quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Governo do Estado e frigorífico Marfrig avançam nas negociações para manutenção da unidade de Alegrete


Em reunião na Secretaria do Desenvolvimento, o titular da Fazenda, Odir Tonollier, reiterou a disposição do governo em garantir o funcionamento da planta
Em reunião na Secretaria do Desenvolvimento, o titular da Fazenda, Odir Tonollier, reiterou a disposição do governo em garantir o funcionamento da planta - Foto: Karen Viscardi/SDPI Download HD (232,00 kB)
Até o final do mês, serão definidos os pontos de acordo para a manutenção da planta do frigorífigo Marfrig em Alegrete, na Fronteira Oeste. Em reunião que ocorreu nesta quarta-feira (22), na Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), a empresa detalhou aos representantes do Governo do Estado a situação de todas as frentes de negociações. De acordo com o diretor regional do grupo Marfrig, Rui Mendonça, avançou-se mais uma etapa. "Mas a pauta com o governo é parte de uma série de assuntos a serem solucionados, buscamos uma reavaliação da operação”.
Entre outras demandas, a empresa propôs mudanças na área fiscal de forma a garantir matéria-prima durante todo o ano no Rio Grande do Sul. Atualmente, a disponibilidade está concentrada nos meses de primavera. De acordo com o secretário em exercício da SDPI, Luís Fernando Marcondes Farinati, a Marfrig informa que tem dificuldades para abastecer suas fábricas. “A pauta é setorial, por isso estamos conversando com os representantes da cadeia produtiva”, explicou.
O secretário da Fazenda, Odir Tonollier, reiterou a disposição do governo em garantir o funcionamento da planta de Alegrete: “As medidas atendidas estão de acordo com a nossa política de proteção da indústria gaúcha da concorrência predatória de outros Estados, proporcionando competitividade e manutenção de empregos”, explicou.
A Marfrig se propõe ainda a centralizar as importações pelo Rio Grande do Sul, hoje concentradas em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A medida movimentaria a economia local e geraria empregos no Estado. Por se tratar de produtos importados, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Produtos e Serviços (ICMS) é de 4%. Nesse caso, o Governo do Estado pode formalizar o incentivo por decreto, já que há precedentes em outras unidades da Federação.
O dirigente da Marfrig relatou na reunião que avançaram as negociações com os trabalhadores sobre banco de horas nas três unidades gaúchas - Alegrete, Bagé e São Gabriel. Conforme os relatos da empresa, também estão bem encaminhadas as conversas com as entidades setoriais, como Farsul, sindicatos rurais e Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Rio Grande do Sul (Sicadergs). O frigorífico ainda está em tratativas com a prefeitura de Alegrete. Segunda a empresa, é a consolidação dessas negociações que a filial gaúcha remeterá para a holding tomar a decisão, em breve.
Na reunião, também participaram o secretário da Agricultura, Claudio Fioreze, e representantes da Fepam.
Texto: Karen Viscardi
Edição: Redação Secom 

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