sábado, 15 de novembro de 2014

Marfrig busca melhor nível operacional para fazer frente a boi caro

O indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo registrou o maior valor de sua história no fechamento de quarta-feira, a 143,93 reais por arroba.
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Os elevados preços da arroba do boi deverão impor desafios no quarto trimestre para a unidade de bovinos Marfrig Beef, da Marfrig no Brasil, exigindo forte redução dos custos de processamento da carne, disse nesta quinta-feira o diretor-presidente da companhia, Sérgio Rial.
“A única coisa que a gente pode fazer agora é trazer o nível operacional da empresa para liderar o mercado. É fazer a mesma coisa que se faz, a cada mês com menos”, disse o executivo em conferência para analisar os resultados do terceiro trimestre.
O preço do boi no mercado brasileiro tem batido sucessivos recordes nas últimas semanas, devido à escassez de animais prontos para abate provocada por problemas estruturais do setor e pelos efeitos da seca que prejudicou pastagens ao longo deste ano.
O indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo registrou o maior valor de sua história no fechamento de quarta-feira, a 143,93 reais por arroba.
A preocupação da Marfrig, segundo Rial, é não afugentar consumidores com o repasse integral da alta na matéria-prima.
“Se eu pago o gado a 150 reais (a arroba), trago para dentro, faço a mesma coisa, acrescento a indexação de inflação… e depois acredito que lá na frente consigo repassar sempre para o consumidor… Não consigo!”, disse o executivo.
Outra preocupação da Marfrig é que a força do dólar frente outras moedas possa desestimular importações de carne em países como a Rússia, importante destino de produtos brasileiros, onde o rublo registra forte desvalorização ante a moeda norte-americana nos últimos meses.
“(O consumidor) vai comer suíno local”, projetou Rial. “Existe hoje um realinhamento de câmbio em todo o mundo que não é tão positivo quanto as pessoas pensam.”
A Marfrig aprofundou seu prejuízo no trimestre passado, comparado com o mesmo período de 2013, registrando perdas de 303,3 milhões de reais, afetado pelo aumento das despesas financeiras e impactos cambiais.
Fonte: Beefworld

Baixa oferta de bovinos terminados e estoques moderados de carne bovina

O mercado do boi gordo continua operando em ambiente firme em todo o país, cenário guiado pela oferta curta.

Com as recentes valorizações, os frigoríficos vão aos poucos conseguindo completar as escalas.

Na última quarta-feira, dia 12/11, em São Paulo, as programações atendiam cinco dias úteis, em média.

No entanto, a oferta não está abundante, o que praticamente extingue a possibilidade de queda dos preços de referência em curto prazo.

No mercado atacadista de carne com osso, estabilidade, com o boi casado de animais castrados cotado em R$9,00/kg, segundo levantamento da Scot Consultoria.

Os estoques estão moderados, o que não gera expectativa de alterações significativas. 

Veja as cotações do boi gordo no link https://www.scotconsultoria.com.br/cotacoes/boi-gordo/ .

fonte: Scot Consultoria

Banrisul mantém parceria com Lance Rural

Clientes do banco podem financiar animais por até 36 meses

Após o sucesso do Leilão Certificado Nº 4, o banco Banrisul decide manter o convênio com o Lance Rural. Em uma iniciativa inédita no Rio Grande do Sul, a instituição disponibiliza R$ 4 milhões em linhas de crédito para financiamento de animais adquiridos durante os remates. O valor tem carência de 12 meses e o produtor rural pode financiar o montante em até 36 parcelas mensais.

“A instituição Banrisul nunca antes financiou eventos desta forma e conseguimos em virtude de nosso negócio estar muito bem amarrado quanto à identificação, certificação, qualidade e conveniência”, afirma Alexandre Crespo, gerente de Leilões do Canal Rural no Rio Grande do Sul.

Segundo Anderson Rostirolla, superintendente executivo da Unidade de Negócios Rurais do Banrisul, “considerando a organização do evento e a preocupação com qualidade, sanidade e certificação animal, entendemos que poderíamos promover essa parceria, beneficiando os clientes e alavancando novos negócios e, dessa forma, fortalecendo a economia do Estado.”

A expectativa é que a parceria traga mais investidores para os leilões Lance Rural, facilitando a aquisição de animais de forma rápida, prática e segura. Para Fernando Velloso, coordenador técnico do Lance Rural e sócio da Assessoria Agropecuária, o convênio é o reconhecimento do sistema bancário ao valor da modalidade comercial utilizada, e é mais um degrau alcançado no avanço do projeto Lance Rural. “A possibilidade de um crédito oficial para o financiamento de bovinos traz comodidade e conveniência para o criador, impactando positivamente no faturamento dos leilões”, complementa Velloso.

O produtor rural que tiver interesse em obter os recursos deve procurar sua agência Banrisul antes do leilão virtual e solicitar a pré-aprovação do crédito. Abaixo, confira a tabela completa de prazos por categoria.

O Leilão Certificado Nº 5 Lance Rural acontece dia 03 de dezembro, a partir das 14h, no Jockey Club de Porto Alegre. Os lotes a serem ofertados estarão disponíveis em breve aqui no site.

Lembrando que entre os diferenciais desse tipo de remate está a credibilidade, pois os compradores têm acesso a um conjunto de informações atestadas por técnicos que visitam as fazendas, reduzindo também os custos aos produtores.

Todos os animais são filmados e inspecionados por técnicos credenciados. As informações como categoria, cruzamentos, idade, peso, regime alimentar, infestação por carrapatos, áreas de mio-mio etc. estarão à disposição dos interessados antecipadamente, facilitando o processo para o comprador. Outro importante diferencial é que o animal não precisa ser transportado até o recinto. O gado só sai da fazenda do vendedor para ser entregue ao comprador.

Para saber mais sobre o Leilão Certificado Nº 5 é só ficar ligado na programação do Canal Rural e no nosso site www.lancerural.com.br .




fonte: Lance Rural

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Uruguay quedó habilitado para exportar ganado de carne a Turquía.

En el día de ayer se procedió a la firma del protocolo donde se establecen las condiciones sanitarias requeridas para exportar bovinos con destino a engorde hacia Turquía, informó el Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca. 
Se informó que la propuesta de las autoridades turcas referidas a los requisitos exigibles para operar a  partir de enero de 2015, fueron evaluadas por los equipos técnicos, generándose un intercambio de informaciones que permite alcanzar un acuerdo que reconoce el estatus sanitario del Uruguay. Con el acuerdo para este tipo de animales, se hace factible la exportación de diferentes categorías de bovinos hacia Turquía. 

fonte: Tardaguila Agromercados

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Feira de Terneiros supera expectativas de organizadores e fatura mais de um milhão

 Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas
Diante de uma nova proposta, a Associação e Sindicato Rural de Bagé promoveu nos dias 05 e 06 a 30ª Feira de Primavera de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas. Em pista, 1126 terneiros de produtores de Bagé e região, que aprovaram a iniciativa da entidade e contribuíram para com o sucesso do evento.

Na manhã do dia 06, os jurados Aldo José Tavares dos Santos, Diego Alagia Brasil e Jacques Brasil de Souza definiram os melhores lotes da edição do evento, que foram: Melhor Lote Vaquilhonas, Mangueira 106, Brinco 81, de propriedade de Antônio Ricardo Brandão; Melhor Lote Fêmeas, Magueira 96, Brinco 25, de propriedade de Alfredo da Cunha Pinheiro; Melhor Lote Machos, Mangueira 13, Brinco 27, que também foi o Grande Campeão, de propriedade de Luiz Carlos Xavier, e Lote Reservado de Grande Campeão, Mangueira 21, Brinco 29, também de propriedade de Luiz Carlos Xavier.

Durante o almoço de confraternização e entrega de prêmios, uma homenagem ao produtor Edemar Pires Scholant, que faleceu no dia 26 de setembro após sofrer um trágico acidente em sua propriedade, foi prestada pela diretoria da Associação Rural, que entregou a esposa de Scholant, Mara Regina Furich, uma placa de agradecimento pelos anos de empenho e dedicação em nome das causas ruralistas e pela promoção das feiras de terneiros, evento no qual sempre se envolvia.

Na ocasião da entrega da placa, os ex presidentes do Núcleo de Produtores de Terneiros de Corte de Bagé, Edson Paiva Jr. e Alfredo da Cunha Pinheiro, também prestaram uma homenagem ao produtor falecido.

Por fim foram sorteados os três touros das raças Braford, Angus e Hereford, doados pelas cabanhas Rio Negro, Capanegra e Santa Maria, iniciativa da diretoria da Associação Rural para promover a participação dos produtores, e, sobretudo, fomentar a melhoria continua da qualidade dos rebanhos. Os vencedores foram João Machado, que ficou com o touro Braford, Fernando Cavalcante, que levou o touro da raça Angus, e Bras Barcellos, que foi sorteado com o touro Hereford.

Remate

Com pista limpa, o remate oficial da feira superou as expectativas dos organizadores. O faturamento total foi de R$ 1.246.620,00, e os preços por quilo foram R$ 5,62 para a categoria Machos Oficial, R$ 5,20 para Fêmeas Oficial, R$ 4,88 para Vaquilhonas, R$ 5,91 para Machos Alternativo, e R$ 5,62 para Fêmeas Alternativa.

O lote mais valorizado do remate foi o Grande Campeão, mangueira 13, brinco 27, de propriedade de Luiz Carlos Xavier, comercializado por R$ 31.450,00 para Luis Fernando Hamm, de Hulha Negra.

A próxima edição da Feira de Outono de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas está prevista para os dias 15 e 16 de abril de 2015.
fonte: RURAL DE BAGÉ Associação e Sindicato

NESPRO Índices - Preços atualizados da carne bovina para o consumidor (R$/Kg) Carne Bovina 05/11/2014

NESPRO Índices - Preços atualizados da carne bovina para o consumidor (R$/Kg)



Carne Bovina 05/11/2014

Pesquisa Semanal do Preço do Boi Gordo no Rio Grande do Sul

Preço do boi gordo 05/11/2014

Estancia da Gruta apresenta a venda touros Montana e Devon - Sindicato Rural de Herval

convite hervalatual

Índice de Cotações Base revela aumento dos preços médios do gado de corte


A forte elevação do preço do boi gordo e o avanço das lavouras de soja sobre as áreas de pecuária - com consequente diminuição dos rebanhos -, estão entre os fatores que contribuíram para o aumento das cotações médias das categorias de gado de reposição. A reação do mercado foi considerável nos últimos 15 dias, provocando grande subida de valores em todas as modalidades do rebanho comercial. Em comparação ao levantamento publicado aqui no site do Lance Rural em 27 de outubro, por exemplo, os valores médios para "Terneiros até 150 kgs" subiram 6% (de 4,64 para 4,91), "Novilhas até 280 kgs" subiram 4,6% (de 4,14 para 4,31), "Novilhos até 320 kgs" subiram 4,5% (de 4,20 para 4,45), e "Vacas de Invernar" subiram 10% (de 3,50 para 3,82).

Para Fernando Velloso, coordenador técnico do Lance Rural, as recentes Feiras de Terneiros de Lavras do Sul - RS (que aconteceu dia 04 de novembro) e Caçapava do Sul - RS (08 de novembro) também apresentaram aumento evidente no valor das categorias, o que comprova a situação do mercado. “Podemos destacar a categoria de terneiros, que alcançou média de R$ 5,48 em Lavras e R$ 5,54 em Caçapava”, acrescenta Velloso.

Segundo Eduardo Lund, médico veterinário da Lund Negócios, a baixa oferta de gado gordo nos próximos meses é quase uma certeza por parte dos pecuaristas. “Em função desta falta, os criadores tratam de repor seu rebanho com as categorias que tem um curso rápido para engorda - novilhos, novilhas e vacas de invernar -, ficando prontos para o abate ainda nos primeiros meses do próximo ano.” – pondera Lund. Essa análise vai ao encontro do que Marco Petruzzi, da Rédea Remates, prevê para o primeiro semestre de 2015: “após a virada do ano - até os meses de janeiro e fevereiro -,com um consumo aquecido, as altas se manterão. No entanto, de março até maio haverá uma certa estabilidade, como em anos anteriores.”

Para conferir se as previsões dos nossos parceiros estão corretas, fique ligado nas próximas atualizações dos índices Lance Rural. Lembrando que as Cotações Base servem como balizadores de comercialização de gado, não como regra. E a frequência de nossas atualizações depende do movimento do mercado.

Abaixo, segue a tabela com o resumo das Cotações Base com dados coletados de 08 a 10 de novembro. 

Dados reúnem informações de empresas parceiras, Scot Consultoria e do Leilão Certificado Nº 4


fonte: Lance Rural / Canal Rural

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Temporada de leilões com preços recordes

Quase 10 mil bovinos foram para as pistas em menos de 60 dias na temporada de remates, com média de $ 8,5 mil para touros

Temporada de leilões com preços recordes Félix Zucco/Agencia RBS
Vendas de touros superaram em 6,2% o faturamento de 2013Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
Cercados por um momento histórico da pecuária brasileira, os remates de primavera no Rio Grande do Sul exibiram faturamento recorde com pistas limpas e genética bovina de origem europeia valorizada. Os animais da raça sintética braford, que se adaptam melhor ao clima tropical do centro do país, alcançaram os maiores preços individuais nos leilões, puxados especialmente pelo maior interesse de compradores de fora do Estado.
Mesmo com oferta menor de animais na comparação com o ano passado, as vendas de touros na temporada superaram em 6,2% o faturamento de 2013, segundo balanço do Sindicado dos Leiloeiros Rurais do Rio Grande do Sul (Sindiler-RS).
— A produção de carne bovina vive momento especial. A demanda está aumentando e elevou o preço do boi gordo — avalia Jarbas Knorr, presidente do Sindiler-RS.

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No Estado, o preço médio do quilo do boi gordo estava em R$ 4,29 na semana passada, conforme dados levantados pela Emater. Há um ano, o balizador dos negócios na pecuária de corte era R$ 3,40. As médias do indicador Esalq/BM&FBovespa, que apura preços à vista para o setor e serve de referência ao mercado brasileiro, tem quebrado recordes nominais no último mês (sem considerar a inflação). Em 21 de outubro, a arroba do boi gordo negociado em São Paulo alcançou R$ 135,20, o maior valor real da série do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), iniciada em 1994.
— O aumento nas exportações e a redução de animais prontos para o abate ajudam a sustentar bons preços — completa Knorr, citando ainda a seca que prejudicou a engorda de animais no Sudeste.

Compras de olho no consumidor
Durante quase dois meses, foram colocados em pista aproximadamente 10 mil animais na temporada de remates no Estado. A média dos touros ficou em
R$ 8,5 mil, ante R$ 7,7 mil no ano passado. A alta é reflexo especialmente de lances de compradores de fora do Estado, que buscam a genética gaúcha para fazer cruzamento com o zebuíno nelore.
— O investimento é feito para atender ao mercado consumidor. As pessoas passaram a exigir carne de melhor qualidade — diz Carlos Waihrich, integrante do conselho técnico da Associação Brasileira de Brangus.
Proprietário da JMT Agropecuária, o pecuarista percebeu a maior procura por criadores de outras regiões no leilão realizado em Santa Maria. Das vendas de R$ 1,36 milhão com 150 touros e 170 fêmeas da raça brangus, mais de 60% foram para fora do Rio Grande do Sul.
— A introdução do sangue europeu em animais nelore está rendendo ganhos maiores aos pecuaristas do Centro-Oeste, por isso a procura vem aumentando ano a ano — completa Waihrich.
Braford se destaca
Resultante do cruzamento das raças hereford e brahman, os animais braford alcançaram as maiores médias da temporada, R$ 9,52 mil por touro.
— O desempenho do animal em Estados como Paraná e Mato Grosso tem sido muito satisfatório, estimulando criadores de todo o país a investir na raça — diz Fernando Lopa, presidente da Associação Brasileira de Hereford e Braford.
A maior média de braford (R$ 17 mil nos touros) foi da Estância Bela Vista, de Santana do Livramento: faturou R$ 1,4 milhão com 109 animais em pista. A valorização é justificada pela qualidade genética e maior facilidade de adaptação em diferentes regiões brasileiras.
— São animais que carregam sangue europeu e, por isso, resultam em carne melhor. Esse diferencial atrai investimentos maiores — destaca Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, escritório que aumentou em 19% o faturamento em oito leilões realizados na temporada.
A redução no número de fêmeas para reprodução, em razão da expansão da soja, também ajudou a valorizar os preços.
Do catálogo à pista
No topo da pirâmide, os animais que recebem os maiores lances nos remates normalmente são aqueles que entram em pista com expectativa antecipada dos leiloeiros, proprietários e compradores. São bovinos disputados por centrais de inseminação e pecuaristas que desejam investir em animais diferenciados pela alta qualidade genética em por avaliações da raça em feiras do setor. As constatações são de pesquisa elaborada nesta temporada de remates pelo Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (leia mais na página ao lado).
O levantamento, realizado pelo segundo ano consecutivo no Estado, constatou que os leilões que receberam lances de pecuaristas do Centro-Oeste, Sudeste e do Norte foram também os que alcançaram as maiores médias e faturamentos.
Peso perde força na hora da escolha
Com papel e caneta nas mãos e comportamento discreto, eles anotaram informações como dados genéticos dos animais ofertados, tempo que permaneceram em pista, lances recebidos e por quanto e para quem foram vendidos. Durante 50 dias, alunos e profissionais do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro) estiveram nos 30 principais leilões da temporada de primavera e cruzaram dados de mil operações comerciais.
Com o objetivo de traçar o perfil dos compradores de touros, a pesquisa já tem alguns resultados. De acordo com as estatísticas levantadas, 80% desses animais comercializados nos remates não eram obesos — contrariando a máxima de que animais gordos são os mais procurados.
— Os pecuaristas estão se conscientizando de que os exemplares de maior peso não são necessariamente os mais funcionais a campo, pelo contrário. Touros não obesos expressam a realidade da pecuária gaúcha — ressalta Júlio Barcellos, coordenador do Nespro.
A preparação dos touros, alinhada às necessidades dos clientes, é uma tendência verificada nas ofertas colocadas em pista no Estado, acrescenta o professor. A pesquisa também revelou que mais de 50% dos compradores efetivos receberam convite pessoal do proprietário da cabanha para participar do remate.
— Todas as estratégias de marketing e divulgação ajudam a cativar clientes, mas o prestígio de ser valorizado é muito importante, pois cria um compromisso informal — acrescenta Barcellos..
Conforme o levantamento, a maioria dos compradores arrematou em média três touros por remate, evidenciando a disposição do produtor de média escala em qualificar o rebanho com animais de genética diferenciada. A pesquisa também identificou a presença maior de compradores de fora do Estado, representados nos remates por consultores de mercado.
Embora os compradores de fora tenham peso significativo nos negócios, o maior volume de compras ainda é feito por pecuaristas que criam os animais em um raio de 150 quilômetros do local dos remates — onde o manejo e o clima são semelhantes ao local de origem dos animais.
A exposição dos touros no momento da venda também é importante para a decisão de compra, pois o cliente valoriza animais com alto escore corporal e bem apresentados em pista.
fonte: ClicRBS

Carnes: tendências para 2015 na visão do USDA

Pelas primeiras previsões do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para o próximo exercício, as carnes tendem a uma expansão modesta na produção e no consumo, já que o incremento conjunto deve ser inferior a 1%. De toda forma, a carne com maior potencial de crescimento continua sendo a de frango, cuja produção em 2015 deve aumentar 1,5%, índice ligeiramente acima do que é projetado para a carne suína (+1,1%). A produção de carne bovina tende a um recuo de cerca de 1,4%. No comércio internacional, as importações serão lideradas pela carne bovina, com aumento previsto em 2,2%. Já nas exportações o destaque fica com a carne de frango, para a qual é previsto incremento de 4,3%. Como curiosidade, a tabela abaixo também compara o que está previsto para 2015 com o que foi produzido uma década antes, em 2005. E mostra que a expansão (de quase 15% na produção; de pouco mais de 13% no consumo) está centrada na carne de frango, que responde por 60% do aumento de produção verificado em 10 anos. Neste caso, do volume adicional total (32,8 milhões/t), a carne suína respondeu por 39% e a carne bovina por menos de 2%, ou seja, apresenta crescimento real negativo. Sob esse aspecto, aliás, a carne de frango é destaque, também, como a de maior incremento no consumo (quase 27% a mais) e na exportação (aumento de quase 50%). Só perde no quesito importação para a carne 



fonte: AveSite

Mais portas bertas para a carne brasileira

É justa a empolgação do governo e da indústria com o sinal verde vindo da Arábia Saudita para a retomada das importações de carne brasileira. O país do Oriente Médio, importante porta de entrada de negócios da região, mantinha embargo desde 2012, por conta do caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina – popularmente conhecida como doença da vaca louca – registrado no Paraná, dois antes antes. A restrição persistia, apesar de a Organização Mundial de Saúde Animal assegurar ao Brasil o status de risco insignificante para a doença.
Claro, ainda é preciso obedecer a um ritual burocrático para que os embarques possam ser realizados. Uma equipe técnica saudita deverá, segundo o Ministério da Agricultura, vir ao país em breve para visita. O titular da pasta, Neri Geller, faz neste momento roteiro por Arábia Saudita e China, e ouviu do ministro da Agricultura da Arábia Saudita a garantia da retomada.
– A recuperação desse mercado fortalece ainda mais a posição do país como uma referência no atendimento à crescente demanda mundial por alimentos – afirmou Geller.
O potencial de volume de negócios vai além, já que a Arábia Saudita é considerada uma referência na região, e poderá trazer consigo outros parceiros que mantêm suas portas fechadas. Em 2012, antes do embargo, o Golfo Pérsico negociou com o Brasil cerca de US$ 200 milhões em carne bovina.
Presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, estima que o processo para a retomada possa não ser concluído neste ano. Ainda assim comemora a reconquista:
– Existe uma grande vitória, que é a definição de um procedimento.
Outros dois clientes importantes estão na nossa lista de espera. Um deles é a China, cuja retomada das compras está mais adiantada – o fim do embargo foi anunciado em julho –, e pode ser concretizada ainda neste ano.
E há ainda o tão almejado mercado dos Estados Unidos.
– O Brasil já percorreu o caminho mais árduo. Falta só a públicação das regras – explica Camardelli.
Tudo isso engordaria ainda mais a conta das exportações de carne bovina, que podem chegar ao final do ano com receita de US$ 8 bilhões.
fonte: Gisele Loeblein / Zero Hora

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Exportações gaúchas de carne sobem quase 40%

Patrícia Comunello
MARCO QUINTANA/JC
Europa paga mais para ter produtos oriundos de linhagens britânicas
Europa paga mais para ter produtos oriundos de linhagens britânicas
As vendas gaúchas de carne bovina para o Exterior mostram avanço mais vigoroso do que a média do País no segmento até setembro. Enquanto as divisas brasileiras totais do produto cresceram 11% nos nove primeiros meses do ano (alcançando um total de US$ 5,3 bilhões), o faturamento da exportação local subiu quase 40%, chegando a US$ 50,5 milhões, ante US$ 36,6 milhões do mesmo período de 2013. O volume mostrou expansão ainda maior, de 42,13%, conforme dados levantados pelo Centro de Informações e Estatísticas da Fundação de Economia e Estatística do Estado (FEE). A quantidade enviada pelo País cresceu 8%. 

O desempenho da carne bovina destoou também dos demais rebanhos, com maior representação na balança gaúcha, mas que fecharam o ciclo de nove meses com recuos. Suínos registraram US$ 244,4 milhões, queda de 18,3%, frente ao ano anterior, associada à menor oferta de matéria-prima, e frangos geraram divisas de US$ 915,2 milhões até setembro, 6,5% abaixo da receita de janeiro a setembro de 2013. Segundo o economista Guilherme Risco, que elaborou o comparativo pela FEE, o item carnes desossadas congeladas despachadas para Hong Kong, Egito, Irã e Venezuela foi decisivo na arrancada este ano. “Foram US$ 11,9 milhões a mais que 2013, o que explica o crescimento”, contrastou Risco.

Outros destaques no fluxo externo da cadeia bovina, na qual o Brasil é líder mundial, foi a retomada dos embarques para o Irã, que passou de receita zerada no período em 2013 para US$ 4,5 milhões até setembro, ficando em terceiro nas aquisições. Egito ganhou peso, ficando em segundo lugar (US$ 5,8 milhões) e Hong Kong firma-se como principal destino, com US$ 25,5 milhões, metade da divisa. Até o Uruguai, considerado modelo na gestão comercial e marketing de carne de qualidade, buscou mais matéria-prima no vizinho gaúcho, somando US$ 2,4 milhões, 143% a mais que o ano passado.

Para ampliar ainda mais as vendas aproveitando a alta de quase 150% nos preços internacionais desde 2003, a cadeia produtiva da carne bovina gaúcha almeja mais espaço no mercado europeu, que paga mais para ter carne de linhagem britânica (raças Hereford e Angus, por exemplo, com maior rebanho no Estado), mas exige mais também. A União Europeia (UE) comprou US$ 6,2 milhões até setembro (ante US$ 4,9 milhões de 2013), mas o avanço em outras regiões rebaixou a fatia europeia, que passou de 13,6% da receita (ano passado) para 12,3% até setembro.

O aproveitamento desse fluxo envolve aumento do rebanho rastreado (cumprindo normas europeias), demanda que o Marfrig, com maior volume de abates no Estado e com três plantas em operação habilitadas a exportar, coloca como essencial para manter aberto o frigorífico de Alegrete. Grupo criado por iniciativa do Sindicato Rural de Alegrete e que reúne produtores, industrias e governo pretende buscar formas de ampliar a cobertura do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). Mercado interno com mais consumo de carne e valorização de preços também disputa a oferta de carcaças, cujo volume se mantém estável nos últimos anos. 
Segundo o Ministério da Agricultura (Mapa), apenas 153 mil bovinos de 139 propriedades gaúchas estavam registrados no Sisbov em 2013, menos de 4% do total rastreado no País, de 4,2 milhões de cabeças. O Estado responde hoje por 7% do rebanho bovino nacional (corte e leite), com total de 200 milhões de cabeças. Em outubro, técnicos da UE inspecionaram propriedades e frigoríficos no País. Foram duas fazendas (Bagé e Dom Pedrito) e uma unidade de abates (Bagé) no Estado. O Mapa informou que os auditores, ligados ao órgão europeu que fiscaliza alimentos de origem a animal, não finalizaram o relatório, mas teriam considerado o Sisbov “robusto com bons controles oficiais”.

Programas de certificação de raças britânicas atendem europeus

Consagrado como maior exportador global de carne bovina, o Brasil atingiu o status vendendo majoritariamente carcaça de Nelore, raça que domina os maiores rebanhos no Centro-Oeste e Norte. De origem índica, o Nelore atende o mercado chamado de commodity da carne. Os programas de qualidade e certificação de raças britânicas, como Hereford e Angus, com maior plantel no Estado, buscam a diferenciação para entrar com tudo na praça europeia explorando o quesito qualidade.

No recente Salão Internacional da Alimentação (Sial), em Paris, na França, maior feira da área no mundo, representantes dos programas das raças detectaram o baixo conhecimento sobre selos de certificação e mesmo da carne produzida. O gerente do programa Carne Pampa, da Associação Brasileira de Hereford e Bradford, Alfredo Drisen, foi a Sial e confirmou que há espaço para se credenciar a compras de traders importadores, com os quais estabeleceu contato no salão.

“O trade conhece a carne de nelore. Na Sial, mostramos que, além do produto commodity, podem obter a mesma carne de qualidade produzida pelo Uruguai e pela Argentina”, observou o gerente da Carne Pampa. A referência à matéria-prima dos vizinhos dá a dimensão da percepção que compradores têm de cada produtor. “Os importadores associam carne de qualidade a estes dois mercados e a Austrália. No Uruguai, 100% da carne é de qualidade e lá foi criado o Instituto da Carne. Das 44 milhões de cabeças abatidas ao ano no Brasil, 1% é de programas certificadores”, compara o representante da Carne Pampa.

Drisen avalia que o trabalho das associações aporta quesitos como procedência e certificação buscados pela UE. Além disso, há exigência de rastreabilidade. “Mas só funciona se tiver integração entre produtores, indústria e governo”, aponta o gerente do programa do Hereford, que deve certificar 50 mil cabeças em abates em 2014, todos feitos só no Estado. O Paraná terá o primeiro frigorífico no Carne Pampa, em Pato Branco. O rebanho de Hereford e Bradford é estimado em 3,5 milhões de animais, dos quais 2,5 milhões em propriedades gaúchas.

O presidente da Associação Brasileira de Angus, raça com maior abrangência entre as britânicas, Paulo de Castro Marques, avalia que o País está alterando o conceito e já briga pelo fluxo de matéria-prima de qualidade. O programa Carne Angus Certificada, criado há 11 anos, deve alcançar 300 mil cabeças em 2014.  O crescimento de cruzamentos com nelore e exportação de genética por propriedades do Estado a outras regiões deve acelerar a oferta. A venda cresceu 15%, e o Angus lidera o mercado de inseminação. Antes, a raça Nelore reinava.

O dirigente garante que 100% dos animais classificados são inspecionados. “O protocolo é rigoroso, e a carcaça sofre inspeção antes e depois do abate. Se não tiver qualidade, é enquadrada como commodity”, explica Marques. O produtor recebe bonificação de, no mínimo, 9% do valor da arroba, podendo chegar a 17% e 18%. No Exterior, a abertura de mercado à carne in natura brasileira nos Estados Unidos, tratativa que envolve governo e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) com a representação norte-americana, pode ampliar o acesso a regiões que primam pela qualidade, como a UE. “Se vende aos EUA pode vender a qualquer um”, justifica Drisen.
fonte: Jornal do Comercio

Leilão Certificado Nº 5 INSCRIÇÕES ABERTAS


Genética Angus da GB e Chalet tem alta liquidez

O leilão virtual da GB Agropecuária e da Chalet realizado no dia 04 de novembro, no Jockey Club do RS via Canal Rural,  teve 100% de liquidez, com  todos os lotes muito disputados por compradores do RS, PR, MG, MS e SP. Foram 174 animais comercializados sendo 123 fêmeas e 48 machos e, uma oferta especial de  03 prenhezes elite da raça Angus que alcançaram preço médio de R$ 12.000,00. 


O leilão que foi conduzido pelo leiloeiro Fábio Crespo, fechou um faturamento de R$ 788.940,00. Os lotes de machos, assim como tem sido em todos os leilões deste circuito de primavera, foram os mais disputados. A valorização e a procura por exemplares da raça Angus, reflete o bom momento da pecuária brasileira, que valoriza e garante mercado para animais de alta qualidade e com genética reconhecida. “ Foi um excelente leilão, com uma ótima resposta do mercado, o que muito valoriza o nosso trabalho de seleção. Com liquidez e, com muito criador tradicional, mais uma vez investindo na nossa genética Angus”  afirmou o diretor da Chalet  Agropecuária, Luiz Eduardo Batalha.

Médias finais por categoria: 
  • Lotes especiais                       - R$ 12 mil
  • Touros 2 anos  (Ger. 2012)     - R$ 7,6 mil
  • Tourinhos 1 Ano (Ger. 2013)   - R$ 3,5 mil
  • Terneiras CA (Ger. 2013)        - R$ 2,4 mil    
  • Vacas PO                               - R$ 4,6 mil

A Assessoria Agropecuária prestou suporte técnico a este leilão pela primeira em 2014. O trabalho passou pela revisão dos animais, formação de lotes, e orientação para clientes previamente e durante o leilão.  
 Fonte: Futura.rs, adaptado pela Assessoria Agropecuária 

Leilão Certificado Nº 5 em 03.12.2014


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Estâncias Mauá, Charrua e Passo Fundo encerram remate com pista limpa

Remate das Estâncias Mauá, Charrua e Passo Fundo

Foto: Jornal O Momento
Durante agenda da 83ª Expofeira de Santa Vitória do Palmar (RS) aconteceu, no dia 03 de novembro, o Leilão Produção das Estâncias Mauá, Charrua & Convidados, que nesta edição contou com a participação do criatório Hereford da Estância Passo Fundo.

Com pista limpa, foram 73 animais Hereford expostos em pista, 31 reprodutores e 42 fêmeas, totalizando R$ R$ 338.700,00 em vendas. Confira as médias.

Médias:

– 31 touros P. Hereford PO e PC de 2 e 3 anos a R$ 7.229,00;
– 08 vacas P. Hereford PO prenhas a R$ 3.300,00;
– 06 vaquilhonas P. Hereford PO de 2 anos a R$ 4.200,00;
– 15 vaquilhonas P. Hereford PC de 2 anos a R$ 2.250,00;
– 13 vaquilhonas P. Hereford certificadas de 3 anos prenhas a R$ 2.250,00.



Fonte: ABHB

Tamanca e Rincão vendem mais de meio milhão em Santa Vitória do Palmar

No dia 04 de novembro, durante agenda da Expofeira de Santa Vitória do Palmar (RS), as Cabanhas Tamanca e Rincão promoveram a 4º edição do leilão Especial Hereford com faturamento acima de meio milhão. Foram 110 animais (68 lotes de fêmeas e 42 lotes de machos) negociados por R$ 541.200,00.

Os animais mais valorizados foram TAMANCA I071, Grande Campeão PC da Exposição de Pelotas 2014 e Segundo Melhor PC da Expointer 2014, comercializado pelo valor de R$18.450,00 por Pedro Duarte Rotta, da Estância Coronilha, de Santa Vitória do Palmar (RS) e TAMANCA I006, que integrou o Trio Grande Campeão PO de Bagé em 2013 e Trio Grande Campeão PO de São Gabriel em 2014, comercializado por R$ 16.800,00 pela Mariana S. Machado, da Estância Santa Olinda, de Santa Margarida do Sul, RS.

Outro destaque foi a venda de 12 vaquilhonas Polled Hereford PC, prenhas, adquiridas por Andrei Gomes de Almeida, do município de Pato Branco, no Paraná, por um preço médio de R$ 3.600,00. Confira as médias a seguir.



Fonte: ABHB