domingo, 23 de novembro de 2014

Safra encolheu quase à metade



Entendam por quê, em um site/blog ligado a boi e carne em que trago esta reflexão!!!

Há alguns anos atrás, grande parte dos terneiros e novilhos produzidos na região sul do Estado subiam à serra para povoar as pastagens de aveia e azevém deixadas no espaço entre as safras de verão da região norte. Ultimamente, alguns agricultores trocaram a utilização da terra, da produção de carne por trigo, o que acabou fazendo com que o número de animais comercializados para esta região fosse muito menor que em anos anteriores e, por conseguinte, permitindo uma maior oferta de gado de reposição na região sul e, com isso, um avultamento de preços nesta época do ano.
Com o desestimulo da produção de trigo na região norte, o quanto isto pode vir a impactar na procura de reposição em nossa região para abastecer o restante do Estado?
 A carne valorizada, o trigo em baixa, tanto de produção como de preços pretendidos... Fica a dica, para, pelo menos, ficarmos atentos ao mercado.
por Eduardo Lund

Olhem a reportagem de Gisele Loeblein / Zero Hora

Safra encolheu quase à metade 

Com apenas 21% da área de trigo ainda por colher, o Rio Grande do Sul vê a consolidação de um cenário de perdas significativas na produção da principal cultura de inverno. 
Dados da Emater divulgados ontem mostram que a produção cairá 45,75% em relação ao ano passado, ficando abaixo de 2 milhões de toneladas – depois de ter produzido históricas 3,35 milhões de toneladas. A essa altura do campeonato, não dá mais para virar o jogo. 
Os resultados estão postos à mesa e preocupam não só pela quantidade, mas também pela qualidade do cereal colhido nos campos gaúchos. 
As 1,81 milhão de toneladas projetadas agora pela Emater têm como base as baixas produtividades que vêm sendo registradas no Estado. Em média, 1.576 quilos por hectare, metade do rendimento obtido em 2013. Efeito da chuva e umidade em excesso, que fizeram proliferar problemas. 
– O quadro pode ser amenizado com as colheitas ainda em andamento nas regiões Nordeste e dos Campos de Cima da Serra – avalia Dulphe Pinheiro Machado Neto, gerente técnico estadual da Emater. 
Nada capaz de mudar de forma significativa o contorno atual. Já de olho no futuro, ou seja, na safra que será produzida no próximo ano, a Câmara Setorial do Trigo se reúne na próxima segunda-feira, em Brasília. 
Além de reforçar os pedidos encaminhados ao Ministério da Agricultura pela Frente Parlamentar da Agropecuária para cobrir os prejuízos dessa safra, a ideia dos representantes gaúchos é apresentar sugestões de políticas públicas de incentivo à cultura. 
Se existe demanda – o Brasil precisa trazer de fora, anualmente, entre 6 milhões e 7 milhões de toneladas de trigo para abastecer o mercado interno – por que o produtor ainda precisa ficar penando com os resultados da lavoura, inclusive quando são positivos?

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