sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Principais indicadores do mercado do boi – 08-02-2013


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve valorização de 0,58%, nessa quinta-feira (7) sendo cotado a R$98,24/@. O indicador a prazo foi cotado em R$98,57.
A partir de 2/jan/12 o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro registrou desvalorização de 1,97%, cotado a R$705,77/cabeça nessa quinta-feira (7). A margem bruta na reposição foi de R$915,19 e teve valorização de 2,65%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quinta-feira (7), o dólar foi cotado em R$1,98 com desvalorização de 0,48%. O boi gordo em dólares registrou valorização de 1,07% sendo cotado a US$49,66. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 07/02/13
O contrato futuro do boi gordo para Mar/13 teve desvalorização de R$0,41 foi negociado a R$95,94.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para mar/13
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.
No atacado da carne bovina, o equivalente físico manteve-se estável, fechado a R$95,39. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de R$2,85 e sua variação teve alta de R$0,57 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
OBS:
A partir de 25/jan/13, alteramos o cálculo do Spread* para facilitar sua leitura:
- Quanto menor o Spread, menor é a margem bruta do frigorífico.
- Quanto maior o Spread, maior é a margem bruta do frigorífico.
Desta forma, um Spread positivo significa que a carne vendida no atacado está com valor superior ao do boi comprado pela indústria, deixando assim esta margem bruta positiva e oferecendo suporte ou potencial de alta para o Indicador, por exemplo.
*Spread: é a diferença entre os valores da carne no atacado e do Indicador do boi gordo.
FONTE: BEEFPOINT

Boi gordo: Atenção ao consumo nos próximos dias


por Hyberville Neto

O mercado do boi gordo está firme na maior parte das praças pesquisadas.

Em São Paulo os preços de referência estão em R$97,50/@, à vista, e R$98,50/@, a prazo. Existem negócios em valores maiores.

As escalas das indústrias não estão confortáveis e uma das causas é a retenção por parte do pecuarista, que, em geral, possui condições de manter o gado no pasto.

Mesmo com escalas curtas, a oferta tem sido suficiente para atender a demanda.

O Carnaval vai diminuir um ou dois dias de abates na próxima semana, o que pode reduzir os estoques, se a demanda for boa.

Se este cenário se confirmar, podem haver valorizações nos próximos dias de negociação.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Preço da arroba do boi gordo já chega a R$ 100 em São Paulo



Nem mesmo o aumento na oferta de vacas, agravado pelo descarte de matrizes que falharam na última estação de monta, consegue amenizar a pressão de alta

Por: Grande FM/Rural br
 
De acordo com a Scot Consultoria, o mercado está firme, sem espaços para especulações (Foto: Divulgação)
O mercado está firme, sem espaços para especulações. De acordo com a Scot Consultoria, há mais boiadas terminadas, mas os pecuaristas não entregam, buscando negociar preços melhores, o que é permitido pelas boas condições das pastagens.
Em São Paulo, segundo o levantamento, já existem compradores ofertando R$ 99,00 por arroba à vista, com relatos de negócios pontuais a R$ 100,00 por arroba nas mesmas condições. As tentativas de compra abaixo da referência partem de indústrias que completam a maior parte de suas escalas com boiadas compradas em outros Estados.
Nem mesmo o aumento na oferta de vacas, agravado pelo descarte de matrizes que falharam na última estação de monta, consegue amenizar a pressão de alta sobre a arroba do boi gordo. Grande parte das indústrias aumentou a participação de fêmeas nos abates diários. A melhora nas vendas de carne tem permitido aos frigoríficos, gradativamente, melhorarem as ofertas de compra, e alongarem suas escalas de abate.
Aquecimento anima setor De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o início do mês traz novas expectativas de melhora das vendas de carne e também de reajustes para a arroba do boi. O retorno às aulas reforça as apostas de maior movimento no atacado e varejo. Além disso, as exportações de janeiro ajudaram no escoamento da carne – aliviando a oferta interna.
Para os pesquisadores do Cepea, a baixa liquidez está atrelada, principalmente, à resistência de vendedores aos preços ofertados. Entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa teve ligeira queda de 0,1%, fechando em R$ 97,67 nessa quarta, dia 6. Já quanto ao mercado de carne, os preços do produto negociado no mercado atacadista da Grande São Paulo têm subido nos últimos dias.
Pressão de baixa no Pará Entretanto, segundo o levantamento da Scot Consultoria, o mercado do boi gordo teve queda de 2,2% nesta semana na praça de Paragominas, no Pará. O preço do animal terminado começou a semana em R$89,00 por arroba à vista, e está em R$87,00 por arroba nas mesmas condições.
Este cenário é reflexo do aumento da oferta de boiadas para abate na região. Outro fator que tem contribuído para a pressão de baixa são as vendas fracas no atacado.

Salário mínimo e preço do boi gordo



or Hyberville Neto



Considerando o período desde meados de 1994 (início do Plano Real), a janeiro de 2013, o salário mínimo teve aumento de 946,5%, em valores nominais. No mesmo período, a arroba do boi gordo em São Paulo subiu 317,2%.

Este componente do custo de produção (mão de obra) teve alta maior que o preço de venda, o que colabora com a pressão sobre as margens do pecuarista. Veja a figura 1. 


Em 1994, 2,6 arrobas pagavam um salário mínimo. Atualmente são necessárias 6,9 arrobas. É a pior relação do período.

Na comparação com janeiro de 2012, o salário teve alta de 9,0% e a cotação do boi gordo caiu 2,1%.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

EVOLUÇÃO DO VALOR DO PREÇO DO BOI GORDO, DO PREÇO DO TERNEIRO E DA RELAÇÃO DE TROCA BOI GORDO/TERNEIRO NO RIO GRANDE DO SUL




Em março do ano passado, publiquei esta tabela em meu blog e as previsões não estavam erradas.
Este ano como será?????






WORKSHOP BEEFPOINT - EXCELÊNCIA NO CONFINAMENTO

Pecuária reduz área e dobra lotação


 
As áreas de pastagens brasileiras diminuíram 8% entre 1975 e 2011, período em que o efetivo de bovinos dobrou, passando de 102,5 milhões para 204 milhões de cabeças. As informações foram divulgadas nessa quarta-feira (06) pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir da análise de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, em 1975 a área de pastagens naturais e plantadas era de 165,6 milhões de hectares. Em 2011, esse valor caiu para aproximadamente 152 milhões, aponta estimativa do Mapa. Desta maneira, segundo cálculo feito pelo Sou Agro, a taxa de lotação (número de animais por hectare) saltou de 0,62 para 1,32.

O resultado auxiliou no aumento da produtividade agropecuária brasileira entre 2001 e 2009 de 4,04% – uma das mais altas do mundo junto com a China, avalia o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques. “Como a atividade pecuária tem um peso expressivo no produto bruto da agricultura, o aumento da produção de carnes afeta os níveis de produtividade.”

FONTE: FAMASUL

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Brasil prevê tornar-se pais livre da febre aftosa em 2015


O MAPA reconheceu não tem cumprido a estimulada meta de tonar o Brasil livre da febre aftosa para o fim de 2012. A entidade agora vai trabalhar para manter Santa Catarina como livre sem vacinação e levar os outros Estados a uma zona livre com vacinação.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) alterou o cronograma de combate à febre aftosa. Esta iniciativa tem como objetivo tornar o Brasil como país livre de aftosa com vacinação em 2015. 
Dez estados e a porção norte do Pará fazem parte das "zonas não livres" da febre aftosa. Segundo informações de Valor Econômico, estas áreas representam 11% do rebanho de bovinos e bubalinos do país, quase 25 milhões de cabeças.
A primeira fase será realizada ao longo de 2013, focada nas "zonas não livres de aftosa de médio risco": Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e o norte do Pará. Estas regiões serão consideradas "livres da doença com vacinação" em julho deste ano.
O Brasil não registrou mais casos da doença nesses estados. O último caso a nivel nacional foi em 2006, em Mato Grosso do Sul. O MAPA irá realizar testes até julho para verificar se o vírus ainda circula na região. As "zonas não livres de aftosa de alto risco" (ou Amazonas, Roraima, e Amapá) por sua vez, devem se tornar regiões de "médio risco" até o fim de 2013.
Para os oito estados considerados de "médio risco", o status de livre de aftosa com vacinação está previsto para 2014. Aqueles de “alto risco” podem obter este status em 2015.
A chancela da instituição, que deve ser acompanhada pelos países-membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), é fundamental para que esses estados ampliem os mercados para os quais podem exportar carne bovina.
FONTE: CarneTec

FEIRA OFICIAL DE TERNEIROS, TERNEIRAS E VAQUILHONAS DE PELOTAS - 23.04.2013


Com apoio da ASSOCIAÇÃO RURAL DE PELOTAS e a parceria entre  RÉDEA REMATES e LUND NEGÓCIOS, será realizada no DIA 23.04.2013, em PELOTAS, no PARQUE DA ASSOCIAÇÃO RURAL IDELFONSO SIMÕES LOPES, às 14h,  a FEIRA OFICIAL DE TERNEIROS, TERNEIRAS E VAQUILHONAS DE PELOTAS.
Por ser esta uma FEIRA OFICIAL junto à  SECRETARIA DE AGRICULTURA DO RIO GRANDE DO SUL, haverá linhas de crédito pela  REDE BANCÁRIA com juros subsidiados.

PECUARISTAS INTERESSADOS EM VENDER TERNEIROS, CONTATAR 
LUND NEGÓCIOS 
FONES : 053.99941513 / 053.81113550
EMAIL:
LUND@LUNDNEGOCIOS.COM.BR
site www.lundnegocios.com.br
RÉDEA REMATES
FONES : 053.99467188 / 053.99438760
EMAIL: REDEAREMATES@HOTMAIL.COM
site www.redearemates.com.br







ORGANIZAÇÃO
ORGANIZAÇÃO

Marfrig: BNDES aumenta participação na empresa em R$ 350 milhões


O conselho de administração do frigorífico Marfrig divulgou que em 05/fev registrou um aumento de capital de R$ 350 milhões referente à conversão de 35 mil debêntures do BNDESPar em ações da companhia. Ao todo, foram emitidas 43,7 milhões de ações, a R$ 8 cada.
Os papéis saíram pelo mesmo preço da oferta subsequente de ações da companhia, que captou R$ 1,05 bilhão, concluída no começo de dezembro.
O BNDES tem R$ 2,5 bilhões em debêntures do Marfrig, adquiridas em julho de 2010. Os títulos seriam convertidos em ações apenas em 2015. Mas, por contrato, se houvesse uma emissão de ações até esse período, o braço de participações do banco de fomento poderia efetuar automaticamente a conversão, por R$ 24,50 por ação.
O banco e os controladores da Marfrig entraram em uma acordo: o BNDESPar converteria apenas um terço do valor captado com a oferta subsequente em ações, ao preço que os papéis saíssem na capitalização. A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 21 de janeiro.
Fonte: MArfrig, Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Jan/13: exportações de carne bovina atingiram recorde em receita e volume é o terceiro maior desde 2007


Tabela 01. Exportações brasileiras de carne bovina in natura
Neste mês de janeiro, as exportações brasileiras de carne bovina in natura atingiram 89 mil toneladas, 7,0% maior que o volume exportado em jan/12 e 43% maior do que o de jan/11. O seguinte volume maior do que o de jan/13 aconteceu em 2008, quando as exportações foram de 92 mil toneladas. No início de 2007, o volume exportado em janeiro foi de 108 mil toneladas e o maior já registrado. Devido à crise econômica de 2008, o volume exportado teve queda de 48%, atingindo 57 mil toneladas em jan/09. Desde lá, o crescimento foi de 58% até jan/13.
Já a receita das exportaçòes alcançaram novo recorde neste mês. A quantia total recebida foi de US$ 409 milhões, sendo 36% maior do que a receita de jan/12 (US%301 milhões). Desde jan/09, pós crise de 2008, a receita teve aumento de 143%, pois o valor recebido naquele mês foi de US$168 milhões.
Gráfico 01. exportações brasileiras de carne bovina in natura em volume (mil toneladas) e receita (US$ milhões /ton)
Já o preço médio recebido por tonelada exportada teve queda comparado ao mês de jan/12. Em jan/13, o valor recebido por tonelada foi de US$ 4.575,00, o qual ficou 5% menor do valor da tonelada em jan/12. Desde jan/09, quando o valor médio da tonelada exportada atingiu US$2.976,00, a valorização do produto brasileiro foi de 54% até jan/13.
Gráfico 02. Preço médio de venda de carne bovina in natura exportada (US$/ton)
Comparando o resultado das exportações com a taxa de câmbio, percebe-se que houve desvalorização do dólar em jan/13 e consequente valorização do boi gordo brasileiro em dólares. Observando somente este gráfico, seria esperado queda das exportações devido à valorização da carne brasileira no mercado internacional. Ainda, o suposto caso de vaca-louca no final de 2012 e o embargo de mais de 10 países potencializam a queda das exportações.
Porém, apesar do preço do boi gordo brasileiro em dólares ter aumentado, se comparado com o de um ano atrás, o produto nacional está 13% mais barato.
Contudo, mesmo com estes fatores negativos para o aumento das vendas brasileiras, a demanda mundial em janeiro foi suficiente para o Brasil vender em maior quantidade e receita do que em 2012.
Gráfico 03. Dólar (R$/US$) e Indicador Esalq/BM&F do boi gordo em dólares
Artigo escrito por Marcelo Whately, analista da Equipe BeefPoint.

Mercado do boi gordo firme


por Douglas Coelho 
As chuvas dão condições para que parte dos pecuaristas segure as boiadas nos pastos. Isto tem aumentado a dificuldade de compra de matéria prima pela indústria.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a referência para o animal terminado está em R$97,00/@, à vista. Mesmo que de maneira tímida, surgiram negócios acima destes valores.

Já são praticamente 21 dias de estabilidade em Barretos-SP. Figura 1.
 
 
As escalas de abate estão heterogêneas e, de maneira geral, enxutas. As programações atendem, em média, três a quatro dias úteis.

Nos últimos dias a movimentação no atacado de carne com osso foi pequena.

O boi casado de animais castrados tem sido negociado por R$6,23/kg. Este preço é 4,0% menor, quando comparado ao mesmo período do mês anterior.

A típica melhora do consumo de início de mês e a oferta de boiadas limitada podem sustentar o mercado no curto prazo.

Programa Dissemina começa a atuar na região de Bagé (RS)


O Programa Estadual de Incremento da Qualidade Genética da Pecuária de Carne e Leite (Dissemina), da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, iniciou a distribuição das primeiras doses de sêmen para os municípios que assinaram convênio com o Estado. A primeira região contemplada foi a de Bagé, que inclui os municípios de Lavras do Sul e Sant'Ana do Livramento, onde foram entregues 4,2 mil doses para inseminação de bovinos de corte e de leite.

O programa, operacionalizado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em parceria com municípios, busca o melhoramento genético dos rebanhos de propriedades da pecuária familiar. Nos próximos dias, recebem as doses os municípios de Unistalda, Iatacurubi, Bossoroca e Capão do Cipó. E, a partir do dia 18 de fevereiro, serão atendidos os municípios do polo de Jaquirana, incluindo Bom Jesus e São Francisco de Paula.

De acordo com o coordenador do Dissemina, Mário Antônio Oliveira, nesta primeira etapa, que envolve 30 municípios, além do sêmen, serão transferidos um botijão para o transporte do produto e caminhonete utilitária.

Também está sendo elaborado um calendário de distribuição, a fim de abastecer periodicamente todos os botijões. "A ação prevê o melhoramento genético com a prática da inseminação artificial. As doses serão fornecidas a custo zero", informou.

Treinamento
Ainda como parte do programa, nos próximos dias 6 e 7 de fevereiro a Secretaria da Agricultura, juntamente com a Fepagro, realiza curso preparatório para os responsáveis técnicos que farão parte da segunda fase do Dissemina. Participam os polos de Santa Maria, Lagoão, Santa Rosa e o de Constantina, englobando 50 municípios que ingressaram no programa nos moldes dos 30 primeiros. O treinamento acontecerá na sede da Fepagro.

Programa Dissemina

O programa tem como meta a adesão de 150 municípios até o final de 2014, com distribuição de 300 mil doses.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A prova de fogo do Marfrig

Sob o olhar atento do BNDES, o novo presidente do grupo, Sérgio Rial, tem dois anos para reverter a queima de caixa e dar mais transparência à empresa marcada pelos polêmicos empréstimos públicos

RAQUEL LANDIM, MELINA COSTA - O Estado de S.Paulo
No dia 4 de dezembro do ano passado, Sergio Rial assinou o livro de encerramento da oferta de ações do Marfrig no escritório do Merrill Lynch em Nova York. O executivo só assume como presidente da empresa no início de 2014, mas já tomou as rédeas de fato. Rial era observado por Caio Melo, superintendente de mercado de capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que acompanhou o evento.
A cena ilustra bem o momento vivido pelo grupo Marfrig, uma das maiores empresas de carnes do planeta. Sob o olhar atento do BNDES, que vem avalizando todas as decisões estratégicas, o Marfrig profissionalizou a gestão e conseguiu R$ 2,3 bilhões no mercado. Com os recursos, que resolvem as dívidas de curto prazo nos próximos dois anos, a companhia ganhou uma trégua dos credores e dos investidores, que vinham castigando a empresa.
Desde o auge, em janeiro de 2010, o valor de mercado do Marfrig, fundado pelo empresário Marcos Molina, caiu de R$ 8,2 bilhões para os atuais R$ 4,8 bilhões. Antes das captações, o endividamento total da empresa atingiu R$ 12 bilhões no terceiro trimestre de 2012, resultado de 42 aquisições feitas em cinco anos, sem gerar as sinergias esperadas.
Rial tem de aproveitar a "janela de oportunidade" que surgiu para fazer a companhia deslanchar. O maior desafio do executivo está na operação da Seara, negócio de carnes processadas adquirido há quatro anos e que representa quase 70% da receita do grupo. Hoje, a Seara tem margens menores que a concorrente BRF e é a única responsável pela queima de caixa do Marfrig - as outras operações, Keystone (EUA), Moy Park (Europa) e bovinos (Brasil e América do Sul) contribuem positivamente para o caixa da empresa.
Ao mesmo tempo em que é o maior problema do grupo, a Seara também representa sua maior oportunidade. É com esse negócio que Rial poderia reduzir a participação das commodities e elevar os lucros. "O coração da estratégia é gerar valor. O acionista que apostou no Marfrig ainda não teve o benefício da realização da nossa história", disse o executivo, ex-diretor financeiro mundial da Cargill, na primeira entrevista desde que chegou ao Marfrig.
O plano de Rial é elevar os preços dos produtos da Seara, reduzindo a distância da marca líder Sadia, da BRF. Hoje, a diferença chega a 15%, e ele quer trazer para um dígito. Também faz parte da estratégia reduzir o número de itens no portfólio e ampliar a distribuição dos atuais 70 mil pontos de venda para 100 mil, mirando o interior do País.
"A Seara tem potencial, mas vem dizendo que vai estancar a perda de caixa há algum tempo", diz Pedro Herrera, analista do HSBC. "As margens da Seara são sistematicamente piores que as da BRF e não acredito que a empresa do Marfrig vai alcançar a líder", duvida Rodolfo Amstalden, analista da Empiricus. A casa de análise de ações virou alvo de um processo do Marfrig por danos morais, devido a comentários em relatórios de resultados. O caso ainda está sendo julgado.
Enrascada. Fazer a reestruturação do Marfrig não é uma tarefa trivial, dada a complicada situação financeira da empresa e a grande proximidade com o governo. A primeira missão de Rial foi tentar organizar as finanças. No terceiro trimestre de 2012, o Marfrig estava numa enrascada. Pelas contas da agência de avaliação de risco Moody's, mesmo após vender ativos de logística nos EUA, o Marfrig tinha R$ 2,8 bilhões em caixa, insuficientes para cobrir os R$ 3,2 bilhões de dívidas de curto prazo. O grupo queimou R$ 1,4 bilhão de caixa nos primeiros nove meses de 2012.
Os investidores começaram a temer pela solvência da empresa, um problema grave não só para Molina, mas também para os credores privados (os principais são Itaú e Bradesco) e para o governo, que é criticado por conta do aporte de R$ 3,5 bilhões que o BNDES fez na empresa. O grupo, que já vinha tentando vender parte da Seara, cogitou abrir o capital dessa empresa, mas o BNDES não foi simpático à ideia.
Em um movimento arriscado, o Marfrig optou por aumentar o capital da holding controladora. A empresa aceitou vender suas ações a R$ 8 cada (valor bem abaixo do pico de R$ 23 que já atingiu), e captou R$ 1,05 bilhão. Também emitiu US$ 600 milhões em bonds, pagando juros mais altos que os concorrentes JBS e Minerva. "Apesar das taxas elevadas, a captação do Marfrig foi bem-sucedida", diz Mariana Waltz, analista sênior da Moody's.
Para convencer o mercado, Molina acelerou a profissionalização do grupo, atendendo um desejo antigo dos credores. Em novembro, anunciou que ficaria no conselho de administração, passando a presidência executiva para Rial em 2014. Segundo pessoas próximas, a transição tem sido "dolorosa" para o ex-açougueiro que construiu uma empresa com receita de mais de R$ 20 bilhões.
Além de ceder o comando, ele aceitou ser diluído no controle a um preço baixo: sua participação caiu de 49,6% para 38,6% com a oferta de ações. "O Marcos vai continuar sendo muito importante para a empresa, mas é uma questão de perfil. Ele conduziu o Marfrig até um certo porte", disse uma fonte com acesso aos credores e ao BNDES. Molina não concedeu entrevista.
Governo. O BNDES vem acompanhando em detalhes a reestruturação do Marfrig. Antes de assumir o cargo, Rial foi apresentado por Molina aos executivos do banco e mantém contatos frequentes com eles. Mesmo sem assento no conselho de administração, funcionários do BNDES se reuniram com o McDonald's, principal cliente da Keystone, filial do Marfrig nos EUA.
Segundo um assessor graduado da presidente Dilma, "o Marfrig está fazendo o que o BNDES manda". Fontes próximas ao banco negam ingerência, mas admitem que o BNDES está olhando de perto o Marfrig. "Não há ingerência de forma alguma, mas sempre tive um diálogo muito fluido com o BNDES. É o mínimo, porque são acionistas importantes e comprometeram o nome da instituição ao fazer uma aposta no setor", diz Rial.
O BNDES está sob artilharia da oposição, que ameaça abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suas relações com o Marfrig. O principal alvo é a decisão do banco de antecipar a conversão de apenas R$ 350 milhões de suas debêntures, quando tinha direito de transformar toda a dívida, de R$2,5 bilhões, em ações. Quando o Marfrig realizou a oferta pública, o BNDES converteu essa pequena fatia a R$ 8 por ação. Em 2015, quando será obrigado a converter o restante, o preço, já estabelecido, será mais alto: R$ 24,50 por ação.
Fontes do governo justificam a atitude do BNDES dizendo que o banco não poderia ser "irresponsável e pular junto com a empresa no precipício", inviabilizando a oferta pública e impedindo a entrada de dinheiro novo. Essas fontes afirmam que Molina deixou claro que simplesmente não faria a oferta se o BNDES não limitasse a conversão de suas debêntures. O Marfrig nega.
Não é de hoje que o Marfrig vem apresentando problemas. A operação de resgate da empresa, com apoio do governo, já estava em curso antes do furacão do fim do ano passado. Em 2011, a empresa trocou ativos com a BRF e elevou sua capacidade de processamento. A BRF, resultado da fusão entre Sadia e Perdigão, foi obrigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a vender fábricas.
Preferência. Segundo uma fonte próxima às negociações entre as duas empresas, "estava evidente, desde o início, a preferência do governo para que a BRF fechasse com o Marfrig". A operação resolveria dois problemas: daria musculatura ao Marfrig para sair da crise, viabilizando uma chance de salvar o investimento do BNDES, e criaria uma rival nacional para competir com a BRF, referendando a decisão do Cade.
As negociações entre BRF e Marfrig quase naufragaram. Após a avaliação dos ativos, ficou estabelecido que o Marfrig teria de pagar R$ 350 milhões à BRF. Molina queria pagar tudo a prazo, enquanto José Antonio Fay, presidente da BRF, insistia em receber uma parte à vista. Fay jogou a toalha e disse que deixaria as fábricas irem a leilão. Molina, então, cedeu.
Pelo contrato, o Marfrig pagaria R$ 100 milhões à BRF entre junho e outubro de 2012, mas o pagamento atrasou e só foi quitado em dezembro, segundo Rial, "por divergências sobre a entrega dos ativos". Em agosto, o Marfrig recebeu um empréstimo da Caixa Econômica Federal de R$ 350 milhões, sem garantias reais. Segundo a empresa, trata-se de um empréstimo de capital de giro. Mas chegou justamente no momento em que o Marfrig precisava pagar à BRF.
Com os ativos da concorrente, a profissionalização e o endividamento de curto prazo resolvido, fontes próximas aos credores e ao BNDES apostam que o Marfrig está finalmente pronto para deslanchar, se "fizer o dever de casa". A reestruturação da empresa de Molina, uma das tarefas mais delicadas do mundo corporativo brasileiro, está hoje nas mãos de Rial.

Rússia suspenderá compra de carnes dos EUA por aditivo a partir de 11/2



MOSCOU - A Rússia decidiu suspender as importações de carne bovina e suína dos Estados Unidos por causa dos possíveis resíduos do aditivo ractopamina nas cargas, informou o serviço veterinário e fitossanitário do país na quinta-feira (31-01) em comunicado.

A carne bovina dos Estados Unidos correspondeu a 7,5 por cento do total importado pela Rússia entre janeiro e setembro. No caso da carne suína, a fatia norte-americana no período foi de 11,4 por cento.

O serviço vai impor o embargo temporário às carnes bovina e suína dos Estados Unidos a partir de 11 fevereiro, acrescentou o comunicado.

A ractopamina é uma aditivo estimulante do crescimento, que é proibido em alguns países por preocupações de que eventuais resíduos possam provocar problemas de saúde, apesar de evidências científicas de que ele é seguro.

A Rússia importou 1,25 milhão de toneladas de carne bovina em 2011, avaliadas em 4,47 bilhão de dólares, de países de fora Comunidade dos Países Independentes, da ex-União Soviética, de acordo com dados alfandegários.

Em tese, o Brasil, maior exportador global de carne bovina e importante fornecedor para a Rússia, poderá se beneficiar da medida russa contra os EUA. Os russos também são importantes compradores de carne suína do Brasil.

TERNEIROS A VENDA

TERNEIROS
Lote: 0122
Quantidade: 70
Peso Médio: 315
Sexo: Machos
Tipo idade: Anos
Idade: 1
Raça: Cruza Hereford
Animal: Terneiros
Valor: R$ 1.200,00
Cidade: Herval
Estado: RS
País: Brasil
Observação: CARRAPATEADOS, CASTRADOS E CONHECEM COCHO.
Imagens do lote
INFORMAÇÕES COM LUND PELOS FONES 99941513 ou 81113550

TERNEIROS E TERNEIRAS A VENDA

TERNEIROS
Lote: 0119
Quantidade: 40
Peso Médio: 110
Sexo: Machos
Tipo idade: Meses
Idade: 4
Raça: Cruza Europeus
Animal: Terneiros
Valor: R$ 0,00
Cidade: Rio Grande
Estado: RS
País: Brasil
Observação: LOTE DE 22 TERNEIROS MACHOS INTEIROS E 26 TERNEIRAS.CARRAPATEADOS, MAMANDO ESTUDA PROPOSTA.
Imagens do lote

INFORMAÇÕES COM LUND PELOS FONES 053.99941513 ou 81113550