sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Cadeia produtiva da pecuária cresce 27% e movimenta R$ 483,5 bilhões em 2015

A movimentação da cadeia produtiva da pecuária foi de R$ 483,5 bilhões em 2015, registrando um crescimento de mais de 27% sobre o ano anterior. Os números fazem parte do Perfil da Pecuária no Brasil – Relatório Anual, desenvolvido pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), parceira da entidade no projeto Brazilian Beef.
Os dados da cadeia bovina foram calculados pela Agroconsult, a partir de uma metodologia adotada e desenvolvida em 2010, pela Pensa USP – Centro de Conhecimento em Agronegócios, coordenada pelo professor Marcos Fava Neves. Este é o terceiro estudo encomendado pela ABIEC como parte do trabalho da entidade em construir uma sólida base de informações do setor.
“Consolidar essas informações é essencial não só para que o setor possa se comunicar de maneira transparente com a sociedade, mas também para a tomada de decisão de agentes públicos e privados envolvidos ou interessados de alguma forma no desenvolvimento da cadeia produtiva da pecuária”, afirma Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC.
Movimentação da cadeia
Dos R$ 483,5 bilhões totais movimentados pela cadeia produtiva da pecuária em 2015, R$ 147,03 bilhões se devem às atividades anteriores e nas próprias fazendas; R$145,88 bilhões nas indústrias; e R$176,36 bilhões no varejo. “Desde a primeira quantificação realizada em 2010, houve um crescimento de 44,7% no montante movimentado pela cadeia”, destaca Camardelli.
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Representação da pecuária
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil chegou a R$ 5,9 trilhões em 2015. O PIB do agronegócio alcançou R$ 1,26 trilhão, representando 21% do PIB total brasileiro. Já o PIB da pecuária chegou a R$ 400,7 bilhões, 30% do agronegócio brasileiro.
Em 2015, o saldo da balança comercial brasileira foi de US$ 19,69 bilhões. As exportações do agronegócio, que atingiram US$ 88,22 bilhões, contribuíram para o saldo positivo do setor, que por sua vez foi fundamental para o saldo positivo da balança comercial brasileira. Já as exportações de carne bovina geraram receita de US$ 5,9 bilhões em 2015, que representaram, em receita, 3% de tudo o que o Brasil exportou em 2015.
“O agronegócio continua sendo um dos principais pilares do desenvolvimento econômico do País e a sustentação de nossa balança comercial. Contrariando a onda negativa que afeta a maioria dos setores da economia brasileira, o agronegócio continua em crescimento, e o sistema agroindustrial da carne bovina é um dos mais dinâmicos no setor”, ressalta Camardelli.
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Clique aqui para ver o relatório completo: Perfil da Pecuária no Brasil – Relatório Anual.
Fonte: Abiec, adaptada pela Equipe BeefPoint.

RS: Angus pontua qualidade e bons preços médios da Expointer 2016, destaca ABA


As vendas da Expointer 2016 se caracterizaram por excelentes negócios para quem levou animais para comercialização em Esteio. A alta qualidade da oferta, com animais certificados pela Associação Brasileira de Angus, rendeu médias aquecidas e acima de anos anteriores. No Leilão de Rústicos, a média atingiu R$ 7.630,00 (alta de 6%) e na Feira da Novilha, R$ 1.716,99 (alta de 4,3%).

"O que se vendeu na Expointer 2016 foi muito bem vendido, com preços que sinalizam para uma Primavera aquecida e de alta qualidade na oferta de animais Angus. Isso mostra um amadurecimento da raça, e que o pecuarista está consciente da importância de investir em animais de qualidade", salientou o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, na manhã desta sexta-feira (02).

A raça Angus movimentou R$ 1.140.345,00 com a comercialização de 541 animais na Expointer de 2016. Em 2015, a raça negociou R$ 2 milhões, mas a importância computava as vendas de 880 exemplares. A principal justificativa para a redução está na menor oferta de animais e na não-realização do Leilão Catanduva, que tradicionalmente integra a agenda da raça na Expointer.

O maior faturamento veio da Feira da Novilha, onde o resultado da raça alcançou R$ 891,49 mil. O preço top da exposição foi atingido no Leilão da Agropecuária Reconquista, que  vendeu a grande campeã da ExpoLondrina 2016, Reconquista TE 2225 Lookout Quebracho, por R$ 41,6 mil. O remate particular atingiu média de R$ 22,4 mil.

Fonte: Expointer 

Ministério da Agricultura pretende criar aplicativo com informações sobre clima

Ministério da Agricultura pretende criar aplicativo com informações sobre clima
Um aplicativo que auxilie os produtores rurais quanto às condições climáticas deve ser criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A possibilidade da criação da ferramenta foi questionada pelo ministro interino Eumar Novacki durante visita à sede do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na última quinta-feira, 1º de setembro.

Novacki, que é secretário-executivo do Ministério da Agricultura, ocupará o cargo de ministro interino enquanto Blairo Maggi encontrar-se na Ásia acompanhando o presidente Michel Temer e em Missão Ministerial e Empresarial em busca de novos mercados para o Brasil.

O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento questionou aos técnicos do Inmet a possibilidade de desenvolvimento de um aplicativo sobre a previsão do tempo voltado para o setor produtivo.

Medidas do Plano Agro + irão elevar poder de competitividade do agronegócio, afirma Novacki

A produção brasileira de grãos caiu 9,5% nesta safra 2015/2016 frente a anterior, conforme números da Companhia Nacional do Abastecimento (Cona), divulgados no mês de agosto. O recuo foi de 207,7 milhões de toneladas para 188,1 milhões. Mato Grosso, principal produtor de grão do Brasil, amargou uma quebra de 14,6%, de 51,7 milhões de toneladas para 44,1 milhões de uma safra para a outra.

O clima foi o principal fator para a quebra na produção nacional de grãos, o que elevou os preços, vindo a afetar no custo de produção de bovinos, suínos, aves. A retração, inclusive, afetou o bolso do consumidor brasileiro que chegou a pagar mais de R$ 15 pelo pacote de um quilo de feijão.

O clima durante a safra 2015/2016 em Mato Grosso provocou prejuízos de aproximadamente R$ 1 bilhão somente na soja, havendo registros de replantio e até mesmo plantio de milho sobre a soja, uma vez que não compensava a colheita da oleaginosa. No milho as perdas somam, a princípio, 7 milhões de toneladas.

O diretor do Inmet, Francisco de Assis Diniz, em resposta ao questionamento de Novacki, afirmou que o órgão possui técnicos capacitados para o desenvolvimento do aplicativo com informações sobre o tempo voltado aos produtores brasileiros.

Durante a visita do ministro interino no órgão, o diretor do Inmet e equipe apresentaram o sistema do Instituto. Diniz ainda destacou que o Inmet possui informações precisas sobre o tempo que podem auxiliar aos produtores.

Conforme o Ministério da Agricultura, o objetivo com o aplicativo é que os produtores possam acessar as informações de previsão do tempo, umidade do ar e temperatura por meio do celular de forma mais simples, rápida e de qualquer lugar.

Novacki revelou no encontro que o ministro Blairo Maggi tem a intenção de fortalecer o órgão, pois entende o qual fundamental o mesmo é para o setor produtivo. O ministro interino destacou ainda para viabilizar alguns projetos irá propor parcerias com o setor produtivo.

“Em um momento de crise como esse temos que ser criativos. Vamos procurar as associações e federações do agronegócio e tentar firmar parcerias que possibilitem a melhoras ao órgão”, pontuou Novacki na visita ao Inmet.
fonte: Agro Olhar

Farsul e Polícia Civil assinam protocolo para combate ao abigeato

Intenção é desenvolver software para cadastro de marcas

Estado, entidade do setor rural e órgão de segurança unidos
Estado, entidade do setor rural e órgão de segurança unidos
Crédito: Marco Quintana/Especial FS
A Polícia Civil e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) assinaram, na quarta-feira, um protocolo de intenções para viabilizar o desenvolvimento, em conjunto, de um software para dispositivos móveis, como os aparelhos celulares, para auxiliar no combate ao abigeato. O aplicativo vai proporcionar uma plataforma na qual os produtores rurais poderão cadastrar suas marcas, facilitando a identificação de animais que forem encontrados em situação suspeita. A ideia surgiu a partir de recorrentes reclamações dos produtores sobre a insegurança no campo. 
O vice-governador, José Paulo Cairolli, destacou que “o que a Farsul está fazendo é modernizar a relação do campo com a polícia e dar mais agilidade no combate ao crime”. Adiantou que, até o fim do ano, haverá a possibilidade de efetuar o registro on-line de ocorrências de furto abigeato. 
O chefe de Polícia, delegado Émerson Wendt, explicou que, com a inserção de informações em um ambiente virtual, o trabalho da polícia será mais eficaz no combate ao abigeato: “O policial poderá identificar rapidamente os animais, sem manuseio de livros ou papéis, e assim dar um maior retorno ao produtor rural”. Wendt ainda destacou a importância dessa proposta conjunta como um processo colaborativo de melhoria na área da segurança. 
O ato de assinatura do protocolo ocorreu na Expointer e contou, também, com a presença do secretário da Agricultura, Irrigação e Pecuária, Ernani Polo; o deputado federal Afonso Hamm (PP), o deputado estadual Frederico Antunes (PP); e o delegado de polícia João Goulart, diretor do Departamento de Polícia do Interior. 
fonte: Folha do Sul

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Principais indicadores do mercado do boi – 01-09-2016

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
31/08/16Diferença
30/Ago24/Ago29/Jul/16
Boi Gordo – Esalq/BM&F à vistaR$ 148,630,04%-0,91%-3,20%
Bezerro – Esalq/BM&F à vistaR$ 1.301,060,37%3,93%1,02%
Margem bruta na reposiçãoR$ 1.151,34-0,33%-5,87%-7,56%
Boi Gordo – em dólaresUS$ 45,880,42%-1,01%-3,24%
DólarR$ 3,24-0,38%0,10%0,04%
Fonte: Esalq/BM&F, Bacen, elaboração BeefPoint
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista apresentou alta de 0,04%, nessa quarta-feira (31) sendo cotado a R$ 148,63/@. O indicador a prazo foi cotado em R$ 150,50.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro apresentou alta de 0,37%, cotado a R$ 1301,06/cabeça nessa quarta-feira (31). A margem bruta na reposição foi de R$ 1151,34 e apresentou baixa de 0,33%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quarta-feira (31), o dólar apresentou baixa de 0,38% e foi cotado em R$ 3,24. O boi gordo em dólares registrou valorização de 0,42%, sendo cotado a US$ 45,88. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 31/08/16
Vencimento Fechamento Diferença do dia anteriorContratos em abertoContratos negociados 
Ago/16149,14-0,172.556512 
Set/16149,60-1,284.031468 
Out/16152,48-1,2114.3392.766 
Nov/16153,95-1,222.006255 
Dez/16154,25-1,251.47496 
Jan/17155,45-1,261080 
Fev/17150,99-1,2000 
Mar/17147,71-1,2252836
Abr/17157,54-1,291450 
Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F – Estado de SPIndicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F – Estado de MS
DataÀ vista
R$/@
A prazo
R$/@
DataÀ vista
R$/cabeça
A prazo
R$/cabeça
23/08/16147,85149,0023/08/161252,061282,24
24/08/16150,00149,7724/08/161251,841273,66
25/08/16149,61150,3725/08/161273,061271,78
26/08/16149,51149,9526/08/161264,031282,94
29/08/16149,37151,8329/08/161259,581283,96
30/08/16148,57148,4530/08/161296,291303,97
31/08/16148,63150,5031/08/161301,061308,75
Fonte: Esalq/BM&F, elaboração BeefPoint.
O contrato futuro do boi gordo para ago/16 apresentou baixa de R$ 0,17 e foi negociado a R$ 149,14 em relação ao dia anterior.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para ago/16
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
31/08/16Diferença
30/Ago24/Ago29/Jul/16
Traseiro (1×1)R$ 11,100,00%0,91%11,00%
Dianteiro (1×1)R$ 7,500,00%-1,32%-1,32%
Ponta AgulhaR$ 7,600,00%0,00%0,00%
Equiv. FísicoR$ 159,480,00%1,32%10,29%
Spread Eq. Físico/EsalqR$ 10,85-0,55%46,62%-221,36%
Fonte: Boletim Intercarnes, elaboração BeefPoint
No atacado da carne bovina, o equivalente físico foi fechado a R$ 159,48. O spread (diferença) entre os valores da carne no atacado e do indicador do boi gordo foi de R$ 10,85 e sua variação apresentou baixa de R$ 0,06 no dia. Conforme mostra a tabela acima.

Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
O Spread é a diferença entre os valores da carne no atacado e do Indicador do boi gordo. Desta forma, um Spread positivo significa que a carne vendida no atacado está com valor superior ao do boi comprado pela indústria, deixando assim esta margem bruta positiva e oferecendo suporte ou potencial de alta para o Indicador, por exemplo.
fonte: BeefPoint

Cotações do boi se mantém estáveis em SP, mas aumentam expectativas de alta com necessidade de reposição dos estoques de carne

Margens de frigoríficos melhoram, porém continuam abaixo da média histórica
O mercado do boi gordo continua travado, ainda sem oferta para abastecer as indústrias e sem grandes números de consumo para que esta tendência mude a curto prazo, como aponta o analista Alex Santos Lopes, da Scot Consultoria.
Os negócios em São Paulo hoje giram em torno de R$150/@ a R$151/@, com algumas indústrias pressionando o mercado e pagando cerca de R$149/@, mas ainda não de forma expressiva.
As indústrias continuam pulando dias de abate. Se houvesse maior demanda, os volumes de abate estariam melhores, acredita o analista.
Na segunda quinzena do mês, a falta de oferta e a pouca entrega de boiada enxugou o estoque de carne, dando fôlego e melhorando as margens. “É esperado que isso dê fôlego para o consumo e há possibilidade de a carne bovina subir. Se isso acontecer, pode ser que as margens melhorem e abra espaço para frigoríficos pagarem mais pela arroba”, diz.
A demanda, por sua vez, não deu nenhum sinal de melhora. As indústrias frigoríficas conseguiram ajustar o preço da carne com osso, mas na primeira semana do mês deve ter mais ajustes na demanda. 
O mercado futuro de outubro e novembro entre R$155/@ e R$156/@. Perdeu consistência de melhora, mas ainda é um mercado que está barato, como aponta o analista.
Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

Paraná vai retomar exportação de gado vivo e carne para o Líbano

Decisão libanesa foi baseada no aval da OIE e na inexistência de casos de EEB no estado
O Paraná poderá retomar os embarques de gado vivo e de carne bovina para o Líbano, graças à decisão tomada pela direção de Recursos Animais do Ministério da Agricultura daquele país. A liberação foi baseada em dados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que descartaram a ocorrência de novos casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, no estado. As importações libanesas serão reiniciadas nas próximas semanas, assim que a medida for oficializada.
 
O embargo a esses produtos vinha sendo aplicado desde 2012, com base em caso atípico da EEB registrado no Paraná. 
 
Em 2014, o Líbano importou US$ 343 milhões de gado vivo. Desse total, US$ 128 milhões foram do Brasil. Já os embarques de carne bovina in natura brasileira para aquele mercado somaram US$ 14,2 milhões, no ano retrasado.
 
A liberação da restrição foi assinada pelo titular da direção de Recursos Animais do Líbano, Akram Chehayeb, no dia 22 de agosto. 
 
Com o fim do embargo, a importação de gado vivo e carne pelos libaneses seguirá as normas fixadas nos acordos sanitários existentes entre o Brasil e aquele país.

fonte: MAPA

Caixa lança pacote para facilitar crédito a produtores rurais

Banco quer elevar sua carteira agrícola de R$ 7,8 bi para R$ 10 bi.
Medidas visam agilizar e simplificar o acesso ao crédito rural.

Para elevar sua carteira agrícola dos atuais R$ 7,8 bilhões para R$ 10 bilhões, a Caixa Econômica Federal decidiu lançar um pacote para facilitar os desembolsos do crédito rural. Segundo o banco, as medidas estão alinhadas ao plano lançado pelo Ministério da Agricultura para diminuir a burocracia e a ineficiência dos processos de agronegócio.
A Caixa passará a aprovar automaticamente operações de até R$ 500 mil nas próprias agências do banco para projetos simplificados de custeio agrícola, por meio da linha custeio fácil, e fará análise remota da área produtiva por meio de imagem de satélite. A partir de outubro, o banco oferecerá aprovação automática para clientes nas linhas de custeio agrícola (até R$ 1 milhão) e custeio pecuário (R$ 500 mil). A instituição afirma, em nota, que todos os documentos das operações serão digitalizados, desde a análise do pedido até sua aprovação e posterior fiscalização.
O banco estatal entrou no crédito rural - carro-chefe do concorrente Banco do Brasil - em setembro de 2012. No início, a Caixa só oferecia linhas de financiamento de custeio e investimento para produtores de milho, soja e pecuária de corte e leite, em apenas 62 municípios de oito Estados. Atualmente, quatro anos após o ingresso no mercado, a Caixa oferece um portfólio amplo de produtos para financiar a produção em 1.255 municípios.
Em quatro anos, mais de R$ 17,6 bilhões foram concedidos para produtores individuais, cooperativas e agroindústrias, por meio de linhas de custeio, investimento e comercialização, com recursos obrigatórios de depósito à vista e funding do BNDES. Em custeio, a Caixa concedeu mais de R$ 13 bilhões, representando 75% da carteira, voltados para as culturas de soja, milho, algodão, arroz, feijão, amendoim, mandioca, sorgo, girassol, e trigo, entre outras. Na pecuária, a Caixa financia a suinocultura, avicultura e bovinocultura de corte e leite, com 25% do mercado de financiamento.
"O agronegócio é responsável por cerca de um terço do PIB brasileiro e tem extrema relevância na balança comercial. Ao financiar este setor, a Caixa reafirma o seu papel de parceira estratégica do Estado brasileiro, contribuindo para a geração de emprego e renda em toda a cadeia produtiva do agronegócio", afirmou, em nota, o vice-presidente de negócios Emergentes da CAIXA, Fábio Lenza.
fonte: Caixa Federal

Brasil diversifica exportações de gado para a Turquia


A partir de agora, país pode embarcar para aquele mercado bovinos destinados ao abate, além de animais para engorda


O Brasil vai diversificar e ampliar as exportações de gado para a Turquia. Nesta segunda-feira (29), os dois países concluíram a negociação para o estabelecimento de protocolo sanitário específico para exportação de bovinos destinados ao abate imediato. A expectativa do setor exportador brasileiro é embarcar, até o final deste ano, cerca de 100 mil cabeças para abate naquele país.
O acordo é resultado de negociações entre o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e as autoridades veterinárias turcas. O protocolo é vantajoso para ambas as partes, porque exigirá um número menor de exames, além de reduzir o período de quarentena. Isso, assinala o departamento, diminui o custo de produção.
Há também, assinala a DSA, a tendência de que essas exportações agreguem valor, porque os animais a serem embarcados deverão ser machos “terminados”, com peso superior a 450 quilos.
“A homologação deste novo acordo zoosssanitário só foi possível por causa do reconhecimento, pelo Serviço Veterinário Turco, da credibilidade e eficiência da certificação veterinária firmada pelo Mapa, responsável por atestar o fiel cumprimento dos requisitos sanitários estabelecidos para importação de gado pela Turquia”, ressalta o diretor do DSA, Guilherme Marques.
O Mapa quer diversificar ainda mais o comércio de animais e seus produtos com a Turquia. “O DSA está promovendo gestões junto ao Serviço Veterinário Turco para que o Brasil possa exportar produtos como embriões, sêmen e carne bovina”, diz Marques.
Acordo para venda de gado de engorda
O protocolo estabelecido nesta segunda-feira decorre de acordo feito entre o Mapa e as autoridades veterinárias turcas, em agosto de 2015, para exportação de gado destinado à engorda no país euro-asiático.
O acordo firmado no ano passado possibilitou ao Brasil retomar, em 2016, as exportações de bovinos para o mercado turno. De janeiro a junho deste ano, o país embarcou 86.005 cabeças para a Turquia, avaliadas em cerca de US$ 50 milhões.
O fechamento do acordo em 2015 foi comemorado pelo segmento exportador de gado, já que permitiu compensar as enormes perdas em decorrência da crise econômica Venezuela. Até o fim de 2014, o mercado venezuelano era o principal parceiro comercial do Brasil na compra de gado vivo, chegando a representar mais de 90% do total volume das exportações brasileiras.
A partir deste ano, a Turquia se consolidou como principal cliente brasileiro, tendo sido responsável pela importação de 61,8% dos bovinos exportados pelo nosso país.
Fonte: Mapa