sábado, 28 de setembro de 2013

Previsão de chuvas de Outubro 2013 a Fevereiro de 2014














Fonte: Palestra Condições Climáticas Safra 2013-2014 Arroz proferida por Marco Antonio dos Santos (Engenheior Agrônomo e Agrometereologista )

EMBAIXADOR DA CHINA PROPÕE NA CNA NOVAS PARCERIAS COM O BRASIL NA AGRICULTURA E PECUÁRIA

Embaixador da China propõe na CNA novas parcerias com o Brasil na agricultura e pecuária

Brasília – “O relacionamento entre o Brasil e a China está vivendo seu melhor momento, com nossas relações comerciais cada vez mais consistentes, mas queremos muito mais, a partir de novas parcerias na agricultura e pecuária”. Foi o que afirmou o embaixador da China no Brasil,  Li Jinzhang, durante encontro de trabalho com a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, na sede da entidade em Brasília.
Ao destacar a importância do relacionamento comercial entre os dois países, a presidente da CNA aproveitou a oportunidade para convidar formalmente o embaixador para participar do Seminário AgroInvest Brasil/2013, a ser realizado nas cidades de Pequim e Xangai, na China, em novembro próximo.
“Espero que o Seminário seja importante elo para a efetivação de bons negócios não apenas entre os dois governos, mas também para os empresários brasileiros”, assinalou a senadora.
Economias complementares
Embaixador da China propõe na CNA novas parcerias com o Brasil na agricultura e pecuária2
Durante a reunião, da qual participaram vários presidentes de federações de agricultura e pecuária dos estados e diretores da CNA, além de uma graduada equipe de técnicos e conselheiros da embaixada chinesa, Li Jinzhang fez uma longa exposição sobre a situação atual da economia de seu país e as relações comerciais com o Brasil.
O embaixador afirmou que as duas economias são complementares,  especialmente na agricultura e pecuária. Li Jinzhang lembrou que seu país importou do Brasil 57 milhões de toneladas de soja, em 2012, e previu que “o volume de importações vai crescer porque a demanda interna por alimentos na China será cada vez maior”.
A presidente da CNA considerou valiosas as informações prestadas pelo embaixador. Ela avalia que a Confederação e o governo brasileiro estão prontos para colaborar com o fortalecimento do comércio bilateral entre os dois países dentro do princípio da reciprocidade.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Remates se intensificam no Rio Grande do Sul nesta temporada

Mais de uma centena de leilões de gado movimenta pecuaristas na primavera

Remates se intensificam no Rio Grande do Sul nesta temporada Jean Pimentel/Agencia RBS
Feiras e exposições agropecuárias são realizadas em todo o Estad, como Santa MariaFoto: Jean Pimentel / Agencia RBS
 São muitos os remates que ocorrem ao longo da primavera e no início do verão em dezenas de feiras e exposições que integram o calendário oficial da Secretaria Estadual de Agricultura. Os dados de tantos negócios e animais entrando em pista ainda não são totalmente quantificados pelo Estado, mas este cenário estatístico está mudando, de acordo com o chefe de exposições e feira da Secretaria de Agricultura, Honório de Azevedo Franco.
- Até este ano, fazíamos apenas controle sanitário dos eventos. Desde maio, porém, estamos cadastrando informações como valores e número de animais - explica Franco.
O chefe de exposições da secretaria ressalta ainda que vem crescendo a oferta de financiamento ao produtor, dentro dos eventos oficias que já contam com linhas de crédito no Banrisul.
- Há outras instituições reforçando a presença no segmento, o que foi verificado inclusive na Expointer, com a entrada da Caixa entre as financiadoras - diz Franco, citando também atuações do Banco do Brasil e do Sicredi.
Presidente do Sindicato do Leiloeiros Rurais do Estado, Jarbas Knorr informa, no entanto, que o que move a maior parte dos remates são recursos particulares.
- É o produtor mesmo que está financiado as compras, já que ele está capitalizado. Assim, evita a burocracia - pondera Knorr.
Além dos remates vinculados a feiras e exposições oficiais (veja ao lado), os leilões organizados pelas cabanhas também movimentam pecuaristas. Neste final de semana, por exemplo, o setor tem dois eventos com boas promessas de faturamento, na Fronteira Oeste, começando hoje com o Selo Racial, em Quaraí, e seguindo no domingo com a Gap Genética, em Uruguaiana.
 O calendário oficial da Secretaria Estadual da Agricultura
SETEMBRO
Até dia 29: Feira de Rústicos e Ventres, Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Santo Ângelo
Até dia 29: Feira de Terneiros, Terneiras, Vaquilhonas e Touros,
em Tapes
Até dia 29: Boexpa - Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial, em Bossoroca
Até dia 29 : Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial, em André da Rocha
Até dia 30: Feira de Ventres e Touros, em São Pedro do Sul
Até dia 2/10: Exposição Agropecuária, em Quaraí
Até dia 6/10: Exposição e Feira Agropecuária, em Manoel Viana
Até dia 6/10: Exposição Agropecuária e Fenatrigo, em Cruz Alta
Até dia 9/10: Exposição e Feira Agropecuária, em Santa Maria
De 28/9 a 13/10: Expocamaquã, em Camaquã
Até dia 8/12: Exposição Agropecuária, 1º turno, em Uruguaiana
OUTUBRO
Dia 1º: Leilão multiraças, em São Gabriel
De 1º a 5: Feira de Reprodutores, Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Jaguari
De 1º a 6: Exposição agropecuária, 2º turno, em Uruguaiana
De 1º a 10: Exposição e Feira, em Rosário do Sul
De 1º a 10: Fenacitrus, em Rosário do Sul
De 1º a 19: Expoagro, em Santiago
De 1º a 30: Exposição Agropecuária, em Alegrete
De 2 a 6: Expo. Agropecuária, com.e ind., em São Luiz Gonzaga
De 2 a 22: Exposição e Feira Agropecuária, em São Sepé
De 3 a 6: Expofeira, em Butiá
De 3 a 20: Feira Agropecuária, em Cachoeira do Sul
De 4 a 6: Mostra Agropecuária e Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Jari
De 4 a 6: Expofeira Agropecuária, em Rio Pardo
De 5 a 21: Fenaoeste Internacional, em São Borja
De 5 a 27: Exposição Agropecuária Farm Show, em Dom Pedrito
Dia 5: Feira de Primavera de Terneiros de Corte, 1ª etapa, em Lavras do Sul
De 7 a 13: Expodinâmica, Feira, Exposição Industrial e Comercial e Pan Americana de Animais, em Bagé
De 7 a 20: Exposição Feira de Agropecuária, Indústria e Comércio, em Pelotas
Dias 8 e 9: Feira de Reprodutores, Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em São Vicente do Sul
De 8 a 20: Exposam, em Santo Antônio das Missões
Dia 9: Expofeira de Rústicos, em Mostardas
Dia 10: Primavera Angus Show, em Guaíba
De 10 a 13: Expojuc, em Júlio de Castilhos
De 10 a 13: Expomarau, em Marau
De 10 a 13: Expovac, em Vacaria
De 10 a 15: Expofeira Agropecuária, em Caçapava do Su
De 10 a 20: Exposição e Feira de Animais e Produtos Derivados, em Santana do Livramento
De 11 a 20: Feira Agropecuária, em Ijuí
Dia15: Feira de Terneiros de Primavera, em São Sepé
Dias 16 e 17: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas de Primavera e de Touros Rústicos, em Formigueiro
De 16 a 20: Expofeira Agropecuária, em São Lourenço do Sul
Dia 17: Feira do Melhoramento Genético, em São José dos Ausentes
De 17 a 19: Feira de Terneiros, Terneiras, Vaquilhonas, Reprodutores e Ventres, em Arroio dos Ratos
De 17 a 20: Exposição Agropecuária, em Arroio Grande
De 18 a 22: Exposição Feira Agropecuária, em Encruzilhada do Sul
De 18 a 20: Feira do Agronegócio, em Maçambará
De 18 a 27: Exposição Feira Agropecuária, em São Gabriel
De 21 a 31: Feira de Reprodutores, Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em São Pedro do Sul
Dia 22: Feira de Terneiros,Terneiras e Vaquilhonas, em Encruzilhada do Sul
De 22 a 27: Expofeira Agropecuária, em Itaqui
Dia 22: Feira de Fêmeas e Terneiras de Primavera, em São Sepé
De 23 a 28: Expo. Agropecuária e de Primavera de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Canguçu
De 23 a 28: Expofeira Agropecuária, em São Francisco de Assis
Dias 24 e 25: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Restinga Seca
Dias 25 e 26: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Caçapava do Sul
Dias 25 e 26: Feira de Touros de Ponta e Ventres Selecionados, em São Jerônimo
De 25 a 29: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, São Francisco de Assis
Dia 26: Feira de Exposição Agropecuária, em Cacequi
Dia 26: Feira de Vaquilhonas e Touros, em Capivari do Sul
Dias 26 e 27: Exposição de Primavera, em Jaguarão
De 29/10 a 6/11: Exposição Feira Agropecuária, Industrial, Artesanal e Comercial, em Santa Vitória do Palmar
NOVEMBRO
De 1º a 3: Expoativa, em Pedro Osório
De 1º a 5: Exposição e Feira, em Lavras do Sul
Dia 5: Feira de Primavera de Terneiros de Corte, em Lavras do Sul
Dia 6: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Pinheiro Machado
Dia 8: Feira de Touros, em Pinheiro Machado
Dia 8: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, Santana da Boa Vista
Dias 8 e 9: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Bagé
Dias 8 e 9: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Caçapava do Sul
De 10 a 30: Feira de Primavera, de Ventres, Reprodutores, Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Alegrete
Dia 13: Feira Só Elas, em Rosário do Sul
De 14 a 18: Exposição Agropastoril, em Rio Grande
Dias 15 e 16: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Caçapava do Sul
Dias 16 e 17: Remate de Touros e Ventres, em Herval
Dia 16: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Lavras do Sul
Dias 19 e 20: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas de Primavera, em São Gabriel
De 20 a 30: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em São Pedro do Sul
De 20 a 25: Feira de Ventres, em São Vicente do Sul
Dia 21: Feira de Reprodutores Bovinos e Ovinos, em Santana da Boa Vista
De 21 a 23: Expofeira de Animais, em Capão Bonito do Sul
Dias 22 e 23: Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, em Caçapava do Sul
De 22 a 25: Expofeira Agropecuária, em Pedras Altas
De 25 a 30: Feira de Ventres, em Jaguari
Dia 26: Feira de Rústicos, Touros e Novilhas, em São Francisco de Paula
Dia 27: Feira de Rústicos, em Tavares
DEZEMBRO
De 2 a 7: Feira de Ventres de Verão, em São Borja
Dia 4: Feira Top Brangus, em Rosário do Sul
De 5 a 8: Exposertão, em Sertão
De 10 a 22: Feira especial de Natal e Ano-Novo, em Santana do Livramento
De 12 a 14: Exp. e Feira de Terneiros, Terneiras, Novilhas, Reprodutores e Ventres, em Arroio dos Ratos
De 12 a 15: Feira de Ovinos, Terneiras, Terneiros, Vaquilhonas e Ventres, em Santiago
Dia 28: Feira de Encerramento, em Cacequi
Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Principais indicadores do mercado do boi – 26-09-2013

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve valorização 0,08% nessa quarta-feira (25) sendo cotado a R$108,92/@. O indicador a prazo foi cotado em R$109,17.
A partir de 2/jan/12 o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro registrou desvalorização de 0,73%, cotado a R$806,29/cabeça nessa quarta-feira (25). A margem bruta na reposição foi de R$990,89 e teve desvalorização de 0,77%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quarta-feira (25), o dólar apresentou valorização de 0,88% e foi cotado em R$2,22. O boi gordo em dólares registrou desvalorização de 0,78% sendo cotado a US$49,02. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 25/09/13
O contrato futuro do boi gordo para out/13 teve valorização de R$1,10 e foi negociado a R$110,12.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para out/13
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.
No atacado da carne bovina, o equivalente físico foi fechado a R$104,82. O spread (diferença) entre os valores da carne no atacado e do Indicador do boi gordo foi de -R$4,10 e sua variação teve alta de R$0,10 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
fonte: Beefpoint

9º Leilão Angus Trio

Governo confirma embargo da Rússia a frigoríficos brasileiros

No total são dez empresas, sendo nove de carne bovina e uma de suína
O Ministério da Agricultura confirmou que o Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) está impondo restrição temporária de importação de carnes suína e bovina do Brasil. São 10 frigoríficos com restrições, nove de carne bovina (seis da JBS, dois da Minerva e um da Marfrig) e um de carne suína, o Pamplona (Riosulense), em Santa Catarina.
Por meio de nota, o ministério afirma que a autoridade russa enviou um relatório preliminar da missão de inspeção que esteve no País entre 30 de junho a 14 de julho de 2013. "Este documento será analisado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que fará seus comentários antes da publicação da versão final que será feita pelas autoridades russas", disse o ministério.

Segundo o Ministério, o documento russo precisa ser traduzido antes de ser analisado pelos técnicos da pasta. Só depois será possível "avaliar os problemas identificados pelos russos e tomar as medidas necessárias o quanto antes", disse o comunicado.

O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina (Abiec), Fernando Sampaio, informou que as nove unidades frigoríficas foram impedidas de vender à Rússia a partir de 2 de outubro. "De tempos em tempos, as autoridades sanitárias russas decidem colocar restrições temporárias ou maiores controles às unidades brasileiras. Mas a decisão de embargar essas nove plantas foi decorrente da última visita que eles fizeram ao País, em julho", disse Sampaio em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Ele explicou que, em relatório que está com o Ministério da Agricultura, as autoridades russas apontam que há "inconformidade com as normas sanitárias do país". "Eles descrevem o que ocorre com cada unidade. O que deu para perceber, num aspecto geral, é que eles citam bastante a questão do uso da ractopamina, mas há outras 'inconformidades'", declarou Sampaio. Hoje, há 56 unidades habilitadas para vender à Rússia, mas somente 14 - com o embargo atual - estão totalmente liberadas para o envio de lotes ao país.

Sampaio disse que ainda não é possível calcular o impacto nas vendas do setor. Um dos motivos é que as empresas do setor são bem diversificadas geograficamente e podem atender ao mercado russo via outras plantas. A segunda é que ao mesmo tempo em que há uma quantidade expressiva de restrições às unidades, a Rússia aumentou a cota destinada às exportações brasileiras de carne bovina. "Parece contraditório, mas a Rússia dá cota para a Europa, Estados Unidos e outros países. O Brasil se encaixa nessa cota de 'outros países', a qual houve um aumento da tonelagem", disse.

Sampaio ainda explicou que a Abiec está pedindo ao Ministério da Agricultura que reitere as garantias sanitárias que foram dadas aos russos na época das visitas das autoridades do país e que brigue por uma reversão da decisão o mais breve possível. "A Rússia já avisou que independente de estar na Organização Mundial de Comércio (OMC, na sigla em inglês) vai continuar usando as suas regras de comércio. O Brasil é quem tem que mostrar a equivalência nesse assunto", enfatizou.

Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Vargas, disse nesta quarta-feira (25/9) que a restrição temporária imposta pela Rússia ao frigorífico Pamplona (Riosulense), de Santa Catarina, pode afetar os números de exportações, mas é cedo para estimar a diminuição nos embarques, porque os que seguirem embarcando a proteína podem ocupar o mercado. Hoje o Brasil embarca por mês cerca de 12 mil toneladas de carne suína para o país. "Nós sempre esperamos uma surpresa da Rússia", disse o executivo.

Vargas afirmou, ainda, que a entidade já está se mobilizando para verificar quais são as exigências que não estão sendo cumpridas para solicitar a reabilitação. O executivo destacou, no entanto, que a cada nova restrição temporária, "existe uma certa dificuldade de liberar novas plantas". Hoje são quatro unidades frigoríficas no Rio Grande do Sul que estão se adaptando às exigências do serviço sanitário russo, duas da Alibem, uma da BRF e outra da cooperativa Cotrijuí. Além da unidade de suínos, outras nove unidades de bovinos também estão temporariamente impedidas de vender para a Rússia.
fonte: Globo Rural

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pecuaristas, os primos pobres do agronegócio

Em evento da premiação do ranking 500 Maiores do Sul, no Paraná, Luiz Lourenço, presidente da Cocamar, afirma que pecuária é o elo frágil de um setor exuberante na economia brasileira

Por Laura D’Angelo
O desempenho do agronegócio impressiona. Em 2012, o setor experimentou um superávit comercial de 70 bilhões. O crescimento do PIB no primeiro semestre deste ano no Paraná (3,9%) e no Rio Grande do Sul (9%) foi impulsionado principalmente pela produção do campo. No entanto, os dados escondem a fragilidade de um dos principais elos do agronegócio: a pecuária. É o que afirmou Luiz Lourenço (foto), presidente da Cocamar Cooperativa Agroindústria, na cerimônia de premiação das empresas do Paraná destacadas no ranking 500 Maiores do Sul, elaborado pela AMANHÃ e PwC.

Luiz-Lourenco-cocamar-350Segundo Lourenço, a pecuária representa uma preocupação em razão da modesta produção e da baixa geração de renda. Tanto que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolveu o Plano Mais Pecuária, ainda sem previsão de lançamento, com o objetivo de aumentar as exportações e a produtividade de leite e carne no Brasil. Se o cultivo de grãos e outros insumos evoluiu, com investimentos em equipamentos e novos métodos, o mesmo não aconteceu na criação de gado, aves e suínos.  “A pecuária é a parte pobre do agronegócio, usa muito pouca tecnologia”, aponta Lourenço.  

Um dos obstáculos, de acordo com ele, é o conservadorismo dos pecuaristas. O Brasil possui o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) que estimula a integração da lavoura, pecuária e floresta em uma mesma propriedade. Porém, os criadores de gado demonstram resistência para adotar outro tipo de produção: “A cooperativa apresenta um projeto que aumenta a produção de carne, dá a possibilidade de produzir grãos e ganhar mais dinheiro. Mas os pecuaristas não querem mudar. Eles não são investidores”, reclama Lourenço.

Para o presidente da Cocamar (45ª colocada no ranking 500 maiores do Sul), o futuro do Brasil neste setor está nas pastagens, que correspondem a 23% do território nacional, cerca de 200 milhões de hectares. 

Metade das terras pode ser revertida para acolher outros tipos de cultivo agrícola.  “A integração lavoura, floresta, pecuária multiplica por dez a produtividade. Mas as pastagens atualmente estão degradadas e a renda por hectare está caindo”, revela Lourenço. Segundo ele, Paraná, Mato Grosso e São Paulo possuem aproximadamente 12 milhões de hectares em pastagem que precisam ser recuperadas e melhor aproveitadas para a pecuária não ser somente um coadjuvante no agronegócio.

fonte: Amanhã

É loucura projetar arroba do boi gordo a R$ 145?

Rural Centro
(*) por Carlos Gattass
Em fevereiro de 2013, neste mesmo espaço, comentávamos sobre as margens apertadas da pecuária de corte no Brasil. No artigo “Investir em gado de corte”, citamos a descapitalização do produtor de carne bovina, que não acreditava no futuro da atividade. Investir o pouco dinheiro que era produzido chegava a ser um tabu no começo do ano. A @ do boi gordo em SP valia R$ 99 e em MS R$ 93. Refletimos naquele artigo: “[...] será que a gente deve ou não deve investir? Eu acho que o produtor rural tem que investir, sim. Momentos de margens apertadas não são eternos e acredito que esses momentos servem para refletir como investir e se preparar para os momentos em que a pecuária nos dá fôlego”.
Todas as tendências apontavam que o momento da virada estava próximo. Quatro meses depois de publicar o conteúdo citado acima, fizemos um balanço de mercado. No início de junho, dizíamos no artigo “Pecuária no Brasil 2013: fase de alta do ciclo está próxima” que o pior já havia passado. “Três pontos merecem destaque: em primeiro lugar, o abate anual, que em 2012, segundo o IBGE, foi o maior da história, saltando 8% em relação ao ano anterior, ficando acima do de 2007, ano em que estávamos em processo de recuperação de preços pós-aftosa. O segundo é em relação às exportações de carne bovina in natura, que em 2013, considerando o período de janeiro a maio, anotaram o terceiro maior resultado para o período, muito próximo dos patamares de 2007 e 2008. O terceiro é em relação ao bezerro desmamado (nelore de 180 quilos), que atualmente vale R$ 743/cabeça (média de março a maio de 2013 em Mato Grosso do Sul), estando mais valorizado e mais demandado que em 2012, quando valia R$ 662/cabeça, cenário também muito parecido ao de 2007”, lembrávamos. A @ do boi gordo em SP já valia R$ 101 e em MS R$ 94.
Pouco depois, em 19 de junho, o setor percebia a situação de mercado pela qual a pecuária passava. Em entrevista concedida à Rural Centro, o consultor Maurício Palma Nogueira afirmou que a atividade continuava em uma curva ascendente em relação ao uso de tecnologia, o que, segundo a nossa análise, demonstrava que os pecuaristas profissionais buscavam o aumento de produtividade mesmo antes da virada do ciclo.
Essa rápida reação nos preços, mesmo com o abate em alta, pode ser justificada, entre outros motivos, pelo crescimento da exportação e pela própria seca (geada), como aconteceu no Mato Grosso do Sul, que é um grande mercado e exporta bastante. Isso, querendo ou não, ajuda a enxugar o excedente interno de gado gordo. A alta do dólar também ajudou muito, mas não foi fator principal, até porque no início do ano o dólar ainda não tinha subido. A fase do ciclo pecuário, ou melhor, a soberania do mercado, colocou a pecuária de corte no fundo do poço em 2012 e também a resgatou de lá em 2013.
Abates
AnoAnimais abatidos (milhões de cabeças)
201121,8
201223,5
2013 (até agosto) *17,6
Os abates no ano de 2013, que até agosto somam 17,6 milhões de cabeças, apresenta um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período de 2012, quando os abates até o mês oito somavam 15,5 milhões de cabeças. Fonte: Mapa.
Exportação
Exportações de carne bovina 2013

Exportações de carne bovina: em 2011, ano de crise na pecuária, as exportações caíram 11% em relação a 2010. Já comparando 2012 com 2011, há crescimento de 13%. Em 2013, até junho, o crescimento observado é de 21%, como mostra o gráfico acima. Fonte: SECEX-MDIC. Elaboração: Abiec.
Boi x Soja x Cana x Eucalipto x Inflação x Custo de produção
Essa virada tinha que acontecer, caso contrário não haveria mais pecuária. A remuneração de quem produzia carne estava tão ruim quando comparada com outras atividades agrícolas que o produtor rural entregava suas terras para qualquer atividade que não fosse pecuária. Perdeu-se área de pastagem para cana, soja/milho e eucalipto. Além disso, a inflação e o custo de produção comeram o pouquinho do reajuste que tivemos entre 2006 e 2010. Não estou dizendo que esse boi de R$ 103 hoje no MS, que é o boi de R$ 108 em São Paulo, é excelente. Não é! Ele não está nem perto de bom.
Em SP, no pico da alta de 2010 a @ era cotada em torno de R$ 115. Aplicando uma inflação de 5% ao ano durante 2011, 2012 e 2013, essa mesma @ de boi teria que valer R$ 130 a R$ 135 para remunerar tão bem quanto em 2010, isso sem considerar o aumento do custo de produção. Então esse boi de R$ 108 em SP ainda está muito defasado em relação ao boi de 2010, que era bom na ocasião. Esse boi de 2010 bastou para aliviar a atividade naquele ano e nada mais que isso.
Áreas de pastagens e áreas de lavoura no Brasil: história ente 1975 e 2011.
De 1975 até 2011, pecuária perdeu 15 milhões de hectares, enquanto a lavoura ganhou 23 milhões. Fonte e elaboração:Produtividade e Crescimento – Algumas Comparações / Mapa
Novo ciclo da pecuária: a virada
O importante da história toda é que a gente está no início do ciclo de alta e provavelmente teremos até 2015 anos bons. O alvo para 2013, no meu entendimento, é o topo de 2010, ou seja, um boi que se iguale ao registrado em SP naquele ano: R$ 114 a R$ 117. No mercado físico, nós estamos com um boi de R$ 108 em SP. No mercado futuro para outubro, R$ 109. Será que ainda vai subir uns 5 a 7 reais?
No MS, a diferença de base está bem mais estreita, e isso nos faz acreditar que o boi de R$ 105 no MS será superado, provavelmente em virtude do avanço do eucalipto, cana-de-açúcar, soja e milho sobre as pastagens. Estamos hoje mais próximos de SP do que estávamos em 2008 ou 2010. O rebanho do MS não acompanhou o crescimento da demanda.
Honestamente, não achávamos que fosse melhorar tanto já esse ano, mas sim em 2014 ou 2015. Esperávamos esse ano um boi melhor, próximo dos R$ 100 no MS. Para quem teve um boi de R$ 96 como o melhor preço de 2012 no MS, R$ 103/@ em 2013 já está excelente.
Eficiência produtiva
Voltamos a falar aquilo que comentamos em fev/13. Conheço pecuarista que vive da atividade, assim como já viviam seu avô e seu pai. São pessoas que não têm grandes extensões de terras, que produzem em 1000 a 1500 hectares e que sustentam duas ou três famílias. Isso a partir da alta eficiência. Esse produtor passa apertado nos momentos ruins, mas sobrevive. Não descapitaliza a fazenda, nem quando tem um boi de R$ 92. Já com esse boi de R$ 103 faz sobrar dinheiro ao ponto de retornar fertilidade para o solo, aumentar a quantidade de rebanho, tecnificar mais ainda a propriedade e, nas melhores situações, até comprar novas áreas.
O pecuarista que prepara sua fazenda para surfar quando a onda vem está bem e vai continuar bem. Essas correções que ocorrem de tempos em tempos com as atividades agrícolas arrumam o mercado. Se você permanece na atividade e prepara o seu negócio, quando ele sobe, sobe junto o boi gordo, o bezerro, boi magro, novilha... todo o patrimônio em gado cresce! Mesmo que a atividade fique ruim de dois a três anos seguidos, como foi em 2011 e 2012, quando não havia boa remuneração em relação ao custo de produção, o novo ciclo corrige. Vai corrigir em 2014 e 2015.
No longo prazo, a curva de preço é ascendente, mas tem que ter eficiência. Se não tiver eficiência o risco aumenta porque o produtor fica à deriva no mercado. Por isso é que tem que permanecer na atividade. Não dá para se desfazer da atividade porque um ou dois anos foram ruins. A gente já viu esse filme em 2005 e 2006. Vimos de novo em 2011 e 2012.
Hoje dá pra falar que o ciclo virou porque a gente tem o menor preço de 2013 acima do observado em 2012 e o maior preço de 2013 também acima do visto em 2012. Quando comparávamos 2012 a 2011, o menor preço de 2012 foi menor do que em 2011 e o maior preço de 2012 também foi menor que em 2011. Estavamos em ziguezague descendente. Agora, passou para ascendente. A projeção é seguir assim, em alta. O que é difícil é prever neste começo do novo ciclo com qual intensidade a recuperação virá, mas permanecerá até 2015 - assim acreditamos! Fazendo uma conta bem simples e corrigindo 2010 com 5% de inflação até 2015, a gente teria que ter um boi de R$ 145 em São Paulo. É loucura falar isso hoje? Aparentemente sim, mas não é impossível.
Bezerro nelore 180 kg - CG
 20122013
Preço mínimoR$ 633,42R$ 696,24
Preço máximoR$ 703,44R$ 812,16
Boi gordo Campo Grande 30 dias
 20122013
Preço mínimoR$ 88R$ 92,50
Preço máximoR$ 97R$ 105

Carlos Gattass

(*) Carlos Gattass é médico veterinário e mestre em ciência animal com ênfase em nutrição de ruminantes pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e sócio-diretor da Rural Centro.




Alta no preço de referência do boi gordo em São Paulo

por Antonio Guimarães de Oliveira


Mercado do boi gordo firme.

A referência em São Paulo subiu e está em R$107,50/@, à vista. Há indústrias pagando até R$109,00/@, nas mesmas condições.

A oferta restrita de boiadas terminadas tem dado firmeza ao mercado. As escalas de abate em São Paulo variam de três a cinco dias úteis, em média.

Houve valorização em quatorze praças para o boi gordo, à vista, e em onze para a vaca, mostrando que a oferta está curta e o mercado firme em todo o país.

Nem mesmo a terceira semana do mês, período ruim para as vendas dos frigoríficos, freou o comportamento altista.

O mercado atacadista está estável. O boi casado de animais castrados tem sido negociado por R$6,92/kg, valor mais alto desde setembro de 2012. Apesar disso, o preço da arroba em alta não facilita alongamento das margens das indústrias.

fonte: Scot Consultoria

Câmara Setorial da Carne cobra mais recursos para defesa sanitária

Representantes da instituição se reuniram nesta terça-feira (24/9) em Brasília para discutir o Plano Mais Carne

 Shutterstock
"Brasil está fora de 40% do mercado de carne bovina por causa de barreiras", diz Antenor Nogueira (Foto: Shutterstock)

Representantes da cadeia produtiva da pecuária de corte cobraram do governo mais recursos para a defesa sanitária do país. Foi o que afirmou o presidente da Câmara Setorial da Carne, Antenor Nogueira. A instituição se reuniu nesta terça-feira (24/9), em Brasília, para discutir o Plano Mais Carne, que está sendo desenvolvido pelo Ministério da Agricultura. 

“Há uma preocupação do setor produtivo com a falta de recursos para Defesa Agropecuária. O governo reconhece, mas na hora de liberar o recurso não tem”, disse Nogueira, enfatizando que a preocupação com a Defesa Sanitária do país é de toda a cadeia produtiva. 

O presidente da Câmara Setorial disse que o setor está favorável ao plano do governo que, segundo, ele, tem a meta de aumentar em 40% a produção de carne do país. No entanto, Antenor Nogueira avaliou que não adianta produzir mais se não houver mercado. 

“É preciso abrir mais mercados. Não adianta ter financiamento barato, produzir e não ter para quem vender, não ter preço adequado. O Brasil está hoje fora de 40% do mercado global de carne bovina por causa de barreiras”, disse ele. 

O chefe da assessoria de gestão estratégica do Ministério da Agricultura, João Cruz, não detalhou a proposta apresentada pelo governo durante a reunião. Informou apenas que o plano foi mostrado “em linhas gerais” para que os representantes do setor apresentassem sugestões. 

“A idéia é envolver toda a cadeia produtiva, desde a produção primária até o processamento”, informou Cruz, mencionando a defesa agropecuária como uma das áreas que serão atendidas pelo programa. Capacitação de mão-de-obra e crédito também devem ser atendidos, segundo o representante do Mapa. 

Cruz disse ainda que o Ministério trabalha com um horizonte de 10 anos para a consolidação do plano e que é avalia a possibilidade de formação de um comitê gestor das iniciativas. “Nem todas as ações são de curto prazo”, disse ele. 

Para Antenor Nogueira, o debate em torno do Plano Mais Carne deve ser regionalizado. A idéia é fortalecer a participação dos estados e tratar as ações de acordo com as características da pecuária de cada região. “O plano para o Rio Grande do Sul não deve ser o mesmo do Norte e Nordeste”.

fonte: Globo Rural

O "nó do bambu" do agronegócio está na governança das redes sociais

Escrito por: Redação
Fonte: Exame

O mundo mudou, muda e não para de mudar. A nova era da comunicação significa uma ruptura nos antigos papéis da representatividade, da liderança e no poder dos emissores frente aos mudos e anônimos receptores, da eterna fórmula de Marshall McLuhan. Na era da mídia estática, o "meio era a mensagem" e o "feedback" vinha acompanhado de um "delay" no mesmo ritmo do julgamento do "mensalão", quer dizer, muito mais "back" do que "feed". As eras da comunicação vieram da era que já era, a de "Few2Few". Coisa de pouquíssimos para poucos. Meia dúzia de sacerdotes, generais, sábios e artistas para umas dúzias de senhores feudais e seus "convivas". Porém, esse histórico "B2B" (business to business), negócios de pessoas jurídicas para pessoas jurídicas, no agroworld, continua sendo imperativo.

As 500 maiores empresas da Fortune, quando reunidos os seus faturamentos, somam o segundo maior PIB planetário. Não é coisa pouca. E na cadeia de valor do agribusiness, algumas centenas do pós-porteira das fazendas com algumas dezenas do "antes" (antes, dentro e pós-porteira das fazendas, expressão tropical criada na fundação da ABMR&A - Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio), conduzem e locomovem todo esse gigante dos alimentos, bebidas, fibras, energia e derivados do campo.

Portanto,  um dos "nós do bambu" já é velho conhecido e deveria ser extraordinariamente mais bem tratado. Depois do pouquíssimo para poucos, começamos a era do "Few2All", a "mass mídia". A explosão da propaganda e dos universos comportamentais do pós-guerras, desde os desejos sexuais das "pin-ups", decorando aviões de bombardeio, barracas no front das batalhas e os primeiros "tattoos", passando pela distribuição da imprensa, do rádio, televisão, outdoor, cinema, telefonia com Yellow Pages, e o marketing direto da Sears, Seleções e catálogos via correio dominaram o mundo do século XX.

O agronegócio se serviu mais ou menos dessa era, dependendo da competência dos seus líderes. Café da Colômbia deu show, carne Argentina, lácteos da Nova Zelândia, produtos agrícolas holandeses, a carne branca dos frangos explodiu no consumo per capita e o porco se posicionava como a outra carne branca na guerra contra o vermelho do "beef", que por sua vez se defendia e contra-atacava como sendo a "real food to real people". O "B2C" (Business to Consumer)", o Few2All invadiu a praça e os pontos de venda explodiam como novos "palcos do consumo e dos sonhos humanos".

Pelo nosso Brasil, alguns espasmos comunicacionais de massa, de vez em quando surgiam: coma mais arroz, beba mais suco de laranja do vitorioso Emerson Fittipaldi, tome leite, o fim da fome com a vaca mecânica da soja, viva o peixe, café do Brasil (com e sem Pelé); mas nesse mundo do entretenimento ainda continuamos fortes mesmo com o "Ai se eu te pego" do Michel Teló, êxito baladeiro globalizado (bom para o setor têxtil da moda brasileira feminina) e o "Yes, nós temos Banana" de Carmen Miranda, mesmo correndo o risco de importarmos esse bendito fruto das bem organizadas empresas da América Central. E lá seguimos com os nós do nosso bambu do agronegócio.

Adentramos a era da internet, uma revolução interativa e o mundo se transforma num sopro de instantes de segundo num planeta do "All2All". Todos se comunicam com todos. A onda de McLuhan é invertida e revertida. Receptores viram emissores e quem precisa dar o "feed back" são os antigos donos do canal, os velhos "emissores" (as corporações, o estado, os grupos de comunicação).

O "All2All" alavancou o "All2Few". Grupos, ONG's, associação de interesses de minorias, de excluídos, de ideias, de filosofias, das mais diferentes "tribos" conquistaram as "nuvens" e sua microssegmentação passou a pulverizar o planeta, a tweetar, microblogar, e não são mais os meios a extensão da nossa "nervatura", passamos a ser cada um, na sua unicidade, ao mesmo tempo um decodificador. A desliderança assume, a desrepresentatividade cultua, a desinteligência sai do "few" e se espraia no "cult fog for all". É o novo "forró" da miscigenação, da hibridação e do nó do bambu a ser compreendido e superado pelo novo agronegócio brasileiro e mundial, já exigindo uma repactuação cognitiva e de "rebrand", assumindo um novo constructo mental: "agrossociedade".

Aportamos em 2013. O bambu é genial: vegetal fino, alto, resiste a temporais, vendavais e furacões. Raízes legítimas fortalecidas em rede sob o solo dos bambuzais. No seu desenvolvimento aéreo, para cada segmento do crescer, registra um nó do fortalecer. Sem os nós não existiriam bambus. A partir da forja de cada nó essas mais de 1.250 espécies "bambuseaes e Olyraes" revelam ao filósofo mundano o apreciar da sabedoria nata: os nós da vida podem nos parar, se não fizermos deles as novas bases de sustentação para o inexorável evolutivo da recriação e crescimento, na eterna luta contra a entropia.

O novo agronegócio é fino, capilar, radicular, alto para falar com a fotossíntese solar, e doravante condenado às redes sociais. Desde suas raízes na valorização da origem dos produtos do campo e dos agricultores e criadores; nas sínteses da ciência e da tecnologia que irão servir a milhões de senhores na multiplicação dos genes, insumos e máquinas, e na difusão cooperativa e competitiva pela luta dos desejos  e vontades humanas, na ponta final do moderno marketing, na hora e na vez dos neurônios e dos seus educadores. É tempo da governança das redes: o respeito ao evidente da nova era deste nó contemporâneo do Bambu do Agronegócio.

Precisamos aceitar e mudar com e para as redes sociais. Ninguém vai mandar em redes. Ilusão tola imaginar portais senhores de um oráculo do "Few2Few". Na nova catedral todos são "Chicos". O espaço não é mais o físico, o reino termina por ser oferecido aos novos "carpinteiros do universo", os "designers". Artífices do "patchworking" de átomos, bósons, especiarias, sabores e prazeres.

A vitória passa a ser do humilde que se rende a reunir e orquestrar notas soltas na polifonia reverberadora de ecos das multidões não mais "silenciosas", mas guturais e estridentes como um heavy metal de Metállica ou Destruction, ou de imenso poder de empatia como um show de Bruce Springsteen, ou ainda com a suavidade pantaneira de Almir Sater e a beleza de Paula Fernandes.

A única forma possível de atuarmos para a construção do diálogo e da negociação dentro de cada cadeia produtiva do agronegócio brasileiro exige "articulação de redes sociais, com governança adequada". A única forma de conversar com as Mummy Bloggers da Europa e criar ambientes estimuladores para apoiar o fim da queda do consumo da laranja no mundo exige inteligentzia de redes sociais.

A conversa da sustentabilidade, da educação nutricional, da agenda política, onde políticos são pautados hoje pela voz das ruas, e a voz das ruas é pautada pela voz das redes, e a voz das redes é pautada por "ninguém", mas por uma constelação de muitos  "alguém's", explodem as clássicas representatividades. Não dá mais para fazer democracia via 513 deputados, burocracia judiciária, executivos político-partidários faccistas (não confundir com fascistas) e muito menos aproximar, harmonizar e criar reais ambientes éticos de discussão e debates do antes, dentro e pós-porteira das fazendas no agronegócio sem o envoltório e o invólucro do "além das porteiras": o M2M - Machine to Machine do novo ser humano "enpowered by hiper high tech", acessível, acessável e barato: "We can" and "We get".

A velocidade mudou, eu posso e eu quero - agora .  Nunca vimos isso na história humana, portanto esse desconhecido nos assusta e tentamos retardar o seu diagnóstico. Fugimos dos exames para não fugir da atual vida à qual nos acostumamos. Tenho acompanhado a batalha emblemática e íntegra do Rodrigo Mesquita, criador da Agência Estado, do "Agrocast", já nos idos da década de 80 para 90. Esse jornalista foi pioneiramente membro do Media Lab no MIT, e tem se destacado por uma honesta antevisão dos fatos. Rodrigo tem se dedicado, ao jeito de um incansável "jesuíta", na nossa catequese a respeito da necessidade óbvia de realizarmos no agronegócio brasileiro uma ação convicta e urgente na "articulação da rede social do setor, com governança adequada".

Isso não quer dizer mais um novo portal, ou um grupo de "intelectualóides" reunindo métricas e estatísticas para criar um monóculo que enxerga os próximos 200 metros, quando o presente de 2013 passa a ser o resultado do futuro de 2033. E eu nunca vi e desafio você a se lembrar de alguma futorologia bem sucedida, de "gênios da economia ou de ciências congêneres", a não ser dos verdadeiros autores de "ficção". Singularity já era e Plurality já era, e o vir a ser é o desafio da nova criatividade sensitiva.

Raymond Kurzweil, futurólogo, com 19 doutorados adota a "explosão da inteligência" e a longevidade dos 400 anos como idade média no futuro (se você não gostar da vida está desgraçado). O M2M, dispositivos para dispositivos, amplificação da inteligência, da sensorialidade, sensibilidade e da sensitividade humanas já estão aqui. Talvez o próximo apagão no campo brasileiro não venha a ser o da infraestrutura dos silos, estradas e portos, e sim o do  congestionamento dos satélites, inviabilizando as novas máquinas agrícolas de fazerem sozinhas o que camponeses do passado jamais conseguiriam fazer com suas enxadas e arados, e mesmo inimaginável para Norman Borlaug, o pai da revolução verde.

Está na hora de nos apaixonarmos por esse "nó do bambu" que está na cara de todos do agronegócio brasileiro. A construção dos novos líderes, coordenação de cadeias, discussão com a sociedade urbana, educação e evolução do profissional do campo, preservação de mais de 1 bilhão de produtores rurais, micros e pequenos no mundo, eliminação da fome e construção da saúde na luta do antidesperdício da comida jogada fora dentro e fora dos corpos humanos, uma pelo que se perde antes de comer e a outra pelo que se perde pelo modo obeso de ser, a distribuição e o acesso à tecnologia veloz para todos da mente do cientista para o uso simples do leigo reeducando; são fenômenos só possíveis de serem trabalhados e arquitetados neste presente que já é o resultado do futuro por meio da gestação, articulação e da governança de redes sociais.

Não existem donos do futuro, existem intérpretes, negociadores, honestos admiradores. A pergunta não pode ser mais o que o futuro tem para nós? E sim: o que nós temos para o futuro? Está na hora de entrarmos no "point of no return" do nó desse bambu. Ele já está aí e é coisa dada. Daqui pra frente precisamos crescer a partir dessa nova base, que não é simplesmente comunicacional, é arte e estratégia do novo liderar. A liderança já é invisível. A articulação e a governança de redes sociais é visível.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Principais destinos de exportação da carne bovina brasileira, a participação Russa e os boatos de embargo


Prezados,

Devido aos rumores desta terça-feira(24) sobre possíveis complicações com a exportação de carne brasileira para a Rússia, seguem informações sobre a representatividade daquele mercado para o Brasil:
exportação brasileira por países
Em 2013, a Rússia aumentou em 13% os embarques de carne bovina brasileira e hoje participa de 21,42% do volume total embarcado pelo Brasil. Assim sendo, sua representatividade é grande, assim como, de fato, seria representativo o efeito de um possível embargo total à carne brasileira.

Entretanto, a possibilidade é remota e por enquanto apenas algumas plantas consultadas relataram algum tipo de problema. Para tal afirmação, baseamo-nos na tabela a seguir:
Exportador
Brasil
49,46
Argentina
53,98
Uruguai
56,06
Paraguai
46,36
Austrália
43,63
Estados Unidos
73,42
Ela mostra o valor da arroba do boi gordo nos diferentes países exportadores. Hoje, o Brasil compete em preço apenas com o Paraguai. No caso da Austrália, não competimos pelos mesmos mercados.
Atenciosamente,
Lygia Pimentel
Fonte: Agrifatto

Campanha da FARSUL

Câmara da Carne se reúne nesta terça-feira




Encontro vai tratar sobre proposta do Programa Mais Carne.

Os participantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina estarão reunidos nesta terça-feira, 24 de setembro, a partir das 14h, na sala de reuniões do CNPA, térreo do edifício-sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília. Será apresentada por um representante da Assessoria de Gestão Estratégica a proposta do Programa Mais Carne, do Plano Mais Pecuária.

Já no dia 25 (quarta-feira), das 9h às 17h, os integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco vão debater assuntos do setor. O encontro também será no Mapa.

Haverá no dia 26 (quinta-feira), das 10h às 17h, no auditório maior do Mapa, a reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados. Entre os assuntos que serão abordados está a proposta do Programa Mais Leite, do Plano Mais Pecuária.



Fonte: Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Na mesa uruguaia


Para garantir o abastecimento interno de carne, o Uruguai, que é um tradicional exportador, têm recorrido ao Brasil. O Frigorífico Silva, de Santa Maria, é um dos que está fornecendo produtos aos uruguaios. Conforme Gabriel da Silva Moraes, sócio e diretor da empresa, há cerca de um mês a unidade vem embarcando 44 toneladas de carne por semana para o país vizinho:

– Quando falta carne no mercado interno, o Uruguai costuma buscar produto na Argentina ou no Rio Grande do Sul, por conta da qualidade.

A iniciativa, porém, é temporária – até a demanda estar regulada. Moraes projeta embarques até o próximo mês. Em breve, o Frigorífico Silva irá ampliar a capacidade. Com a conclusão das obras nas câmaras de armazenagem de carcaça, a capacidade de abate, atualmente 650 cabeças por dia, será ampliada.

Para o consultor Fernando Velloso, da consultoria FF Velloso & Dimas Rocha, o desabastecimento no mercado uruguaio tem relação com a matriz de exportação. Ao acessar mercados que remuneram mais, eles optam por vender o que produzem e importar carne para o consumo interno.

– Eu leio de forma positiva esse movimento. Conseguiram a colocação em países que pagam mais e aí importam produtos mais baratos para atender o mercado interno – diz Velloso.

fonte:  Redação Zero Hora

Açougues brasileiros acompanham as novas tendências e se transformam em boutiques de carne

O açougue está se transformando para oferecer um ambiente mais agradável ao cliente, que é cada vez mais exigente, com diversidade de produtos e atendimento personalizado. Essa estratégia pretende fortalecer as pequenas empresas diante da concorrência dos supermercados.
Os açougues perceberam que para sobreviver precisam se diferenciar no serviço, agregando valor ao produto, diz Manuel Henrique Faria Ramos, presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Carnes Frescas do Estado de São Paulo. Essa não é uma tendência abstrata, é uma realidade, quem não seguir corre o risco de fechar as portas, afirma.
A modernização, conta Ramos, é necessária para os açougues instalados em bairros com moradores cujo poder aquisitivo é maior, mas também é importante para os estabelecimentos que funcionam em regiões mais populares.
De acordo com o sindicato, existem no Estado de São Paulo em torno de 17 mil açougues. Desse total, perto de 80% faturam até R$ 240 mil e apenas 2% ultrapassam os R$ 2 milhões.
O açougue Santa Bárbara, que funciona há 30 anos no Morumbi, em São Paulo, seguiu pelo caminho da modernização. Muito em função da percepção do proprietário do estabelecimento, Sydney Moreira. Afirmam vender carne de qualidade com foco em prestação de serviços. Sendo assim acreditam que, quanto mais opções tiverem, mais clientes terão. A loja comercializa entre 12 e 14 toneladas de carnes por mês, incluindo cortes especiais e produtos importados da Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Japão.
Mas para dar certo, não é só ter loja bonita, tem que ter os melhores produtos e o melhor atendimento, alerta Moreira. Dono de açougue que não se modernizar vai parar no tempo. Os consumidores estão mais exigentes.
Outro empreendedor que tem experiência na área é Ricardo Gabriel, dono do Prime Beef, localizado em Moema, também na capital paulista. A loja enquadra-se no que o mercado convencionou chamar de açougue gourmet ou butique de carne.
prime beef
A aposta em cortes especiais e também na importação de produtos deu resultado – o negócio já ocupa um imóvel maior em relação ao início do empreendimento, cinco anos atrás, e Gabriel estrutura o crescimento da empresa por meio de franquias. Além da venda direta ao consumidor, o Prime Beef também organiza cursos que ensinam a preparar o churrasco. Alguns alunos gostaram tanto que abriram suas lojas próprias, conta.
Maria Elvira Rosete, do curso de Design de Interiores do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, acredita que o movimento de modernização das instalações dos açougues é natural e semelhante ao que ocorreu no passado com as padarias: proporcionar mais conforto e bem-estar ao consumidor. O ambiente do açougue deve ser limpo, mas não precisa ser inóspito, todo branco, diz Maria.
Hoje, temos diversos materiais de revestimento que imitam cimento queimado e madeira, por exemplo. Há quem pense que para ter um design diferenciado é preciso muito dinheiro e sofisticação, mas não é isso, é possível encontrar um bom profissional para pensar isso de acordo com o orçamento que a loja tem.
Veja notícia relacionada:
Fonte: Jornal Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Marfrig nega rumores de venda de ativos para Minerva e BRF


O grupo Marfrig negou informações de que planeja vender ativos para o frigorífico Minerva e para a BRF. Um comunicado da empresa afirma que "a companhia não está negociando a venda de operações brasileiras para a Minerva ou ativos internacionais para a BRF". A revista Veja publicou neste sábado uma nota na coluna Radar na qual confirma as operações de venda.
A Marfrig tem buscado reduzir seu endividamento. Em junho, a empresa firmou acordo de venda de sua marca Seara por R$ 5,85 bilhões para a JBS. Dentre desse esforço, o grupo recomprou nesta semana US$ 188 milhões em bônus com vencimento em 2016, após vender US$ 400 milhões em títulos de 2021.
A companhia também negou que sua dívida alcance R$ 11 bilhões, dizendo que a reportagem não leva em consideração a venda da Seara.
(Bloomberg News)

Fonte: Valor Economico