG Sepé Tiarajú, em parceria com o Sindicato Rural do município.

Os temas principais abordados serão “O violão no cenário da música gaúcha”, “A aplicação da Música Gaúcha”, “Ritmos gaúchos tocados no violão” e “O violão e a Música Gaúcha como instrumentos do fazer social”. Uma exposição com os violões e os diferentes instrumentos de percussão que Marcello Caminha utiliza nos shows também vai ficar montada no Parque de Exposições.

Agrolink com informações de assessoria

Conheça os dez hambúrgueres mais caros do mundo

Para uma receita clássica, que começou apenas como uma mistura de ingredientes, o simples hambúrguer percorreu um longo caminho de suas origens ao fast-food. O hambúrguer básico de carne moída entre duas fatias de pão evoluiu para um alimento gourmet. Conheça os 10 hambúrgueres mais caros do mundo: obras culinárias de excelência gastronômica com um preço astronômico correspondente.
Oito dos hambúrgueres podem ser encontrados em restaurantes de luxo nos Estados Unidos, enquanto o nono é oferecido em Londres e o décimo na Indonésia. Um deles ainda vem com um palito de dentes de ouro cravejada de diamantes.
Primeiro: Fleur de Lys em Mandalay Bay, Las Vegas, Nevada: é o local que oferece o hambúrguer FleurBurger, que custa US$ 5.000 – o mais caro do mundo.
Segundo: hambúrguer de carne bovina Kobe e de lagosta do Maine de US$ 777, cebolas caramelizadas, queijo brie importado, prosciutto e vinagre balsâmico envelhecidos 100 anos.
Terceiro: “666 Burger”, custando US$ 666, da New York City, que é um hambúrguer Kobe recheado de foie gras, coberto com queijo gruyere derretido com vapor de champagne, lagosta, trufas, caviar e um molho de churrasco feito com grãos de café civeta.
Quarto: com um preço de US$ 499, o Absolutely Ridiculous Burger servido no Mallie’s Sports Bar and Grill em Southgate, Michigan, não somente é um dos mais caros do mundo – é também o maior, com 185,6 libras (84,2 quilos), entrando no Guinness World Record.
Quinto: com disposição desconcertante de ingredientes no Serendipity Burger, de US$ 295, do Serendipity 3, em New York City. Mas não se preocupe – um palito de dentes de ouro cravejado de diamante é incluído no preço do prato.
Sexto e sétimo: uma oferta de Londres de US$ 200, à esquerda, consiste de carne bovina Wagyu, trufas brancas e fatias de presunto Pata Negra, cebola Cristal misturada com o vinagre balsâmico Modena, alface, sal rosa do Himalaia, vinho branco orgânico e maionese com chalota em um açafrão iraniano. Enquanto o Richard Nouveau Burger, do Wall Street Burger Shoppe em Nova York, custando US$ 175, à direita, coberto com flocos de ouro, 25 gramas de trufas brancas, uma fatia grossa de foie gras grelhado e Gruyere envelhecido.
Oitavo: o DB Royale Double Truffle Burger vendido no B Bistro Moderne, de Nova York, e no Daniel Boulud Brasserie, em Las Vegas, custa US$ 120, e é recheado com costelas refogadas no vinho tinto – sem osso -, foie gras, uma mistura de raízes de vegetais e trufas pretas preservadas.
Nono e décimo: O Million Rupiah Hamburger, da Indonésia, servido no Four Seasons Hotel em Jakarta, ganhou seu lugar entre os dez hambúrgueres mais caros custando US$ 108, consistindo de um hambúrguer coberto com foie gras, cogumelo Portobello e peras coreanas (à esquerda). Custando apenas US$ 100, o McGuire’s Grand Burger, do McGuire’s Irish Pub em Pensacola, Florida, é o menos caro da lista. Ele dispõe de um filé mignon e é servido com a champagne Moet and Chandon.
A reportagem é do Dailymail.co.uk, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Lição do mercado

Por: Lygia Pimentel

Às vezes o mercado fala com a gente. É a impressão que tenho muitas vezes. Quem nos acompanha há algum tempo sabe que sigo o mercado incansavelmente em todos os movimentos possíveis. Tem dias em que acordo e simplesmente ouço o que ele me diz de maneira clara. Nessas horas uso sem medo as ferramentas que tenho em mãos naquele momento. É muito emocionante quando acontece.
O mercado também nos dá lições que teimamos em não aprender, muitas vezes. Uma delas é que ele se movimenta em ciclos. Em alguns momentos, esses ciclos podem ser distorcidos pela interferência de alguns agentes, mas a verdade é que no fim, o mercado é mais forte. Não adianta tentar ir contra ele. Darei um exemplo rápido.
Praticamente todos estamos familiarizados com a crise na Argentina, certo? E sabem como isso acabou com o mercado pecuário por lá?
Quando o mercado dizia que o pecuarista deveria ser remunerado para poder dar continuidade à produção de carne, o governo populista que não queria colher os frutos de uma carne bovina cara no maior país consumidor per capita do produto no mundo limitou as exportações, o que quebrou muitos dos nossos parceiros por lá.
O resultado? Está bem esclarecido no gráfico 1.
O consumo de carne bovina caiu e a Argentina perdeu o posto de maior consumidor per capita de carne bovina do mundo para o Uruguai devido ao agudo aumento do preço da proteína. Outro movimento importante é que em reflexo, as carnes concorrentes ganharam mercado.
Não vivemos o mesmo aqui no Brasil, mas o objetivo foi dar um exemplo claro de que tentar cabrestear o mercado não funciona e, além disso, pode trazer graves prejuízos. Dito isso, vamos ao que realmente interessa: o NOSSO mercado.
O boi anda desanimadinho, não? Também, pudera, temos hoje uma oferta de animais em São Paulo 25% mais alta do que o observado no mesmo período do ano passado. Como sei medir isso? Observando as escalas de abate médias nos últimos dois meses e comparando com as escalas de abate médias em 2011 e também em 2010. O engraçado é que nas praças vizinhas a situação não tem sido igual. A seca está em seu ápice se não considerarmos as chuvas deste feriado e isso mexe com a oferta de gado, obviamente.
Isso fica bem claro quando observamos a diferença entre o preço pago em SP e outras praças. O valor da arroba pode não estar bom, mas o deságio na sua praça definitivamente está, observe no gráfico 2. Coloquei no gráfico também a diferença média histórica entre SP e os Estados em questão e o patamar em que nos encontramos hoje.
O resultado é que apenas MT está dentro do resultado médio. O restante todo está muito abaixo do que costumamos ver, a prova irrefutável de que a entressafra existe, quer o confinamento esteja aí, quer não.
Digo isso pois esperamos um volume recorde histórico de animais confinados em 2012, oficialmente ultrapassando os 4 milhões de cabeças, o que pode trazer alguns efeitos indesejáveis ao mercado, como o acúmulo de oferta em determinado período, prejudicando a valorização da arroba por manter a oferta de bois concentrada em uma época em que os custos são elevados e em que deveria faltar oferta. Neste ano vi muita gente apostando em arroba acima de R$ 100,00/@ em SP e já ouvi alguns relatos de R$ 105,00/@ até R$ 115,00/@. É impossível? NADA é impossível, amigos.
Mas algo me preocupa, como sempre. Ocorre que muitos se esquecem do que vivemos até um passado recente, que foi a arroba ladeira abaixo e pronto. Este não tem sido um ano fácil. Acho que às vezes a gente se esquece da verdadeira situação vivida em 2012. Observe o gráfico 3.
Isso traz desconforto e muita insegurança para quem confina e certamente levou a apostas mais baixas para o primeiro giro do confinamento, que na maioria dos casos ocorre entre junho e setembro.
Daí o boi ter reagido em agosto, juntamente com o efeito da seca tardia, que apareceu só depois de junho pra enxugar a oferta de animais de pasto. O “problema” é que o otimismo voltou a dominar o mercado quando a arroba voltou a subir e o que sei é que esse cenário mais positivo coalhou os confinamentos com animais para o abate.
Por quê digo que é um problema?
É a velha e boa roda que gira o mercado e que também faz girar os que estão na atividade. Para sair da roda e evitar os efeitos do comportamento coletivo, somente tentando sentar do outro lado da canoa. Considero o comportamento do mercado futuro como o termômetro do otimismo ou pessimismo do mercado. Observe como o mercado futuro se comportou em 2012 frente ao observado no mercado físico no gráfico 4.
Temos ondas de pessimismo e otimismo que levam os vencimentos da entressafra na BM&F a procurarem valores altos ou baixos demais. Ou talvez nem tão baixos demais…
O que considerávamos como o fundo do poço no momento do pessimismo é exatamente o mesmo patamar de preços que vivemos agora no mercado físico. Observem com atenção a trajetória da arroba entre março e junho. O que vivemos foi uma queda brava, o que alterou o ânimo do mercado e levou-o ao pessimismo. Como resultado, o planejamento do confinamento no segundo semestre ficou abalado. A BM&F também não pagava o suficiente para cobrir os custos e isso levou a menores apostas no primeiro turno. Como resultado, assim que o pasto acabou sentimos a falta dos animais de cocho e os preços reagiram em agosto.
Com a reação, voltamos à fase de otimismo, em que o céu é o limite para o preço da arroba. E observem o que ocorreu com ela entre setembro e outubro: permaneceu praticamente estável. Hoje observo os pastos ainda secos, o que me leva a crer que as apostas no segundo turno aumentaram demais. Como a fase de otimismo começou em agosto, 90 dias de cocho devem começar a mostrar seus reflexos entre o fim de outubro e dezembro.
Para ser mais clara: estamos em plena entressafra, quando a tendência histórica predominante é de mercado em alta. Mas o otimismo gerado pela falta de animais no primeiro turno pode ter sobrecarregado o segundo, impedindo o boi de reagir mesmo com a seca vigente. Em outras palavras: novembro me preocupa um pouco, pela primeira vez em alguns anos.
E para finalizar, chamo a atenção para o spread aberto entre o vencimento de out/12 e nov/12 na Bolsa: ele nunca esteve tão aberto e, ao mesmo tempo, nunca estivemos tão próximos temporalmente da liquidação deles. Não parece estranho aos que nos lêem? Aguardo comentários. Grande abraço e até breve!

Paraná quer retomar pecuária de corte e buscam soluções inovadoras

Por Andre Sulluchuco 

As lideranças da agropecuária paranaense e o Governo do Estado estão preocupados com a perda de espaço da pecuária de corte para as lavouras de soja, cana-de-açúcar e madeira. Muitas sugestões para a reversão desse quadro foram debatidas na reunião do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) realizada na última segunda-feira. A informação é do siteDiariodosCampos.com.br.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, defendeu a necessidade de trabalhar iniciativas de organização da cadeia da pecuária de corte. Ele concordou com a proposta do Sindicarnes para criar uma câmara técnica permanente para propor ações para o setor.
O diretor da Sociedade Rural do Paraná, Luigi Carrér Filho, disse que o Paraná já foi um grande exportador de material genético, mas perdeu espaço nesse setor. O reflexo desse cenário, segundo ele, é sentido na movimentação das feiras agropecuárias. Ele citou como exemplo a ExpoLondrina, onde o resultado das vendas em leilão caiu da média de R$ 17 milhões, mantida desde 2003, para R$ 12 milhões neste ano.
O representante da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ronei Volpi, disse que a instituição busca convencer os pecuaristas paranaenses a trabalharem com a produção de carnes da mesma forma que trabalham com a produção de grãos, pensando nos níveis médios de preço. 
“Antes, a gente tinha mercado que pagava melhor na Europa. Hoje, temos o mercado interno que paga melhor, mas também exige qualidade na produção”, justificou.

Sérgio Zen fala sobre as tendências e perspectivas para o mercado de carne no Brasil

Engenheiro agrônomo da ESALQ-USP, Sérgio de Zen, fala ao Estúdio Rural direto da Interconf 2012 No programa, o apresentador Sérgio Braga conversa com o pesquisador da Esalq/USP, Sérgio de Zen, sobre as tendências do confinamento, os desafios e as perspectivas para o mercado de carne no Brasil. fontde: ruralbr.com.br

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Consumo. Um negócio da China?


Edgar Morin, um dos pensadores mais importantes do século XX, lança um alerta quando afirma que “a ciência econômica é a ciência humana mais sofisticada e a mais formalizada”, entretanto, “a política econômica é a mais incapaz de perceber o que não é quantificável, ou seja, as paixões e as necessidades humanas” . Essa afirmação, vinda de quem vem, merece de nós certa atenção.
O Fórum de Lideranças Educacionais, ocorrido em outubro de 2012, em Belo Horizonte, teve como tema Brasil: Desafios e Oportunidades. A palestra de abertura ficou a cargo de um jornalista e comentarista econômico bem conhecido, que utilizou de vários dados e gráficos para abordar o tema em questão, sempre tendo como pano de fundo a crise econômica mundial. Adianto que sou leiga nesse assunto. Pretendo apenas apresentar a forma como uma educadora se apropriou de parte da exposição. Ressalto que escutei, tendo os pés fincados na escola. É deste lugar, e tendo em minha mente a formação humana e ampla de crianças e jovens, que faço algumas reflexões.
Durante a exposição teve destaque o movimento de retração no crescimento mundial, juntamente com o antídoto para tal tragédia: “é preciso voltar às compras!”. Essa é a palavra de ordem. Como os EUA importam tudo, e de todos os lugares, espera-se, falando um português bem claro, que “o americano cumpra seu dever sagrado de ir às compras”. Não só o norte-americano, mas, o brasileiro também recebe esse incentivo. Para o modelo de desenvolvimento atual, a saúde de uma economia é medida pelo poder de compra dos cidadãos. Muitos devem se lembrar das medidas do governo brasileiro de incentivo à indústria automobilística, ao agronegócio, e da redução do IPI para eletrodomésticos da linha branca. De acordo com essa política, o consumismo deixa de ser malvisto e se transforma em boa ação.
Não considero normal essa orientação. Naturalizamos a corrida frenética rumo ao novo, ao mais moderno, ou de última geração. É preciso quase que pedir desculpas ou dar explicações por não trocar de carro, portar um celular do semestre passado ou repetir a roupa da última festa. Aliás, as roupas não mais envelhecem. Não dá mais tempo. A solução para quem quer algo desbotado é comprar já com “efeito envelhecido” ou com os rasgos que imitam uma peça que tem um dono com histórias de aventura para contar. É importante dizer aos mais novos que nem sempre foi assim. A austeridade que, antes era ensinada como virtude, hoje virou defeito.
Durante a exposição foi dito que a ampliação da oferta chinesa de bens industrializados, acompanhada da retração de sua agricultura, reduziu o preço internacional desses bens e elevou o dos primários. O Brasil então comparece e desponta no cenário mundial com aquilo que tem de sobra e que falta no mundo: florestas, rios, minérios e terra a perder de vista. Entre 2001 e 2011, houve uma valorização de quase 260% nos preços das exportações de bens primários (minérios, combustíveis, alimentos etc.). Quando se fala em “alimento”, lê-se: açúcar, algodão, arroz, bezerro, boi, café, milho e soja. Notaram que o bezerro e o boi estão juntos com o açúcar? A conta é mais ou menos esta e isso foi dito: “se cada chinês comer uma bisteca por dia, o lucro será de X dólares por ano”. Logo que ouvi essa equação me veio à mente o relatório publicado em 2006 pela FAO (ONU) – A grande sombra da pecuária (Livestock´s long Shadow[i]), que reforça a relação entre a pecuária e as mudanças climáticas, sendo ela responsável por cerca de 18% da emissão dos gases de efeito estufa. Uma contribuição maior que a do setor de transportes, que é de cerca de 15%. Não se trata apenas do CO2. Segundo esse mesmo relatório, a produção bovina é responsável por cerca de 35% a 40% das emissões de metano, que é 21 vezes mais prejudicial que o gás carbônico (CO2). O relatório sugere algumas formas de amenizar a “sombra da pecuária”, mas sendo o Brasil um dos maiores produtores e exportadores de carne do mundo, e sendo nossa pecuária extensiva, teremos que driblar outro grande problema que é o desmatamento.
Em setembro de 2012, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) publicou que a pecuária responde por 62% do desmatamento da Amazônia e que a agricultura é responsável apenas por 5% (o índice pode ser maior, já que, devido às nuvens, nem sempre os satélites captam todas as áreas)[ii]. Aqui é preciso considerar que, nos 5% da agricultura, não estamos falando exatamente de alimentos para pessoas. O mesmo relatório da FAO apontou que, não somente as pastagens, mas os grãos utilizados nas rações de animais estão, a cada dia, ocupando local onde antes havia grandes florestas. Entre os anos de 1994 e 2004, a área ocupada para o plantio de soja na América Latina praticamente dobrou, chegando a 39 milhões de hectares, com grandes áreas ocupadas pela monocultura.
Cruzando esses dados, lembrei-me também do didático infográfico publicado pelo estadao.com.br, no qual Maurício Waldman apresenta o mapa do lixo produzido no mundo. Aqui também a pecuária consta como a segunda maior produtora de lixo do mundo (39%), ficando atrás somente da mineração (39%)[iii]. Para todos esses problemas hão de encontrar solução e não faltarão grupos interessados em investir grande soma de dinheiro nessa indústria e no aprimoramento da tecnologia que retira o máximo do animal, no menor espaço e no menor tempo possível. Afinal, a esteira da indústria e a economia não podem parar.
A resposta da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (ABIEC) e de outros setores ligados à industria da carne, dada a esse relatório, é que há soluções para esses problemas e a inspiração vem dos Estados Unidos. Lá se verifica maior eficiência nos processos, alta tecnologia empregada, intensificação (confinamento do rebanho), sendo possível, inclusive, “abater animais mais jovens”. Com essa tecnologia, os EUA “conseguem, com um rebanho que é metade do nosso, produzir mais carne que nós”[iv].
Concluo minha contribuição em torno da palavra “alimento” com outro documento que não pode faltar. Trata-se de um manifesto publicado em 07 de julho de 2012, em Cambridge – Reino Unido, e assinado por pesquisadores renomados, inclusive com o apoio do físico Stephen Hawking, no qual concluem que “os seres humanos não detêm o monopólio da consciência e que há um corpo razoável de evidências científicas que sustentam estados conscientes em uma variedade de animais não humanos”. Essa noção, sim, é bem desconfortável, pois distancia os seres, bezerro e boi, do alimento, açúcar e do café. O que esse manifesto de Cambridge endossa é que o boi, o bezerro, o frango, o porco ou a vaca, que estão sendo cientificamente manipulados e completamente alterados em sua natureza, não são peças inertes, mas seres sencientes, com vida e com vontade de viver; e isso, sim, tem implicações éticas e morais que não se resolvem aumentando a eficiência técnica.
Nada contra os dados e cifras que nos foram apresentados. Sabemos que, por si mesmos “dados não falam”, mas que estão lá para responder às nossas perguntas, que dependem do nosso método de questionamento. Aí sim, eles podem falar. E muito.
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MORIN, Edgar. A cabeça bem feita (17ª Ed.) Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
[iii] http://www.estadao.com.br/especiais/de-onde-vem-o-lixo-produzido-no-mundo,148028.htm . Autoria do infográfico é de Maurício Waldman, Mestre em Antropologia Social (USP); Doutor em Geografia Humana (USP) e Pós-Doutor em Resíduos Sólidos (UNICAMP)
[iv] Fonte: http://www.abiec.com.br em textos assinados por Fernando Sampaio, Diretor e Coordenador de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).