sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Resultados justificam entusiasmo da indústria de carnes




Credenciamento pela Rússia de 87 frigoríficos para exportação faz setor projetar segundo semestre ainda melhor do que o primeiro
O entusiasmo da indústria de carnes brasileira em relação ao mercado russo é justificado pelos números. Ao abrir mais espaço, credenciando na última semana 87 frigoríficos para exportação, a Rússia fez o setor vislumbrar um segundo semestre ainda melhor do que o primeiro.

- As novas habilitações, assim como a autorização para exportar tripas e miúdos irão seguramente refletir em resultados ainda mais significativos nos próximos meses - avalia Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

E a base de comparação do segmento é alta. O desempenho da indústria de carne bovina brasileira nos primeiros sete meses do ano vem alcançando patamares históricos, com a Rússia em um papel de destaque.

Para se ter ideia, no mês de julho, a receita com os embarques realizados para esse mercado cresceu 113% na comparação com o mesmo mês de 2013.

Justificando a fama de bons remuneradores, os russos estão no topo da lista dos maiores importadores em julho. E na segunda posição no acumulado do ano, quando suas compras somaram US$ 760,16 milhões. Uma fatia considerável dos US$ 4,1 bilhões negociados pelo Brasil no período.

Enquanto alguns setores acumulam perdas na casa dos dois dígitos, o da carne bovina brasileira tem, até agora, faturamento 14,4% maior. E deve fechar o ano com mais de US$ 8 bilhões vendidos.

No caso da carne suína, a Rússia também foi o principal destino no mês de julho, quando a redução de oferta mundial e a alta de preços fizeram o valor médio da proteína subir 36%.

Essas conquistas de mercado refletem a confiança que o produto brasileiro inspira no Exterior e um trabalho que vem sendo feito pelo segmento há longa data.

E há ainda o contexto político, com a crise entre Rússia e Ucrânia, impondo ritmo mais acelerado às novas liberações para o produto brasileiro.

Fonte: Zero Hora

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