quarta-feira, 24 de abril de 2013

EUA reveem posição brasileira na carne bovina


A participação brasileira no comércio mundial de carne bovina não é tão ruim como previa o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no segundo semestre do ano passado. A revisão é do próprio Usda e consta em relatório de ontem. Em outubro de 2012, os EUA previam que a Índia teria 24% do mercado mundial neste ano. Ao Brasil, até então líder, caberiam 16%. Os novos números têm mudanças drásticas. A Índia não deverá exportar 2,2 milhões de toneladas de carne bovina neste ano, mas apenas 1,7 milhão. Com isso, a participação dos indianos no comércio mundial será de 19%. Já o Brasil, cujas vendas estavam previstas em 1,45 milhão de toneladas, deverá exportar 1,6 milhão de toneladas, garantindo 19% do mercado mundial. A Austrália se manterá em terceiro lugar, com 1,5 milhão de toneladas, seguida dos EUA, que exportarão 1,1 milhão. Os dados de carnes bovina e suína se referem a peso equivalente carcaça, ou seja, carne com osso. O mercado se utiliza desse padrão para ter um mesmo parâmetro para as diferentes formas de carne exportada. Para transformar a carne desossada em volume equivalente ao de carne com osso, por exemplo, multiplica-se o peso da primeira por 1,47. A produção mundial de carne bovina sobe 0,5% neste ano, para 57,5 milhões de toneladas, para um consumo de 56 milhões de toneladas. Já a produção de aves cresce 2%, atingindo 90 milhões de toneladas, enquanto a de suínos vai a 107,4 milhões, com avanço de 1,8%. O consumo mundial de carnes de aves e suína fica em 88,4 milhões de toneladas e 107 milhões, respectivamente. O Usda aponta um comércio mundial de 8,6 milhões de toneladas de carne bovina, 6% mais do que em 2012. O Brasil exportará 620 mil toneladas de carne suína equivalente carcaça, ocupando a quarta posição mundial. No caso do frango, o país mantém a liderança mundial com 3,6 milhões de toneladas, segundo o Usda. A produção mundial de carnes --aves, suína e bovina-- atingirá 255 milhões de toneladas neste ano, 1,6% mais do que em 2012. No mesmo período, o consumo sobe para 251,4 milhões de toneladas, 1,8% mais do que no ano anterior.

FONTE: Folha de S. Paulo

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