sábado, 4 de outubro de 2014

Preço da arroba do boi gordo atinge recorde de R$134,24 - BOVESPA BM&F

Próximo das 13 horas, o primeiro contrato do mercado futuro subia 0,48%, na máxima da sessão

São Paulo - O preço da arroba do boi gordo na BM&FBovespa atingiu um recorde de 134,24 reais nesta sexta-feira, com influência das altas cotações no mercado físico brasileiro, diante da baixa oferta de gado pronto para o abate no país, segundo analistas.

Por volta das 12h58, o primeiro contrato do mercado futuro, o novembro, subia 0,48 por cento, operando na máxima da sessão.

Fonte: Exame.com

Rússia veta carne europeia e eleva em 70% as compras no Brasil


Ano passado os produtores venderam o equivalente a US$ 172 milhões para o país. Esse ano as vendas atingiram US$ 294 milhões
Exportações de carne para a Rússia saltaram de 46,7 mil toneladas para 73,4 mil, comparado a 2013 (Foto: reprodução)
Os embargos russos para carnes europeias levaram a um aumento de 70% nas exportações de proteína animal brasileira para o país em setembro ante o mesmo mês de 2013.
A avaliação é do diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC, Brasília/DF), Roberto Dantas.
De acordo com ele, em setembro do ano passado produtores brasileiros venderam o equivalente a US$ 172 milhões para a Rússia e, no mesmo período deste ano, as vendas atingiram US$ 294 milhões. “E há tanto efeito preço quanto quantidade”, avaliou Dantas.
As exportações de carnes para a Rússia saíram de 46,7 mil toneladas para 73,4 mil toneladas na comparação entre o mês de setembro nos dois anos. Já o preço médio das carnes subiu 8,5% entre os dois períodos.
Já no acumulado do ano, as exportações de carnes para a Rússia atingiram US$ 1,8 bilhão ante US$ 1,3 bilhão nos três primeiros trimestres de 2013.  O volume de vendas passou de 444 mil toneladas ante 380 mil toneladas no acumulado do ano passado.
Fonte: Jornal Valor Econômico, adaptado pela equipe feed&food.

Mais 37 plantas são liberadas para comércio com Cuba

Bovinocultura brasileira é a primeira a se beneficiar da simplificação de habilitações do país vizinho de continente
Representantes do serviço oficial do Ministério da Agricultura de Cuba (Mirag) estiveram no Brasil para fazer a inspeção das plantas de estabelecimentos para a exportação de produtos lácteos e carne bovina. No total, 37 plantas foram liberadas, sendo 23 de carne bovina e industrializados e 14 de produtos lácteos e leite em pó.
Com a liberação das novas plantas, Cuba está ampliando o comércio com o Brasil. O número de estabelecimentos exportadores de carne bovina, que antes chegava a 22 plantas liberadas, praticamente dobrou. Para lácteos, eram 26 plantas liberadas.
As novas plantas para carne bovina estão nos Estados de Tocantins, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e São Paulo. Já os estabelecimentos habilitados para a exportação de lácteos estão localizados nos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo.
Outra novidade é que o governo de Cuba simplificou o processo para habilitação de plantas de estabelecimentos que poderão exportar para o país. Segundo a Resolução nº 54, de setembro de 2014, agora, o Brasil poderá indicar as plantas, sem que seja necessária uma missão cubana para verificar se o estabelecimento está de acordo com as normas sanitárias estipuladas pelo país. Tudo será realizado com base nas garantias oferecidas pelo serviço sanitário brasileiro.
Essa prática já era adotada desde o ano passado, quando foi publicada a Resolução nº 85, para carne de aves e suína. Agora, valerá também para carne bovina e lácteos. De acordo com o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Leandro Feijó, a proposta facilita o comércio e pressupõe maior confiabilidade entre os serviços de inspeção dos dois países. “A resposta sobre essa simplificação em relação à liberação das plantas de estabelecimentos aptos a exportar para Cuba era bastante aguardada pelo setor produtivo”, disse.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

V Remate Hereford da Fronteira


GTA eletrônica deve entrar em vigor em até 180 dias



Publicação no Diário Oficial altera a Instrução Normativa 19/2011, que agora estabelece a emissão da versão eletrônica da Guia de Trânsito Animal

Foi publicada no Diário Oficial desta sexta, dia 3, a alteração na Instrução Normativa 19/2011, que passa a estabelecer em todo o território brasileiro a emissão da versão eletrônica da Guia de Trânsito Animal (GTA), a e-GTA, para a movimentação interestadual de animais vivos, ovos férteis e outros materiais de multiplicação animal; animais vivos destinados ao abate em estabelecimento sob Inspeção Federal (SIF). A nova normativa passa a valer em 180 dias.
A GTA eletrônica será expedida por sistema informatizado, utilizado pelo Serviço Oficial, cujas informações serão transmitidas à uma base de dados única, imediatamente após a emissão. A e-GTA deverá conter as seguintes informações: origem (código do estabelecimento, nome do estabelecimento, código da exploração pecuária, CPF/CNPJ do produtor rural, nome do produtor rural, município e Estado) e o destino, com as mesmas informações citadas.
Confira a publicação no Diário Oficial da União (DOU).
fonte: CANAL RURAL

Preços de Reposição no URUGUAI


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Arroba do boi gordo deve valorizar ainda mais no último trimestre de 2014

Alta do dólar contribui nas exportações, mas pode prejudicar as vendas no mercado interno

O momento é bom para a pecuária brasileira e a expectativa é que a arroba tenha ainda mais valorização no último trimestre do ano, e o dólar contribua com o aumento das exportações. Por outro lado, segundo a Scot Consultoria, a inflação pode prejudicar as vendas no mercado interno.

Especialistas dizem que o mercado nos próximos meses será promissor e vantajoso. Em dezembro, período onde a demanda é maior, o preço da arroba do boi gordo deve chegar a R$ 134. A escassez do bezerro no mercado, por causa do aumento do abate de fêmeas nos últimos anos, mantém a alta dos produtos de origem animal.
– Hoje temos gente grande dificuldade de repassar para o consumidor a alta que vem da fazenda. O boi gordo subiu em torno de 20% a 22% na fazenda. No frigorífico subiu em torno de 18% a 15%. Na conta final, subiu em torno de 10% em alguns momentos. Isso mostra que os varejos não são capazes de repassar isso para o consumidor, o poder de compra da população não permite que isso ocorra e acaba limitado – salienta o consultor da Scot, Alex Lopes.
Em 2013, as fêmeas representaram 42% dos abates sob inspeção o que resultou em um cenário de oferta restrita em todas as categorias. O bezerro nelore, por exemplo, teve alta de 26% considerando a média de janeiro a agosto de 2014.
– O mercado tende a voltar ao equilíbrio em um ou dois anos, mas nós temos ainda 2014, 2015 e 2016 com um mercado firme para o boi gordo. O problema de desabastecimento da população é um perigo que não existe – afirma o presidente da Scot, Alcides de Moura Torres.
Segundo os especialistas, a valorização do dólar nas últimas semanas contribuiu para o aumento das exportações, mas pode comprometer ainda mais o poder de compra do consumidor interno.

– Isso pode aumentar a taxa de inflação que a gente tem hoje no Brasil, que já trabalha no teto da meta. Temos um cenário muito complicado na economia e isso tem que ser levado em conta, pois está limitando a valorização do mercado – diz Lopes.
A valorização da arroba do boi gordo permite ao pecuarista investir em ferramentas que vão aumentar a produção. Segundo o consultor Rafael Ribeiro, hoje, a relação de troca entre fertilizantes e produtos de origem animal é extremamente interessante.
– Hoje essa relação média considerando a ureia, o super simples e o cloreto de potássio, no caso da pecuária de corte, está 20% melhor em relação ao ano passado, ou seja, precisamos de 20% menos de arroba para comprar a mesma quantidade de fertilizante – conclui. 
fonte: Rural Br

Leilão Certificado Nº 4 Canal Rural & C2 Rural / Lund Negócios


Genética gaúcha atrai pecuaristas de fora

Criadores do Sudeste e Centro-Oeste buscam raças britânicas no RS

Com escritório de remates em Araçatuba (SP), Lourenço Campo desembarcou no Rio Grande do Sul com uma missão: ser olheiro de criadores do Sudeste e Centro-Oeste interessados na genética bovina gaúcha. Na recém-iniciada temporada de primavera, compradores de fora do Estado deverão responder por 20% dos lances.

A procura por raças britânicas para cruzamento com o zebuíno nelore é justificada pela carne saborosa e pelas exportações, que devem crescer com disposição da Rússia de dar prioridade ao produto brasileiro. Contribui a exigência de consumidores por carnes mais nobres e alta na demanda mundial.

– A genética bovina gaúcha é diferenciada, e os cruzamentos com nelore resultam em animais precoces e, consequentemente, com qualidade superior – diz Campo.

As raças sintéticas brangus e braford são as preferidas de compradores do Centro-Oeste pela melhor adaptação ao clima seco. No Leilão Brangus JMT, na quarta-feira passada em Santa Maria, Campo representou criadores de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

– Eles (os compradores) acompanham pela televisão e eu confiro os animais de perto.

Os lances de outros Estados podem ajudar a elevar o preço pago por reprodutores nesta temporada.

– De cinco anos para cá, pecuaristas brasileiros intensificaram a procura por touros, ventres e sêmen produzidos no Estado. Isso ajuda a valorizar nosso produto – diz Jarbas Knorr, presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Rio Grande do Sul.

Fonte: Campo & Lavoura, Zero Hora

Selo Racial ultrapassa os R$ 3 milhões em faturamento


Leilão Selo Racial 2014

Foto: Divulgação/Assessoria
Mesmo com um temporal que assustou os organizadores durante a madrugada, o leilão Selo Racial, realizado nesta sexta-feira, dia 26 de setembro, em Quaraí (RS), teve como marca a superação, não só na organização como também nas vendas. O faturamento total chegou a R$ 3,05 milhões na venda de 471 lotes de animais das raças Angus, Brangus, Hereford e Braford. O valor superou em 25% os números do ano passado, de R$ 2,34 milhões.

Para o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, um dos grandes destaques foi a busca pela genética das cabanhas que promoveram o evento por compradores de outras regiões do país, especialmente Sudeste e Centro-Oeste. A surpresa foi a venda de matrizes da raça Brangus. "Chamou a atenção da valorização destas fêmeas da raça, tivemos um lote que valeu mais de R$ 9 mil, que foi uma surpresa para nós", explica.

O diretor comercial da Cia. Azul, Reynaldo Salvador, destacou que em onze anos da realização do remate já foram comercializados mais de cinco mil reprodutores e que os clientes que já adquiriram material genético do Grupo Selo Racial comprovaram resultados positivos no rebanho. Acrescenta ainda que o momento da pecuária de corte no Brasil é bom e quem investe está tendo retorno. "A pecuária de corte está em um momento excelente, é um dos poucos negócios no Brasil que tem crescimento. Temos uma perspectiva muito boa pela frente, precisamos investir muito em genética qualificada", salienta.

O remate, organizado pelas cabanhas Cia. Azul, Corticeira, Rincon Del Sarandy e Tradição Azul, com o Condomínio Rural Weiler como convidado, teve média de R$ 6,49 mil por lote. O destaque foi o Hereford, com R$ 6,38 mil, enquanto o Braford teve média de R$ 6,31 mil. Já o Brangus fechou com média de R$ 6,15 mil e o Angus R$ 5,9 mil.



Fonte: AgroEffective

OBS: As médias constantes nesta noticia são geral para machos e femeas juntos

GAP bate seu próprio recorde

Com casa cheia, pista enlameada e chuva, a Gap Genética quebrou seu recorde de faturamento no leilão realizado ontem, em Uruguaiana, com R$ 5,41 milhões. Em 2013, o valor chegou A R$ 5,18 milhões. Nos bovinos, o total foi de R$ 4,172 milhões, superior aos R$ 4,028 milhões do ano passado. Destaque para as médias de touros Hereford e Braford, na casa dos R$ 12 mil — confirmando a tendência de valorização para a temporada.

Foram vendidos os 602 bovinos das raças Angus, Brangus, Braford e Hereford ofertados (300 ventres e 302 machos) e os 36 cavalos Crioulos. O diretor comercial da Gap, João Paulo Schneider, afirmou antes do remate ser mais importante ter liquidez do que médias altas. “Conseguimos as duas coisas”, comemorou, após encerrado o leilão. De acordo com ele, o desempenho deveuse a uma conjunção de fatores, como qualidade zootécnica, atendimento e boa promoção do evento. Ele ressalta, ainda, o volume de informações prestadas aos clientes. “O mercado está cada
vez mais exigente em relação aos dados dos animais”, observou. A compra mais cara do dia saiu para um cliente de fora do Rio Grande do Sul. O touro 

Chumbo Grosso, da raça Brangus, foi vendido por R$ 30 mil. O reprodutor, de 2 anos de idade e 798 kg, foi arrematado pela Fazenda Santa Lavínia, de Santa Fé de Goiás (GO). Segundo o veterinário Carlos Loureiro da Silva, a propriedade está dando início à criação de Brangus.

As média foram as seguintes: 
  • Touros Angus - R$ 9.281,40 
  • Touros Braford - R$ 12.285,00
  • Touros Brangus - R$ 10.208,61 
  • Touros Hereford - R$ 12.050,00
  • Fêmeas Angus - R$ 3.428,18 
  • Fêmeas Braford - R$ R$ 4.680,00 
  • Fêmeas Brangus - R$ 3.942,59 
  • Fêmeas Hereford - R$ 3.575,00 

Fonte: Correio do Povo, 29/09/2014

NOVO RECORDE PARA A GAP

Mantendo a tradição de alcançar médias acima do mercado e de atrair compradores de todo o país, a GAP Genética bateu novo recorde ontem ao faturar R$ 4,17 milhões com a venda de 602 bovinos. No remate realizado em Uruguaiana, os dois maiores lances a touros e fêmeas foram de compradores de fora do Rio Grande do Sul.

– Pecuaristas de outros Estados estão mais dispostos a se estabelecer como produtores de genética. É como se estivéssemos criando filiais pelo Brasil – comemora João Paulo Schneider da Silva, diretor comercial da GAP, ressaltando a alta qualidade colocada em pista.

Animal mais valorizado no remate, o touro brangus Chumbo Grosso foi arrematado por R$ 30 mil pela fazenda Santa Lavínia, de Santa Fé de Goiás (GO).

– O proprietário (Fabiano Araújo) cria brahman e quer entrar no mercado de brangus por ser uma raça nobre e ter boa adaptação no Centro-Oeste – explicou o veterinário Carlos Loureiro de Souza, que representou o comprador.

O segundo animal mais caro foi comprado pela VPJ Pecuária, de Mococa (SP). Valdomiro Poliselli Junior comprou uma fêmea da raça angus por R$ 27 mil. Considerado um dos principais remates de primavera e balizador de preços, o leilão da GAP teve média de R$ 6,93 mil por animal. Também no evento, a venda de 36 cavalos crioulos somou R$ 1,23 milhão.

Fonte: Zero Hora

Negociações comerciais e sanitárias são essenciais para aumentar exportações

O setor mostra competitividade ímpar no cenário internacional, garantindo ao país posição de líder em produção e em exportação para muitos bens agrícolas



Para aumentar ainda mais a inserção internacional dos produtos do agronegócio brasileiro, que hoje respondem por 44% do total das vendas externas do país, é fundamental um esforço conjunto do governo e da iniciativa privada na efetivação de novos acordos comerciais e de protocolos sanitários e fitossanitários do Brasil junto a importantes mercados mundiais. Este foi o quadro apresentado pela Superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Tatiana Palermo, em palestra proferida na quinta-feira (25/09), aos alunos do Curso de Diplomacia Comercial e Investimentos do Instituto Rio Branco.

Os futuros diplomatas ouviram de Tatiana Palermo que o fortalecimento do agronegócio contrasta com o quadro desanimador das demais atividades exportadoras. O setor mostra competitividade ímpar no cenário internacional, garantindo ao país posição de líder em produção e em exportação para muitos bens agrícolas. O país tem potencial para suprir o aumento da demanda mundial por alimentos nas próximas décadas. Apesar do quadro positivo, há desafios e entraves no Brasil e no exterior.

À frente da coordenação da aula, o chefe do Departamento Comercial e de Investimentos do Ministério das Relações Exteriores, ministro Rodrigo de Azeredo dos Santos, exaltou a importância da cooperação com a CNA para atingir os objetivos esperados pelo setor do agronegócio. Azeredo destacou como estratégicas as parcerias entre o Itamaraty e a CNA na promoção comercial do país, citando, dentre elas, a participação conjunta na feira World Food Moscow, na Rússia, em meados deste mês.

Acordos internacionais - A importância do agronegócio para a estabilidade da economia brasileira, tanto no mercado interno quanto no externo, foi enfatizada pela representante da CNA. Palermo lembrou que, apesar de o país estar fora dos grandes acordos internacionais de comércio, o agronegócio lidera sete dos principais itens das exportações, que nos oito meses deste ano representaram US$ 46,5 bilhões. Neste período, a soja em grão superou o minério de ferro e assumiu a liderança nas vendas externas. A soja em grão foi responsável por 13,9% das exportações, com receita de US$ 21,4 bilhões, enquanto o minério de ferro representou 11,8% do total, somando US$ 18,1 bilhões.

Outro ponto destacado por Tatiana Palermo foi a necessidade de o país adotar postura pró-ativa para enaltecer a qualidade e a sustentabilidade da agropecuária brasileira, ressaltando que os novos diplomatas terão papel estratégico nessa missão. “É preciso informar ao mundo que a nossa produção cresceu preservando o meio ambiente e hoje 61% do território nacional, ou seja 517 milhões de hectares, mantem a vegetação nativa intacta”, destacou a Superintendente de Relações Internacionais.

Tecnologia - O crescimento da produção agrícola se deu a partir de inovações tecnológicas e o consequente aumento da produtividade por hectare, disse ela. “O fato, pouco divulgado, é que o país produz carne bovina e suína sem hormônios, e carne de frango sem aplicação de antibióticos, além de preservar o meio ambiente”, garantiu.

Perguntada pelo público sobre as oportunidades atuais no mercado russo, a superintendente da CNA lembrou que, hoje, aquele país importa 40% de todos os alimentos que consome. Uma janela de oportunidade surgida no contexto atual está no segmento de frutas frescas. Os russos importam o equivalente a US$ 6,2 bilhões anuais, enquanto o Brasil exporta anualmente, neste segmento, cerca de US$ 700 milhões, segundo números do ano passado, concluiu Tatiana Palermo.

O evento no Instituto Rio Branco contou com a participação de 40 futuros diplomatas, entre brasileiros e estrangeiros de países como Argentina, Angola, Moçambique e Haiti. A iniciativa do Itamaraty faz parte da aproximação estratégica entre o Ministério e o setor privado para alinhar as demandas do agronegócio ao exercício da representação do Brasil no exterior. Os diplomatas estarão em breve na linha de frente das negociações internacionais e essa cooperação só contribui para que eles estejam mais preparados para defender os interesses dos produtores rurais brasileiros.
Fonte: DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO

CNA prepara curso para produtores rurais sobre legislação trabalhista

A Comissão de Trabalho e Previdência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com as federações estaduais de agricultura, está concluindo a elaboração de um curso para orientar os produtores rurais sobre os procedimentos legais e as normas relativas à fiscalização do trabalho praticada pelo poder público. O objetivo da medida, segundo informou a presidente da Comissão, Elimara Sallum, é dar ao produtor rural informações básicas sobre os procedimentos adotados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT). O objetivo principal esclarecer dúvidas e dar suporte jurídico ao agricultor.
Ao mesmo tempo, explicou Sallum, a Comissão está colhendo subsídios das federações de agricultura no sentido de propor ao governo federal mudanças pontuais na chamada NR-31 (Norma Orientadora sobre Segurança e Saúde do Trabalhador). Deverá ser apresentado texto propondo a adequação da norma, sob o ponto de vista dos empregadores, a ser debatido na Comissão Permanente Nacional Rural (CPNR).
As alterações a serem propostas têm o objetivo simplificar as normas – a portaria é muito extensa e complexa –, dando aos produtores rurais, especialmente os de pequeno e médio porte, condições objetivas de cumprir os procedimentos legais.
Dificuldades - A CNA identificou, a partir de uma ação conjunta da Comissão de Trabalho e Previdência e das federações de agricultura, que os produtores rurais não estão preparados e nem suficientemente informados sobre como se processa a fiscalização feita pelos auditores do trabalho e do MPT. Tal desconhecimento acaba gerando conflitos desnecessários e ansiedade dos agricultores quando suas propriedades são submetidas a algum tipo de fiscalização, mesmo sendo rotineira e dentro dos princípios legais.
Ainda com relação à questão trabalhista, o técnico da Comissão, Rodrigo Hugueney, na última reunião do colegiado, apresentou dados sobre um piloto de workshop, a ser realizado ainda este ano, que debaterá questões relevantes para o setor agropecuário. Outro especialista, Thiago Jácomo, fez palestra sob o tema “As consequências trabalhistas decorrentes do mau uso das redes sociais e outros meios telemáticos”. Ele lembrou que o assunto é novo na Justiça do Trabalho, detalhando direitos e deveres do empregador no caso do mau uso das ferramentas tecnológicas por seus subordinados.