sábado, 3 de fevereiro de 2018

A Farra do Boi .... Brasil a Piada Pronta do Mundo !!!

A Farra do Boi .... Brasil a Piada Pronta do Mundo !!!
Impasse de navio com 25 mil bois no Porto de Santos gera 'mais prejuízos' aos animais
Mais de 25 mil cabeças de gado permanecem há 48 horas a bordo de um navio retido pela Marinha do Brasil, por ordem da Justiça Federal, no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, por suspeita de maus tratos. Para o Governo Federal, o impasse gera "mais prejuízos" aos animais e abala a imagem do país.
Entre 26 e 31 de janeiro, o cais do Ecoporto, na Margem Direita do complexo portuário, recebeu os animais que eram criados em fazendas no interior do estado, distantes 500 quilômetros do litoral. Os animais foram comprados pela Turquia e a operação de embarque no navio Nada, o maior do tipo, teve que ser suspensa.
Trata-se da segunda operação com carga viva no Porto de Santos após 20 anos. Desde o início dos trabalhos, ativistas ligados à proteção animal alegam que os bois são vítimas de maus tratos. A prefeitura multou a Minerva Foods, responsável pelos animais, em R$ 1,5 milhão e, depois, em R$ 2 milhões, por poluição.
Denúncias de maus tratos impedem o envio de milhares de bois para a Europa
Em três decisões judiciais nos últimos dias, duas em esfera estadual e uma em federal, determinou-se a suspensão do embarque (faltam cerca de 2 mil bois), o desembarque daqueles animais já a bordo e a inspeção sanitária no navio. A fiscalização foi feita, mas o relatório ainda não foi divulgado pela Justiça Federal.
A Minerva recorreu da suspensão do embarque dos animais faltantes, mas, nesta sexta-feira (2), a Justiça Estadual manteve a decisão. O impasse permanece sobre a retirada dos animais que já estão no navio, apesar de a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) já preparar um plano logístico para fazê-lo.
Ainda nesta sexta-feira, o médico veterinário Guilherme Henrique Figueiredo Marques, que é auditor fiscal agropecuário, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e delegado do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) rechaçou o impasse.
"Resta claro que a judicialização da questão, com a consequente demora para prosseguimento da viagem e desembarque dos animais no destino, causa muito mais prejuízos do ponto de vista do bem-estar animal do que o que é atribuído pelas ONGs, e que gerou o impasse", declarou, por meio de nota.
Marques explica que a exportação de bovinos no Brasil é regulamentada por uma série de atos normativos, e que a operação realizada em Santos, tanto em janeiro deste ano como em dezembro de 2017, ocorreram dentro da normalidade. Os trabalhos aconteceram, segundo ele, de acordo com regras de órgãos internacionais, como a OIA.
Operação foi realizada sob fiscalização de órgãos federais e municipais
"A fiscalização [no Brasil] é realizada em estabelecimentos aprovados para realização dessas quarentenas, e também nos pontos de egresso de qualquer modalidade [marítima, rodoviária e aérea]. O objetivo é assegurar que os animais destinados ao comércio internacional sejam transportados em bom estado de saúde", diz.
Ainda segundo o representante do Mapa, as exportações brasileiras de bovinos cresceram nos últimos 15 anos. Por isso, a modalidade é considerada pelo Governo Federal como um segmento importante do agronegócio e que, diretamente, gera uma alternativa de mercado para os produtores rurais brasileiros.
"Existe o reconhecimento por parte dos serviços estrangeiros e dos importadores quanto à robustez e à seriedade dos controles executados [no aís]. Portanto, ações como essa geram instabilidade no mercado e podem gerar desconfiança por parte dos parceiros comerciais, o que vemos com muita preocupação", comenta.
Turquia no cais
Ao longo do dia, uma equipe do Consulado Geral da Turquia em São Paulo, representando o país comprador da carga, esteve no Ecoporto para participar de uma reunião sobre o impasse. O G1 procurou os representantes, inclusive na Embaixada em Brasília, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
A Turquia é considerada justamente a principal compradora de bovinos vivos em 2017, segundo a Sociedade Rural Brasileira (SRB). Conforme dados oficiais, dos 340,34 mil bois exportados de janeiro a novembro do ano passado, 47,5% foram enviados para o país. Em dezembro de 2017, uma operação ocorreu em Santos.
Também em visita ao Porto de Santos, que celebra 126 anos nesta sexta-feira, o inistro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintela, afirmou que acredita na revisão das decisões judiciais. Ele disse torcer que a definição se desenrole de maneira "rápida" para evitar mais prejuízos, tanto aos animais como ao mercado.
"Esse embarque, essa operação, cumpriu tudo aquilo que é determinado pela legislação. O Ministério da Agricultura e a Vigilância Sanitária acompanharam esse embarque desde a fazenda até o Porto de Santos, e não houve problemas. Temos a decisão judicial momentânea, que o Porto está cumprindo", declarou.
A Minerva Foods, por meio da assessoria de imprensa, informou que a exportação de bois vivos "é uma atividade regulamentada pelo Mapa" e ressalta que, em seu processo, "o manejo do gado segue todos os procedimentos adequados para preservar o bem-estar". A empresa não comentou sobre as penalidades aplicadas.
Também por nota, o Ecoporto informou que a movimentação de carga viva é uma operação experimental na instalação, mas que seguiu as regras e que todo o trabalho foi acompanhado pelas autoridades. "A empresa dará imediato cumprimento às ordens judiciais recebidas tão logo sejam oferecidas condições adequadas".
Ativistas chegaram a cair no chão durante protesto no Porto de Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
Texto e Fotos G1

Abreav explica o que está por trás da suspensão de embarque de 27 mil bois no Porto de Santos




Justiça ordenou o desembarque dos quase 27 mil bois que haviam sido carregados nos últimos dias com destino a Turquia após reforçar a suspensão do embarque de cargas vivas no Porto de Santos. Prejuízos serão milionários com a decisão.

Confira entrevista com Ricardo Barbosa - Presidente da Abreav
Na tarde desta terça-feira (1/2), foi determinado pelo juiz Márcio Kammer de Lima, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santos, o desembarque dos quase 27 mil bois que estão a bordo do navio panamenho Nada. A embarcação está atracada no Porto de Santos e tinha como destino a Turquia. A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) não deu detalhes sobre como será a operação de desembarque e reconheceu não ter estrutura de currais para alocar o gado.
Leia a notícia na íntegra no site Globo Rural
Desembarque no porto de Santos

Desembarque no porto de Santos
Desembarque no porto de Santos
Desembarque no porto de Santos
Fotos: TV Tribuna


Fonte: Notícias Agrícolas

domingo, 28 de janeiro de 2018

Carne Hereford encerra 2017 com recorde no Frigorífico Silva

Prestes a comemorar duas décadas de existência, o Programa Carne Pampa – programa oficial de qualidade das carnes bovinas provenientes das raças Hereford, Braford e suas cruzas – criado em 1998 pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), encerrou o ano de 2017 celebrando um resultado histórico: o maior abate mensal de animais certificados já realizado em uma planta frigorífica parceira. O recorde foi alcançado pelo Frigorífico Silva, de Santa Maria – RS, que fechou dezembro acima de 4 mil animais certificados.
“Temos que comemorar os números alcançados no ano passado”, destacou o CEO da ABHB, Fernando Lopa. “Eles foram muito superiores aos projetados no início do ano, quando foi anunciada a saída do Frigorífico Marfrig do Programa. Naquele momento havia uma previsão de queda superior a 30% no número total de animais certificados. O cenário parecia ainda mais sombrio com a crise política e econômica do primeiro semestre e a desvalorização do preço do gado no Rio Grande do Sul, porém a queda ficou abaixo de 13%, com o frigorífico Silva tendo papel fundamental não só na manutenção dos abates como na abertura de novos mercados para a Carne Certificada Hereford”, completou.
O crescimento na procura pelos cortes Hereford, a consolidação no cenário nacional da carne no meio gastronômico e a parceria firmada com novas plantas frigoríficas ajudaram a modificar o cenário final. O número de abates não só cresceu de forma considerável no último semestre, como possibilitou o aumento no número total de desossa com o selo Carne Certificada Hereford no ano passado, 3,631%, com quase 1.150 tonelada certificada. O número de animais certificados em relação ao número de animais apresentados para certificação em 2017 também aumentou em 10 pontos percentuais, ultrapassando, pela primeira vez em 10 anos, a barreira dos 50% de aproveitamento, mostrando que o produtor direcionou os seus melhores animais para o Programa, a fim de obter melhores remunerações para seus animais com genética HB.
“Isso mostra uma tendência de crescimento do programa e uma grande aceitação da Carne Certificada Hereford pelo mercado consumidor nos mais diversos cortes. Estamos muito animados para 2018, já que os números de janeiro seguem em alta e há um crescimento de abates certificados em todas as plantas parceiras”, adiantou Lopa, ao comemorar o fato de os produtores ganharem, através do Programa, remuneração até 10% superior ao valor pago pelo mercado.
Animais Padrão Racial HB
No total, em 2017, foram 41.925 exemplares certificados, de 78.026  animais apresentados nas sete Plantas Frigoríficas parcerias ao longo do ano passado: Silva, Famile, Producarne e Marfrig, no Rio Grande do Sul, São João e El´Golli, em Santa Catarina, e Novicarnes, no Paraná.
Para ser enquadrado para receber o selo Carne Certificada Hereford, participante do sistema oficial de certificação brasileiro, o animal precisa dispor de no mínimo 50% de genética Hereford em cruzamentos com raças continentais, zebuínas, sintéticas não britânicas compostas ou provenientes de cruzamento industrial ou 50% de sangue Braford, desde que proveniente do cruzamento com fêmeas F1 (meio sangue) de outras raças britânicas, além de apresentarem requisitos mínimos de gordura, peso e idade estabelecidos pelo programa ao abate.
Para o Coordenador da Plataforma de Gestão da Certificação, Raoni Gonçalves Lopes, o ano de 2017 trouxe muitas conquistas na expansão e consolidação da marca e do selo Carne Certificada Hereford. “Com a saída da planta do Marfrig no Rio Grande do Sul, os números de certificação ficaram um pouco prejudicados, o que nos oportunizou, todavia, a buscar novos parceiros frigoríficos que nos possibilitassem atender a toda essa demanda por cortes CCH bonificando de forma diferenciada os criadores das raças”. Passaram a compor o rol de parceiros do Programa Carne Pampa os frigoríficos Famile e El´Golli.
Lançado de forma pioneira, o Programa Carne Pampa abriu as portas para diversos programas de certificação de carne de qualidade no Brasil. Além de poderem disputar os melhores preços no mercado, os produtores de Hereford e Braford que aderiram ao programa têm a vantagem de obter mecanismos claros e confiáveis de negociação através de indicador de referência de mercado (cepea, scoth, etc.), cujo objetivo é garantir um preço mínimo de negociação sempre acima dos valores médios praticados pelo mercado. Os valores a serem pagos pelos animais no RS podem ser conferidos diariamente no site da ABHB (www.abhb.com.br).
Por Tatiana Feldens, reg. Prof. 13.654
Ascom ABHB