quinta-feira, 23 de julho de 2015

Raça não garante qualidade

.Nos últimos anos, tenho trabalhado com muito empenho para desenvolver marcas de carne que proporcionem qualidade com padronização e consistência.
Escrevo esse “post” para deixar clara minha posição de que nenhuma raça bovina pode se declarar “dona da qualidade” (palavras recentes do amigo Miguel Cavalcanti) e dizer que carne certificada por associação de raça não garante qualidade, porque:
Raça não garante qualidade
Raça não garante maciez
Raça não garante sabor
Raça não garante suculência
Tem muita carne no mercado com certificação de raça que não apresenta padronização, pois erradamente fazem parte da mesma certificação: machos inteiros, castrados e fêmeas, animais com 50% até 100% de sangue destas raças, animais de 12 a 36 meses de idade e sem nenhum controle da alimentação, isso tudo tem uma influência na qualidade da carne maior do que a raça isoladamente.
Além da subjetividade da certificação ser realizada pelo fenótipo ( já vi técnico de associação de raça no curral do frigorífico classificando e desclassificado por puro “achismo”, é ridículo).
Por isso consumidor, saiba que as novas marcas de carne, são garantidas através de um rigoroso sistema de produção, elaborados por profissionais extremamente qualificados, que visam padronizar as características como maciez, sabor e suculência.
Peça o vinho por sua qualidade, por seu “terroir” , sua história e por sua marca e não pela variedade da uva. Afinal, existe bons vinhos feitos com diversas variedades de uva.
O consumidor está em fase de aprendizado, mas já consegue identificar marcas de carne que têm certificação de raça que não apresentam qualidade.
Definitivamente, certificação de raça não garante qualidade.
Por Roberto Barcellos, 

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