RS: Venda de gado vivo alerta frigoríficos (C.Povo) A comercialização de terneiros vivos do RS para outros estados, principalmente para o Brasil Central, tem prejudicado os frigoríficos gaúchos. “É um erro estratégico”, pontuou o presidente do Sicadegrs, Ronei Lauxen, ontem em almoço de final de ano. Ele chegou a sugerir a taxação das remessas, mas desistiu ao concluir que a ideia seria “antipática” aos produtores. Na avaliação de Lauxen, seria mais vantagem reter os terneiros para buscar diferencial para a produção gaúcha. “Poderia refletir em ganho de preço”, considera. O cenário foi agravado nesta primeira quinzena de dezembro com a retenção de animais à espera das vendas de final de ano. Com falta de boi para abate, os frigoríficos operam com ociosidade média de 40%, sendo que o índice normal é de 30%. Lauxen reclama que a indústria está adquirindo cortes no Centro Oeste para abastecer o RS. Atualmente, o preço da carne bovina varia entre R$ 7,30 e R$ 7,70 o quilo/carcaça. Lauxen estima encerrar 2013 com estabilidade e sem variação nos abates em relação a 2012 (1,7 milhão de cabeças). Criador defende vantagem do embarque Vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon, a pecuarista Elizabeth Cirne Lima argumenta que a vantagem de comercializar terneiros vivos para fora do RS é a maior valorização. A diferença passa de R$ 1,00 por quilo, com boi a R$ 3,40 e o terneiro entre R$ 4,50 e R$ 5,00. “Recebe-se menos por cabeça, mas reduz o custo de produção em um ano e libera o campo para entrada de outros animais”, defende.
Consumo elevado e oferta restrita de bois sustentam preços
Maior consumo e baixa oferta de animais para abate têm pressionado os preços da carne no atacado (Foto: Fernanda Bernardino)
A carne bovina atingiu o maior valor do ano no mercado atacadista de carne com osso. O quilo do boi casado de animais castrados chegou ao patamar de R$ 7,14. Antes, o valor mais alto havia sido registrado nos primeiros dias de outubro: R$ 7,09 o quilo. Naquele período, o boi gordo passava por forte pressão de alta, quando a arroba chegou a R$110 à vista, até então o maior valor do ano.
O atual momento de oferta restrita de boiadas terminadas e de consumo elevado de carne bovina pressiona o preço da arroba, atualmente cotada em R$113 a prazo. Pressionadas pela dificuldade em preencher as escalas de abate, as indústrias vêm ofertando preços cada vez maiores pela arroba.
Nos últimos trinta dias a referência para o boi gordo em São Paulo subiu 4,7%. Vale lembrar que no ano passado acotação mais alta do boi gordo em São Paulo ocorreu em novembro.
O mercado da carne está otimista com o consumo firme e a expectativa é de que as boas vendas se estendam até o final de dezembro. Caso este cenário permaneça firme, é possível que novas valorizações ocorram em curto prazo.
De qualquer maneira, os animais provenientes dos pastos devem aparecer ao longo do mês, o que pode dar fôlego às cotações do boi e à margem dos frigoríficos.
O atual momento de oferta restrita de boiadas terminadas e de consumo elevado de carne bovina pressiona o preço da arroba, atualmente cotada em R$113 a prazo. Pressionadas pela dificuldade em preencher as escalas de abate, as indústrias vêm ofertando preços cada vez maiores pela arroba.
Nos últimos trinta dias a referência para o boi gordo em São Paulo subiu 4,7%. Vale lembrar que no ano passado acotação mais alta do boi gordo em São Paulo ocorreu em novembro.
O mercado da carne está otimista com o consumo firme e a expectativa é de que as boas vendas se estendam até o final de dezembro. Caso este cenário permaneça firme, é possível que novas valorizações ocorram em curto prazo.
De qualquer maneira, os animais provenientes dos pastos devem aparecer ao longo do mês, o que pode dar fôlego às cotações do boi e à margem dos frigoríficos.
Carne desossada também sobe
Na última semana o mercado atacadista de carne bovina sem osso acumulou valorização de 3,9%.
No mês, a alta chega a 8,2% na média de todos os cortes pesquisados. O preço médio é o recorde do ano e 13,1% maior que o de um ano atrás, mais de sete pontos percentuais acima da inflação dos últimos doze meses, medida pelo IPCA.
O cenário para demanda é muito positivo. O pagamento dos salários regulares, contratações temporárias e a proximidade das festas de final de ano favorecem.
Embora a economia em 2013 venha patinando, e um exemplo disso são os resultados decepcionantes para o PIB, o mercado de carne parece passar ileso.
Já são 32 das 49 semanas pesquisadas em que os preços médios da carne no atacado estão acima do registrado em igual período do ano anterior. Isso equivale a 65,3% do período analisado.
Novas altas não estão descartadas.
A segunda parcela do décimo terceiro salário pode dar mais fôlego às vendas de carne.
fonte: Scot Consultoria