terça-feira, 23 de julho de 2013

Jaguaretê amplia o projeto Simental


LUCIANA BRAMBILLA/DIVULGAÇÃO/JC
Luiz Antônio Queiroz, da fazenda Jaguaretê
Luiz Antônio Queiroz, da fazenda Jaguaretê
A fazenda Jaguaretê, de Eldorado do Sul, que possui o maior rebanho do mundo de gado Simental PO, com 1.400 fêmeas e machos (o rebanho total é de 2.500 cabeças em 1.100 hectares), vai levar 35 animais de alta linhagem para a Expointer, dia 24 de agosto, em Esteio. Um dos destaques, certamente, será o touro Naipe, com 20 meses, mas já com 935 quilos de peso, recentemente considerado campeão nacional da raça, em São Paulo. Os proprietários da Jaguaretê, Rosalu e Luiz Antônio Queiroz, possuem duas fazendas na Grande Porto Alegre e estão se preparando para arrendar outra, pois venderam a que possuíam no Mato Grosso, e ampliar suas atividades no campo gaúcho, difundindo a raça sul-africana e estimulando seu uso no cruzamento industrial com as raças britânicas Angus, Hereford e Devon. A linhagem da Jaguaretê, o Simental precoce, um pouco menor do que os primeiros animais importados há alguns anos, é focada na produção de carne e cruza com raças britânicas.
Jaguaretê II

A raça tem importante potencial de ganho de peso especialmente no 1º ano de vida dos terneiros por conta das características de produção de leite. As fêmeas atingem média de 214 kg nos seus primeiros oito meses, enquanto os machos chegam a 218 kg no mesmo período. Em confinamento, como os mil bois atuais da Jaguaretê, os animais ganham, em média, 1,2 quilo diário de peso e chegam a dar rendimento de 58% no abate, ou seja, 8% a mais de carne do que um boi considerado excelente. Com 100/120 dias de confinamento, chegam a 480/500 quilos aos 18 meses, quando são abatidos, para garantir a qualidade da carne. Fazenda moderna, com instalações de primeiro nível, a Jaguaretê acaba de instalar dois pivôs de irrigação, ao custo de R$ 1,5 milhão, para produção de milho e azevém destinados à alimentação do gado confinado.
Jaguaretê III

Para difundir o Simental no Estado, Luiz Antônio Queiroz criou um projeto, que já conta com 20 parceiros gaúchos, no qual a Jaguaretê vende o sêmem, fêmeas ou reprodutores, e os criadores que os adquirirem terão como garantia a compra posterior dos terneiros desmamados com um prêmio em relação ao preço de mercado. Esses animais serão posteriormente abatidos e comercializados com um selo de origem e certificação. O próximo passo é abrir pontos de venda específicos desta carne, no Rio de Janeiro e em São Paulo, fechando a cadeia da produção à comercialização. A fazenda também cria ovinos Texel.

fonte: 
Painel EconômicoDanilo Ucha | ucha@jornaldocomercio.com.br

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