quinta-feira, 23 de junho de 2016

Confinamento poderia resolver restrição de oferta de boi no RS, diz Farsul


A pecuária gaúcha precisa investir em confinamento e melhorar a terminação dos bois destinados ao abate, avalia o vice-presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira. Segundo ele, o Estado tem como característica terminar a engorda do gado no pasto e conta ainda hoje com poucos sistemas de confinamento. Isso faz com que no inverno, com condições de pastagem desfavoráveis, a oferta de animais para abate caiam bastante no mercado local.
Atualmente, o Estado tem um rebanho de 13,900 milhões de cabeças. Nos últimos anos, de acordo com Pereira, houve um crescimento acentuado da criação de raças europeias, como a angus, favorecida pela procura de frigoríficos que produzem carne com maior valor agregado. Esta oferta diferenciada é apontada pelo representante como um dos motivos que mantém a arroba gaúcha acima do preço da praça de referência São Paulo.
Mesmo com a remuneração superior, o sistema de confinamento não se desenvolveu na região, o que Pereira atribui à cultura dos pecuaristas locais. Por esse motivo, os preços altos do milho – principal insumo usado na ração de animais no cocho – não deve influenciar o mercado gaúcho, afirma ele.
Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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