sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Conheça o boi da cara branca, que "pega" o mercado gourmet
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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Mercado físico 07-01-2016
RS | R$ /kg | Diferença | Data | US$/kg |
Central | 5,40 | R$ 0,10 | 07/01/16 | 1,33 |
Fronteira SO | 5,40 | R$ 0,10 | 07/01/16 | 1,33 |
Norte | 5,50 | R$ 0,20 | 07/01/16 | 1,36 |
Pelotas | 5,25 | R$ 0,50 | 07/01/16 | 1,30 |
Sul | 5,10 | R$ 0,05 | 07/01/16 | 1,26 |
Prazo 30 dias, para desconto imposto. Preços coletados semanalmente |
RS | R$ /kg | Diferença | Data | US$/kg |
Vaca gorda
Central | 4,85 | -R$ 0,15 | 07/01/16 | 1,20 |
Fronteira SO | 4,60 | -R$ 0,10 | 07/01/16 | 1,14 |
Norte | 4,90 | -R$ 0,10 | 07/01/16 | 1,21 |
Pelotas | 4,70 | R$ 0,45 | 07/01/16 | 1,16 |
Sul | 4,95 | estável | 07/01/16 | 1,22 |
Prazo 30 dias, para desconto imposto. Preços coletados semanalmente. |
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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Mercado futuro do boi gordo. 07-01-2016
Vencimento | Fechamento | Diferença do dia anterior | Contratos em aberto | Contratos negociados | |
Jan/16 | 149,47 | 0,18 | 4.746 | 300 | |
Fev/16 | 151,30 | 0,31 | 358 | 91 | |
Mar/16 | 151,27 | 0,18 | 1 | 1 | |
Abr/16 | 151,72 | 0,18 | 10 | 1 | |
Mai/16 | 152,00 | 0,21 | 1.149 | 68 | |
Jun/16 | 152,97 | 0,38 | 0 | 0 | |
Jul/16 | 153,93 | 0,52 | 5 | 1 | |
Ago/16 | 154,99 | 0,67 | 1 | 0 | |
Set/16 | 156,01 | 0,82 | 1 | 0 | |
Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F – Estado de SP | Indicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F – Estado de MS | ||||
Data | À vista R$/@ | A prazo R$/@ | Data | À vista R$/cabeça | A prazo R$/cabeça |
05/01/16 | 148,94 | 150,00 | 05/01/16 | 1331,85 | – |
06/01/16 | 148,51 | 148,81 | 06/01/16 | 1300,03 | 1309,73 |
07/01/16 | 148,45 | 148,21 | 07/01/16 | 1300,03 | 1309,73 |
Fonte: Esalq/BM&F, elaboração BeefPoint. |
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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Principais indicadores do mercado do boi. 07-01-2016
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
06/01/16 | Diferença | |||
05/Jan | 30/Dez | 04/Dez/15 | ||
Boi Gordo – Esalq/BM&F à vista | R$ 148,51 | -0,29% | 2,22% | 2,04% |
Bezerro – Esalq/BM&F à vista | R$ 1.300,03 | -2,39% | -2,45% | -2,77% |
Margem bruta na reposição | R$ 1.150,39 | 2,20% | 8,08% | 8,09% |
Boi Gordo – em dólares | US$ 36,85 | -0,76% | -1,26% | -4,87% |
Dólar | R$ 4,03 | 0,47% | 3,53% | 7,26% |
Fonte: Esalq/BM&F, Bacen, elaboração BeefPoint |
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista apresentou baixa de 0,29%, nessa quarta-feira (06) sendo cotado a R$ 148,51/@. O indicador a prazo foi cotado em R$ 148,81.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro apresentou baixa de R$ 2,39%, cotado a R$ 1300,03/cabeça nessa quarta-feira (06). A margem bruta na reposição foi de R$ 1150,39 e teve valorização de 2,20%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quarta-feira (06), o dólar apresentou alta de 0,47% e foi cotado em R$ 4,03. O boi gordo em dólares registrou desvalorização de 0,76% sendo cotado a US$ 36,85. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 06/01/16
Vencimento | Fechamento | Diferença do dia anterior | Contratos em aberto | Contratos negociados |
Jan/16 | 149,29 | -0,45 | 4.499 | 1.055 |
Fev/16 | 150,99 | -0,11 | 213 | 165 |
Mar/16 | 151,09 | -0,11 | 1 | 1 |
Abr/16 | 151,54 | -0,17 | 10 | 1 |
Mai/16 | 151,79 | -0,16 | 1.108 | 104 |
Jun/16 | 152,59 | -0,18 | 0 | 0 |
Jul/16 | 153,41 | -0,22 | 5 | 1 |
Ago/16 | 154,32 | -0,25 | 1 | 0 |
Set/16 | 155,19 | -0,28 | 1 | 0 |
O contrato futuro do boi gordo para jan/16 apresentou baixa de R$ 0,45 e foi negociado a R$ 149,29 em relação ao dia anterior.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para jan/16
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
06/01/16 | Diferença | |||
05/Jan | 30/Dez | 04/Dez/15 | ||
Traseiro (1×1) | R$ 12,80 | 0,00% | 6,67% | 10,34% |
Dianteiro (1×1) | R$ 7,80 | 0,00% | 2,63% | 1,30% |
Ponta Agulha | R$ 7,60 | 0,00% | 1,33% | -1,30% |
Equiv. Físico | R$ 182,25 | 2,86% | 7,05% | 9,53% |
Spread Eq. Físico/Esalq | R$ 33,74 | -R$ 5,50 | -R$ 8,77 | R$ 12,89 |
Fonte: Boletim Intercarnes, elaboração BeefPoint |
No atacado da carne bovina, o equivalente físico foi fechado a R$ 182,25. O spread (diferença) entre os valores da carne no atacado e do indicador do boi gordo foi de -R$ 33,74 e sua variação apresentou baixa de R$ 5,50 no dia. Conforme mostra a tabela acima.
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
O Spread é a diferença entre os valores da carne no atacado e do Indicador do boi gordo. Desta forma, um Spread positivo significa que a carne vendida no atacado está com valor superior ao do boi comprado pela indústria, deixando assim esta margem bruta positiva e oferecendo suporte ou potencial de alta para o Indicador, por exemplo.
fonte: BeefPoint
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
A todo vapor
Raça Hereford vive cenário oportuno. Eficiência da produtividade é atestada pela Embrapa e Programa Carne Pampa® tem bonificado os produtores em até 10%
A exigência do mercado por carcaças de melhor qualidade, no tocante à terminação, peso e qualidade da carne, tem sido um cenário oportuno para a Raça Hereford, de acordo com Ricardo do Amaral Furtado, Médico Veterinário e Coordenador Técnico da Raça Hereford, na Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). Ele considera o cenário positivo, pois conforme definiu, “a Raça Hereford, se caracteriza por produzir animais pesados, precoces e com uma qualidade de carne desejada pelos mercados mais exigentes”.
O Coordenador apontou que os produtores de Hereford são apaixonados pela raça e estão fazendo uma boa condução do trabalho, que é pautado em animais superiores na qualidade da carne. Ele afirmou que nas últimas décadas o progresso tem sido mais acelerado, principalmente por contar com uma avaliação genética acompanhada por inspetores técnicos da ABHB, que recebem um grande apoio e capacitação do Conselho Técnico da Associação na busca da uniformização de conceitos e de caracterização de um biótipo ideal a ser buscado. “Outro fator que contribui muito para o aprimoramento da raça são ferramentas como Transferência de Embriões e Fertilização in Vitro, que foram adotadas mais intensamente na última década”, acrescentou.
Furtado destacou que o ‘Programa Carne Pampa®’ está a todo vapor no Rio Grande do Sul. Conforme informou, em 2014, foram certificados aproximadamente 50 mil animais, dos 140 mil animais padrão HB (Hereford e Braford) apresentados nas cinco plantas frigoríficas habilitadas pela ABHB para realizar a certificação. “Os mais de quatro mil produtores fornecedores tem recebido, em média, 4% a mais que os preços médios, praticados no estado, para novilhos, e 6% para fêmeas certificadas no programa. Mas as bonificações atingem até 10% nas plantas credenciadas do Marfrig, Frigorifico Silva e Producarne”, revelou.
O abate dessas raças é realizado, segundo Furtado, com animais jovens, até meio sangue zebuino, com no máximo quatro dentes de idade (cerca de 36 meses), machos castrados e fêmeas, com no mínimo 3 mm de gordura subcutânea, e peso mínimo de carcaça de 160 kg, mas chegando a se obter carcaças de 240 kg e dente de leite (ate 18 meses).
Por fim, citou que trabalhos de pesquisas realizados pela Embrapa Pecuária Sul, atestam a eficiência superior do Hereford, tanto a pasto como em confinamento. Mencionou “O Projeto Bifi Quali, trabalho de pesquisa denominado ‘Desempenho do Nascimento ao Sobreano de Bovinos com diferentes composições genéticas criados no Sul do Brasil’. O estudo foi coordenado pelo pesquisador, Dr. Fernando Flores Cardoso, e divulgou importantes resultados que confirmam o excepcional desempenho de touros Hereford em cruzamentos com gado Nelore, quanto a peso de carcaça e idade de abate.
Furtado explicou que a pesquisa avaliou 356 bezerros de vacas Hereford, Angus, Caracu e Nelore, acasaladas com touros Angus, Hereford, Nelore e Caracu. “Os animais nasceram entre 2006 e 2008 e foram criados na Embrapa Pecuária Sul (Bagé/RS), em pastagem nativa até a desmama. Da desmama ao sobreano (18 meses) os machos foram mantidos em pastagem nativa melhorada com Azevém e as fêmeas permaneceram na mesma condição pré-desmama. A raça Hereford, na pesquisa, apresentou características terminais superiores com maior ganho pós-desmama e peso aos 18 meses. No gráfico 1, o cruzamento NEHH (vaca Nelore x touro Hereford) apresenta, quase 15 kg a mais de peso de carcaça quente que os demais cruzamentos. A comprovação da eficiência também pode ser vista no gráfico 2, demonstrando que o cruzamento com Hereford apresenta menor tempo de terminação (quase 30 dias antes que os demais avaliados)”, compartilhou.
Grafico 1
Gráfico 2
Furtado mencionou ainda que outra importante conclusão do projeto foi o menor consumo do Hereford para produzir um kilo de carne. Para ele, uma das características determinantes desse desempenho é a docilidade transmitida nos seus cruzamentos, o que proporciona um manejo com mais segurança e menos stress para o animal.
Para estar na vanguarda da produção de carne com qualidade, a ABHB, de acordo com Furtado, realiza diversas ações fomento, difusão e transmissão de conhecimento aos criadores comerciais das raças Hereford e Braford. O intuito é orientá-los, entre outros aspectos, “quanto às condições de manejo e sanidade dos animais, ao sistema alimentar que os animais são submetidos, a realização dos cruzamentos a fim de se obter o grau de sangue Hereford e/ou Braford necessários ao enquadramento no padrão racial do Programa e a procedência genética dos animais, etc”, discorreu.
O profissional
O Médico Veterinário, Ricardo do Amaral Furtado, formado pela Urcamp, em 1996, desde jovem acompanhou as atividades pecuárias da família que sempre se dedicou a produção de animais da Raça Hereford. Após concluir o ensino superior, deu início à sua vida profissional na Indústria Frigorifica, na área de Inspeção Sanitária e Tipificação de Carcaças.
No ano de 2000, retornou ao campo com o objetivo de trabalhar na seleção e melhoramento da Raça Hereford e criar o primeiro Leilão de animais elite da Reculuta Agropastoril. Em 2008, Furtado presidiu o Núcleo de Criadores Regionais do Pampa Gaúcho. Ao final deste período, passou ao cargo de Vice-Presidente da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). Entre 2012 e 2015, esteve à frente do Conselho Deliberativo Técnico da ABHB. Atualmente continua suas atividades na Reculuta Agropastoril e na Coordenadoria Técnica da Raça Hereford na ABHB.
Furtado conta que o convívio com os pais e a paixão de sua família pela criação de animais Hereford, que possui mais de um século e hoje é conduzido pela quarta geração da família, foi o que mais o influenciou em suas escolhas profissionais.
De acordo com Furtado, sua contribuição para o setor produtivo se dá através da busca pela excelência e do trabalho desenvolvido na ABHA, levando subsidio de informações para a produção a um número cada vez maior de produtores.
Autor: Ricardo do Amaral Furtado - Médico Veterinário e Coordenador Técnico da Raça Hereford na ABHB
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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Mais raças se habilitam a vender carne com selo
Associações do Nelore, Hereford, Charolês e Wagyu aderem ao Sistema Gestor de Protocolos de Rastreabilidde coordenado pela CNA, indispensável para a venda de carne com selo de raça.
Mônica Costa
Não tem mais jeito.Toda associação de criadores de bovinos que trabalhe com programas de qualidade ou queira usar o nome da raça nos cortes produzidos terá de aderir ao Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabilidade (SGPR), coordenado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e hospedado na Plataforma de Gestão Agropecuária do Ministério da Agricultura (PGA - MAPA). Quem não fizer isso, ficará impedido de estampar o nome da raça em marcas de carne. As novas regras de rotulagem entraram em vigor no dia 28 de agosto deste ano, mas somente a partir de outubro, quando a CNA criou um site (www.canaldoprodutor/frigorificos) para consulta dos protocolos por parte dos fiscais agropecuários que trabalham nos frigoríficos, é que as entidades aceleraram o passo para se adequar à legislação.
A Associação Brasileira de Angus foi a primeira a formalizar sua adesão, em maio de 2015. A ACNB, Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, sediada em São Paulo, realizou a cerimônia de adesão ao protocolo no dia 12 de novembro,com a presença do presidente da entidade, Pedro Gustavo Britto Novis; do presidente da CNA, João Martins, e de técnicos das duas entidades. “Tivemos de adequar nosso protocolo às novas regras para garantir a continuidade do processo de certificação do Programa de Qualidade Nelore Natural, e evitar prejuízos, tanto para o produtor, que ficaria sem o prêmio pela carcaça, quanto para o frigorífico, que poderia perder espaço no mercado consumidor”, explicou Novis.
O Nelore Natural é um protocolo de certificação conduzido em parceria exclusiva com o Marfrig, que comercializa cortes bovinos com o selo em seis casas especializadas,no Estado de São Paulo. O conceito de produção não mudou, mas o rótulo da carne não leva o termo “Natural”, pois o Mapa ainda ainda não possui regulamentação que o defina.
No dia 9, a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) também formalizou a adesão de seu protocolo à SGPR, em uma cerimônia na sede Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), em Porto Alegre, RS, para a utilização das marcas Carne Certificada Hereford e Carne Braford Certificada, comercializadas pelo Marfrig.
Investindo em certificação há um ano, a Associação Brasileira de Criadores de Charolês, de Esteio, RS, também já garantiu o registro de seu protocolo para a Carne Charolês Certificada, abastecida por 13 produtores, que entregam ao Frigorífico Verdi, de Santa Catarina, entre 350 e 400 bois por mês. “A garantia de que só as marcas oficiais estarão no mercado estimula nosso programa de certificação. Nossa meta é certificar de 800 a 1.000 cab/mês”, aponta Eldomar Kommers, coordenador do Programa Carne Charolês Certificada e responsável técnico pelo protocolo. Para isso, a associação já negocia com outros frigoríficos da região sul.
Certificação Wagyu
A Associação dos Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu (ABCBRW) precisou definir os critérios para a certificação de animais da raça afim de se enquadrar ao Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabilidade. São dois rótulos: um para a carne de animais puros e outra para a carne de animais cruzados e, de acordo com Rogério Satoru Uenishi, superintendente de registros da associação, a medida será um divisor de águas. “Agora poderemos padronizar e unificar as diversas marcas de carne Wagyu existentes no mercado brasileiro, distinguir carnes de animais puros e as de cruzados e proteger o criador que investe na genética”disse.
O rebanho Wagyu é formado por 5.000 animais puros e mais de 30.000 cruzados, que eram comercializados diretamente pelos criadores. A produção em maior escala da carne bovina teve início há cerca de dois anos e está entre as mais propagadas no segmento gourmet, embora houvesse poucas garantias sobre a procedência da matéria-prima. Para Daniel Steinbruch, coordenador técnico do protocolo, a certificação muda este cenário. “Além da avaliação fenotípica, a conformidade determina que os animais puros apresentem o Registro Definitivo (RGD) e animas Cruzados, com o mínimo de 50% de sangue Wagyu, o Certificado de Controle de Genealogia (CCG), documentações emitidas pela ABCBRW após a vistoria de um dos Inspetores de Registro Wagyu credenciados junto ao Mapa”, explicou. O protocolo aceita machos castrados e fêmeas, com cronologia dentária até 6 dentes e acabamento mínimo de gordura mediana
a uniforme (4 a 10 mm).
a uniforme (4 a 10 mm).
Os cortes serão produzidos por 10 frigorificos (quatro plantas em São Paulo, duas unidades no Rio Grande do Sul, outras duas no Mato Grosso, uma em Goiás e outra no Mato Grosso do Sul) indicados pelos 50 associados . Ainda não há expectativa sobre o volume de animais que serão abatidos porque o controle do processamento pela ABCBRW terá início agora. As mudanças também devem aproximar mais criadores da associação, já que apenas os habilitados poderão se beneficiar do selo e será um instrumento para inibir o ingresso de carne Wagyu importada da Austrália e do Uruguai.
Fonte: Revista DBO 422
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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CCH e CBC: entenda os impactos da certificação na vida do criador e do consumidor
Oficializou-se no início de novembro um acordo de cooperação entre a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que viabilizou os Protocolos de Adesão Voluntária à Carne Certificada Hereford e Carne Braford Certificada, no Sistema de Gestão de Protocolos oficial do País. Fica proibido, assim, em todo o território nacional, a rotulagem de produtos cárneos, com nome de raças bovinas ou genéricas (como britânicas, zebuíno, etc), sem a devida autorização da Associação da Raça e o selo cadastrado no sistema CNA/MAPA.
Um feito histórico na promoção da pecuária brasileira, pois representa um grande passo na busca por mais qualidade e melhoria não só do rebanho, mas do produto final: a carne bovina. Nesta entrevista, o CEO da ABHB Fernando Lopa esclarece os impactos deste acordo na vida do criador e do consumidor.
Qual o propósito do acordo firmado e qual sua operacionalidade?
Fernando Lopa: Este contrato de cooperação, firmado no dia 9 de novembro, na sede da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), viabiliza, em linhas gerais, a menção das raças Hereford e Braford na rotulagem dos produtos cárneos das empresas que cumprirem os requisitos dos referidos protocolos aprovados pelo MAPA. Sob a responsabilidade da CNA, o Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabilidade de adesão voluntária utiliza informações da Base de Dados Única (BDU) da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), para fazer o acompanhamento, verificação, validação e comprovação do cumprimento das regras ou requisitos estabelecidos nos protocolos. O pacto estabelece como será feito o envio de dados da certificação HB para o sistema da CNA.
No que ele melhora a vida do criador de Hereford e Braford no Brasil?
FL: O status alcançado pela nossa certificação é a garantia de uma demanda crescente pelas carnes das raças HB, com isso mais indústrias deverão aderir aos protocolos, o que abrirá para o criador novas opções de venda de animais para abate, com premiações que chegam até 10% acima do mercado, ou seja, criar HB trará maior rentabilidade ao produtor.
E quais seriam as vantagens geradas, em termos de comercialização do produto?
FL: Para a nossa Entidade, o aumento da demanda pela certificação com a retirada do mercado de carnes com rótulos que mencionam as raças Hereford ou Braford e até mesmo, raças britânicas, que não estejam enquadradas nos protocolos CCH ou CBC será um dos principais benefícios.
E com relação ao consumidor de carne bovina, de que maneira ele será beneficiado?
FL: O consumidor final será o maior beneficiário, pois terá disponível nas gôndolas dos mercados um produto de extrema qualidade e devidamente certificado pelo Serviço de Inspeção do Brasil, o qual observará todo o protocolo para identificar o produto como Carne Hereford ou Braford.
Por Tatiana Feldens, reg. Prof. 16.654
Ascom ABHB
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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