sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Funrural deverá ser extinto em 2019


A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) confirmou que o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) vai ser o novo presidente da entidade. O anúncio foi feito pela atual presidente Tereza Cristina, futura ministra da Agricultura. A nova diretoria da bancada ruralista toma posse em fevereiro de 2019. De acordo com Moreira, uma das prioridades de sua gestão é achar formas legais de invalidar a cobrança do Funrural.
O presidente eleito Jair Bolsonaro, enquanto Deputado, já havia se manifestado contra a cobrança do imposto. Agora com a confirmação de sua vitória nas eleições 2018 as peças começam a se encaixar e de fato o Funrural caminha para o seu fim no próximo ano.
O passivo do Funrural está a caminho da extinção.
A futura legislatura do Congresso Nacional deve aprovar, já nos primeiros meses de 2019, o projeto do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) que acaba com o débito atribuído aos produtores rurais a partir de decisões diferentes tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à constitucionalidade da cobrança do Funrural (em 2010, considerou o tributo ilegal e, em 2017, validou o seu recolhimento).
Nessa terça-feira (11), o parlamentar disse que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, sinalizou apoio ao seu projeto de lei (PL 9252/2017), em tramitação na Câmara dos Deputados. A possibilidade de aprovação da proposta ganhou mais força com o anúncio de que o governo federal editará, nos próximos dias, medida provisória prorrogando para 2019 o prazo de adesão à repactuação do Funrural.
Além da sinalização de Bolsonaro, o deputado Delegado Waldir, futuro líder do PSL na Câmara, também adiantou que, no próximo ano, “sob a administração Bolsonaro”, o Legislativo deve aprovar um projeto que atenderá os interesses dos produtores rurais em relação ao Funrural.
“Já temos o compromisso do presidente. Vamos, com a [futura} ministra da Agricultura [Tereza Cristina], no diálogo, com o [Luiz Antonio] Nabhan [futuro secretário de Assuntos Fundiários] e com todas as forças do agronegócio brasileiro aprovar um projeto de interesse de todos”, disse o Delegado Waldir.
Entidades representativas do setor rural, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Andaterra (Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra) e a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), entre outras, apoiam a proposta de Goegen. Líderes dos produtores dizem que não reconhecem a dívida, que, para eles, foi “fabricada”.
Por: Vicente Delgado | AGRONEWS BRASIL, com informações do Canal Rural e Agro em Dia

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Expectativa de consumo de carne bovina nos países da América do Sul

A Tabela a seguir destaca os dados da expectativa de consumo de carne bovina na Argentina, Brasil, Chie, Paraguai e Uruguai até o ano de 2026, em termos percapita (kg por haitante ao ano), segundo dados da OECD.


Na Argentina e no Brasil a expectativa de consumo de carne bovina para os próximos anos é negativa. Isso porque entre os anos de 2018 a 2026 a previsão da OECD é que o consumo percapita de carne bovina entre os argentinos caia 7,7%, saindo de 40,85kg por habitante ao ano em 2018 para 37,69kg por habitante ao ano em 2026.
No Brasil, apesar da expectativa ser negativa, a queda no consumo de carne bovina deve ser pequena, de apenas 0,9%, passando para 26,17kg por habitante ao ano em 2026. Aliás, clique aqui e confira a evolução do consumo de carne bovina entre os brasileiros
Já no Chile, Paraguai e Uruguai a expectativa é de aumento no consumo de carne bovina em termos percapita. E a maior alta é esperada para o Paraguai, com aumento de 9,6% frente ao consumo atual e, alcançando 27,88kg por habitante ao ano em 2026. E caso se confirme essa expectativa, o consumo de carne bovina no Paraguai em termos percapita será maior que no Brasil.
Mas vale destacar o consumo uruguaio de carne bovina que, deve atingir 45,17kg por habitante ao ano em 2026, o maior consumo em toda a América do Sul.
fonte: FarmNews

Maiores importadores de bovinos vivos, de 2015 a 2018

Evolução de compra dos maiores importadores de bovinos vivos entre os anos de 2015 a 2018.

Confira como tem evoluído a importação dos principais países compradores de gado em pé ao longo dos últimos anos e a previsão do USDA para o ano de 2019.
A Tabela a seguir apresenta os dados de compra, em milhões de cabeças, dos maiores importadores de bovinos vivos entre os anos de 2015 e 2019, segundo dados do USDA.
maiores importadores de bovinos vivos
Os Estados Unidos são o destaque dentre os maiores importadores de bovinos vivos, com participação nas compras de cerca de 50% de todo o mercado mundial (Figura abaixo).
E vale destacar também que as importações mundiais de animais vivos aumentaram ao longo dos últimos anos, já que entre 2015 e 2018 o números de animais comercializados aumentou 42,6%, saindo de 2,65 milhões de cabeças para uma estimativa de 3,78 milhões.
Em 2019 a perspectiva do USDA é as importações mundiais de bovinos vivos permaneçam relativamente estáveis frente aos dados de 2018.
E é igualmente importante destacar o aumento da participação da Turquia no mercado de importação de gado em pé, com crescimento de 6 vezes frente ao ritmo de compras apurado em 2015.
O Farmnews destaca que o mercado turco tem cada vez mais se consolidado como o principal destino dos bovinos vivos exportados pelo Brasil. Inclusive o aumento das compras de bovinos vivos brasileiros pelos turcos tem impulsionado a recuperação desse mercado no Brasil .
A Figura abaixo apresenta a participação dos maiores importadores de bovinos vivos em 2018, em quantidade de cabeças, segundo dados do USDA.

maiores importadores de bovinos vivos
Fonte: Dados do Cepea/Esalq (adaptado por Farmnews)