sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Confira na íntegra os dados da Abiec sobre exportação de carne bovina em 2013

Superando as expectativas para o ano de 2013, as exportações de carne bovina brasileiras atingiram a marca de US$ 6,6 bilhões, um crescimento de 13,9% em comparação com os US$ 5,8 bilhões do ano anterior, e volume de 1,5 milhão de toneladas (marca 19,4% superior a 2012).
No ano, os resultados positivos foram especialmente impactados pelo incremento do mercado asiático, que registrou crescimento das vendas para Hong Kong com índices de 75% no faturamento e 63% em volume. Além disso, o país registrou aumentos significativos nas exportações para a Rússia (16,8% em volume e 9,8% em faturamento), Venezuela (80% e 88,3% respectivamente), Estados Unidos (25% e 17,6%) e Argélia (72,4% e 51,2%).
Observa-se com base nos dados da tabela abaixo, referentes ao faturamento e a toneladas de carne bovina exportada no ano de 2013, que o mês de maior faturamento foi o mês de outubro, pois o país exportou nesse mês 147.869,3 toneladas de carne bovina, e obteve um faturamento de U$659.612 mil.
O mês que teve menor parcela foi o mês de fevereiro, exportou 96.826,7 toneladas com um faturamento de U$ 437.160,00.
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O gráfico abaixo mostra relação entre o faturamento e o volume exportado mês a mês: 
Captura de Tela 2014-01-15 às 09.52.46
A tabela abaixo demonstra a quantidade de carne exportada durante o ano para cada país, observamos que Hong Kong lidera como maior importador da carne bovina brasileira, seguido da Rússia, União Europeia e  Venezuela  ambos tiveram uma variação positiva a  quantidade importada em toneladas e em faturamento, assim como a maioria dos países importadores, com exceção do Egito, Chile, Irã e Líbano que reduziram portanto a variação.
Captura de Tela 2014-01-15 às 10.22.13
“O ano passado foi excepcional para a agropecuária brasileira e acreditamos em um 2014 ainda mais positivo, culminando em um novo recorde de faturamento ao atingirmos a marca de US$ 8 bilhões”, afirma Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
Os primeiros passos neste sentido já estão sendo dados com a publicação de nota de compromisso mútuo entre Brasil e Estados Unidos para incentivar o comércio agrícola entre os países e o recebimento de missões de diversas nações que possuem algum embargo à carne brasileiro, como a Arábia Saudita, por exemplo.
Além disso, a Abiec realizará uma série de ações em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil, para promover a carne brasileira em outros mercados relevantes, como Emirados Árabes, União Europeia, Cingapura e Irã.
fonte: Beefpoint

Consultor Terraviva analisa o mercado do boi gordo

No Consultor Terraviva desta quinta-feira (16) Tobias Ferraz e Silmar César Müller conversam com o empresário rural, Valter Pötter e o consultor Maurício Palma Nogueira, sobre a pecuária nacional. fonte: TV Terraviva

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Lund Negócios "Pastos" - OFERTA

ÁREA DE PASTO PARA PASTOREIO.

CAMPOS DE BANHADOS
LOCAL: RIO GRANDE
CAPACIDADE: PARA ATÉ 400 VACAS
PERIODO: DE 15 DE JANEIRO A 30 DE ABRIL DE 2014
VALOR: 50% - 50% DO GANHO DE PESO NO PERIODO, DIVIDIDO ENTRE AS PARTES.
OBS: LOCAL TEM ÁREA DE ESCAPE DE 200 Ha

    Foto Ilustrativa


Onde está a carne? Indústria na encruzilhada


Where’s the beef? Industry at crossroads |http://buff.ly/LijKMF


fonte: Commodity

Projeto Radiografia da Pecuária Sulista

 É um projeto de levantamento de informações e estatísticas que o NESPRO/UFRGS vai empreender em maio nos dos três estados da Região Sul. Os critérios utilizados para o trabalho a campo serão os abaixo descritos.


fonte: Nespro Ufrgs

Hong Kong lidera compra de carne bovina do Brasil em 2013, diz entidade

País é porta de entrada para mercado asiático; Rússia vem em 2º lugar.
Faturamento total foi de US$ 6,6 bi em 2013, alta de 13,9% ante 2012.



Boas pastagens fazem preço da carne bovina cair em até 20% na região (Foto: Reprodução/EPTV)Exportações de carne bovina brasileira sobem em
2013 (Foto: Reprodução/EPTV)
As exportações de carne bovina brasileiras atingiram a marca de US$ 6,6 bilhões em 2013, superando as expectativas para o ano e registrando um crescimento de 13,9% em comparação com os US$ 5,8 bilhões do ano anterior, divulgou nesta quarta-feira (15) a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Com relação ao volume, foi de 1,5 milhão de toneladas, alta de 19,4%, ante 2012.
De acordo com a entidade, o, os resultados positivos foram especialmente impactados pelo incremento do mercado asiático, que registrou crescimento das vendas para Hong Kong com índices de 75% no faturamento e 63% em volume.
Segundo a Abiec, Hong Kong funciona como uma porta de entrada da carne bovina brasileira para demais países asiáticos. Em primeiro lugar entre os destinos do produto, Hong Kong importou 360.729,58 de toneladas da carne bovina brasilera, no valor de R$ 1,442 bilhão. Em segundo lugar vem a Rússia e, em terceiro, a União Europeia.
A entidade ressalta, ainda, que o país registrou aumentos significativos nas exportações para a Rússia (16,8% em volume e 9,8% em faturamento), Venezuela (80% e 88,3% respectivamente), Estados Unidos (25% e 17,6%) e Argélia (72,4% e 51,2%).
A carne in natura fechou o ano como a categoria mais desejada pelos importadores, totalizando faturamento de US$ 5,3 bilhões e volume exportado de 1,18 milhão de toneladas no acumulado do ano.
Dezembro
Só no mês de dezembro, a Abiec destaca a manutenção do crescimento da Venezuela, que fechou o mês na segunda posição entre os maiores compradores da carne bovina brasileira (ao dobrar em faturamento e volume a importação), e do Irã, que ocupou o quinto posto, com um incremento em volume de 173,9% e em faturamento de 147,7% frente ao desempenho de dezembro de 2012, diz a entidade.
fonte: G1

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

2ª edição do Beef Summit Sul


Divulgação BeefPoint
A segunda edição do Beef Summit Sul acontece no teatro CIEE, em Porto Alegre, no dia 4 de abril. Atuando como coorganizadora do evento desde o ano passado, a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) se vale da nova agenda, instituída através da parceria com o BeefPoint, para debater as principais tendências do futuro da pecuária de corte da região Sul do país.

Primeira edição registrou grande público
Durante a atividade serão apresentados cases de sucesso, como o Programa Carne Certificada Hereford®, da ABHB, que nasceu no Rio Grande do Sul, e começa a ganhar espaço no Brasil Central. Também serão debatidas estratégias de marketing voltadas ao agronegócio no sul do país.
A organização trabalha com a expectativa de esgotar a capacidade do teatro, estimada em 400 lugares. No ano passado, além de lotar o teatro, o evento contabilizou 1.250 acessos ao vivo pela internet. A programação de 2014 será divulgada a partir da última semana de fevereiro. Marque na agenda!

fonte: ABHB

Cotações do gado gordo e de reposição em 15.01.2014 - PELOTAS - RS



PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA - CARNE A RENDIMENTO NO RS



*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO
 EM 15.01.2014

BOI:    R$ 8,00 a R$ 8,20
VAC
A: R$ 7,50 a R$ 7,70

PRAZO: 30 DIAS

*PREÇOS MÉDIOS À PRAZO NA REGIÃO DE PELOTAS.
 NESTES PREÇOS NÃO ESTÃO INCLUÍDAS AS BONIFICAÇÕES.   

FONTE: PESQUISA REALIZADA

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PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA - KG VIVO NO RS



  REGIÃO DE PELOTAS

 *PREÇO POR KG VIVO
   EM 15.01.2014

   KG VIVO:
   BOI GORDO:    R$ 4,00 A R$ 4,15
   VACA GORDA: R$ 3,50 A R$ 3,60

   PRAZO PARA PAGAMENTO: 30 DIAS

   FONTE: PESQUISA REALIZADA
   POR http://www.lundnegocios.com.br

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PREÇOS MÉDIOS DE GADO - MERCADO FÍSICO / KG VIVO NO RS


REGIÃO DE PELOTAS
EM 15.01.2014            

TERNEIROS  R$ 3,70 A R$ 4,00      
TERNEIRAS  R$ 3,50 A R$ 3,70
NOVILHOS    R$ 3,50 A R$ 3,80
NOVILHAS    R$ 3,40 A R$ 3,60
BOI MAGRO R$ 3,40 A R$ 3,70
VACA DE INVERNAR R$ 2,85 A R$ 3,00

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br

Bovinos: Avanço nas negociações


 
Abertura de mercados e vendas internas aquecidas prometem mais um ano positivo para a cadeia produtiva

 



Fonte: Revista Globo Rural

Agronegócio salva balança comercial com saldo recorde de US$ 82,9 bilhões

De acordo com a CNA, complexo soja é o segundo item mais importante na pauta de exportações

Depois de assegurar as condições para que o Brasil alcançasse sucessivos recordes em sua balança comercial nos últimos anos, a agropecuária confirmou sua importância para o desempenho das exportações e da economia do país em 2013, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O crescimento de 4,3% das exportações do agronegócio, que totalizaram US$ 99,97 bilhões no ano, é quase duas vezes maior que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) estimada pelo governo para 2013.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2013, a participação do setor na balança total atingiu percentual de 41,3%, contra 39,5% em 2012.
O saldo da balança do agronegócio fechou o ano em US$ 82,9 bilhões, o que representa um crescimento de 4,4% em relação ao ano anterior. Sem o bom desempenho do setor agropecuário, resultado das exportações totais do Brasil teria sido ainda pior que a redução de 1% registrada em 2013.
Da lista de 10 produtos recordistas de vendas externas, divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), seis são agropecuários: soja em grão, farelo de soja, carne bovina, milho, celulose e couro. Além disso, os quatro primeiros lideram esse ranking.
No ano passado, os embarques do complexo soja ultrapassaram o faturamento obtido com as vendas externas de petróleo e derivados. As vendas de soja em grão, óleo e farelo somaram US$ 30,96 bilhões em 2013, enquanto os embarques de petróleo e derivado renderam US$ 22,37 bilhões.
O complexo soja quase alcançou os valores faturados pelo minério de ferro, principal item da pauta exportadora do país. Enquanto o primeiro respondeu por 12,8% das vendas externas, o outro representou 13,4% dos embarques.
Para 2014, a expectativa é de manutenção de taxas expressivas de crescimento das exportações de soja, reflexo da previsão de colheita de mais uma safra recorde no Brasil. O embarque de grandes quantidades do grão vai compensar eventuais recuos dos preços internacionais da commodity.
Fonte: CNA

URUGUAY - Mujica llamó a no afectar a “la gallina de los huevos de oro”


En la audición de este martes de Radio Uruguay, el presidente José Mujica habló sobre el momento que vive la actividad pecuaria del país, recordó que es la principal actividad industrial con 30 plantas, y dijo que no se debe dar señales negativas a los criadores, porque de esta forma se afectará a  “la gallina de los huevo de oro”, según consignó Presidencia.

“Si no hay crías abundantes, no habrá novillos disponibles ni vacas adultas. Hay que cuidar todas las piezas de la cadena y eso implica no abusar”, expresó el presidente.

Mujica dijo que esta actividad está unida a otras como el transporte, la producción de raciones, vacunas y herramientas agrícolas, y que entre todas “mueven a la gente del país”.
Además, agregó que el mayor costo de esta actividad es la materia prima y que es natural que el ganadero busque los mejores precios.

El mandatario se refirió también a que en los últimos años a la industria frigorífica no le fue del todo bien y que uno de los principales problemas son los costos fijos, el dinero que cuesta mantener las plantas. Dijo que “una ganadería importante no puede vivir del ganado en pie. Es un disparate para quienes compran. Cuando lo hacen es por situaciones particulares, pero llevar al animal lejos, engordarlo y faenarlo como negocio tiene poco resultado”, explicó.

En este sentido, agregó que muchas veces los criadores no tienen terreno para llevar a los animales a su estado adulto y los vende a alguien con mayor capacidad forrajera que si lo puede hacer, para luego llevarlos a un frigorífico, y que es a la larga un negocio de baja rentabilidad. 

“Si no hay cría, a la larga no hay nada de lo demás. Es una actividad poco rentable pero hay que cuidarla”, apuntó.

El presidente dijo también que si bien la tendencia al aumento en la cantidad de cabezas es un factor positivo, comprende que se especule con los precios porque los campos están saturados de terneros, cosa que puede jugar en contra y provocar una reducción de la cadena a nivel global.  “Es razonable que una industria que, por competencia y otros factores, tuviera sus márgenes comprometidos intente recomponerlos”, explicó.

“No hay que dar señales negativas contra los criadores porque afectamos a la larga a la gallina de los huevos de oro”, anotó Mujica.
FONTE: El Observador

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Boi Gordo - Entrevista com Lygia Pimentel - Analista da FCStone

Boi: pressão negativa nos preços verificada no início da semana não se consolida e frigoríficos têm que manter cotações para prosseguir com as compras. Oferta restrita de animais dá firmeza aos negócios, mesmo depois de uma queda na demanda por carnes.



fonte: Noticias Agricolas

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Agronegócio é o setor mais afetado por falta de mão de obra


O setor mais afetado por falta de mão de obra: agronegócio. O Estadão de domingo (12/1/2014) trouxe uma matéria, fruto de pesquisa da Fundação Dom Cabral, revelando que a falta de mão de obra especializada atinge 91% das empresas, e o campo, um dos mais prejudicados.
 
O fato não é novo, e desde gestores para as novas unidades agrícolas, todas movimentadas por uma transdisciplinaridade de tecnologias e conhecimentos, tanto de ciências humanas, quanto biológicas e exatas, passando por pilotos de aviões que exigem fluência em inglês, e chegando ao trabalho braçal da colheita do café, por exemplo, o tema mão de obra ficou crítico no novo agronegócio. 
 
O drama no campo é gerado por uma série de ingredientes, desde uma legislação trabalhista mais impiedosa do que nos centros urbanos, e um encarecimento tributário, onde mesmo tendo mão de obra numa fazenda, como no caso do café hoje, se não for mecanizada a colheita os custos da lavoura ficam maiores do que os preços atuais da commodity no mercado internacional. 
 
Então somam-se vários fatores: custos pela legislação, riscos de passivos trabalhistas, e escasses de conhecimentos na especialização, e na gestão. num agro que mudou totalmente nos últimos 10 anos, não sendo compatível a velocidade da mudança na educação, no curriculum das universidades, e mesmo na cultura de formação de sucessores pelos fazendeiros, comerciantes das revendas de máquinas e insumos, no cooperativismo e na agroindústria em si. 
 
E mais, falta também caminhoneiros para o caos logístico das safras. O sistema Senar, Sebrae, e convênios para formação de mão de obra existem pelo país afora, e merecem ser olhados com mais atenção, e, além disso, vale ressaltar exemplos significativos da iniciativa privada, por empresários valorosos, que, se fossem imitados e, se, de cada 10 cidades brasileiras, tivéssemos pelo menos um exemplo, reverteríamos esse cenário da formação, numa velocidade muito mais compatível com a vida real: Shunji Nishimura, fundador da Jacto S/A em Pompeia, interior de São Paulo, criou a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia. 
 
Um exemplo na educação e formação de jovens, com apoio indo até a escola fundamental de Pompeia. E outro, no interior da Bahia, em Pojuca, a Fundação Jose Carvalho, do fundador da Indústria Ferbasa, um magnânimo exemplo com mais de 6 mil crianças aos cuidados das suas escolas fundamentais, e com colégio técnico agrícola formando jovens, exatamente para as funções de especialização na média gestão do campo.
 
Fora isso, outro grande inimigo do recrutamento de mão de obra em frigoríficos, unidades agroindustriais no agronegócio, e mesmo para o trabalho manual na lavoura, vem sendo o bolsa família. Se tem um lado humanista válido, por outro, via assistencialismo dá o peixe sem ensinar a pescar.
 
Mas, como já encontramos por aí, operadores do Haiti, e de outros países vizinhos, e de outras partes do mundo, além de novas motoristas de caminhão, mulheres, o mundo segue aos trancos e barrancos, mas segue. A vontade de aprender, por último, também faz falta, pois nunca houve tantas fontes para estudos e aprendizagem. Mas precisa ter vontade de aprender, e isso só depende de cada um. Da mão de obra para a consciência da obra, a mudança.
fonte: José Luiz Tejon Megido



 

Reunião do BRICS terá temas como fim do embargo e credenciamento de frigoríficos

Acabar com o embargo da China à carne bovina brasileira, em vigor desde dezembro de 2012, e reduzir a burocracia para liberação de frigoríficos exportadores que têm interesse em abastecer o mercado chinês. Estes temas poderiam ser abordados pelo presidente da China, Xi Jinping, durante visita oficial ao Brasil, no primeiro semestre de 2014. Ele estará no país para a reunião dos BRICS, grupo dos cinco maiores países emergentes, que reúne, além do Brasil e da China, Índia, Rússia e África do Sul. As sugestões foram apresentadas pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, ao embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang.
Em reunião na sede da CNA, em Brasília, a senadora Kátia Abreu explicou ao embaixador que a carne bovina produzida no Brasil é segura e por isso não há justificativa para a manutenção da restrição comercial. "A OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) informou que não há risco de vaca louca no país", afirmou ela, referindo-se ao organismo internacional responsável por questões de sanidade animal. "Vários países já entenderam que houve um grande engano e retomaram as importações, menos a China", afirmou. O embargo foi imposto em função do registro de um caso do mal da vaca louca, descoberto em 2010, no Paraná. O tema foi discutido com autoridades da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena da China (AQSIQ), durante missão da CNA à China, há três semanas.
Ainda quanto ao mercado de carnes, a CNA sugere a assinatura de um protocolo entre os dois países para simplificar a habilitação de novos frigoríficos exportadores, especialmente os de médio porte. Nove plantas do Brasil têm autorização para vender carne bovina para a China continental, enquanto a Argentina tem 18 frigoríficos habilitados e o Uruguai, 22. "Quanto maior o número de empresas fornecedoras, melhor para os chineses", afirmou. Citando a decisão de o governo de Xi Jinping de estimular o consumo interno, explicou que "o Brasil precisa estar preparado para vender carne para os chineses".
A presidente da CNA embarcará nesta sexta-feira para Pequim, acompanhando um empresário do ramo de churrascarias que tem interesse em instalar unidades na China. Em janeiro, outro grupo de uma rede de 200 restaurantes também estará na China, avaliando as perspectivas do mercado local. Também há interesse em instalar uma rede de cafeterias brasileiras, o que depende, além de acordos de cooperação, da redução das tarifas impostas por Pequim para importação de café do Brasil. As alíquotas oscilam entre 8% para o grão verde, 15% para o torrado e 34% para o solúvel.
Os investimentos da China em infraestrutura e logística também devem ser discutidos, segundo a presidente da CNA. "A China é especialista em hidrovias, o que torna essencial a cooperação entre os dois países", afirmou.
Fonte:  CNA

População descapitalizada reduz preço da carne bovina

Os preços dos cortes sem osso vendidos pelos frigoríficos de São Paulo caíram na última semana.

Com a população descapitalizada, janeiro é sazonalmente marcado pela mudança abrupta de comportamento das vendas, que começam a recuar depois de um período de forte crescimento da demanda, devido ao final do ano.

Embora a desvalorização tenha sido pequena, 0,1%, demonstra que nem mesmo o pagamento de salários conseguiu sustentar o mercado.

É preciso considerar que a manutenção dos preços da arroba nos mesmos patamares de dezembro é um fator que reduz o espaço para desvalorizações da carne. Os frigoríficos tentam, ao máximo, manter os preços de venda para não prejudicar suas margens.

Cortes como alcatra completa e picanha tiveram desvalorização de 5,5% e 3,5%, respectivamente.

A tendência é que haja mais quedas.

Em 2013, os preços começaram o ano 4,0% menores que em 2014 e caíram 2,2% até o final de janeiro. Foi a menor desvalorização dos últimos três anos para este mês. Em 2012 a queda foi de 11,2% e em 2011 de 13,5%.

É possível que o salário mínimo maior em 2014, com reajuste superior à inflação calculada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), possa ajudar a conter as desvalorizações. Este ano, é grande a aposta em uma boa demanda

fonte: Scot Consultoria

Sobram recursos em linha de crédito para agropecuária sustentável

Programa estimula a adoção de boas práticas ambientais com geração de lucro à propriedade


Sobram recursos em linha de crédito para agropecuária sustentável Jerônimo Gozalez/Especial
Administradores da Granja Silvana utilizaram recursos para implantar projeto de integração lavoura-pecuáriaFoto: Jerônimo Gozalez / Especial
As vantagens no longo prazo tornam o Plano ABC o queridinho dos defensores da agropecuária de baixo carbono. São dois os benefícios principais: contribuir para aredução na emissão dos gases causadores do efeito estufa e fixar carbono no solo. Apesar de não terem o mesmo objetivo que o Programa ABC, diferentes opções de crédito com juros mais atrativos têm tido a preferência do produtor na hora de fazer investimentos.

O juro em torno de 2% ao ano do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é apontado como uma das razões da baixa popularidade para o crédito à produção de baixa emissão de carbono entre agricultores familiares.

Linhas como a do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns, com taxa de 3,5%, e do Programa de Sustentação do Investimento, para financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas, com taxa de 4,5%, também ajudam a desviar a atenção do crédito com atrativo ambiental. Para o coordenador do Observatório ABC, Angelo Gurgel, a solução requer ações no curto, no médio e no longo prazos:
– A meta no curto prazo é reduzir a taxa do ABC. Se o plano é mais complexo, o juro tem de ser mais baixo para atrair o produtor. Para médio e longo prazo, a solução é o treinamento de técnicos agrícolas, agentes financeiros e dos próprios agricultores.

Na consultoria Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA), a procura por auxílio na execução de projetos cresce desde 2011, segundo o sócio-diretor Davi Teixeira. Na avaliação do zootecnista, o programa precisa de mais divulgação.

– É preciso colocar o lado econômico à frente da mensagem. Se o produtor não ver onde terá vantagem no curto prazo, dificilmente investe no longo. Mas o bom do ABC é que as vantagens no curto prazo aparecem mesmo – comenta Teixeira.
VÍDEO: o gerente de mercado de agronegócios do Banco do Brasil, João Paulo comerlato, fala sobre o Programa ABC

No Rio Grande do Sul, a recuperação de pastagens representa 60% dos contratos assinados no Plano ABC. De acordo com dados do Observatório ABC, a média da capacidade de suporte de uma pastagem é de 0,4 unidade animal por hectare (UA/ha). Em área recuperada, chega a 1 UA/ha (que corresponde a um animal de 450 quilos).

– Onde o pasto é de baixa qualidade, o arroto do boi tem alta emissão de metano (também causador do efeito estufa). Com pasto de ótima qualidade em todo o ciclo, a emissão é menor – diz o coordenador nacional do Plano ABC, Elvison Ramos.
A aprovação do novo Código Florestal e a necessidade de adequar propriedades às regras podem fazer o Plano ABC chegar aos ouvidos do produtor, já que uma das linhas oferecidas se encaixa nas exigências,diz o gerente do mercado de agronegócios do Banco do Brasil (BB) no Estado, João Paulo Comerlato.No Rio Grande do Sul, as contratações estão mais concentradas na Fronteira Oeste e na Campanha, mas há expectativa de aumento na procura na região Central, além de Passo Fundo e de Santa Rosa.

Estímulo ao rodízio de culturasFoi a busca de benefícios no longo prazo que atraiu os administradores da Granja Silvana, Mercedes de Echenique e Álvaro José da Silva, a elaborarem um projeto de integração lavoura-pecuária para a propriedade de 1,6 mil hectares,situada em Pedro Osório.

– Em 2009, já víamos que eram necessárias melhorias na base forrageira ofertada ao gado, para realizar a terminação e melhorar a qualidade alimentar das vacas de cria. Também achávamos que, em receita, a pecuária tinha condições de ocupar uma  percentagem maior – diz Mercedes.

Em 2012, com o plano aprovado e o crédito liberado, os administradores implantaram o plantio alternado de arroz, soja e pastagens em diferentes locais. Com isso, uma área recebe a lavoura de arroz por dois anos, seguida por soja e pastagens em outros períodos. A rotação propicia a recuperação do solo, com melhora dos índices de matéria orgânica.

Na Granja Silvana, o ciclo terá duração de oito anos. Ao final do período, Mercedes espera que todas as áreas estejam em melhores condições, inclusive com o controle de plantas invasoras. Já no curto prazo,com adubação e melhora nas pastagens, o ganho ocorreu na terminação dos animais. Em três anos, a pecuária tomou novamente a dianteira na geração de receitas da propriedade (80% contra 20% da agricultura em 2013, ante 50% a 50% do período anterior ao projeto).

– Ainda temos ajustes a fazer, mas o resultado econômico da propriedade já melhorou – diz Mercedes.
fonte: Zero Hora