tag:blogger.com,1999:blog-4563033299780970469.post708634847570710907..comments2023-08-14T23:20:29.892-03:00Comments on Lund Negócios: Frigoríficos avançam no ParaguaiEduardo Lund / Lund Negócioshttp://www.blogger.com/profile/05344467279759343476noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-4563033299780970469.post-33406914157576753942012-09-20T01:11:29.674-03:002012-09-20T01:11:29.674-03:00Em junho do corrente ano estive na argentina e os ...Em junho do corrente ano estive na argentina e os dados divulgados sobre exportação de carne bovina não ultrapassavam os 7% do total abatido, dado que diverge do citado por Cruden. O percentual referido não prejudicava em nada o produtor argentino, que beneficiava-se naquele cenário de ótimos preços, alicerçados em um consumo interno firme. A preocupante e progressiva diminuição do rebanho bovino daquele país era outro aditivo. Pressionado pela soja e seus altos arrendamentos, que alcançam em muitos casos 2 toneladas por hectare, o rebanho mingua e em muitas vezes migra para regiões com menos nobreza de solo, situação que apresenta-se por aqui também. A atividade pecuária que persiste em alguns rincões das ricas zonas agrícolas o faz sob regime muito intensificado, alcançando não raramente lotações de 4 ou 5 vacas de cria por hectare e onde recria e terminação já quase não se distinguem. Nessas condições o terneiro nasce em um sistema que proporciona a manifestação de toda a sua pujança genética, aportando o suficiente, e até além, para sua manutenção. Essa condição alimentar diferenciada conduz o terneiro do pé da vaca ao feedlot aos 200 ou 220 kgs para alcançar no mínimo 340 kgs aos 100 dias de confinado, peso suficiente para o abate direcionado ao consumo interno. Esse manejo garante excelente taxa de disfrute. Para isso os produtores se valem de pastagens cultivadas onde a que mais predomina é a alfafa, seguida pelos campos baixos, ináptos para cultivo por uma questão de drenagem, onde abunda a cevadilha(bromus catharticus), o Rhodes, trevos e cornichões. Nessa incursão restringi-me ao sul da província de Santa Fé e ao sudeste da província de Córdoba zonas onde abunda esse tipo de cultura e manejo, soja e milho no verão em rotação, predominando a soja, trigo e/ou cevada no inverno, nos casos onde há integração lavoura/pecuária o cultivo de inverno é predominantemente a aveia para pastoreio, subsistindo ainda as áreas baixas melhoradas e as alfafas já mencionadas. Há ainda muitos casos de produtores, criadores auto-insuficientes(relação milho-terneiros produzidos) ou agricultores que querem agregar valor ao milho colhido, que compram reposição(terneiros e terneiras) para recriar/terminar seja pastoreando em aveia até o ingresso no feedlot ou diretamente neste último. Terneiros machos e fêmeas já não diferenciam-se em preço, pelo tipo de manejo(ciclo) e pela demanda, alcançando facilmente os R$ 8,00 reais por kilo em diferentes províncias. <br />Tirando-se as retenções, o custo da mão de obra, a alta inflação e a proibição de compra de dólares, medidas impostas pelo governo argentino, com exceção da inflação(efeito), não é nada ruim produzir no país vizinho. Por lá descortina-se um cenário em que figuram produtores sérios, comprometidos, engajados e bem preparados, que aliam qualidade a ótimos rendimentos agrícolas e pecuários. Máquinas a preços acessíveis, prestação de serviço qualificada e barata, e, assitência técnica de primeira são alguns dos fatores que catalizam os excelentes resultados obtidos por lá.<br />Saudações.Thiago Santoshttps://www.blogger.com/profile/02056551465361596493noreply@blogger.com