quinta-feira, 16 de abril de 2015

Gisele Loeblein: RS em busca do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Caberá ao médico veterinário Bernardo Todeschini, chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado, a tarefa de coordenar o subgrupo de trabalho do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) para tratar da questão da febre aftosa. O antigo debate da necessidade – ou não – da vacina ganhou corpo a partir da decisão do Paraná de optar pela não imunização – a próxima campanha, em maio, deve ser a última.
O objetivo, explica Todeschini, é ter enfoque técnico-científico. O primeiro passo será verificar quais as condições necessárias para o avanço de status – hoje, o Rio Grande do Sul é livre da doença com vacinação. Cada item levantado será checado de maneira quantitativa.
– A partir disso, monta-se um futuro plano de ação – explica o veterinário, que de 2010 a 2013 trabalhou na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entidade que reconhece o status sanitário.
E não é apenas a pressão vinda dos Estados da região que faz o tema ser retomado. O cenário vivido no RS é muito diferente, afirma o especialista. Em outras palavras, “evoluiu muito”.
– Esse movimento de agora tem uma base mais sólida do que no passado – entende Todeschini.
O último foco da doença foi registrado no Estado em 2001. Não existe circulação do vírus no território gaúcho desde 2002. O avanço do status sanitário permitiria o acesso a mercados hoje restritos.
– A retirada da vacina é uma meta. Mas ainda não tem data definida – diz Rogério Kerber, presidente do Fundesa.
Nesta quarta-feira, na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) – que reúne RS, SC, PR e MS – também foi criado grupo de trabalho para tratar do tema. Segundo o secretário de Agricultura gaúcho, Ernani Polo, que assumiu a coordenação da Comissão de Agricultura, o objetivo é a busca do status de zona livre da doença sem vacinação. Hoje, só os catarinenses têm essa condição.
debate está mais uma vez posto. Resta saber no que vai dar.
Fonte: Zero Hora

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