sábado, 15 de setembro de 2012

El Niño terá fraca influência nesta primavera e verão


Primavera típica de El Niño, mesmo que fraco. Com isto, as chuvas mais fortes concentram-se sobre a Região Sul, ficando ligeiramente acima da média. Além disso, também há previsão de chuva entre a média e ligeiramente acima da média em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Piauí e Maranhão. Entretanto, é importante salientar que nestes Estados, a chuva vem de forma mais irregular no início da estação consolidando-se apenas no decorrer de outubro ou novembro, dependendo do Estado.
Já na Região Norte, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, há previsão de precipitações abaixo da média.
Para o verão, espera-se influência do fenômeno El Niño, mesmo que de forma mais fraca. Isto fará com que a precipitação fique entre a média à acima da média na Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul. No Sudeste e Centro-Oeste, o verão será caracterizado pelas pancadas de chuva de fim de tarde ao invés das invernadas. Além disso, a chuva tende a cortar antes do normal por conta do El Niño.
No Nordeste, apesar da previsão de chuva acima da média na maior parte da Região, alerta-se para a má distribuição desta precipitação, devendo ficar concentrada apenas no início da estação. Já na Região Norte, a previsão é de chuva abaixo da média em boa parte dos Estados, como é normal para verões de El Niño.
Fonte: Somar, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Indústria da carne bovina perde força no Canadá, diz jornal


A indústria de carne bovina do Canadá está em uma situação de "declínio crônico", já que o país pode se tornar um importador líquido do produto pela primeira vez em uma geração, informou na edição desta segunda-feira (10) o jornal Globe and Mail. O Canadá tem embarcado cada vez mais animais vivos e cortes de baixo valor para os Estados Unidos, seu principal comprador. Em contrapartida, a importação de peças de alto valor norte-americanas vem aumentando, segundo dados do Instituto de Política Agroalimentar canadense (CAPI, na sigla em inglês). Em razão disso, a balança comercial do país com os EUA em vendas de carne bovina tem apresentado déficits cada vez maiores. Em 2011, ela ficou favorável ao Canadá em 42 milhões de dólares canadenses (1 dólar canadense = US$ 1,02), bem abaixo do 1,4 bilhão de dólares canadenses registrados em 2002. Enquanto os derivados de carne bovina canadense enviados aos EUA valem, em média, 3,74 dólares canadenses por quilo, os provenientes dos EUA estão em 6,55 dólares canadenses por quilo. Além disso, o rebanho do Canadá também está diminuindo. Desde 2005, o recuo foi de um milhão de cabeças, ou 20% do total. A indústria canadense aponta a competitividade externa, a valorização da moeda local, a escalada dos preços dos insumos e o enfraquecimento da demanda interna como as causas dessa redução. "O setor está abrindo mão de oportunidades econômicas, e sua posição competitiva está ficando para trás", diz o CAPI. O país precisa de "uma firme estratégia de longo prazo e de empenho para executá-la". Tal estratégia, segundo o CAPI, incluiria colaboração entre produtores, fazendeiros e governo, além de uma liderança definida. As informações são da Dow Jones.
Fonte: 

Boa oferta de animais e pressão de baixa no preço do boi gordo no Rio Grande do Sul


por Alex Santos Lopes da Silva


A boa oferta de animais terminados em pastagens de inverno continua no Rio Grande do Sul.

Em setembro, tipicamente ocorre a retirada dos animais destas pastagens para a implantação das lavouras, o que aumenta a oferta de boiadas para abate.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo no Rio Grande do Sul está cotado, na média das duas praças (Pelotas e Oeste do estado), em R$2,98 por quilo vivo, à vista. Uma queda de 1,7% na comparação com os R$3,03/kg pagos na semana passada.

Quando analisamos os preços pagos há um mês, a queda é de 4,8%.

Este cenário de maior oferta de animais para abate e forte pressão nos preços deve continuar até o final do mês, quando grande parte das áreas que serão destinadas às lavouras deverá estar liberada para plantio.

*Colaborou Renato Bittencourt

Fonte: SCOT CONSULTORIA

EXPORTACIÓN DE BOVINOS HACIA ESTADOS UNIDOS


Incidencia de casos de tuberculosis bovina en declive.
Durante el último ciclo de exportación que finalizó el pasado 31 de agosto, se exportaron un millón 550 mil 512 cabezas de ganado bovino, lo que significó un incremento del 11% con respecto al ciclo anterior. A su vez, los controles implementados en nuestro país para llevar a cabo el proceso de exportación, han sido fortalecidos a través de diferentes acciones en las entidades involucradas, lo que resultó en la disminución de casos de tuberculosis en ganado originario de México, al presentarse únicamente cuatro casos, mientras que en el ciclo anterior fueron nueve.
Durante los ciclos de exportación de 2000 a 2006, se dieron un total de 124 casos de ganado con tuberculosis (1.78 casos por cada 100,000 cabezas exportadas); de 2007 a 2012, sólo se notificaron 26 casos (0.38 casos por cada 100,000 cabezas exportadas). Lo anterior implica que se presentaron 5.9 veces menos casos de tuberculosis bovina en ganado exportado en comparación con el periodo de 2000 a 2006, lo cual refleja que el manejo zoosanitario de este tipo de ganado ha mejorado sustancialmente en cuanto a los controles zoosanitarios.
Estos logros son consistentes con los avances en la erradicación de la tuberculosis bovina en el país, lo cual ha permitido reducir la prevalencia de hatos infectados por debajo del 0.50% en el 83.12% del territorio nacional, por lo que actualmente se cuenta con 12 entidades completas y 25 zonas de 14 estados en fase de erradicación, y seis estados en fase de control, así como con el reconocimiento internacional por motivo de exportación de ganado en pie para un total de 23 entidades con 24 regiones reconocidas “de baja prevalencia”, lo que representa un 62.22% de la superficie nacional habilitada para la exportación a los EUA. Esto incide de manera importante en el ingreso de los ganaderos de México al representar, solo en este año, una derrama económica por concepto de exportación cercana a los mil millones de dólares.
La inversión del Gobierno Federal de 2007 a 2012 para la operación de la campaña de tuberculosis bovina, movilización y despoblación de hatos infectados fue de 278 millones de dólares, lo que ha repercutido en un ingreso de 4 mil 227 millones de dólares por concepto de exportación, la disminución de requisitos sanitarios para la movilización nacional, el incremento del 25% de precio del kilogramo de ganado en pie en el mercado nacional, así como la generación de empleo directo para 2 mil 111 profesionistas y técnicos, contribuyendo con la seguridad alimentaria del País y lo más importante, la reducción de riesgos en salud pública.

Fuente: DGSA

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

COTAÇÕES



Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 13/09/2012
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 12/09/2012 - PRAÇA RS


Ver todas cotações Ver gráfico

MACHOS Programa** H & B***
Carcaça R$ 6,22 R$ 6,28
KG Vivo R$ 3,11 R$ 3,14
FÊMEAS Programa** H & B***
Carcaça R$ 5,90 R$ 5,83
KG Vivo R$ 2,77 R$ 2,74
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD 

ICMS na venda de bovinos: Governo atende pedido da Faesc

O Governo do Estado atendeu pedido da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc) para eliminar a incidência de imposto estadual (ICMS 12%) sobre a comercialização de bovinos e bufalinos com mais de 24 meses.

A Secretaria da Fazenda publicou o decreto 1135/12, de 22 de agosto deste ano, alterando o artigo 4o, item III-b, do anexo 3 do Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (RICMS). Com essa alteração é retirada a condição de idade mínima de 24 meses do gado bovino e bufalino para usufruir do diferimento na saída do estabelecimento agropecuário quando destinados à comercialização, industrialização ou atividade agropecuária.

O governo concedeu o regime de diferimento (adiamento) do ICMS incidente na operação por dois motivos: a simplificação da tributação incidente e o fato do controle sanitário realizado por meio de brincos de identificação já atender às necessidades do fisco catarinense.

O presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo realça que a medida era necessária porque evita transtornos na fiscalização, como vinha ocorrendo, controle da idade dos animais em cada nota do produtor rural e, principalmente, porque impedirá a bitributação. A fiscalização e a tributação indevida estavam ocorrendo nas principais regiões produtoras de bois e búfalos, como São Joaquim, Lages, Santa Cecília etc.

A Faesc formalizou pedido no mês de agosto ao governador João Raimundo Colombo, aos secretários João Rodrigues (Agricultura e Pesca) e Nelson Serpa (Fazenda) o diferimento do ICMS de toda a comercialização de bovinos e bufalinos feito entre produtores rurais.

A legislação catarinense já tratava de situações semelhantes. A norma fiscal em vigor já estabelecia que nas operações abrangidas por diferimento fica atribuído ao destinatário da mercadoria a responsabilidade pelo recolhimento do imposto na condição de substituto tributário. Assim, o imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de estabelecimento agropecuário, quando destinadas à comercialização, industrialização ou atividade agropecuária.

Estão inclusas nessa situação os produtos agropecuários em estado natural e o gado bovino ou bufalino com destino a estabelecimento abatedor com idade igual ou inferior a 24 meses, vacas de leite, vacas magras e vacas com cria ao pé, com destino a outro estabelecimento pecuarista ou a outro estabelecimento do mesmo titular. Também encontram-se nesse enquadramento o gado ovino com destino a estabelecimento abatedor ou em operação entre produtores ou, ainda, gado equino em operações entre produtores.

O vice-presidente Nelton Rogério de Souza explica que a Faesc obteve agora, em síntese, é a ampliação do diferimento para todas as categorias e para toda a comercialização de bovinos e bufalinos, o que, na prática, significa apenas diferir também as categorias de machos e novilhas com idade acima de 24 meses na comercialização entre produtores.

DÉFICIT

Grande produtor mundial de aves e suínos, Santa Catarina apresenta déficit no segmento de carne bovina: produz 109 mil toneladas por ano e importa 73 mil toneladas para um consumo anual total de 181 mil toneladas. O consumo per capita é de 30,3 kg/habitante/ano.


Agrolink com informações de assessoria

Boi/CEPEA: Arroba e carne seguem em alta

Entre 5 e 12 de setembro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (São Paulo, à vista, livre do Funrural) subiu 1,36% e, no acumulado de setembro, o aumento é de 2,45%. Nessa quarta-feira, 12, o Indicador fechou a R$ 96,64, valor semelhante ao verificado no mesmo período do ano passado, em termos nominais.

Em relação à carne negociada no mercado atacadista, a carcaça casada de boi, que registrou fortes valorizações nas semanas anteriores, seguiu em alta nos últimos dias.De 5 a 12 de setembro, o preço médio da carcaça casada de boi subiu 0,3% e, no acumulado deste mês, expressivos 4,9%, com a média a R$ 6,85/kg nessa quarta-feira – esse valor é 9,78% superior à média do mesmo período de 2011, em termos nominais.

Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta de animais prontos para abate continua restrita e pecuaristas com lotes a serem comercializados estão recuados, sobretudo devido aos valores menores oferecidos pela indústria. De modo geral, a expectativa desses vendedores é de obter preços maiores que os atuais para vendas no curto e médio prazos.



Fonte: Cepea/Esalq

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

GRANDE OPORTUNIDADE!!!

LIQUIDAÇÃO SANTA AMABILE

EU FIZ PARTE DESTA HISTÓRIA !!!!

Encontro Nacional da Pecuária reúne lideres do setor


O Encontro Nacional da Pecuária realizado na segunda feira(10-09) na cidade de Presidente Prudente-SP reuniu varias lideranças de entidades, associações rurais e pecuaristas das principais regiões com produção agropecuária, além da presença de alguns parlamentares.

O evento foi organizado pela União Democrática Ruralista (UDR) com apoio da Frente Nacional da Pecuária de Corte, Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Federações e Sindicatos Rurais.

O objetivo da reunião foi discutir e apresentar soluções para o setor produtivo da pecuária, com destaque para a criação do Consebov, o conselho da bovinocultura e fundamentalmente o combate a práticas de cartel e monopólio.

Segundo esclareceu o presidente da UDR, Luiz Antonio Nabhan Garcia, uma das metas da classe produtora é criar um conselho a exemplo do Consecana que resultou em um ponto de equilíbrio entre produtor e industria, ou seja, o objetivo é buscar através do Consebov, um conselho um pouco mais amplo, onde o setor Varejista (Açougues) também participe, porém Nabhan não poupou críticas a ausência do Governo Federal nos planos e incentivos para o setor da pecuária brasileira e estabelecer um mecanismo com punições mais severas para eventuais práticas de Cartel e Concentração nas Industrias frigoríficas.

O Consebov praticamente já é uma realidade, explicou Antenor Nogueira, que preside o Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA. "Já tivemos algumas reuniões com os frigoríficos, varejistas e pecuaristas, além de professores e doutores de Universidades Federais, foi dado o sinal verde e agora estamos elaborando o estatuto do Conselho da Bovinocultura".

Para o presidente da Federação da Agricultura do Mato Grosso (Famato) que é também membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, Rui Prado, a efetivação do Consebov deve trazer o equilíbrio tão esperado do setor e gerar segurança para toda cadeia produtiva da carne, e quanto as manifestações e cobranças do setor. Prado fez questão de se colocar como interlocutor e defensor do setor junto ao referido Conselho e demais Órgãos e Instituições.

Já o presidente da Frente Nacional da Pecuária (Fenapec) Francisco Maia, destacou a importância da união dos pecuaristas e que o Consebov é hoje a reivindicação mais cobrada dos produtores, porém para se ter sucesso, todos os elos envolvidos precisam abrir suas planilhas de custos e a lucratividade seja distribuída de forma homogênea para todos. Chico Maia também cobrou das Instituições competentes que seja feito um Refis dos médios e pequenos frigoríficos para que eles tenham acesso aos recursos do BNDES.

Os Deputados Federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Eleuses Paiva (PSD-SP) destacaram a representatividade das entidades presentes ao encontro e ambos defenderam a criação do Consebov e fizeram questão de manifestar apoio incondicional a todas as reivindicações da classe produtora ao mesmo tempo que se colocaram a disposição no Congresso Nacional.

Estiveram também presentes no Encontro Nacional da Pecuária, a comitiva paraguaia de ruralistas representadas pela diretoria da Asociación Rural Del Paraguay com seu presidente, Dr. Germán Ruiz Azevedo, o Vice Egro. Fidel Zavala e o diretor Nevercindo Cordeiro. (Fonte: Assessoria UDR)

Falta de confiança compromete resultados da cadeia da pecuária brasileira


Falta de confiança compromete resultados da cadeia da pecuária brasileira “A base dos problemas da cadeia da carne está no comprometimento do fluxo de informação e da transparência. Falta confiança nas relações e todos os elos perdem com isso”. A afirmação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e diretor-vice-presidente da CNA, Eduardo Riedel, durante palestra na Conferência Internacional de Confinadores, nesta quarta-feira (12). O Interconf 2012 reúne até esta quinta-feira, em Goiânia (GO), representantes dos segmentos da pecuária de confinamento bovino do País.

Na palestra “O que o produtor precisa da indústria”, Riedel citou a pesquisadora Silvia Caleman, que teve seu trabalho de Doutorado sobre as ineficiências da cadeia produtiva da carne bovina em Mato Grosso do Sul reconhecida como a melhor tese na área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo no Prêmio Tese Capes 2011. Como o título “Falhas de coordenação em sistemas agroindustriais complexos: uma aplicação na agroindústria da carne bovina”, a pesquisa identificou dificuldades nos vários agentes que compõem a cadeia de carne bovina. Além de listar as ineficiências, a pesquisa apontou as falhas na transmissão de informações e na falta de entendimento dos processos que regem as relações entre os elos da cadeia.

O dirigente enfatizou que é preciso pensar como cadeia e que organizações como a Associação Nacional de Confinadores (Assocon) podem contribuir significativamente na condução de um modelo de relacionamento que seja mais aberto e transparente. “Podemos aprender com outras cadeias a maneira como elas conseguiram fazer o fluxo de informação funcionar. O Consecana, por exemplo, sabe o percentual de receita que fica com a indústria e o percentual que fica com o produtor”, afirmou. O presidente da Famasul acredita que, mesmo com o tamanho do Brasil ou com as diferenças regionais dá para construir um modelo eficiente que atenda às características do segmento.

Na apresentação, demonstrou a transformação que a cadeia da carne vem sofrendo nos últimos dez anos e apresentou análise da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre dados do último Censo Agropecuário do IBGE (2006), a pedido da Famasul. Entre os aspectos analisados, o perfil do setor, formado por quase 5,2 milhões de produtores em todo o País. Desse universo 300 mil, ou 5,8%, estão na classe A/B. Pequenos em proporção, esse grupo responde por 78% do Valor Bruto de Produção da agropecuária brasileira.

Com o tema “Processos desencadeiam processos”, a Interconf 2012 aborda as relações entre os elos das cadeias a partir da fragilidade gerada pela interdependência, em especial a formada pelo produtor/frigorífico. Além da palestra, Eduardo Riedel também participou da mesa redonda denominada “Um encontro entre produtor, frigorífico e varejo da carne”.



Frigoríficos avançam no Paraguai


 
Com a recente compra do Frigomerc pelo Minerva, o Brasil ampliou seu já expressivo domínio sobre a cadeia da carne bovina no Paraguai. Fontes do mercado estimam que, juntos, Minerva, JBS e Torlim passaram a responder por cerca de 60% dos abates e exportações do país. De acordo com dados fornecidos por fontes da indústria brasileira, em 2011 as três empresas foram responsáveis por 49% - pouco mais de 72 mil das 142 mil toneladas - da carne bovina exportada do Paraguai. Assim, capturaram praticamente a metade da receita cambial do setor, ou US$ 377 milhões de US$ 755,7 milhões.
Estima-se que só o Frigomerc, a segunda maior planta do país, tenha exportado perto de 20 mil toneladas ou US$ 110 milhões em 2011. De acordo com o Minerva, sua nova aquisição faturou US$ 150 milhões no período - o frigorífico brasileiro não confirma, porém, os dados relativos à exportação do Frigomerc. Com isso, o Minerva, que em 2011 exportou 13,8 mil toneladas ou US$ 67,8 milhões por meio do Friasa - até então sua única controlada no Paraguai - espera ver sua receita saltar para mais de US$ 150 milhões, segundo seu diretor financeiro, Edison Ticle. Desse modo, sua fatia nas exportações paraguaias de carne deve saltar de 8% para perto de 20%.
Entre os brasiguaios da carne, o Torlim é o líder, segundo apurou o Valor. Com capacidade de abate diário estimada entre 1,5 mil e 2 mil cabeças, o frigorífico exportou cerca de 35 mil toneladas (US$ 173 milhões) em 2011 - 23% das exportações do segmento. Procurada, a empresa não se manifestou sobre suas operações no país vizinho. Em segundo lugar, aparece a JBS. A empresa, que não revela a capacidade de abate no país, exportou 22,4 mil toneladas ou US$ 140,9 milhões em 2011 - uma participação de 19%.
O Paraguai tornou-se atraente devido aos custos mais baixos e, nas palavras de Ticle, ao "ambiente de negócios muito mais amigável e racional do que no Brasil", com uma legislação trabalhista "flexível" e um sistema tributário bastante simples. A chegada dos brasileiros ao Paraguai, a partir da década passada, coincidiu com um expressivo aumento nas exportações. O número de animais abatidos para atender o mercado externo saltou de 311 mil, em 2000, para mais de 1 milhão.
Os brasileiros também estão bem posicionados em um dos mais tradicionais exportadores de carne bovina do mundo: o Uruguai. Com seis unidade no país vizinho, Marfrig, JBS e Minerva lideram as exportações uruguaias de carne. Entre janeiro e julho, os brasileiros responderam por 38,1% da receita com essas exportações, segundo o Instituto Nacional de Carnes (Inac). Nos abates, a participação dos brasileiros é igualmente relevante. Com 433 mil cabeças processadas entre janeiro e julho, os três frigoríficos representaram 35,8% dos abates no Uruguai.

A presença no Uruguai é estratégica. À frente do Brasil no que diz respeito à sanidade - todo o território do país é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de aftosa com vacinação -, o Uruguai é o único da América do Sul habilitado a exportar carne in natura para EUA e Canadá. "O Uruguai é menor que o Brasil, mas tem um histórico muito bom", afirma James Cruden, CEO da Marfrig Beef, divisão de bovinos da companhia. Ele diz que as condições sanitárias abriram uma oportunidade para a empresa em 2011, quando um foco de febre aftosa restringiu as exportações do Paraguai. "Com o problema, o Chile se tornou um mercado grande para o Uruguai".

O avanço dos brasileiros no Mercosul poderia ser ainda maior, não fossem as dificuldades impostas pelo governo da Argentina, que restringiu as exportações em favor do mercado interno. Com isso, as exportações do país desabaram 67,5% desde 2005. "As exportações hoje não passam de 30%, 40% da produção. Antes, eram 60%", diz Cruden.
FONTE: VALOR ECONOMICO

Três C faz acordo com empregados

O Ministério Público do Trabalho (MPT) agendou com o Frigorífico Três C, de Rio Pardo, audiência para o dia 19, em Santa Cruz do Sul, para formalizar um acordo em relação ao atraso salarial dos 130 trabalhadores. Apesar do agendamento da audiência, o diretor-executivo do Três C, Waldemar Lopes de Moraes, afirma que já houve acordo, na segunda-feira, entre a direção da empresa e os funcionários. O salário de agosto foi pago na última semana e ficou acertado que, daqui para frente, não haverá novo atraso nos vencimentos. Os salários referentes aos meses de junho e julho serão pagos em seis vezes a partir de outubro. O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Rio Pardo confirmou o acerto.

FONTE: PORTAL DBO

ABRAFRIGO leva associados a World Food Moscow 2012

 
Para ampliar a participação de pequenos e médios frigoríficos na pauta de exportações da carne bovina para o que é o principal mercado comprador do produto brasileiro, a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) está levando alguns dos seus associados ? o Frigon (Rondônia), Cooperfrigu (Tocantins) e Barra Mansa (São Paulo) para participar da World Food Moscow 2012, de 17 a 20 de setembro, no maior evento da Rússia voltado ao setor de alimentação

A feira  está dividida em nove seções que envolvem produtos como carnes e aves, peixes e frutos do mar; frutas e produtos hortícolas, confeitaria e padaria; mercearia; óleos, gorduras e molhos; produtos congelados; conservação; leite, chá e café, e bebidas. O evento inclui o Fórum do Futuro da Agricultura Russa, mesas de apresentação de produtos, degustações e muitas outras atividades. Estão representados 55 países e são esperados mais de 50 mil de visitantes profissionais.

A ABRAFRIGO está participando de cinco eventos de grande repercussão no mercado mundial da carne  para divulgar melhor o trabalho de suas empresas associadas. O Brasil exportou carne bovina em 2011 num valor superior a US$ 5 bilhões mas menos de 10% deste valor foi realizado por vendas de pequenas e médias empresas. “Agora os importadores, mesmo os mais tradicionais, desejam ampliar o número de fornecedores brasileiros”, informa o Presidente Executivo da ABRAFRIGO, Péricles Salazar. Há dois anos a entidade criou o seu Departamento Internacional (DPINT) e já conseguiu habilitar vários de seus associados para exportação a diversos países.

Em 2012, a participação da ABRAFRIGO em feiras internacionais começou pela International Green Week Berlin,  realizada de 20 a 29 de janeiro, na Alemanha. Depois disso, a entidade participou da Dubai Gulf Food 2012, em Dubai (UAE), de 19 a 22 de fevereiro, e da Sial China, de 9 a 11 de maio, em Shangai.  Agora participa da World Food Moscow 2012, de 17 a 20 de setembro, na Rússia e em seguida da Sial Paris, de 21 a 25 de outubro, na França.

FONTE:
Assessoria de Imprensa ABRAFRIGO

LIQUIDAÇÃO SANTA AMABILE


BOI: Mercado firme com valorização do preço referência em São Paulo


Hyberville Paulo D´Athayde Neto
médico veterinário
Scot Consultoria



Mercado do boi gordo firme. Houve valorização no preço referência em São Paulo. Os negócios ocorrem ao redor de R$97,00/@, à vista. 

As escalas atendem, em média, de três a quatro dias úteis. A maior parte das empresas está comprando para o início da próxima semana. 

No mercado atacadista houve valorização do dianteiro 1x1 de animais castrados. O boi casado tem sido negociado por R$6,93/kg, valorização de 15,4% nos últimos trinta dias. 

No mesmo período o boi gordo teve valorização de 7,8% em São Paulo. Houve melhora na margem de comercialização da indústria frigorífica. 

Apenas com a venda da carcaça o frigorífico recebe atualmente 105,5% do valor pago pelo boi gordo. 

Vale considerar que a menor oferta de animais e abates aumenta o custo por quilo de carne produzida, uma vez que há menor diluição dos custos fixos. 

Para o curto prazo, a expectativa é de mercado firme, se a oferta se mantiver curta. Do lado da demanda, a tendência é de diminuição, à medida que chegamos à segunda quinzena no mês. 

Os volumes de carne bovina in natura exportados na primeira semana de setembro foram positivos, o que ajuda do lado da demanda. Veja mais na página 2.

Clique aqui e confira as cotações do boi.
Fonte: Scot Consultoria

Brasil exporta cerca de 112 trilhões de litros de água doce por ano


Contêineres saem diariamente de portos na costa brasileira abarrotados de carne bovina, soja, açúcar, café, entre outros produtos agrícolas exportados para o mundo. Mas dentro deles há um insumo invisível, cujo valor ultrapassa cálculos estritamente econômicos. Ao longo do ano, o Brasil envia ao Exterior cerca de 112 trilhões de litros de água doce, segundo dados da Unesco - o equivalente a quase 45 milhões de piscinas olímpicas ou mais de 17 mil lagoas do tamanho da Rodrigo de Freitas. Tantos litros são o total dos recursos hídricos necessários para produzir essas commodities. E colocam o país como o quarto maior exportador de "água virtual", atrás apenas de Estados Unidos (314 trilhões litros/ano), China (143 trilhões litros/ano) e Índia (125 trilhões litros/ano). A exportação desse recurso, ainda que indiretamente, tende a crescer num cenário de escassez global, pressionando o país a pensar em políticas públicas voltadas à gestão hídrica.A posição do Brasil no alto do ranking não se deve tanto ao desperdício da água ou à falta de produtividade nas atividades agropecuárias do país, mas principalmente a um fenômeno global de escassez dos recursos hídricos. Num momento em que países como Malta e Kuwait têm 92% e 90%, respectivamente, de "água virtual" importada em seus produtos, o Brasil, com disponibilidade hídrica e territorial, tende a ganhar relevância. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 2007 e 2010, as commodities avançaram de 41% para 51% no total de produtos vendidos pelo país ao exterior.
As Nações Unidas (ONU) estimam que, até 2025, cerca de dois terços da população mundial estarão carentes de recursos hídricos, sendo que cerca de 1,8 bilhão enfrentarão severa escassez de água. Na metade do século, quando já seremos 9 bilhões de habitantes do mundo, 7 bilhões enfrentarão a falta do recurso em 60 países. A água, portanto, já é motivo de conflitos em várias regiões do mundo.
- A alocação dos recursos hídricos, além de ambiental, é uma questão econômica, porque quando a água é escassa é preciso destiná-la para onde haverá maiores benefícios para a sociedade. Mas sendo a água um bem público, o mercado não é o único determinante. A água deve ser usada para produzir alimentos para a população, para culturas ligadas a biocombustíveis ou para plantações de commodities para exportação? Isso é uma escolha política - aponta Arjen Hoekstra, criador do conceito de "pegada hídrica" e autor de diversos estudos sobre água virtual numa parceria entre Unesco e a Universidade de Twente.
Recursos hídricos sem preço
Um dos principais parceiros comerciais do país, a China possui 6% da água doce do planeta e já sofre com uma escassez do recurso, aliada a uma redução das terras agricultáveis - desde 1997, o país já perdeu 6% de sua área cultivável devido à erosão e urbanização. No Brasil, o cenário é outro: o país dispõe 40% de terras aráveis, abriga 12% da água doce do planeta e recebe chuvas abundantes durante o ano em mais de 90% do território - ainda que numa distribuição hídrica desigual, com um semiárido de água escassa.
- O Brasil não tem dependência de irrigação, precisa apenas administrar a água da chuva. Não há também a questão populacional, com uma competição entre agricultura e cidades. E enquanto na China há 250 mil unidades agrícolas, no Brasil são apenas 5 mil - enumera Marcos Jank, professor da Esalq-USP e especialista em agronegócio.
A crescente demanda por alimentos de um país que pretende crescer 7,5% este ano provocou uma disparada nos preços das commodities brasileiras. Em 2011, a soja, principal produto exportado a Pequim, teve o preço elevado em 31,6%. A China também foi o principal destino das exportações brasileiras, totalizando US$ 44,3 bilhões no ano passado.
- A tendência de queda dos preços das commodities foi revertida nesta última década com a escassez de água e degradação dos solos mundialmente. E a China foi a principal responsável por essa uma mudança no padrão de comércio - afirma Jank. - O Brasil tem tudo para aproveitar isso, mas hoje a agricultura brasileira está se tornando um negócio de alto custo devido às taxas de câmbio, juros altos e problemas de infraestrutura. São problemas domésticos que estão tirando a possibilidade de usar melhor o boom asiático a nosso favor.
A soja brasileira exportada sustenta, sob a forma de ração, boa parte do rebanho bovino da China, que tem aumentado exponencialmente seu consumo de carne. Segundo projeção da "Economist", o consumo de carne bovina na China entre 1985 e 2009 demandou em recursos hídricos o equivalente ao uso anual de água em toda a Europa.
Água sustentável
A pegada hídrica têm ajudado a mudar o entendimento de que a água é algo finito e gratuito. O desafio agora, segundo especialistas, é melhorar a precisão dos números para, assim, adotar o conceito no comércio formal.
- Atualmente, ninguém paga o preço total pelo consumo de água. A escassez e a poluição precisam ser incluídas no preço das commodities. Isso criaria um incentivo para consumir e poluir menos. Mas as legislações também podem ser melhoradas e em alguns produtos pode ser útil incluir o uso de água sustentável no rótulo - sugere Hoekstra.
A Austrália, sexto maior exportador de água virtual (89 trilhões de litros por ano), segue um modelo de distribuição de recursos hídricos inovador. Foi o primeiro país a instaurar um sistema de comércio da água em 1982: o governo define uma parcela a ser usada pelos agricultores, que podem vender parte dessas licenças de uso que acreditam estarem excedentes. As transações pelos direitos de uso da água no país movimentaram US$ 1,5 bilhão entre 2010 e 2011, segundo dados divulgados pela Comissão Nacional de Água em dezembro passado. Hoje, o sistema passa por uma reforma para reduzir distorções de mercado e dar mais transparência às negociações.
Críticos afirmam que o modelo de privatização dos recursos hídricos deixa os agricultores sujeitos às flutuações de mercado. O australiano Mike Young, do Instituto de Meio Ambiente da Universidade de Adelaide e autor do capítulo sobre água do estudo ONU para a Rio+20, acredita que este sistema é capaz de mensurar de forma eficiente o recurso e garantir a sua preservação.
- Assim como a Austrália, o Brasil tem muita água, portanto está em vantagem em termos de usar este recurso de modo inteligente para produzir a maior quantidade de bens possível. O futuro do manejo da água está na alocação deste recurso e não em tentar quantificar precisamente quanta água está incluída nas commodities exportadas - defende Young. - De fato, precisamos encontrar meios mais eficientes de usar a água, mas não é preciso ficar preocupado com quanta água é usada em cada produção se o governo estabelece um sistema de alocação. É preciso entender que o comércio cria grandes oportunidades de negócios.
No Brasil, a cobrança pelo uso da água na irrigação de plantações funciona através de um sistema de outorgas, dada por órgãos gestores estaduais ou pela Agência Nacional de Águas, quando o recurso hídrico é de domínio da União. O sistema, vigente desde 1997, ainda enfrenta desafios, já que a fiscalização do uso da água no setor agrícola é mais difícil do que em áreas urbanas e industriais, mais concentradas territorialmente.
- O controle dos recursos naturais vai se tornar mais complexo no século XXI porque o uso se tornará mais competitivo. O Brasil ainda tem uma área de expansão agrícola, então o país precisa se planejar para as próximas décadas de modo que o crescimento da área irrigada seja sustentável - prevê Mônica Porto, engenheira ambiental da Politécnica da USP. - Não há nada de errado em o Brasil exportar água através das commodities se há essa disponibilidade hídrica. A forma como isso é gerenciado internamente é o que importa, através do controle do uso e do aumento de produtividade.
Escolhas políticas
A escassez de água em alguns países, de fato, pode levar a escolhas políticas para restringir a exportação de alimentos. O governo de Israel, por exemplo, desencoraja a exportação de laranjas - tradicionalmente cultivadas com um sistema de irrigação pesado -, para evitar que grandes quantidades de água virtual sejam exportadas para diferentes partes do mundo.
Mesmo no Brasil, abundante de recursos hídricos, precisa levar em conta o uso de água nas culturas diante de uma distribuição desigual em seu território. Menos povoada, a Região Amazônica concentra a maior parte da água superficial do país, enquanto a populosa Região Sudeste tem disponível 6% do total da água doce. No semiárido nordestino, os rios são pobres e temporários, o que acaba criando uma pluviosidade baixa.
- A pegada hídrica tem que ter relação com o local onde é produzida a cultura agrícola. Produzir uma pecuária leiteira no Agreste Nordestino vai demandar muito mais água do que fazer o mesmo no Centro-Oeste, onde a pluviosidade é muito maior - afirma o engenheiro ambiental Michael Becker, coordenador do Programa Cerrado da WWF Brasil. - Mas além do viés da localização é preciso ter em conta a própria produção, buscando gastar cada vez menos água bruta para fabricar o mesmo produto.
A otimização pode acontecer através de técnicas de irrigação mais eficientes, como o uso de gotejamento em vez de jatos d'água; o melhoramento de sementes para o plantio em regiões com menos disponibilidade de água; e desenvolvimento de técnicas de contenção da água da chuva. Estima-se que o setor agrícola já contribua atualmente com 92% do consumo total de água no país.
Apesar de a produtividade agrícola no Brasil ter apresentado grandes avanços - com um crescimento de 3,6 % ao ano, segundo estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2011-, especialistas afirmam que é preciso melhorar o diálogo com o setor. A conturbada discussão do Código Florestal no Congresso dá indícios deste desafio.
- Ainda não avançamos o suficiente na discussão entre o setor ambiental e agrícola para que se possa ter um entendimento comum de que um necessita do outro. Precisamos produzir, mas para realmente tirar proveito da exportação de commodities precisamos entender a água como um insumo de produção. O Brasil quer ter no futuro a seca de um Centro-Oeste americano ou preservar este recurso no aspecto de insumo para produção? Essa é uma pergunta que veio para ficar e que vai se tornar cada vez mais frequente daqui para frente - aposta Becker.

FONTE:Por Thais Lobo (thais.lobo@oglobo.com.br) | Agência O Globo

Carta Boi – Há margem para altas, mas...


por Gustavo Aguiar

O momento é de recuperação de preço para o boi gordo, iniciada na última semana de agosto, após meses de pressão baixista.

A queda nas cotações ocorreu mesmo em meses onde historicamente há retomada de preços, como em junho, julho e agosto.

Veja na figura 1 a evolução dos preços da arroba e as escalas médias de abate em 2012. 


A boa oferta de animais em julho, intensificada por um inverno chuvoso na maior parte do país, foi o principal fator responsável pela queda nos preços.

No mês, a escala média de abate superou os sete dias úteis em algumas situações. Compra fácil para as indústrias.

Conjuntura favorável

Após esse período de pressão de baixa, a conjuntura de preços vem sendo beneficiada por uma redução na oferta e recuperação dos preços da carne. Foi a junção da "fome com a vontade de comer". Figura 2. 


Com a alta das últimas semanas, o preço da carne bovina no mercado atacadista, segundo pesquisa da Scot Consultoria, atingiu a maior cotação do ano, R$6,91/kg na retomada do feriado de 7 de setembro.

Em trinta dias, a valorização foi de 15,1%. No mesmo intervalo, a alta para o boi foi de 7,2%.

Bom para a indústria, que pôde pagar mais pela arroba do boi gordo, a fim de comprar com maior facilidade frente à restrição na oferta, e aumentar sua margem na comparação com os últimos meses.

Outros fatores propulsores da alta para o boi foram o encurtamento do diferencial de base das praças pecuárias vizinhas a São Paulo de meados até o fim de agosto, o que forçou reajustes dentro do estado, e a recuperação no preço das proteínas de origem animal concorrentes, sustentando a elevação de preço da carne bovina.

Fica agora a questão de até quanto e quando a indústria deverá subir os preços.

Em meio a isso, uma coisa é certa: analisando historicamente, a margem dos frigoríficos está bastante positiva neste momento. Figura 3. 


Um indicador da boa situação da indústria é o fato da margem do equivalente físico em relação ao preço pago pelo boi estar positiva, fato historicamente raro. Frente às médias mensais desde 2003 a margem de setembro (média dos dez primeiros dias), de 1,6%, é uma das mais altas.

Isto significa que vendendo somente a carcaça no atacado o frigorífico já remunera o boi gordo. Vale ressaltar que não consideramos os custos do frigorífico (transporte, abate, comercial, etc.) nesta conta.

A expectativa para o curto prazo é de mercado sólido.

O que esperar?

Mesmo otimistas, temos que lembrar que os últimos reajustes representam apenas o início de uma recuperação frente aos preços do início do ano. Além disso, a oferta de gado está melhor este ano.

Desta forma, na média anual de 2012 em relação a 2011, apesar da possibilidade de uma retomada maior dos preços, não é prudente esperar uma correção do que foi perdido até o momento. Em valores reais (deflacionados) a coisa fica ainda mais difícil.

Tendo como base os vencimentos do contrato de boi gordo da BM&FBOVESPA para os preços futuros até o fim do ano, que tiveram considerável correção positiva nas últimas semanas, o fechamento do preço médio anual em 2012 ficará 3,8% menor em relação a 2011, em valores nominais.

Assim, uma boa dica neste momento é controlar o otimismo e aproveitar a precificação dos próximos meses, em geral positivas em relação ao mesmo período do ano passado, e garantir os resultados através das ferramentas de proteção de preço ou parcelar a venda em lotes e fazer um bom preço médio.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Abiec busca aumentar exportações de carne bovina à UE (cota Hilton e betagonistas)


O Brasil enfrenta alguns obstáculos para conseguir aumentar sua participação no mercado de carne bovina da União Europeia, enquanto aguarda a avaliação do bloco para o pedido de mudanças nas regras da cota Hilton, que garante melhor remuneração para o produto exportado, disse Fernando Sampaio, diretor-executivo da Abiec – Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Bovina.
Enquanto negocia a cota Hilton, o Brasil vê surgir uma nova ameaça aos embarques para o mercado europeu no futuro. A Europa proíbe importação de carne bovina de animais que tenham sido alimentados com beta-agonistas em sua dieta, um aditivo promotor de crescimento recentemente aprovado no Brasil.
De outro lado, os exportadores brasileiros negociam uma flexibilização das exigências da UE que dificultam muito o cumprimento das vendas de 10 mil toneladas de carne permitidas pela cota. E não descartam a abertura de um contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o bloco, caso o impasse não seja resolvido.
Problemas relacionados à cota Hilton, que inclui cortes especiais cujos preços atingem valores mais elevados no mercado internacional, já levaram o Brasil a avaliar no início de 2010 a abertura de um contencioso na OMC. Após a sinalização de um contencioso, o Brasil foi chamado para renegociar a questão da cota e apresentou proposta que inclui novas regras, como a inclusão de carnes de animais terminados em confinamento.
O documento foi entregue ao bloco em abril deste ano, mas segue em análise desde então pelo DGAgri, órgão agropecuário da UE. As regras atuais da UE para a cota Hilton prevêem que a carne brasileira só pode vir de animais criados exclusivamente a pasto.
Segundo a Abiec, o Brasil deixou de ganhar cerca de 250 milhões de dólares entre 2007 e 2011 por não obter os benefícios da venda dentro da cota Hilton –o produto vendido fora da cota paga tarifa de importação de 3 mil euros por tonelada.
Se por um lado o impasse em relação à cota Hilton persiste, à espera de uma decisão do DGAgri, a aprovação no final do ano passado pelo Brasil de aditivos promotores de crescimento, substâncias conhecidas como betagonistas, acendeu o sinal amarelo mais uma vez para a carne brasileira.
Desta vez, a aprovação do produto que tem seu uso proibido na União Europeia fez o DGSanco, órgão de saúde do consumidor do bloco, ameaçar com a interrupção das compras caso fossem encontrados resíduos do aditivo na carne importada do Brasil. ”O produto, que é fabricado na Europa –França e Alemanha–, já é usado nos EUA e na Austrália e é permitido pelo Codex Alimentarius, que estabeleceu níveis seguros de aplicação, mas o mercado europeu não permite seu uso”, explicou Sampaio.
Duas empresas conseguiram registro junto ao governo para importar a substância que é misturada à ração e promove ganho de peso dos animais na etapa final do confinamento, mas dada à ameaça europeia de banir a carne com o produto, um acordo foi firmado com a indústria para que o produto não seja comercializado até que o setor chegue a um acordo sobre a questão.
Nesta semana, representantes do Ministério da Agricultura, dos criadores e confinadores, da indústria de alimentação animal e dos exportadores de carne reuniram-se em Brasília para discutir a questão.
“O Brasil já tem sua produção para a União Europeia segregada, o que se precisa garantir é que as fazendas habilitadas (a exportar à UE) não utilizem o produto. Somos favoráveis ao produto, mas é preciso ter segurança”, disse Sampaio, referindo-se à necessidade de garantir a rastreabilidade da cadeia a fim de evitar que eventuais resíduos destes aditivos venham a ameaçar as exportações brasileiras.
Outro segmento em vista pelos exportadores brasileiros é o de carne in natura nos Estados Unidos. Sampaio lembra que os norte-americanos, além de exportadores, também são grandes importadores. “A demanda é maior que a oferta. É um mercado imenso e nós temos o dianteiro magro, matéria-prima dos hambúrgueres, que os EUA querem”, disse o executivo.
A carne bovina foi incluída como uma das cláusulas de compensação após a derrota norte-americana no contencioso do algodão na OMC (Organização Mundial do Comércio). Os exportadores aguardam agora a publicação das regras para o embarque da carne in natura, em análise Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desde janeiro deste ano.
Fonte: Reuters, resumida e adaptada pela Euqipe BeefPoint.

Principais indicadores do mercado do boi – 10-09-2012


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve valorização de 1,24%, nessa quinta-feira (6) sendo cotado a R$96,52/@. O indicador a prazo foi cotado em R$96,98.
A partir de 2/jan o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro teve valorização de 0,25% e foi cotado a R$683,00/cabeça nessa quinta-feira (6). A margem bruta na reposição foi de R$909,58 e teve valorização de 1,99%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quinta-feira (6), o dólar foi cotado em R$2,04 com leve desvalorização de 0,02%. O boi gordo em dólares teve valorização de 1,26% sendo cotado a US$47,37. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 06/09/12
O contrato futuro do boi gordo para Out/12 foi negociado a R$103,63 e sua variação teve alta de R$0,25.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para out/12
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.
No atacado da carne bovina, o equivalente físico manteve-se estável, cotado a R$104,43. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de -R$7,91 e sua variação teve baixa de R$0,32 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
FONTE: BEEFPOINT

CONGRESSO BRASILEIRO DE ANGUS

Associação de Angus promove VIII Encontro de Produtores no interior do RS

Foto: Divulgação/Assessoria
Encontro de Produtores 2012
 
 

Interação e troca de experiências entre os pecuaristas. Esta é a proposta principal do VIII Encontro de Produtores Carne Angus, evento organizado pela Associação Brasileira de Angus por meio do Programa Carne Angus Certificada, que este ano acontece de 14 a 15 de setembro nas cidades de São Gabriel e Cacequi, ambas no Rio Grande do Sul. O evento faz parte das atividades do 7º Concurso de Carcaças Angus, promovido em parceria com o Grupo Marfrig, que acontece na unidade frigorífica de São Gabriel.

O encontro será dividido em duas etapas, “a primeira delas será no Sindicato Rural de São Gabriel, onde teremos palestras e jantar de confraternização, depois o dia de campo, que será na Estância do Retiro, da Scalzilli Agropastoril, em Cacequi, onde conheceremos o sistema pecuário da empresa que tem chamado a atenção pelo emprego de tecnologias de ponta”, explica Fabio Medeiros, gerente do programa Carne Angus Certificada.

No primeiro momento, realizado a partir das 20h do dia 14 de setembro, os produtores presentes conhecerão os programas Carne Angus Certificada e Fomento Angus Marfrig, apresentados por Medeiros e Diego Brasil, gerente de fomento da Marfrig. “Além de conhecerem o case pecuário da Pulqueria Agropecuária, onde o pecuarista Fernando Costa Beber irá falar sobre o sistema intensivo de produção de carne de qualidade baseado em pastagens de clima temperado”, disse Medeiros.

Já dia 15, a partir das 8h, os presentes irão até a cidade de Cacequi, no Dia de Campo na Estância do Retiro, para conhecerem na pratica a utilização de pastagens tropicais e o emprego da irrigação para produção de carne de qualidade e conferirem o desempenho da genética Angus em sistemas avançados de produção de carne.

Durante a atividade também haverá palestra de Carlos Nabinger, professor da Universidade Federal do RS, especialista da área de forragicultura, que trará à discussão resultados de anos de pesquisa e modernos conhecimentos sobre a intensificação de sistemas de produção com níveis crescentes de tecnologia.

“Nosso objetivo é que os participantes do encontro levem para suas propriedades conhecimentos de aplicação imediata que permitam a evolução de seu sistema de produção. Neste sentido, além das palestras e das visitações a campo, a troca de experiências entre os participantes colabora para a construção do conhecimento, sendo esta a característica fundamental deste encontro, promovido anualmente pelo Programa Carne Angus” reforça Reynaldo Salvador, diretor do programa de certificação da entidade.

Este evento, com entrada franca, é mais uma promoção Associação Brasileira de Angus com apoio Grupo Marfrig. A programação completa do encontro e o mapa de acesso podem ser conferidos no www.carneangus.org.br.

Programação VIII Encontro de Produtores Carne Angus

Dia 14/09 – Concurso de Carcaças:

- 06h - Abate concurso de carcaças – Unidade São Gabriel.

Dia 14/09 – Encontro de Produtores Carne Angus – Jantar Palestra:

- 19h30 – Recepção – Salão de eventos do Sindicato Rural de São Gabriel, rua Barão de São Gabriel, 943.

- 20h – Palestra Produção Intensiva de Carne de Qualidade em Pastagens Temperadas – Fernando Costa Beber – Médico Veterinário, M.Sc em Produção Animal UFRGS e Produtor na Fazenda Pulqueria.

           - 21h – Programa Carne Angus Certificada – Fabio Schuler Medeiros – Médico Veterinário, D.Sc em Produção Animal UFRGS e Gerente do Programa Carne Angus.

           - 21h20 – Marfrig e Associação Brasileira de Angus, uma parceria pela produção de Carne de Qualidade – Diego Alagia Brasil – Médico Veterinário Gerente de Fomento Marfrig RS.

           - 22h – Jantar de Confraternização.

Dia 15/09 – Encontro de Produtores Carne Angus - Dia de Campo:

           - 08h – Recepção café da manhã – Estância Retiro – Scalzilli Agropastoril, Cacequi.

           - 09h30 – Palestra O Futuro da Bovinocultura no Rio Grande do Sul – Dr. Carlos Nabinger - Engenheiro Agrônomo, D.Sc em Zootecnia UFRGS e Professor do Departamento de Plantas Forrageiras e Agroclimatologia UFRGS.

           - 10h45 – Apresentação do Sistema de Produção da Scalzilli Agropastoril – Felipe Moura – Engenheiro Agrônomo, M.SC em Ciência Animal e Pastagem Esalq-USP, Produtor e Diretor da Associação Brasileira de Angus.

            - 12h – Almoço

            - 13h30 – Tarde de campo na Estância Retiro


Fonte: Jornalista Responsável – Altair Albuquerque

domingo, 9 de setembro de 2012

09 DE SETEMBRO - DIA DO MÉDICO VETERINÁRIO

PARABÉNS A TODOS COLEGAS VETERINÁRIOS PELA PASSAGEM EM HOMENAGEM AO NOSSO DIA !


Começou – parece – a entressafra da carne bovina

Tudo indica que, embora com cerca de dois meses de atraso, começou enfim a entressafra da carne bovina, pois nos últimos dias o preço do boi (que, segundo o mercado, é quem determina o preço das demais carnes) deu novos sinais de reativação.

Por enquanto é pouco, pois o valor alcançado pelo animal em pé continua aquém do registrado nos primeiros dias de 2012 quando – considerada a sazonalidade do setor – se vivia o período de safra da carne bovina.

Sob esse aspecto, aliás, o único até aqui a ultrapassar os valores alcançados no início do ano é o frango vivo – algo só conseguido a duras penas pois foi preciso cortar radicalmente a produção e reduzir a oferta de carne através da antecipação dos abates.

Mas ainda que alcançasse, ontem, valor 26% superior ao registrado na abertura do ano, o frango vivo comercializado continua com um preço médio, no ano, inferior ao de idêntico período de 2011.
Numa aparente contradição, quem menos perdeu neste ano em relação ao mesmo espaço de tempo do ano passado foi o suíno que, entretanto, tem no momento uma cotação quase 13,5% menor que a do início do ano.


FONTE: Avisite-Redação