quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Preços domésticos do milho começam ano em alta

Cotação é sustentada pelo avanço das exportações.
Desvalorização do real tornou o produto brasileiro mais competitivo.

Os preços domésticos do milho começam o ano em alta, sustentados pelo avanço das exportações e pela consolidação do Brasil como um importante player no mercado internacional, conforme análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), divulgada nesta segunda-feira (11). A análise mostra que os embarques devem continuar balizando as cotações internas, a exemplo de 2015.
 Produção de milho da Índia de verão pode cair mais de 15% este ano, devido ao tempo seco (Foto: Reuters)Preços domésticos do milho começam o ano em alta (Foto: Reuters)
"O ano de 2016 começa com os preços em alta no mercado interno, puxados pelo ritmo forte das exportações no último trimestre de 2015. A desvalorização do real tornou o produto brasileiro mais competitivo e vem favorecendo também a realização de contratos referentes ao grão a ser colhido em 2016", afirma o relatório da instituição.
Enquanto a primeira safra de milho 2015/16 teve redução de área, em detrimento do avanço da soja, os pesquisadores do Cepea afirmam que os atuais níveis de preços podem levar produtores a manter a área cultivada na segunda safra, ou de inverno, que, a depender do clima, pode proporcionar oferta semelhante à de 2014/15. "Assim, novamente, recaem sobre a segunda safra os principais fatores de impacto sobre os preços ao longo da temporada 2015/16", dizem os pesquisadores.
Considerando a mesma área cultivada na segunda safra de 2014/15 (estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento - Conab), mas com produtividade média nacional 0,1% menor, a oferta de inverno poderia alcançar 54,5 milhões de toneladas, revela a análise.
Somado este volume aos estoques iniciais, à oferta da primeira safra e a um pouco de importação, a disponibilidade anual de milho atingiria 93,75 milhões de toneladas. Descontando o consumo interno, o excedente seria de 35,42 milhões de toneladas, 13,3% menor que as 40,89 milhões de toneladas recordes de 2015, conclui o Cepea, com base em dados da Conab.
fonte: Globo Rural

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