quarta-feira, 26 de junho de 2013

Abate de bovinos no primeiro trimestre de 2013 é recorde, aumentando 12,7%, abate de fêmeas também cresce (IBGE)

No primeiro trimestre de 2013 (1T13), foram abatidas 8,134 milhões de cabeças de bovinos, representando decréscimo de 0,7% em relação ao trimestre anterior e aumento de 12,7% frente ao primeiro trimestre de 2012. Geralmente, o abate de bovinos no primeiro trimestre é menor que no último trimestre do ano, destacando que a quantidade de bovinos abatidos no 1T13 foi a maior registrada em um primeiro trimestre e a do 4T12 foi a marca recorde da série histórica do abate de bovinos (Gráfico I.1), desde 1997, quando a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais foi iniciada.
O peso acumulado de carcaças no 1T13 (1,903 milhão de toneladas) tendeu a acompanhar o abate de bovinos, havendo retração de 2,4% frente ao trimestre  anterior e aumento de 13,2% em relação ao 1T12. O peso acumulado de carcaças de bovinos registrado no 1T13 também foi o maior registrado em um primeiro trimestre (Gráfico I.2).
De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, enquanto os subitens da carne bovina apresentaram deflação média de 0,89% no acumulado de janeiro a março de 2013, todos os demais produtos de origem animal (Carne de porco; Carne de carneiro; Pescados; Carnes e peixes industrializados; Aves e ovos; Leites e derivados) apresentaram aumento de preço no referido período. No acumulado dos últimos 12 meses, a carne bovina foi a proteína animal com menor aumento de preço (2,15%), ficando abaixo do índice geral da inflação calculado para o período (6,6%).
Segundo o indicador ESALQ/BM&F Bovespa do Cepea, o preço médio da arroba bovina de janeiro a março de 2013 foi de R$ 97,91, variando de R$ 97,02 a R$ 99,29. No mesmo período do ano anterior, o preço médio da arroba bovina foi de R$ 96,65, representando aumento da ordem de 1,31% no comparativo entre os primeiros trimestres 2013/2012.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação brasileira de carne bovina in natura no 1T13 teve melhor desempenho que no mesmo período do ano anterior, tanto em volume como em faturamento, mas apresentou decréscimo nesses dois quesitos no comparativo com o 4T12 (Tabela I.1). O preço médio da tonelada de carne bovina in natura exportada de janeiro a março de 2013 recuou 5,6% e 3,5% frente à igual período de 2012 e ao 4o trimestre de 2012, respectivamente.
Rússia (29,0%), Hong Kong (18,5%), Venezuela (14,4%), Chile (7,2%), Egito (6,9%), Irã (2,7%), Itália (2,5%), Israel (2,4), Holanda (1,9) e Líbia (1,8) foram os dez principais países importadores da carne bovina in natura do Brasil no 1o trimestre de 2013, respondendo juntos por 87,2% das importações do produto.
Pela série histórica da participação de machos e fêmeas no abate total de bovinos (Gráfico I.3), observa-se que o primeiro trimestre de cada ano é o período no qual o abate de fêmeas geralmente alcança seu pico. Esse período é caracterizado pelo abate de matrizes improdutivas, quando os pecuaristas intensificam o abate de fêmeas para cumprir com compromissos de contrato, resguardando os machos, à espera da engorda.
Todas as Grandes Regiões do Brasil apresentaram aumento da quantidade de bovinos abatidos, no comparativo do 1T13 com o mesmo período do ano anterior. Esses incrementos foram da ordem de 17,5% no Centro-Oeste; 18,1% no Sudeste; 6,2% no Norte; 8,0% no Sul; e 2,3% no Nordeste. Entretanto, a Região Nordeste foi a única que apresentou decréscimo (-2,4%) no peso acumulado das carcaças produzidas. Verificou-se que o peso médio das carcaças produzidas no 1T13 (216 kg de carcaça), nesta Região, foi 10 kg menor que no 1o trimestre do ano anterior (226 kg de carcaça), sugerindo que pecuaristas com receio de terem maiores perdas com a seca, desfizeram-se de seus animais.
No ranking do abate de bovinos por Unidade da Federação (Gráfico I.4), os estados ocupantes das 11 primeiras posições apresentaram aumento da quantidade de cabeças abatidas, no comparativo do 1o trimestre de 2013 com o mesmo período do ano anterior. Todos esses estados também apresentaram incremento das exportações de carne bovina in natura, nesse mesmo comparativo (Tabela I.2; Secex, 2013), auxiliando a explicar parte do incremento do abate de bovinos nesses estados. Os Estados do Maranhão e Santa Catarina, que apresentaram decréscimo no abate de bovinos (Gráfico I.4) também apresentaram decréscimo nas exportações da carne bovina in natura (Tabela I.2; Secex, 2013).
No 1° trimestre de 2013, participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais 1.324 informantes do abate de bovinos. Dentre eles, 215 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 422 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 687 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 79,6%; 14,5% e 5,8% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as Unidades da Federação apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
Fonte: IBGE, resumida e adaptada pelo Time BeefPoint.

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