domingo, 28 de junho de 2015

IBGE mostra queda no abate de bovinos no primeiro trimestre de 2015

Conheça os dados do IBGE para abate de bovinos no primeiro trimestre de 2015.
I – Produção Animal no 1o trimestre de 2015
1. Abate de animais
1.1 – Bovinos
No 1o trimestre de 2015, foram abatidas 7,732 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 9,3% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior (8,522 milhões de cabeças) e 7,7% menor que a apurada no 1o trimestre de 2014 (8,373 milhões de cabeças). O Gráfico I.1 mostra a evolução do abate de bovinos por trimestre, desde o 1o trimestre de 2010.
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Como não há variações acentuadas no peso médio das carcaças, sobretudo em nível nacional e entre os mesmos períodos do ano, a série histórica trimestral do peso acumulado de carcaças (Gráfico I.2) segue o mesmo comportamento da série do abate de bovinos. A produção de 1,837 milhões de toneladas de carcaças bovinas no 1o trimestre de 2015 foi 10,8% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior (2,058 milhões de toneladas) e 5,9% menor que a registrada no 1o trimestre de 2014 (1,952 milhões de toneladas). No 1o trimestre de 2015, o peso médio das carcaças foi de 237,5 kg/animal. No mesmo período do ano anterior foi de 233,2 kg/animal, diferença de 4,3 kg/animal (1,9%) em relação ao 1o trimestre de 2014.
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Em nível nacional, o abate de 641.098 cabeças de bovinos a menos no 1o trimestre de 2015, em relação a igual período do ano anterior, teve como destaque quedas em: Mato Grosso (-179.260 cabeças), Mato Grosso do Sul (-118.023 cabeças), Goiás (-105.748 cabeças), Minas Gerais (-72.018 cabeças), São Paulo (-70.402 cabeças) e Paraná (-43.186 cabeças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em outras Unidades da Federação (UFs), com destaque aos aumentos ocorridos no Pará (+48.749 cabeças) e no Maranhão (+13.590 cabeças). No ranking nacional do abate de bovinos (Gráfico I.3), Mato Grosso continua na liderança, seguido por Mato Grosso do Sul e São Paulo.Captura de Tela 2015-06-26 às 14.45.51
Pela série histórica da participação de machos e fêmeas no abate total de bovinos (Gráfico I.4), observa-se que no 1o trimestre de cada ano ocorre intensificação no abate de fêmeas. Nesse período os pecuaristas intensificam o descarte de matrizes improdutivas, resguardando os machos à espera da engorda. No 1o trimestre de 2015 ocorreu redução de 3,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando que os pecuaristas estão preocupados com a reposição do rebanho.Captura de Tela 2015-06-26 às 14.46.28
Segundo o indicador Esalq/BM&F Bovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, as médias mensais dos preços da arroba bovina de janeiro a março de 2015 mantiveram-se mais altas que nos respectivos meses de 2014 (Gráfico I.5). O aumento médio anual foi da ordem de 21,3%. Em 31 de março de 2015 foi registrada a marca recorde da série histórica: R$ 147,61/@, considerando o período de 23 de julho de 1997 a 31 de março de 2015.
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De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, com exceção da capa de filé, todos os cortes de carne bovina tiveram incremento de preços – a Pá até apresentou retração no preço – abaixo do índice geral de inflação acumulado de janeiro a março de 2015 (Gráfico I.6).
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As quedas ocorridas em volume, faturamento e preço médio da carne bovina in natura exportada (Tabela I.1) contribuíram para segurar o aumento dos preços dos cortes da carne bovina no mercado interno.
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Hong Kong (24,3% de participação), Egito (18,6%), Rússia (15,9%), Venezuela (7,9%), Irã (6,6%), Chile (5,3%), Itália (2,8%), Argélia (2,1%), Israel (1,8%) e Emirados Árabes Unidos (1,8%) foram os dez principais destinos da carne bovina in natura brasileira, respondendo juntos por 87,1% da carne exportada no 1o trimestre de 2015. Nesse período, a carne bovina foi exportada para 62 destinos.
Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 1o trimestre de 2015, 1.213 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 214 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 394 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 605 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 79,3%; 15,2% e 5,5% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
3. Aquisição de Couro
No 1o trimestre de 2015, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que realizam o curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 8,111 milhões de peças inteiras de couro cru de bovino. Essa quantidade foi 7,7 % menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 11,9% menor que a registrada no 1o trimestre de 2014. Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, respondendo juntos por 91,3% do total apurado no período (Tabela I.7).
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A queda em nível nacional observada no comparativo dos 1os trimestres 2015/2014 ocorreu por quase todo País (Gráfico I.16). Das 20 Unidades da Federação (UFs) que possuem algum curtume elegível à pesquisa, apenas duas, Rondônia e Roraima, apresentaram aumento no volume de couro captado. As sete primeiras UFs que constam no Gráfico I.16 possuem mais de 5% da participação nacional, detendo juntas 76,5% do total de couro recebido pelos curtumes.
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No 1o trimestre de 2015, foram curtidas 8,143 milhões de peças inteiras de couro cru, representando quedas de 4,4% e 11,6% em relação ao total industrializado no trimestre imediatamente anterior e no 1o trimestre de 2014, respectivamente. A diferença de 31.868 peças de couro industrializadas a mais que a quantidade de peças de couro captada no 1o trimestre de 2015 teve origem dos próprios estoques dos curtumes. O método mais utilizado para o curtimento do couro cru foi ao cromo (97,1%), seguido pelo tanino (2,9%). Não houve curtimento por outros métodos, no 1o trimestre de 2015. O cromo foi utilizado em todas UFs enquadradas na pesquisa. O tanino foi utilizado em Santa Catarina (com 34,4% do total do couro curtido ao tanino), Rio Grande do Sul (28,2%), Paraná (16,5%), São Paulo (9,4%), Minas Gerais (8,7%), Pernambuco (2,1%) e em Rondônia (0,6%).
A diferença entre o total de peças inteiras de couro cru de bovino adquirido pelos curtumes (Pesquisa Trimestral do Couro) e a quantidade de bovinos abatidos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (Pesquisa Trimestral do Abate de Animais) pode ser entendida como uma proxy do abate não-fiscalizado. Contrastando as séries históricas dessas duas variáveis (Gráfico I.17) é possível inferir que o abate não-fiscalizado tem diminuído, chegando ao patamar de 4,7%, no 1o trimestre de 2015.
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Participaram da Pesquisa Trimestral do Couro, no 1o trimestre de 2015, 115 curtumes. Amazonas, Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e Distrito Federal não possuem estabelecimentos elegíveis ao universo da pesquisa.
II – TABELAS DE RESULTADOS – BRASIL
Tabela II.1 – Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro e Produção de Ovos de Galinha – Brasil – trimestres selecionados de 2014 e 2015
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Tabela II.1.1 – Número de animais abatidos por espécie e variação anual, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2014-2015
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Tabela II.1.2 – Peso total das carcaças de animais abatidos por espécie e variação anual, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2014-2015
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Tabela II.1.3 – Número de animais abatidos, por espécie e tipo de inspeção sanitária – segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
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Tabela II.1.4 – Peso total das carcaças de animais abatidos, por espécie e tipo de inspeção sanitária, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
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Tabela II.1.5 – Número de bovinos abatidos, por categoria animal, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
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Tabela II.1.6 – Peso total das carcaças de bovinos abatidos, por categoria animal, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
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II.3 – Aquisição de Couro Cru Bovino – Brasil – 2015
Tabela II.3.1 – Quantidade de peças inteiras de couro cru bovino adquirida, por procedência, e recebida de terceiros, segundo os trimestres os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
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Tabela II.3.2 – Quantidade total de peças inteiras de couro cru bovino adquirida e curtida, segundo os trimestres, os meses, e o acumulado do ano – Brasil – 2014-2015
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III – TABELAS DE RESULTADOS – UNIDADES DA FEDERAÇÃO – 1o TRIMESTRE
III.1 – Abate de Animais – Unidades da Federação – 1os trimestres de 2014 e 2015
Tabela III.1.1 – Quantidade e peso total de carcaças de bovinos abatidos e variação anual – Brasil e Unidades da Federação – 1os trimestres de 2014 e 2015
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III.3 – Aquisição de Couro Cru Bovino – Unidades da Federação – 1os trimestres de 2014 e 2015
Tabela III.3.1 – Quantidade de peças inteiras de couro cru bovino, total, adquirida e recebida, e variação anual – Brasil e Unidades da Federação – 1os trimestres de 2014 e 2015
Captura de Tela 2015-06-26 às 15.03.56Fonte: IBGE.

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