sábado, 29 de agosto de 2015

Carne será a "soja" do agronegócio


Carne será a
Carne será a
Segundo dados da GFK, empresa global de pesquisa que monitora o preço de 35 produtos nos principais supermercados do Brasil, a carne bovina está entre os itens que mais subiram de custo em 2015
Nos últimos 30 anos, graças às restrições de expansão de terras, a pecuária brasileira investiu em tecnologia para aumentar a produtividade. O País teve ganhos significativos. Hoje é o maior exportador e o segundo produtor no ranking mundial. Agora o foco será investir no barateamento do processo para ganhar mercado. O custo da arroba precisa diminuir até mesmo para ser compatível ao bolso do brasileiro. Segundo dados da GFK, empresa global de pesquisa que monitora o preço de 35 produtos nos principais supermercados do Brasil, a carne bovina está entre os itens que mais subiram de custo em 2015. De janeiro a abril, a variação da média nacional foi de 3,2%. Nas regiões Norte e Nordeste, 8,1%. Com a crise econômica, a demanda ficou menor que a oferta. As vendas diminuíram, a carne bovina perdeu espaço para o frango, que é mais barato, e frigoríficos fecharam as portas. No mercado externo, as notícias são boas. Em julho, o faturamento da exportação da carne bovina bateu o recorde do ano. Foram negociadas 113,5 mil toneladas (0,4% a mais que em junho) a US$ 505,8 milhões (um valor 3% maior que o do mês anterior). “A gente tem tudo para continuar ganhando mais mercado. O consumo, principalmente na Ásia, vai crescer bastante”, afirma Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A China, por exemplo, deverá consumir, em 2025,10,2 milhões de toneladas de carne – 20% dos quais serão importados.
FUTURO PROMISSOR.
Para conquistar maior competitividade, será necessário investir em técnicas produtivas. A carne bovina é vista como a grande commodity da próxima década, como a soja vem sendo nos últimos anos. “O impulso mais forte do agronegócio deve ser o da pecuária”, afirmou Alexandre Mendonça de Barros, da consultoria MB Agro durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio realizado em São Paulo no início do mês. “A carne vermelha é a nova soja: temos de investir em tecnologia para ganhar mais competitividade.” O setor cresce continuamente. De acordo com dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as exportações cresceram 737% em 14 anos: saltaram de US$ 779 milhões, em 2000, para US$ 6,4 bilhões, em 2014. A expectativa é que o valor bruto da produção alcance R$ 93 bilhões até o fim de 2015, Estados Unidos têm quase a metade do rebanho brasileiro, mas é o maior produtor mundial de carne, com 19% do mercado 19,23% maior que o do ano passado. Com 17% da produção mundial, o País fica atrás só dos Estados Unidos, que detêm 19%. No ano passado, porém, o Brasil liderou as exportações, com 21% das vendas mundiais de carne bovina. Vende o produto in natura para 151 países e o industrializado para 103. “A pecuária durante muito tempo expandiu resultados aumentando área. Nos últimos anos, diminuiu espaço sem prejudicar produção e exportação. O rebanho dos Estados Unidos é quase a metade do nosso e eles produzem mais carne”, diz Sampaio, da Abiec. Em outras palavras, apesar dos avanços do setor, o Brasil ainda tem um índice ruim entre o tamanho do rebanho e a quantidade de carne aproveitada para venda. O tempo de engorda do boi e taxas de fertilidade são alguns dos principais fatores que prejudicam a produtividade, mas poderiam ser resolvidos com tecnologias voltadas à melhoria da genética e da nutrição. “A gente tem crédito e tecnologia, mas precisa saber como democratizar o acesso a tudo isso”, diz Sampaio. “Na nossa cadeia há produtores muito eficientes e tecnificados, mas também uma classe mé- dia rural sem acesso a crédito, que não conhece as tecnologias disponíveis a serem aplicadas no campo”.

Fonte: O Estado de São Paulo

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Parque da Expointer é liberado

Área do Assis Brasil, em Esteio, é desinterditada pelos bombeiros após seis meses


Gisele Loeblein: Parque da Expointer é liberado Fernando Dias/SEAP,Divulgação
Bombeiros afirmam que riscos existentes no local foram minimizados desde a interdiçãoFoto: Fernando Dias / SEAP,Divulgação
Depois de seis meses interditado, o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, finalmente recebeu, ontem à tarde, a liberação dos bombeiros para toda sua área, cinco dias antes do início da 38ª Expointer, conforme antecipou a coluna. A avaliação feita é de que o espaço está apto a receber os visitantes, a partir de sábado.
— Na comparação das fotografias de 13 de fevereiro, quando foi lavrado o auto de interdição, o parque está totalmente diferente. Os riscos estão minimizados — garante o titular do 8º Comando Regional dos Bombeiros (CRB), tenente-coronel Darlan da Silva Adriano.
Agora, segue a força-tarefa montada com 12 homens, trabalhando 12 horas por dia, para dar conta da avaliação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) individual das estruturas fixas que existem dentro do parque e dos estandes montados para os nove dias da exposição.
— Nos adaptamos ao que pediram — completa o subsecretário do parque, Sérgio Bandoca Foscarini, sobre os ajustes requisitados pelos bombeiros.
Entra nesta lista a solicitação para a colocação de 40 brigadistas de incêndio em pontos considerados mais críticos, que futuramente deverão passar por reparos. Em maio deste ano, durante a Expoleite-Fenasul, apenas parte da área foi liberada para o evento, com isolamento de gradil e homens para monitorar o fluxo de visitantes.
Terminada a Expointer, a empresa contratada pelo Estado para elaborar o PPCI terá outras etapas a cumprir. O comandante do 8º CRB lembra que em 45 anos de existência, o parque "não teve melhorias estruturais".
— Faz parte do contrato concluir o PPCI definitivo — completa o subsecretário Bandoca.
Quando a 38ª Expointer terminar, será aberta uma nova contagem, para a feira do ano que vem. Quanto antes se iniciarem as obras, menos correria ficará para a edição de 2016.
fonte:ZH

VPJ Pecuária fatura R$ 1,6 milhões em leilão histórico para a raça ANGUS

Leilão ocorrido no sábado (23) na Fazenda Cardinal marca nova fase da VPJ Pecuária na raça ANGUS 
O criador Valdomiro Poliselli Jr. e sua equipe da VPJ Pecuária promoveram neste sábado o 17º Leilão VPJ ANGUS, ofertando 75 touros Angus, Brangus, 35 fêmeas Angus e quase 3.000 animais cruza Angus. O evento ocorreu na Fazenda Cardinal, em Mococa, SP. 

No turno da manhã ocorreu o Workshop Angus, com palestras técnicas sobre o trabalho de produção de genétca da VPJ Pecuária. Realizaram apresentações Adriano Oliveira (Gerente Pecuária VPJ), Antônio Augusto Miranda (Gerente VPJ Alimentos), Fernando Velloso (Assessoria Agropecuária), Luiz Carrijo (Integral Nutrição) e Prof. José Bento Ferraz (USP). 

O público valorizou bastante este momento técnico, pois foi detalhado o sistema de produção e as informações genéticas dos reprodutores. Neste leilão ofertou-se pela primeira vez no Brasil animais Angus com DEP Genômicas (combinando informações da Avaliação Genética e dos marcadores moleculares - Clarifide).  

O leilão faturou somente com reprodutores R$ 1,6 milhões. alcançando as seguintes médias: 

TOURO ANGUS - R$ 15,7 mil 
TOUROS BRANGUS - R$ 13,6 mil 
FÊMEAS ANGUS - R$ 13,1 mil 

O maior investidor do leilão foi o produtor Fábio Lucas Magnoni Neves. 

O animal de maior valorização foi o touro Angus do Lote 2: VPJ Black Flocky Bismarck (SAV Bismarck x New Design 1407), sendo arrematado 50% por R$ 63 mil, alcançado valorização de R$ 126 mil. Este lote foi arrematado por Adriano Sanchez Pratti e as centrais BELA VISTA  e CRV Lagoa. 

Entre as fêmeas, o Lote 59 foi mais valorizado, VPJ Black Shanny Brilliance (SAV Brilliance x Tres Marias Catriel), adquirido por Gustavo Krubniki (Marília, SP) por R$ 48 mil. A  Estância Agrokrubrniki foi representada no leilão pela Assessoria Agropecuária. 

O leilão foi conduzido pela Programa Leilões, com tranmissão do Canal Rural e MF Rural (Internet). O suporte técnico aos clientes VPJ foi atendido pela Assessoria Agropecuária. 


Fonte: Assessoria Agropecuária 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Dianteiro de alta qualidade para o mercado interno



Na edição julho/setembro 2015 da revista CarneTec, publicamos entrevista com o gerente de Linhas Especiais da Marfrig Beef, Andre Renato Galindo, concedida no último dia 4 de maio na feira Apas, voltada a supermercadistas. A seguir, acompanhe a versão na íntegra da entrevista, obtida exclusivamente, antes que o executivo atendesse a imprensa em geral em coletiva no estande da empresa. A conversa aborda, entre outros assuntos: um novo posicionamento para cortes do dianteiro com alta qualidade; o momento de transição no consumo, com o brasileiro trocando o “muito” pelo “melhor”, com carnes de alta qualidade ocupando espaço de destaque nas gôndolas de supermercados e empórios; e a evolução do setor nos últimos 30 anos no Brasil.
Fale um pouco sobre os novos cortes do dianteiro bovino. Qual é o diferencial dessa linha?
Estamos aumentando o nosso portfólio para a gôndola, para o consumidor final, com produtos diferenciados do dianteiro. O conceito é trazer novas opções, com qualidade superior e a preço competitivo para o consumidor levar para casa, tanto na marca Bassi quanto na Marfrig Angus.
No Brasil, temos o hábito de consumir basicamente cortes do traseiro, como o coxão mole, a alcatra e a picanha, pois até então cortes do dianteiro não tinham maciez suficiente para atrair o consumidor e até hoje ainda são vendidos nas casas de carnes em cubos para panela ou moído.
A partir da evolução tecnológica em genética e nutrição, aliada às raças britânicas Angus e Hereford, os cortes do dianteiro como, por exemplo, o acém com osso (short ribs), a raquete de paleta (shouder steak), o coração de paleta e o assado de tiras, passaram a ocupar lugar de destaque na culinária brasileira devido ao seu sabor intenso, suculência e maciez dignos dos cortes mais nobres da carcaça.
Como comunicar essa novidade ao consumidor?
Estamos vivendo um momento muito bom no mercado, no qual a marca da carne traz uma bagagem muito interessante para o consumidor. Estamos procurando focar isso na marca Bassi, que é a nossa principal grife, e o consumidor tem absoluta certeza de que o que tem por trás da Bassi é uma carne de alta qualidade, não importando o corte. O consumidor está ousando levar cortes que até então jamais compraria num açougue para fazer churrasco, como uma paleta, por exemplo. Atrelamos uma marca extremamente conhecida como marca de alta qualidade a um produto novo e diferenciado. E tudo isso ainda proporciona um equilíbrio de preços entre os diversos cortes da carcaça.
E é uma forma de promover a venda do dianteiro...
Na verdade, o animal de alta qualidade custa para fazer, está mais caro que um animal comum, tem genética, nutrição, muita coisa envolvida. Então se transmitirmos esse custo todo para a picanha e o contrafilé, teremos estes produtos com um sobrepreço muito alto. E agora conseguimos pulverizar os custos em todos os cortes, obtendo um custo médio muito melhor, não precisando puxar muito nos preços dos cortes mais nobres. Lembrando que os preços do dianteiro são preços posicionados, como o produto merece – não são preços promocionais como os encontrados para o dianteiro comum.
Antes dessa ação, o que a Marfrig fazia com esse dianteiro?
A Marfrig vem testando isso desde que começou os programas de carne Angus. A nossa equipe de P&D vinha tendo ideias, procurando inovar, e o food service é sempre o primeiro a testar o produto. O food service testou, aprovou e o varejo veio em seguida. Alguns cortes como o short ribs já estão no food service há pelo menos 4 ou 5 anos. Ficou bem amadurecido o mercado no food service para, neste ano, apresentarmos ao varejo.
E, claro, o food service continua sendo um dos focos da empresa...
Sim, o nosso negócio é esse, a Marfrig nasceu do food service, em ver o que o cliente quer, vir para dentro da indústria e fazer o produto. Até então, o food service de alta gastronomia, o mais exigente, as parrillas, tinha como ideia que a única carne boa era a importada, da Argentina ou Uruguai, e fizemos esses programas aqui dentro, trazendo a mesma qualidade genética que há no Uruguai, melhoramos isto aqui e ainda demos alimento para ele. Uruguai e Argentina, como todos sabem, têm excelente genética e animal criado a pasto. O nosso é criado a pasto, mas terminado em confinamento, o que dá a ele um acabamento de gordura melhor, um marmoreio – a gordura entremeada – tão desejado na alta gastronomia. Enfim, temos a mesma qualidade de produto, só que com um acabamento melhor pelos nossos confinamentos.
A carne do Brasil já não é mais vista no exterior como antigamente.
Ao contrário, se falarmos assim: toda carne brasileira é melhor; não é. Mas com os programas de carne de alta qualidade, principalmente os da Marfrig, a carne hoje, na média, é melhor que a importada.
Então devemos parar de falar carne de primeira ou de segunda, pois tudo depende da qualidade do animal?
Há um velho ditado que diz que “não existe carne de primeira, mas sim boi de primeira” e é exatamente isto: de uma carcaça selecionada, de boa raça, precoce e com boa nutrição, podem ser obtidos cortes com textura, suculência e maciez surpreendentes, capazes de satisfazer os mais exigentes paladares, desde que sejam bem preparados.
Como o senhor vê o mercado atual para a carne vermelha no cenário interno e a concorrência com o frango?
Não houve perda de espaço, pois o consumo interno de carne vermelha subiu nos últimos dez anos de 30 kg habitante/ano para 39 kg habitante/ano, mas houve sim um crescimento muito maior do consumo de frango devido basicamente à melhoria do poder aquisitivo das classes C e D, que antes não tinham acesso a proteínas de forma regular.
O consumidor brasileiro ainda vê a carne vermelha como commodity ou já está pagando mais por diferenciais de qualidade?
Estamos passando por uma transição de consumo, trocando o “muito” pelo “melhor”. O consumidor está mais exigente e aceita pagar um diferencial por entender o que tem por trás de uma marca superior, uma carne para ser apreciada. É por isso que cada vez mais as carnes de alta qualidade ocupam espaços de destaque nas gôndolas dos supermercados e empórios.
E quanto à escassez de boi no mercado?
Estamos vivendo uma situação bastante diferente, o boi subiu muito de preço, são altas em cima de altas, e os frigoríficos, de uma forma geral, não estão com todas as escalas prontas. De certa forma, o mercado está bastante demandado, principalmente por conta das exportações, com a valorização do câmbio, e assim acaba faltando um pouco de carne no mercado interno.
O senhor trabalha hoje em uma das maiores empresas do mundo na área de carnes. Ao longo de seus 28 anos de experiência no ramo, fale um pouco sobre a evolução deste setor no Brasil.
Passamos por grandes mudanças nos últimos 30 anos, o Brasil se transformou num dos maiores exportadores de carnes do mundo, exportando para os mercados mais exigentes como União Europeia, Rússia e países árabes, e com isto vieram as exigências sanitárias e protocolos de produção que nos obrigaram a ser eficientes e competitivos. Esse efeito cascata chegou às mesas dos consumidores brasileiros em forma de qualidade e segurança alimentar.  Portanto, essas foram as grandes conquistas em termos de Brasil.
Quanto à Marfrig, o core business sempre foi carne de alta qualidade e a empresa sempre investiu em programas de fomento pecuário, o que nos dá um lugar de destaque no cenário mundial. Hoje, produzimos Carne Angus e Hereford Certificadas, além do Wagyu (Kobe Beef) – que é considerada a melhor carne do mundo, proveniente de raça de origem japonesa. Os clientes mais exigentes, a alta gastronomia e as melhores parrillas brasileiras são atendidas com esse tipo de produto.
Estou na Marfrig há oito anos, venho da indústria frigorífica há bastante tempo, tenho 30 anos de carne bovina. Meu pai começou no Paraná há muito tempo com abate e distribuição de carne. E a evolução que observo nestes anos todos é uma coisa impressionante.
Hoje, por exemplo, o Brasil participa da Cota Hilton, uma cota destinada à Europa com melhor preço. E a exigência para se ter Cota Hilton é: carne de animais jovens, bem alimentados e rastreados desde a sua origem. Imagine, para se fazer um animal de alta qualidade, de alto peso, com pouca idade, tem que ter tecnologia e genética. Parte dessa carne vai para a Cota Hilton e parte fica no mercado doméstico.
Dez anos atrás o Brasil abatia animais de 5 anos de idade, e hoje se abate com 2,5 a 3 anos de média geral. Nos programas de qualidade, abatemos animais de 14, 15 meses. E toda essa evolução e qualidade de produto, obtida graças à necessidade de conquista de novos mercados no exterior, está na gôndola do mercado interno. Não tem como se fazer um produto diferente para exportação e um sem cuidado para o mercado interno; muito pelo contrário.
fonte : CarneTec / Por Patrick Parmigiani 

Angus firma convênio para Teste de Progênie

A Associação Brasileira de Angus, a Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC), a Alta Genetics (Uberaba, MG) e a Progen (Dom Pedrito, RS) assinaram convênio no sábado (22/8) para realização do Teste de Progênie Angus 2015. O ato marca a retomada da parceria que busca qualificar a seleção de touros Angus no Brasil de forma a valorizar a genética nacional e os reprodutores. A solenidade foi realizada logo após o Desfile de Touros da Alta/Progen, em Dom Pedrito, na presença de mais de 600 pecuaristas. O presidente da Angus, José Roberto Pires Weber, pontuou a importância da parceria para os criatórios brasileiros que, em alguns anos, terão resultados precisos sobre touros jovens de alta performance para utilização em seus plantéis. “É um trabalho meticuloso e que precisa ser feito para assegurar a qualidade genética do rebanho brasileiro no futuro”, destacou Weber.

O Teste de Progênie consiste em uma avaliação dos descendentes dos reprodutores jovens. Na avaliação da raça Angus deste ano, serão testados seis touros jovens escolhidos pelo quadro técnico. Os animais devem chegar a Dom Pedrito nos próximos 30 dias para coleta de sêmen. As doses serão distribuídas para usuários do Promebo. A previsão, indica o diretor da Progen, Fábio Barreto, é que os primeiros resultados venham já em maio de 2017 com a análise de desmame. No inicio de 2018, já estarão sendo tabulados os dados de sobreano. “Nosso objetivo é valorizar a genética nacional. Há pouca oferta no mercado hoje de touros Angus nacionais provados frente à demanda expressiva pela raça. Para abastecer esse mercado, precisamos de sêmen de touros provados”, completou.

A escolha dos touros jovens para o teste é realizada em função de dados técnicos e do desempenho dos animais na Avaliação genética do Promebo. Para tanto, são elencados os animais com os melhores Índices (DEPs) em sua geração. Atualmente, o Promebo Angus já publica a relação dos melhores touros jovens (2 anos) no Sumário de Touros da raça. A revisão e seleção dos touros contará com o suporte da Assessoria Agropecuára FFVelloso & Dimas Rocha. A empresa será responsável pela Coordenação Técnica do teste. 

O evento em Dom Pedrito também contou com palestras técnicas, com destaque para a apresentação da presidente do Conselho Técnico da Angus, a veterinária Susana Macedo Salvador, que discorreu sobre a importância da realização de testes de progênie. “ Identificar precocemente reprodutores nacionais melhoradores para os rebanhos e obter dados confiáveis sobre seu mérito genético são de importância fundamental para os usuários da raça em todo o país” afirmou.


Fonte: ABA, adaptado pela Assessoria Agropecuária