domingo, 4 de agosto de 2013

Carnes vermelhas magras: raça Simental entra na disputa pelo mercado

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DAS RAÇAS SIMENTAL E SIMBRASIL
(Foto: Divulgação / ABCRSS)
Atividade: busca de parceiros fornecedores de animais para marcas com selo da ABCRSS. Animais devem ter, no mínimo, 50% de sangue Simental, idade máxima de 24 meses e acabamento mínimo mediano
Raça: Simental e Simbrasil
País: Brasil
Telefone: (14) 9744 9353 / (14) 9166 3846
E-mail: contato@beefveal.com.br
Site: http://simentalsimbrasil.org.br/

Dupla aptidão para agregar valor
 

Selo de qualidade da carne Simental posiciona-se no mercado de carnes light para o dia a dia, mas mantém cortes tradicionais para a churrasqueira.
Informe publicitário
A primeira raça utilizada na bipartição e transferência de embriões e fecundação in vitro está ganhando espaço também fora das porteiras. O Simental, que se estabeleceu no Brasil em 1904 junto às importações da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, lançou em 2012 seu próprio selo de certificação de carne. A Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental e Simbrasil, em projeto consolidado junto à Beef&Veal Consultoria, aproveitou as características da raça europeia continental para se posicionar como uma alternativa em um mercado de carne cada vez mais especializado em atender nichos.
A precocidade e a dupla aptidão do Simental (carne e leite), qualidades que conferem eficiência reprodutiva aos animais e proporcionam bezerros pesados à desmama , já faziam sucesso nos campos do Sudeste e Sul do país. No entanto, foi a partir de 1945 que a raça começou a ganhar também o Brasil Central, quando nasceram os primeiros mestiços de Simental e raças Zebu. O resultado foi o incremento da rusticidade aos reprodutores, que passaram a cobrir fêmeas a campo nas mesmas condições dos zebuínos, imprimindo nos bezerros a heterose típica do cruzamento industrial. O Simbrasil (5/8 Simental e 3/8 Zebu) foi reconhecido como raça a partir de 2001 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A maciez da carne desses animais, característica preponderante, agora valerá mais para o mercado consumidor e, consequentemente, para os pecuaristas fornecedores. O selo de certificação da ABCRSS busca ser uma opção a um mercado de carnes de raças britânicas que começa a ser estabelecido. “A opção em desenvolver uma carne Simental/Simbrasil veio com a ideia de produzir uma carne com menor quantidade de gordura e extrema maciez. Ela é tão apropriada para o dia a dia quanto para os churrascos grelhados”, qualifica Roberto Barcellos, consultor responsável pelo projeto do selo de certificação da ABCRSS. 
O projeto da associação, apesar de recente, está crescendo e já seleciona novos parceiros para o fornecimento de animais padronizados. Bovinos com no mínimo 50% de sangue Simental  e idade até 24 meses recebem uma premiação sobre o preço da arroba de boi gordo formado pelo Cepea Esalq para o local de origem. “Estamos observando uma demanda crescente por uma carne mais saudável. É um projeto em fase inicial que está interligando os participantes dacadeia produtiva da carne para entregar, de forma consistente, este produto certificado ao consumidor”, informa Barcellos.
Carne Jaguaretê é um exemplo de marca com valor agregado que leva o selo da ABCRSS. O projeto premia criadores de bezerros e bezerras com 6% sobre o valor de mercado dos animais no Rio Grande do Sul e o gado já recriado é comprado com premiação de 5% sobre o preço do boi gordo antes de ser acabado em confinamento com até 20 meses.
O posicionamento do selo reforça a versatilidade da raça Simental. “Existem mais de 30 cortes que podem ser feitos cozidos, assados, grelhados e fritos. Os diferentes cortes, do mesmo animal, servem para diversos fins”, elenca Barcellos.

Fonte:Rural Centro

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