quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Carne bovina: Exportações batem recorde e China já é a maior compradora

Em pouco mais de três meses da reabertura do mercado, China já ocupa o primeiro lugar entre os maiores importadores


Carne bovina: Exportações batem recorde e China já é a maior compradora
As exportações de carne bovina brasileira apresentaram uma recuperação no mês de setembro e registraram o melhor resultado do ano, tanto em faturamento quanto em volume embarcado, segundo dados divulgados pela ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
Em volume, foram exportadas 117,7 mil toneladas de carne, com faturamento de US$ 520,4 milhões. Os números apresentam um crescimento de 2,45% em volume em setembro comparado com agosto e aumento de 2,79% em faturamento no mesmo período (setembro/2015 x agosto/2015).  

O grande destaque em setembro é a China. Em pouco mais de três meses da reabertura do mercado – os embarques começaram na segunda quinzena de junho -, o país asiático já ocupa a primeira posição no ranking dos maiores importadores de carne bovina brasileira no mês de setembro. No período, foram exportadas mais de 16 mil toneladas, com faturamento acima de US$ 81 milhões, um aumento de 27% tanto em volume quanto em faturamento se comparado com agosto de 2015. 

Posição
País
Faturamento US$ (set/2015)
Volume em toneladas (set/2015)
1
CHINA
81.285.878,00
16.193,62
2
UNIÃO EUROPEIA
70.382.677,00
10.554,88
3
EGITO
68.866.812,00
19.245,74
4
VENEZUELA
66.546.161,00
11.640,37
5
HONG KONG
55.535.921,00
16.608,42
6
RUSSIA
34.050.115,00
10.769,91
7
CHILE
27.064.144,00
5.527,27
8
IRÃ
24.728.409,00
5.859,71
9
ESTADOS UNIDOS
20.032.517,00
1.924,10
10
ISRAEL
8.206.020,00
1.568,92
No acumulado do ano (janeiro a setembro), as exportações de carne bovina atingiram US$ 4,3 bilhões em faturamento. No período, foram embarcadas mais de 999 mil toneladas de carne. O resultado ainda se mantém inferior ao mesmo período de 2014, com queda de 18% em faturamento e 13% em volume. 


Posição
País
Faturamento US$ (jan-set/2015)
Volume em toneladas (jan-set/2015)
1
HONG KONG
760.360.732,25
201.753,15
2
UNIÃO EUROPEIA
562.053.124,14
84.043,83
3
EGITO
502.156.443,87
146.705,24
4
RÚSSIA
458.197.009,45
136.689,23
5
VENEZUELA
435.306.714,19
76.250,44
6
IRÃ
287.773.581,13
73.613,74
7
ESTADOS UNIDOS
232.836.524,18
24.645,16
8
CHINA
222.611.002,13
44.062,36
9
CHILE
199.692.298,78
41.057,95
10
ARGÉLIA
71.005.702,11
16.505,47
CategoriasA carne in natura segue como a categoria de produtos mais exportada. Em setembro, atingiu faturamento de US$ 436 milhões, seguida da carne industrializada com US$ 49 milhões de faturamento.

Posição
Categoria
Faturamento US$
(set/2015)
Volume – ton. (set/2015)
1
In natura
436.893.525,00
96.040,23
2
Industrializada
49.534.187,00
8.234,01
3
Miúdos
23.527.557,00
10.094,88
4
Tripas
8.369.264,00
3.000,47
5
Salgadas
2.138.339,00
384,31

Sobre a ABIEC – www.abiec.com.br
Criada em 1979, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) reúne 27 empresas do setor no país, responsáveis por 92% da carne negociada para mercados internacionais. Sua criação foi uma resposta à necessidade de uma atuação mais ativa no segmento de exportação de carne bovina no Brasil, por meio da defesa dos interesses do setor, ampliação dos esforços para redução de barreiras comerciais e promoção dos produtos nacionais. Atualmente, o Brasil produz 10 milhões de toneladas de carne bovina, 20,8% são negociados para dezenas de países em todo o mundo, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade. Na última década, o país registrou crescimento de 135% no valor de suas exportações, atingindo o recorde histórico de US$ 7,2 bilhões em faturamento em 2014 e consolidando a posição de maior exportador mundial de carne bovina
fonte: Beefworld

Facilitar o porte de arma resolve a insegurança no campo?

O público do Mercado&Cia tem se mobilizado via redes sociais e pelo whatsapp do Canal Rural para comentar uma questão importante: Facilitar o porte de arma resolve a insegurança no campo?
Estou bastante impressionada com o volume de mensagens. São centenas de produtores rurais, de norte a sul do Brasil, que tem enviado opiniões a cada nova edição do programa. Eles destacam o nível de insegurança na área rural do país e se mostram bastante favoráveis a mudança das regras para porte de arma no campo.
O assunto toma conta de rodas de conversa, especialmente, porque daqui a uma semana, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que trata do Estatuto do Desarmamento, deve analisar o projeto que pode facilitar o porte de arma para moradores da zona rural.
A discussão envolve conceitos importantes, como a diferença entre posse, porte e transporte de armas. O advogado criminalista, Cézar Caputo, esclareceu as diferenças no Mercado&Cia da segunda-feira, 12 de outubro.
“Uma distinção técnica que tem que ser feita, é o porte de arma, transporte de arma e posse de arma. Hoje a atual legislação permite que a pessoa tenha a posse dentro da residência, a posse dentro da propriedade. Portar uma arma, ir até a cidade e voltar, não é permitido pela legislação. O novo texto em discussão vem flexibilizar a possibilidade do produtor rural portar uma arma onde quer que ele vá”.
O texto em discussão na Câmara deixa claro que o produtor poderia portar a arma dentro da propriedade e nos limites da sua cidade. Na prática, significa dizer que o produtor poderia transportar a arma dentro e fora da fazenda.
Hoje, na primeira edição do Mercado&Cia, conversei com o membro da comissão especial que trata do assunto na Câmara, Deputado Federal Alberto Fraga (DEM-DF). Segundo ele, o texto deve ser aprovado com a possibilidade do agricultor portar a arma dentro da propriedade e dentro da cidade da qual a fazenda faz parte.
“Não podemos esquecer que o município é o limite. Saiu do município, o porte de arma perde a validade e leva o proprietário para a ilegalidade. A pena para porte ilegal de arma é bastante rígida. As pessoas de bem, quando usam uma arma, é para defender a propriedade, a família, a vida pessoal. Não vamos incentivar o bang-bang”, disse em entrevista ao Canal Rural.
Os produtores rurais se manifestaram sobre o assunto. No Pará, o presidente da Aprosoja do estado e presidente do clube de tiro de Paragominas, Vanderlei Ataídes, teve a propriedade invadida por bandidos duas vezes em 90 dias. Ele defende o porte de arma para agricultores, mas com uma ressalva.
“O que me assusta como instrutor de tiro é que a pessoa tem que ter noção de armamento e conhecimento, me assusta a arma na mão de pessoas que não tem habilidade e não tem treinamento. O projeto de lei chega na hora certa. O produtor não pode ficar a deus dará, mas tem que ficar incluso na regra que a pessoa precisa participar de treinamento para ter habilidade”, pondera Ataídes.
fonte: Canal Rural / Kellen Severo

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Leilão Capanegra fecha com faturamento de R$ 471,75 mil

Os machos Angus com média de R$ 9,06 mil e os Brangus por R$ 8,98 mil

Na tarde deste sábado, 10 de outubro, foi realizado no Parque da Associação Rural de Bagé (RS), dentro da programação da Expofeira do município, mais uma edição do leilão da Capanegra. O remate da cabanha de Dom Pedrito (RS) teve faturamento de R$ 471,75 mil na venda de 68 lotes das raças Angus e Brangus e fechou com a média de R$ 6,94 mil.

Para o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, que conduziu a comercialização, o evento se destacou pela pista ágil e pela liquidez. "Fizemos o leilão em 50 minutos, tanto que faltou touro. Tínhamos mais compradores tanto para Angus quanto para Brangus. As médias foram excelentes, superiores as do ano passado, o que confirma o atual momento da pecuária", observa.

O destaque ficou por conta dos touros Aberdeen Angus, que tiveram média de 9,16 mil, enquanto as fêmeas fecharam em R$ 3,88 mil. No Red Angus, os machos ficaram com média de R$ 9,06 mil e as fêmeas R$ 3,88 mil, seguidos do Brangus, com média de R$ 8,98 mil nos machos e R$ 3,88 mil nos ventres. Já o Red Brangus ficou em R$ R$ 8,95 mil nos touros e também R$ 3,88 mil nos ventres.

Fonte: Trajano Silva Remates 

Pista ágil no leilão Só Angus

Leilão SÓ ANGUS 2015

Foto: Eduardo Lund
A média geral dos touros fechou em R$ 9.455,00 e das fêmeas PC, em R$ 5.104,84

A pista lotada de compradores e a alta a qualidade genética dos animais ofertados garantiram a agilidade nas vendas do leilão Só Angus, realizado na noite deste domingo (11/10), na Associação Rural de Pelotas. Em menos de duas horas, todos os 122 animais Angus ofertados foram arrematados, somando R$ 1.008.750,00 em negócios. O preço top do leilão foi o touro de pelagem preta de tatuagem 1928, vendido pela Estância Tradição, dos irmãos Rogério e Eduardo Rotta Assis, por R$ 24,75 mil para o criador Aloísio Cantão e Outros, de Aceguá. O touro foi campeão da Expofeira de Pelotas e é irmão do reprodutor de tatuagem 2028,  melhor touro rústico PC da Expointer 2015 e integrante do teste de Progênie da Associação Brasileira de Angus. A média geral dos touros fechou em R$ 9.455,00 e das fêmeas PC, em R$ 5.104,84.
Empolgado com a agilidade das vendas em uma tarde de pista limpa, Rogério Rotta Assis destacou a força genética da criação das propriedades que integram o Só Angus: Albardão, Santa Amélia, Santa Joana e Tradição, todas de Santa Vitória do Palmar. "A Zona Sul está na ponta da genética Angus do Estado e do País. O leilão foi um espetáculo", resumiu.
Outra venda de destaque foi o ventre de três anos Biguá 6115 Heavy Hitter TE, melhor fêmea PO rústica da Expointer 2014. A vaca foi comercializada pela Cabanha Santa Amélia por R$ 22.500 para Fábio Ruivo, da Cabanha Recalada. 
Fonte: ABA

Demanda aquecida pelos touros Angus da Santa Eulália

Touros Angus PO atingiram valorização de R$ 9.419,23

Foto: Divulgação/Assessoria
Touros Angus PO atingiram valorização de R$ 9.419,23

A alta procura por touros Angus marcou o Leilão da Cabanha Santa Eulália, realizado na noite de sexta-feira (9/10), em Pelotas. O remate movimentou R$ 759,15 mil para um total de 93 animais, resultado em média geral de R$ 8.162,90. O proprietário da Santa Eulália, Joaquim Francisco Bordagorry de Assumpção Mello, destacou a venda de 100% dos touros ofertados.  "Foi um remate positivo, marcado pela alta procura por genética Angus", frisou o criador. Um dos destaque do leilão, realizado no Parque da Associação Rural de Pelotas, foi a comercialização da campeã da Expofeira de Pelotas, a vaquilhona Angus de tatuagem 985, filha de Brigadier, por R$ 18 mil.
Destaque para os touros PO, que atingiram valorização de R$ 9.419,23. Os machos PC ficaram em R$ 9.150,00. Nos ventres, as fêmeas PC tiveram média de R$ 3.578,57 e as PO, de R$ 7.125,00.
Fonte: ABA

domingo, 11 de outubro de 2015

Agronegócio impede que Estado entre em recessão

Economista da Farsul detalha projeções para 2016
Economista da Farsul detalha projeções para 2016
Crédito: Fernanda Paz / Especial FS
O setor agropecuário gaúcho foi o único que apresentou alta no primeiro semestre de 2015. Com 2,1%, o agronegócio teve resultado superior à indústria (-3,1%) e serviços (0%) no primeiro trimestre do ano. No segundo, o agronegócio chegou a 5,8%. Já a indústria e o setor de serviços fecharam em negativo com -3,1% e -1%, respectivamente. Esses números ajudaram o Rio Grande do Sul a não entrar em recessão nos primeiros seis meses do ano. Os números foram divulgados, recentemente, pela assessoria econômica da Farsul.
O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, destaca que os números referendam a necessidade de que uma economia baseada no agronegócio deve ser, sempre, a primeira. “É bom ter o agronegócio como centro da economia. O Brasil está, tecnicamente, em recessão, já que caiu no primeiro e também no segundo trimestre deste ano. Já o Rio Grande do Sul cresceu nesse período, apesar das fortes quedas da indústria e das registradas no setor de serviços. Além do mais, tivemos a deterioração das finanças públicas do Estado. O agronegócio, apesar da recessão brasileira e da queda dos demais setores no Rio Grande do Sul, cresceu forte e o suficiente para colocar nossa economia no azul”, comenta da Luz que enfatiza: “O Rio Grande do Sul não está em recessão, como está o Brasil, devido, exclusivamente, ao bom desempenho do agronegócio”, pondera.

Próximo ano
O economista ressalta, porém, que as projeções para o término do ano apontam que o Estado não deverá fugir de um PIB negativo, apesar da força do agronegócio. “Deveremos cair menos da metade do Brasil, mas vamos cair, apesar do crescimento do agro, não há magias, a crise é grave”, alerta.
A crise econômica que afetou a sociedade brasileira em 2015 é observada pela assessoria econômica da Farsul com preocupação pelos impactos que trará ao próximo ano. O agronegócio gaúcho enfrenta a elevação dos custos para produzir a partir do aumento no preço dos fertilizantes e agroquímicos, ocasionados pela disparada da taxa de câmbio, além da suba nos valores da energia elétrica e do diesel. Isso é consequência, segundo da Luz, de uma série de erros de gestão, mau planejamento e da corrupção no Brasil.” Ressaltamos, também, o forte aumento nos juros sobre o capital de terceiros, os juros pagos aos bancos, que também são consequência da crise. Provavelmente, 2016 será um ano bem mais apertado, no qual o agronegócio não terá a contribuição que teve este ano, devido à contaminação pela crise”, aponta o economista-chefe da Farsul.

Frigorífico da Marfrig é parcialmente interditado em São Gabriel

Empresa soma 817 trabalhadores

Auditores fiscais do Trabalho interditaram máquinas e setores de um frigorífico da empresa Marfrig, que emprega 817 empregados em São Gabriel, na fronteira Oeste. Uma auditoria apontou risco grave e iminente à integridade dos trabalhadores.
Para a retomada das atividades e sustação das interdições, a empresa vai ter de corrigir as situações apontadas pela fiscalização do trabalho. Há problemas em prensas, tornos, serras, descoureadeiras e elevadores, conforme o Ministério Público do Trabalho.
fonte: Radio Guaiba