sábado, 25 de outubro de 2014

Farsul não aceita discutir medidas de contenção de saída de gado vivo do Rio Grande do Sul

Ação estaria entre as exigências de empresa para manter frigorífico no Estado

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) não aceitará discutir medidas de restrição à saída de gado vivo do Estado. A afirmação foi feita nesta quarta, dia 22, pelo presidente da entidade, Carlos Sperotto.

– Daremos todo nosso apoio para que a Marfrig mantenha suas três plantas no Estado, mas nos negamos a tratar de limitações de oportunidades comerciais. Não podemos desestabilizar negócios que estão organizados – afirmou Sperotto.

Entre as exigências feitas pela empresa ao governo do Estado para a manutenção da planta de Alegrete estaria a restrição à saída de gado vivo do Estado. Em nota oficial, a empresa informou que vai paralisar as operações na fábrica por tempo indeterminado por "questões mercadológicas".

FARSUL

Kátia Abreu na CNA


O presidente do Sindicato Rural de São Gabriel e vice-presidente da Farsul, Tarso Francisco Pires Teixeira, único líder rural gaúcho a externar publicamente sua posição contrária à reeleição da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) na presidência da Confederação Nacional da Agricultura, o que ocorreu na semana passada, em Brasília, ratificou seu posicionamento. Disse que não considera encerrada a polêmica. “Entendemos que esta posição não observa a realidade dos fatos. Em primeiro lugar, porque não houve uma segunda chapa que articulasse o pensamento dos produtores rurais  da oposição  interna, portanto a eleição não refletiu a totalidade do pensamento interno da classe rural. E, em segundo lugar, porque as recentes posições de Kátia Abreu a colocam  como aliada objetiva de  grupos como o MST, que ela sempre combateu”, mandou dizer Teixeira. E concluiu: “Respeitamos a decisão estratégica da Farsul em participar da chapa, de forma a influir de algum modo nas decisões futuras da CNA. Mas no que nos diz respeito, conservaremos nossa decisão de contestação a esta presidência, no que, diga-se de passagem, representa o pensamento  de diversos presidentes  de sindicatos rurais em todo o Rio Grande do Sul  e no  Brasil.”
Kátia II
A presidente reeleita também mandou nota sobre seu futuro mandato. “O tempo está sempre criando novos desafios e a CNA mantém-se atenta à pauta específica de proteção dos interesses dos produtores rurais. Entre os temas prioritários para o setor nos próximos anos estão uma política agrícola de longo prazo, as questões trabalhistas, a logística com foco nas hidrovias e ferrovias, a abertura de novos mercados via acordos internacionais e um novo modelo de registro de agroquímicos que garanta segurança com menos burocracia.”
fonte: Jornal do Comercio

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Sr.Proteina



Abílio Diniz avança sobre o frigorífico Minerva
A obsessão de Abílio Diniz em se tornar o "Sr. Proteína" não tem limites. Circula no mercado a informação de que o empresário vem comprando ações do Minerva em bolsa. As aquisições mais expressivas, feitas na pessoa física, teriam ocorrido nos primeiros dias de outubro.
Aonde Abílio pretende chegar? Analistas de mercado não têm muitas dúvidas em relação às cenas dos próximos capítulos. Abílio
está construindo um cenário mais do que propício para a montagem de um império dos alimentos.
O domínio dos grupos Minerva e BRF colocaria o empresário na proa de um negócio com faturamento de R$ 40 bilhões ao ano e presença física em quase 30 países. Procurada pelo RR, a Península Participações, braço de investimentos de Abílio Diniz, negou que o empresário esteja comprando ações do Minerva.
Está feito o registro. Ressalte-se, no entanto, que Abílio já tem um pé na companhia. No ano passado, ao transferir para o frigorífico sua operação de bovinos e duas unidades de abate nas cidades de Várzea Grande e Mirassol do Oeste (MT), a BRF recebeu como pagamento 16,5% do capital votante da empresa.
Significa dizer que hoje, mesmo de forma indireta, Abílio já é o segundo maior acionista do Minerva, atrás apenas da família Queiroz, controladora da companhia.
Abílio Diniz não está reinventando a roda. O script guarda semelhanças com o processo de conquista da BRF. Sucessivas aquisições do papel em Bolsa, combinadas ao apoio daTarpon
Investimentos e, posteriormente, dos fundos de pensão, permitiriam ao empresário tomar o poder da companhia.
No caso do Minerva, é bem verdade, há uma diferença que não pode ser desprezada. O frigorífico não é a BRF – uma empresa de controle difuso na qual um acionista com apenas 11% do capital consegue mandar e desmandar. No entanto, os Queiroz não têm uma participação societária tão folgada, que lhes garanta uma blindagem ao avanço de terceiros.
Depois do IPO da empresa, em 2007, e da nova oferta de ações realizada em 2012, a família ficou com apenas 28,7% das ordinárias. Abílio Diniz, portanto, nem precisaria adquirir uma montanha de títulos em Bolsa para ombrear com os acionistas
controladores.
Num exercício meramente hipotético, bastaria, por exemplo, à BRF fazer uma composição com a dupla SulAmérica Investimentos e Fidelity Asset – as duas gestoras de recursos detêm 12,03% do
frigorífico. Feito o acordo, Abílio passaria a carregar no coldre o equivalente a 28,53% da companhia, praticamente igualando-se à família Queiroz.
No momento certo, o empresário sacaria da cintura as ações compradas em bolsa para desempatar a disputa. Seria o voto de minerva, com o perdão do trocadilho. A partir daí, nem é preciso
avançar nas conjecturas sobre o futuro do frigorífico. A biografia de Abílio Diniz e a própria BRF falam por si (Relatório Reservado, 21/10/14)

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Governo do Estado e frigorífico Marfrig avançam nas negociações para manutenção da unidade de Alegrete


Em reunião na Secretaria do Desenvolvimento, o titular da Fazenda, Odir Tonollier, reiterou a disposição do governo em garantir o funcionamento da planta
Em reunião na Secretaria do Desenvolvimento, o titular da Fazenda, Odir Tonollier, reiterou a disposição do governo em garantir o funcionamento da planta - Foto: Karen Viscardi/SDPI Download HD (232,00 kB)
Até o final do mês, serão definidos os pontos de acordo para a manutenção da planta do frigorífigo Marfrig em Alegrete, na Fronteira Oeste. Em reunião que ocorreu nesta quarta-feira (22), na Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), a empresa detalhou aos representantes do Governo do Estado a situação de todas as frentes de negociações. De acordo com o diretor regional do grupo Marfrig, Rui Mendonça, avançou-se mais uma etapa. "Mas a pauta com o governo é parte de uma série de assuntos a serem solucionados, buscamos uma reavaliação da operação”.
Entre outras demandas, a empresa propôs mudanças na área fiscal de forma a garantir matéria-prima durante todo o ano no Rio Grande do Sul. Atualmente, a disponibilidade está concentrada nos meses de primavera. De acordo com o secretário em exercício da SDPI, Luís Fernando Marcondes Farinati, a Marfrig informa que tem dificuldades para abastecer suas fábricas. “A pauta é setorial, por isso estamos conversando com os representantes da cadeia produtiva”, explicou.
O secretário da Fazenda, Odir Tonollier, reiterou a disposição do governo em garantir o funcionamento da planta de Alegrete: “As medidas atendidas estão de acordo com a nossa política de proteção da indústria gaúcha da concorrência predatória de outros Estados, proporcionando competitividade e manutenção de empregos”, explicou.
A Marfrig se propõe ainda a centralizar as importações pelo Rio Grande do Sul, hoje concentradas em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A medida movimentaria a economia local e geraria empregos no Estado. Por se tratar de produtos importados, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Produtos e Serviços (ICMS) é de 4%. Nesse caso, o Governo do Estado pode formalizar o incentivo por decreto, já que há precedentes em outras unidades da Federação.
O dirigente da Marfrig relatou na reunião que avançaram as negociações com os trabalhadores sobre banco de horas nas três unidades gaúchas - Alegrete, Bagé e São Gabriel. Conforme os relatos da empresa, também estão bem encaminhadas as conversas com as entidades setoriais, como Farsul, sindicatos rurais e Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Rio Grande do Sul (Sicadergs). O frigorífico ainda está em tratativas com a prefeitura de Alegrete. Segunda a empresa, é a consolidação dessas negociações que a filial gaúcha remeterá para a holding tomar a decisão, em breve.
Na reunião, também participaram o secretário da Agricultura, Claudio Fioreze, e representantes da Fepam.
Texto: Karen Viscardi
Edição: Redação Secom 

Farsul é contra tributação para as exportações de gado em pé



Luiz Eduardo Kochhann
ANTONIO PAZ/JC
Quase 35 mil animais foram enviados a outros estados, disse Sperotto
Quase 35 mil animais foram enviados a outros estados, disse Sperotto
O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, disse que a entidade “não discutirá qualquer possibilidade de criar impeditivos à saída de animais do Estado”. A posição foi emitida por Sperotto, em entrevista coletiva na tarde de ontem, convocada logo após o governo divulgar que, para manter o frigorífico do Marfrig em Alegrete aberto, uma das medidas seria taxar a saída de gado em pé para o mercado externo e interno, principalmente para São Paulo. O JBS, concorrente do Marfrig, é o maior comprador de novilhos para abastecer confinamentos e abater, com foco em carne de raças bovinas britânicas.

De acordo com o dirigente, quase 35 mil animais foram enviados para outros estados até setembro, a maior parte para São Paulo e para o JBS, que planeja “importar” 36 mil cabeças em 2014 e outras 40 mil em 2015. Esses animais abastecem o projeto Swift Black, que coloca carne de maior qualidade em segmentos de nicho. Na exportação, foram embarcadas 8,7 mil cabeças. “Esses dados desmistificam a ideia de que está faltando gado para abate. Temos um rebanho de 14 milhões que está sendo atropelado por causa de um contingente de 35 mil animais que saem”, reclamou Sperotto, contrapondo a redução de ICMS em produtos importados que serviria para amenizar a queda de receita do Marfrig.

Questionado sobre o pedido de incentivos para trazer animais vivos de outros estados para abater em plantas locais do Marfrig, Sperotto abriu a possibilidade de negociação, mas colocou em xeque a disponibilidade de animais fora do Rio Grande do Sul. “Não somos contrários. Se existem animais, isso não é problema”, ponderou o dirigente.

Sobre a rastreabilidade, embora a Farsul tenha se colocado contra a obrigatoriedade em 2013, quando o governo estadual apresentou projeto à Assembleia, Sperotto também não descartou a viabilidade. “Nosso posicionamento levava em conta a lei, que proíbe a obrigatoriedade. Mas não temos problemas em rever nossa posição”, completou.

Para o presidente da entidade, é possível encontrar soluções exclusivas para a fábrica de Alegrete, sem criar novas condições de comercialização que afetem toda a cadeia gaúcha. “Apostamos em um acordo para flexibilizar oportunidades compensatórias para essa unidade. Mas não se pode impor condições que irão atrapalhar o Estado como um todo apenas para permanecer com uma planta.” 
fonte: Jornal do Comércio

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

13º Leilão Angus Santa Thereza

Só Angus Mergulhão

IV Remate Tamanca e Rincão - Santa Vitória do Palmar

Margem de frigorífico é a menor desde 2011 com alta do boi, diz Scot


A margem de lucro dos frigoríficos caiu para 10,1 por cento, ao menor nível desde março de 2011, devido à alta do preço da arroba do boi em meio à baixa oferta de animais prontos para abate, apontou nesta terça-feira relatório da Scot Consultoria.

O indicador Equivalente Scot Carcaça --que considera a diferença entre a receita obtida pelo frigorífico com a venda de carne com osso, couro, sebo, miúdos, subprodutos e derivados, em relação ao preço pago pela arroba-- caiu dez pontos percentuais ante o nível registrado em agosto, disse a Scot.

A média histórica do indicador, levantado desde 2007, é de 15,8 por cento.

Os preços da arroba do boi gordo no Estado de São Paulo estão próximos de uma máxima histórica em um momento de escassez de animais para abate, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O Indicador Esalq/BM&FBovespa, que apura os preços à vista e serve de referência para o mercado, atingiu 134,26 reais/arroba na segunda-feira, novo recorde nominal, em uma alta diária de 0,4 por cento.

O preço atual já se aproxima do valor recorde em termos reais (considerando correção da inflação pelo IGP-DI), de 134,94 reais, observado em novembro de 2010, segundo o Cepea.

Segundo a Scot, a cotação do boi gordo subiu 16,5 por cento desde o início do ano, com a seca afetando a recuperação das pastagens e consequentemente a engorda dos animais criados em pasto --o sistema de produção predominante no Brasil.

"Boa parte desta valorização ocorreu de agosto para cá, com a retração expressiva da oferta de boiadas de pasto", afirmou a Scot.

De acordo com a consultoria, "há dificuldade na aquisição de bovinos e este cenário tem guiado mais os preços do boi gordo do que o consumo de carne bovina".

A Scot ressaltou que o brasileiro está consumindo menos carne em função da alta de preços do produto.

E, com isso, de agosto para cá o mercado atacadista "tem patinado", com os frigoríficos conseguindo repassar apenas 1,6 por cento de alta.

Mercado do boi firme: boa hora para comprar a reposição para engorda no verão

Apesar da tendência histórica de retração nos preços do boi gordo em outubro (-1,8%), frente a setembro, atualmente as cotações estão firmes.
O boi gordo é comercializado entre R$8,40 e R$8,80/kg de carcaça, a prazo. Podemos considerar que a maioria das negociações fica na faixa intermediária dos valores citados.
A vaca gorda gira entre R$8,20 e R$8,30/kg de carcaça, nas mesmas condições.
Desde o início do mês, o patamar das cotações alterna de estável a ligeira alta de 2,0%, o que é um bom sinal para o produtor que ainda tem animais no campo para serem abatidos nas próximas semanas, visto que em outubro, geralmente os preços caem.
Isto pode significar que o pico oferta de animais que tipicamente ocorre neste mês pode ter chegado mais cedo em 2014. Caso isto se confirme, a tendência de alta nos preços de novembro em diante, este ano pode começar em outubro.
Se sim, isto pode ser atribuído ao incremento das áreas de soja nos últimos anos no estado. Quanto mais soja, mais pastagens de inverno, e mais gado nelas, na hora da retirada para implantação da cultura de verão,  a pressão tende a ser maior, assim como a escassez de oferta após este período.
Este incremento na área de soja parece acentuar algumas oscilações de mercado, como as quedas de agosto e setembro, que na média histórica de 2003 a 2013 são de 0,7% e 2,7%, respectivamente, e este ano foram de 2,5% em agosto e 3,2% em setembro.
A queda foi mais acentuada, mas o período pode ter sido mais curto, o que significa oferta mais concentrada.
A retirada dos animais até outubro é característica de quem implanta lavouras de verão, e este ano, como está se confirmando a previsão de uma primavera bem chuvosa, os agricultores tentaram preparar as áreas mais cedo, mas boa parte não conseguiu ainda.
Caso a firmeza das cotações comece mais cedo, quem tem, ou terá, pastagens cultivadas de verão, anuais ou perenes, tem uma ótima oportunidade de melhoras seus resultados em relação às vendas feitas durante a “safra” de boi (agosto, setembro e outubro).
Esta pode ser uma boa hora para comprar a reposição, aproveitando um preço mais baixo do que nas próximas semanas, com a costumeira alta do gado gordo, que também puxa os preços da reposição para cima.
A oferta de animais prontos para abate em janeiro e fevereiro deve ser menor, frente aos patamares atuais, e consequentemente deve ter melhores preços no estado.
Por Renato Bittencourt

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Imposto de importação cairá para manter Marfrig


Reunião amanhã entre empresa e Sefaz poderá definir o incentivo
Patrícia Comunello
SINDICATO RURAL DE ALEGRETE/DIVULGAÇÃO/JC
Encontro em Alegrete com representantes de produtores e indústrias debateu rastreabilidade
Encontro em Alegrete com representantes de produtores e indústrias debateu rastreabilidade
O principal mecanismo para assegurar a operação dos frigoríficos do Marfrig no Estado será reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide em produtos importados. A condição foi pedida pela empresa, dentro de pacote de medidas em negociação com o governo estadual e federal para manter a viabilidade financeira da estrutura no Estado. A companhia de capital aberto e uma das maiores no mundo em processamento de carne bovina e ovina tem quatro unidades no Rio Grande do Sul, sendo três de abates e uma de corned-beef.

A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) informou que está prevista uma reunião para amanhã com integrantes do Marfrig, em Porto Alegre, para definir a concessão das vantagens. A pasta alegou que não poderia comentar solicitações específicas da empresa devido ao sigilo fiscal, mas confirmou que “estão em estudo medidas que viabilizam a manutenção da planta”. Segundo apurou o Jornal do Comércio, o incentivo atingiria a alíquota de 4% que incide sobre mercadorias vindas do exterior. É o mesmo diferencial que incide sobre produtos que têm origem em outros estados e que envolveu a polêmica da cobrança do Imposto de Fronteira para micro e pequenas empresas optantes do Simples Nacional.

Há cerca de duas semanas, a Sefaz apresentou proposta que atenderia pedidos da companhia, informou a assessoria de imprensa da pasta. Em nota, a secretaria ressaltou que eventual benefício ficará condicionado à manutenção de todos os empregos gerados pelo Marfrig no Estado e ao funcionamento do frigorífico de Alegrete. Executivos da empresa chegaram a comunicar a paralisação da operação de Alegrete em julho. Mobilização na região e governo estadual adiou a medida. A planta, uma das maiores e mais complexas do setor no Rio Grande do Sul, pode abater até 700 bovinos ao dia, mas hoje processa 500 cabeças. São cerca de 640 empregados.

Segundo uma fonte, já teria havido acordo prévio informal e só faltaria a assinatura do novo tratamento fiscal, que é esperado para o encontro de amanhã. A menor carga tributária incidiria nas transações de importação de itens processados e industrializados em outras plantas da companhia no exterior. Representantes da companhia na negociação teriam garantido a autoridades estaduais, segundo uma fonte, que o incentivo não afetaria a concorrência de produtos elaborados por indústrias gaúchas e potencializaria o negócio da empresa. O JC tentou contato com executivos do frigorífico e assessoria, mas não obteve retorno.

Não causar prejuízos a outros fabricantes, por receber vantagens tributárias que impactam custos, é exigência e justificativa para flexibilizar este tipo de incentivo. O Estado adota esse tratamento a segmentos como automotivo e outros ramos industriais para gerar maior competitividade. É um dos atrativos na negociação para atração e manutenção de investimentos. O Marfrig processa carnes bovina e ovina no Uruguai, Argentina e no Chile, e frangos, na China, Inglaterra, Irlanda do Norte e nos Estados Unidos. A industrialização de produtos ocorre no Brasil e Uruguai e em outros 10 países entre EUA, Austrália, Europa e Ásia, segundo o site do Marfrig Global Foods.

Ontem, a empresa, o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs) e sete sindicatos rurais da Fronteira Oeste se reuniram para criar o grupo que discutirá a rastreabilidade do rebanho para ampliar a oferta de animais. Estado e Ministério da Agricultura (Mapa) indicarão nomes para debater a questão, segundo garantia dada ao presidente do Sindicato Rural de Alegrete, Pedro Piffero, que lidera a iniciativa. Piffero disse que os três executivos da empresa presentes à reunião informaram que esperam respostas da Sefaz, mas evitaram detalhar as conversações. Há pendências ainda no licenciamento ambiental da planta de Alegrete, que tramita na Fepam, e no serviço de inspeção federal, que é apoiado por terceirizados em alguns locais, o que foi indicado como problema por auditores norte-americanos que visitaram frigoríficos do Marfrig.
fonte: Jornal do Comércio

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Só Angus vende bem

Só Angus

Foto: Divulgação/Assessoria
14˚ Leilão Só Angus, realizado no domingo, em Pelotas, faturou a cifra de R$ 880.455 para 137 bovinos da raça europeia, sendo 93 touros
e 44 vaquilhonas. 

A média dos machos foi de R$ 7.764 e das fêmeas de R$ 3.600.

Fonte: Correio do Povo

Lance Rural firma parceria com banco Banrisul

Foto: Divulgação/Assessoria
Clientes poderão financiar animais por até 36 meses   Em uma iniciativa inédita no Rio Grande do Sul, o Banrisul irá disponibilizar, a partir do Leilão Certificado Nº 4 do Lance Rural, R$ 4 milhões em linhas de crédito para financiamento de animais adquiridos durante o remate. O valor terá carência de 12 meses e o produtor rural interessado em obter os recursos deve procurar sua agência antes do leilão virtual e solicitar a pré-aprovação do crédito.   “A instituição Banrisul nunca antes financiou eventos desta forma e conseguimos em virtude de nosso negócio estar muito bem amarrado quanto à identificação, certificação, qualidade e conveniência”, afirma Alexandre Crespo, gerente de Leilões do Canal Rural no Rio Grande do Sul.   A expectativa é que a nova parceria traga mais investidores para os leilões Lance Rural, facilitando a aquisição de animais de forma rápida, prática e segura. Para Fernando Velloso, coordenador técnico do Lance Rural e sócio da Assessoria Agropecuária, o convênio é o reconhecimento do sistema bancário ao valor da modalidade comercial utilizada, e é mais um degrau alcançado no avanço do projeto Lance Rural. “A possibilidade de um crédito oficial para o financiamento de bovinos ...

domingo, 19 de outubro de 2014

Confinamento de bois deverá crescer no País


Rabobank projeta salto do atual patamar. De 10% os gados criados no confinamento passarão para quase 20% em 2013
Resposta para aumento da produção de carne bovina está no confinamento (Foto: reprodução)
Depois da onda de fusões e aquisições deflagrada em 2007 no setor frigorífico, a cadeia produtiva da carne bovina no Brasil deve passar por novas modificações profundas nos próximos dez anos. Essa é a expectativa do banco holandês Rabobank, um dos principais financiadores privados do setor de agronegócios.
Conhecido por sua pecuária baseada na criação extensiva do gado bovino, com os animais tratados soltos no pasto, o Brasil já está pronto para fazer o sistema intensivo de engorda – conhecido como confinamento – “decolar”, avalia o banco, em relatório assinado pelos analistas Renato Rasmussen, Adolfo Fontes e Bill Cordingley.
Pelas projeções do Rabobank, a participação da carne bovina oriunda de gado criado nos confinamentos passará do atual patamar de 10% para quase 20% em 2023, saltando de 0,9 milhão de toneladas de carne bovina para 2,5 milhões de toneladas. ”Acreditamos que a indústria brasileira de carne bovina está à beira de uma mudança na direção de uma rápida intensificação”, aponta o relatório.
Fazendo coro ao otimismo que os frigoríficos nacionais têm sobre o futuro do setor no país, o Rabobank avalia que o Brasil, já o maior exportador global de carne bovina, reúne condições únicas para atender a crescente demanda global por carne bovina. Para tanto, porém, a pecuária brasileira terá de elevar sua produtividade, que hoje é baixa na comparação com EUA e Austrália, os principais concorrentes do Brasil.
É nesse contexto, portanto, que o Rabobank projeta o avanço dos confinamentos. “A resposta para o Brasil aumentar a produção de carne bovina é a intensificação dos confinamentos”, diz o banco. Com a criação de bovinos em confinamentos na última fase de engorda – etapa em que o boi magro é alimentado até se tornar boi gordo – o peso médio do animal abatido nos frigoríficos é não só mais alto como a idade de abate é menor, elevando a produtividade.
Para elevar a criação de gado em confinamentos, a pecuária brasileira terá de investir em novas unidades. Pelas contas do banco, o país pode dobrar a atual capacidade estática de confinamento para 4,5 milhões de cabeças de bovinos até 2023, o que demandaria investimentos entre US$ 250 milhões e US$ 500 milhões nos próximos dez anos.
Com uma capacidade estática de 4,5 milhões de cabeças de gado, os confinamentos poderiam engordar 9 milhões de bovinos por ano, considerando duas etapas de confinamento. Atualmente, o sistema de confinamento no Brasil é usado predominantemente no período da entressafra, amenizando a menor oferta de gado criado no pasto.
Na avaliação do Rabobank, a necessidade de ampliar a produção de carne bovina no país não será o único fator de indução dos confinamentos nos próximos anos. Áreas de pastagens já vêm cedendo espaço nos últimos anos para a agricultura, em muitos casos mais rentáveis. Considerando ainda as restrições ambientais para que a pecuária avance sobre áreas de florestas, a solução é produzir gado em menor área, o que favorece os confinamentos.
Além disso, o cenário de menores preços dos grãos como soja e milho – os principais insumos da ração dos bovinos no confinamento – nos próximos anos também é um duplo incentivo. De um lado, a atividade de confinamento é beneficiada pelo menor custo da dieta. De outro, agricultores também poderão ingressar na atividade de confinamento como forma de agregar valor. O Rabobank estima que a demanda adicional por grãos para ração totalizará 19,1 milhões de toneladas no ano de 2023.
Fonte: Valor Econômico (Por Luiz Henrique Mendes) , adaptado pela equipe feed&food.

Entrevista AG: É carne bovina? É boi verde!

A revista AG traz em sua edição 181 – Outubro/2014. uma deliciosa entrevista com o engenheiro agrônomo e consultor Roberto Barcellos, sódio diretor da Beef & Veal Consultoria. Veja os detalhes nas páginas 8, 9 e 10 da seção “Entrevista do Mês”.
Clique na imagem para expandir:
Entrevista pag8
Entrevista pag9 Entrevista pag10