sábado, 1 de outubro de 2011

Dia de bons negócios: Selo Racial chega a R$ 1,9 milhão


Leilão atrai compradores de fora do Estado e negocia 374 animais, superando o resultado de 2010

Central de Inseminação CRV Lagoa adquiriu reprodutor CACA com suporte da Assessoria Agropecuária

Nem a chuva que caiu insistente desde o início da manhã atrapalhou as vendas da oitava edição do remate Selo Racial, parceria das cabanhas Cia Azul, Corticeira, Rincón del Sarandy e Olhos D’Água, ontem, em Quaraí. Ainda que as cabanhas tenham realizado na Expointer um remate de elite com reserva especial, que arrecadou R$ 684 mil, o leilão de animais de produção atingiu R$ 1,9 milhão.

O resultado com a venda de 374 animais – angus, brangus, braford e hereford – foi 11,7% superior ao do ano passado. Compradores de várias partes do país estiveram presentes.

Com tradição de mais de duas décadas de remates no Paraná, em Honório Serpa, um grupo da cabanha 2A viajou para Quaraí em busca da genética da fronteira. Um dos proprietários, Ademir Hoinaski, 30 anos, comprou 32 fêmeas e seis machos, das raças angus, braford e hereford.

– Os preços estão bons. Comprei em 2010 pelo Canal Rural e este ano viemos ao vivo ver os animais. A qualidade é indiscutível – acrescenta.

Terceiro melhor macho da exposição de Uruguaiana ano passado, o exemplar angus, de tatuagem TE 1062, lote 1, foi adquirido via Canal Rural por R$ 17,2 mil, pelo produtor Luiz Armelin, de Porto Alegre.

As médias:
Geral (374): R$ 5,8 mil
Angus
- Machos (94): R$ 7,2 mil
- Fêmeas (121): R$ 3,4 mil
Brangus
- Machos (32): R$ 6,4 mil
- Fêmeas (44): R$ 3,4 mil
Braford
- Machos (21): R$ 8,2 mil
- Fêmeas (42): R$ 4,2 mil
Hereford
- Machos (8): R$ 6,5 mil
- Fêmeas (12): R$ 2,7 mil

Fonte: Trajano Silva Remates

Homenagem discreta

A edição 2011 do Selo Racial foi a primeira sem a presença de João Vieira de Macedo Neto, fundador da tradicional Cabanha Azul. Macedinho, como era conhecido, morreu em janeiro deste ano.

– Ele estava em todos os eventos conosco, deixa uma lacuna indescritível. Fizemos uma homenagem tão discreta como ele era, colocamos uma foto dele em local especial do complexo de remates. A impressão que dá é que de alguma forma ele está aqui – emociona-se a filha, Susana Macedo Salvador.

A qualidade da oferta, com destaque para precocidade, potencial fértil e qualidade de carcaça dos animais, se manteve, mesmo com a seca deste ano, e teve reflexo nas vendas

– O momento é bom. O boi gordo está 15% mais valorizado do que em 2010, o que deixa o produtor com maior poder de compra – afirma o diretor comercial da Cabanha da Cia Azul, Reynaldo Salvador.

Nota da Assessoria Agropecuária

A Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha atuou neste evento e representou ou auxiliou as aquisições de 15 investidores, como destaque grifamos a participação da CRV LAGOA.

A central de inseminação CRV LAGOA, de Sertãozinho (SP) adquiriu um reprodutor para coleta de sêmen. A compra foi realizada pelo Gerente Taurinos, Sr. Cristiano Leal, representado no recinto pelo Med. Vet. Dimas Rocha.

O touro escolhido foi o o integrante do Lote 40:
CIA AZUL H500, nascido em 12/08/08, filho de El Saycan com 880 kg e 41 cm de PE. Além da excepcional conformação, uma forte justificativa para aquisição do animal foram os dados destacados no PROMEBO (PN -1,3, IND DESM 8,2 e IND FINAL 7,3).
O touro é DUPLA MARCA no PROMEBO e acreditamos que será um bom provedor de genética para programas de cruzamento, afirmou Dima Rocha.


Fonte: Zerto Hora, Marina Lopes, Quaraí (01/10/2011), adaptado pela Assessoria Agropecuária.

REMATE RECULUTA & SÃO BENTO

FONTE: FFVELLOSO

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Paraguai: US$12 milhões em carne voltam ao país por rejeição chilena


A rejeição do Chile de cerca de 75 contêineres que transportavam 2.000 toneladas de carne paraguaia privará as indústrias de um valor de mais de US$ 12 milhões, de acordo com os preços que estavam sendo pagos no mercado chileno antes do foco de febre aftosa em San Pedro, que era de mais de US$ 6.000 a tonelada em média.

O Chile proibiu a entrada dos contêineres de carne paraguaia que estavam na fronteira do país com a Argentina, disse o diretor geral de Comércio Exterior e de Relações Internacionais (Digecer) do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), Hugo Idoyaga.

"Não se pode chegar a um acordo que permita a entrada dos produtos àquele país. Os carregamentos que já estavam no Chile foram recebidos; porém, os que estavam na fronteira com a Argentina já não foram aceitos".

Ele disse que, assim que os contêineres entrarem no país, as indústrias decidirão se vão reenviar o produto com destino a outros mercados ou se serão destinados à venda no mercado interno.

Idoyaga disse que os prazos de recuperação dos mercados mais exigentes não serão curtos e que o Paraguai demoraria entre 12 e 18 meses para voltar a exportar ao Chile e à União Europeia (UE), que são os que pagam melhor.

Essa situação poderia representar uma queda de receitas pelas exportações de proteínas de carnes vermelhas de mais de US$ 660 milhões, segundo uma análise apresentada pelo economista, Daniel Correa, representante da MCS Consultoria.

Segundo estudos da Fundação Desenvolvimento em Democracia (Dende), com a perda desses mercados e com os envios de carne aos mercados menos exigentes, o país poderia gerar entre US$ 150 e US$ 180 milhões em exportações de carne em 2012. Isso representa apenas 15%, aproximadamente, do que poderia ser gerado em uma situação normal e com os mais de 44 mercados ativos.

A reportagem é do site lanacion.com.py, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Mais de mil animais são fiscalizados na prevenção contra a aftosa


Atividades estão concentradas nas regiões de São Luiz Gonzaga, Santa Rosa e Ijui, que fazem fronteira com a Argentina
Porto Alegre - O Departamento de Defesa Agropecuária, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, divulgou no final da tarde dessa quinta-feira (29) mais um boletim com informações do trabalho de prevenção contra o ingresso da febre aftosa no Estado a partir de foco detectado no dia 18, no Paraguai. As atividades estão concentradas nas regiões de São Luiz Gonzaga, Santa Rosa e Ijui, que fazem fronteira com a Argentina.

Segundo o relatório do Serviço de Fiscalização e Controle do Trânsito, já foram montados, desde o final da semana passada, 31 barreiras, vistoriados 421 veículos e fiscalizados 1.105 animais, além de atividades de educação sanitária. Os fiscais sanitários, com o apoio do Batalhão Rodoviário, da Brigada Militar e do Exército, conferiram 46 toneladas de carne, apreenderam 40 quilos e um animal em situação irregular, e interditaram dois matadouros que atuavam sem licenciamento.

Foram encontrados, ainda, 91 animais em situação irregular, uma vez que não estavam registrados por seus proprietários nas respectivas Inspetorias Veterinárias. Os proprietários foram multados e ganharam prazo de 48 horas para explicar a procedência do gado.

Concentração no mercado de frigoríficos é contestada por representantes do setor de carne bovina


Os dez maiores frigoríficos brasileiros são responsáveis pelo abate de 31% do gado do país. Em Estados como Mato Grosso, apenas três lideram o mercado. Especialistas dizem que esta situação não representa concentração no setor, por outro lado, os pecuaristas discordam.

O pecuarista Cristiano Prata Rezende, abate de quatro a cinco mil cabeças de gado por ano nas suas fazendas no triângulo mineiro. O produtor resume a preocupação do setor afirmando que os preços estão caindo devido a muita oferta e pouca procura no mercado.

O presidente da Associação dos Pecuaristas do Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, concorda que a concentração das indústrias frigoríficas faz o produtor perder no bolso e pequenas indústrias no Estado, fecharem as portas. Estudos mostram que o produtor recebe aproximadamente 4% a menos onde existe a concentração da indústria frigorífica.

"A gente vê frigoríficos pequenos fechando as portas, demitindo seus funcionários, gerando desemprego e causando prejuízo enorme para a economia", afirmou Vacari.

Uma pesquisa realizada pela Acrimat aponta que apenas um frigorífico concentra 35% do abate no Brasil. No entanto, com outros números, a indústria afirma que não há concentração no setor. O levantamento foi apresentado com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em encontro que ocorreu na sede da Sociedade Rural Brasileira, em São Paulo.

O diretor executivo da Abiec, Associação que representa a indústria de exportação ao Grupo de Estudos Agrários da USP, Fernando Sampaio, apresentou o estudo e apontou que 39 milhões de cabeças de gado são abatidas no Brasil a cada ano, e pouco mais de 26% são feitos pelos quatro maiores frigoríficos do país, JBS, Marfrig, Minerva e BRF. Somando aos dez maiores, este índice não passa de 31%.

O diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio, afirma que em lugar nenhum do mundo esta situação caracteriza concentração de mercado.

"Nos EUA, se você comparar, os três maiores frigoríficos possuem 68% da produção. O problema do Brasil é que grande parte do número de abates não são realizados em frigoríficos com inspeção federal", aponta Sampaio.

Pelo levantamento, 55% dos abates são feitos em frigoríficos com Serviço de Inspeção Fiscal (SIF). No entanto, em 45% a fiscalização é feita somente pelos Estados e municípios. São mais de 21 milhões de cabeças abatidas fora do controle federal.

"A grande indústria exportadora segue, hoje, uma série de critérios, como os estipulados pelo IBAMA e pelo Ministério do Trabalho. Não sei se esses abates seguem todos essas orientações", disse o diretor executivo.

Segundo o advogado e professor da USP, Fernando Scaff, a fiscalização é mais eficiente nos grandes frigoríficos e por esse motivo as fusões podem ser benéficas para o mercado. Com o aumento da competitividade entre os grandes, a concentração de indústrias no mercado de carne pode excluir os pequenos produtores. No entanto, uma alternativa seria incentivar os pequenos frigoríficos regionais.

"O pequeno frigorífico concorre com o grande ou ele não concorre. Ele tem um caminho livre e pessoal próprio para seguir. Nas pequenas cidades do país elas podem na verdade fomentar pequenos frigoríficos. De um lado temos a concentração, mas por outro podemos permitir que outras empresas do mercado possam atuar e ter também condições de viabilidade econômica", explicou o professor.

Nesse ponto, Cristiano Prata Rezende concorda. "Nós temos que fomentar os pequenos frigoríficos regionais para que eles não desapareçam do mercado", disse o pecuarista.

Fonte: Canal Rural, adaptada pela Equipe BeefPoint.

Confira a entrevista com Alex Santos Lopes da Silva - Analista de Mercado - Scot Consultoria sobre o mercado do Boi Gordo

Boi: mercado reage com menor oferta de animais confinados e volta às compras do atacado, já se preparando para o início do mês. Preços podem continuar subindo, mas sem grandes exageros.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

SNA lança nova publicação


A Sociedade Nacional de Agricultura lança, no próximo dia 6 de outubro, sua nova revista “Animal Business Brasil”, especializada em tecnologia da criação, reprodução, industrialização e comercialização de animais. Com 72 páginas em cores, periodicidade bimestral e forte distribuição no exterior, a publicação bilíngüe (português e inglês), tem por objetivo estimular as exportações e os investimentos em tecnologia no segmento animal do agronegócio brasileiro.

O lançamento de “Animal Business Brasil” acontece a partir das 16h30, no auditório da SNA, que fica na avenida General Justo, 171 – segundo andar, Centro, Rio de Janeiro.

FONTE: SNA

Rússia pede laudos de 56 frigoríficos brasileiros, diz Agricultura

O Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor, na sigla em russo) solicitou, segundo o Ministério da Agricultura, novos laudos de mais 56 estabelecimentos que estão com os embarques de carnes suspensos para a Rússia.

Até o momento, o Ministério da Agricultura já encaminhou laudos de inspeção das instalações de 15 estabelecimentos. As vistorias foram realizadas em plantas de oitos estados diferentes, entre eles Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso - impedidos de exportar carnes para o país desde junho.

O governo agora se prepara para a vinda de uma equipe de veterinários russos no fim do ano. A expectativa do governo é começar a diminuir o número de unidades embargadas. O processo, iniciado em 15 de junho, deixou somente 51 estabelecimentos habilitados a exportar sem restrições, segundo dados do ministério.

Segundo o ministério, a expectativa é a de que as autoridades russas suspendam o embargo a essas unidades antes de novembro, quando uma missão daquele país vem ao Brasil, já que os produtores brasileiros estão cumprindo os compromissos assumidos e tomando todas as medidas necessárias.

No ano passado, as vendas de carnes nacionais para a Rússia totalizaram US$ 2 billhões. Dos 249 estabelecimentos habilitados a exportar para aquele país antes dos embargos, atualmente apenas 88 podem embarcar seus produtos para a Rússia.

Fonte: jornal Valor Econômico e Ag. Brasil, adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Produtos a base de gado

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Abate de bovinos diminui no 2º trimestre

Falta de pastagem pode ter provocado o abate das fêmeas


Entre abril e junho, o Brasil abateu 7,065 milhões de cabeças de bovinos. O volume representa uma redução de 0,5% em relação ao primeiro trimestre e de 7% na comparação com o mesmo período de 2010. No acumulado de 2011, a queda é de 3,5% em relação ao primeiro semestre de 2010.

Dados divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o abate de bois manteve-se estável, mas houve queda de 2,4% no abate de vacas em relação ao trimestre anterior. Mesmo com esta redução, o volume de vacas abatidas neste trimestre está 10,9% maior que o observado no mesmo período de 2010.

Segundo analistas do setor, o movimento é sazonal, já que no primeiro trimestre o volume de abate é maior porque são incluídos os animais de descarte da safra anterior. O aumento do abate de vacas pode ser reflexo da seca que prejudicou a pastagem e o desempenho das fêmeas.

A Região Centro-Oeste participou com 35,8% do abate de bovinos, seguida pelas Regiões Sudeste (20,9%), Norte (20,5%), Sul (12,1%) e Nordeste (10,7%).


O Estado do Mato Grosso continua sendo o líder no abate de bovinos, sendo responsável por 14,8% do abate nacional. São Paulo foi o segundo maior em abate de bovinos (11,7%), enquanto que Mato Grosso do Sul ficou na terceira posição do ranking nacional (11,5%). Comparando-se o 2° trimestre de 2011 com o mesmo trimestre de 2010, o Estado de Minas Gerais, em números absolutos, abateu cerca de 115 mil cabeças a menos (-18%), e São Paulo abateu 105 mil cabeças a menos.


Exportações estimulam abates em MT

Em agosto, o abate de bovinos em Mato Grosso registrou um aumento de 17 % na comparação como mês de julho. O volume de 477,6 mil cabeças foi o melhor desempenho observado desde agosto de 2007, quando foram abatidas 494,5 mil cabeças. Segundo levantamento feito pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) entre janeiro e agosto, de 2011,o total abatido no Estado chega a 3,184 milhões de cabeças, volume 6,8% superior ao rebanho abatido em 2010 e 16,1% maior que o número de abates em 2009.

Segundo Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o desempenho em agosto é reflexo da demanda do mercado, com consumo interno aquecido e retomada das exportações.


Fonte: Portal DBO com dados do IBGE

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Boi: Cotações voltam a subir

Os preços da arroba de boi gordo voltaram a registrar reajustes positivos em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Centro, o recente movimento de alta está atrelado à oferta relativamente baixa de animais e ao ligeiro aumento na demanda. Entre 21 e 28 de setembro, o Indicador do Boi ESALQ/BM&FBovespa teve aumento de 0,76%, fechando em R$ 98,49 nessa quarta-feira, 28. No mercado atacadista da carne com osso da Grande São Paulo, os preços também reagiram nos últimos dias, em decorrência do aquecimento da demanda, visando o abastecimento do varejo em início do mês. De 21 a 28 de setembro, a carcaça casada do boi valorizou 1,14%, com a média a R$ 6,21/kg na quarta. Já no mercado de reposição, agentes consultados pelo Cepea comentam que as atuais condições das pastagens são ruins, diminuindo a demanda pelos animais. Assim, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) caiu 2,5% nos últimos sete dias, a R$ 694,76.
Fonte: Cepea

Boi gordo mostra recuperação, sendo vendido a R$97 em SP

Boi Gordo: recuperação do mercado eleva preços no balcão até R$ 97,00/@. As indústrias se preparam para o início do mês de outubro reabastecendo os estoques do varejo. Sul do MT e GO ainda sentem a pressão da oferta maior de animais do confinamento.




Boi gordo está longe da pressão que baixou os preços a R$94 e R$95 à vista em São Paulo. Há algumas semanas, no mercado físico, ele vem recuperando os preços, estabilizando em R$97/balcão em várias praças. As escalas de 5 e 6 dias, em média, fazem negócios a R$98 e a R$100 reais, com 40 a 45 dias, em média, de prazo.

O período que se aproxima, de início de mês, tem melhor consumo. Com isso, a indústria está refazendo o estoque de câmara fria e alguns frigoríficos até se preparam para a entrada da primeira parcela do 13º salário. “Muita gente aposta num inicio de mês forte para o consumo do atacado”, diz Caio Junqueira, da Cross Investimentos.

Os frigoríficos menores, sem capacidade de fazer longos contratos, tem forte vontade de comprar. Já as grandes indústrias estão mais confortáveis, fazendo escalas dia 14, 17 e 18. Elas possuem, ainda, bastante reserva de escala.

Na visão do analista, a chance de o mercado entrar outubro, em São Paulo, com cotações a R$101 ou R$102 é baixa. Para ele, os preços no estado estão no limite e devem trabalhar nos patamares do preço encerrado hoje. “Até R$98 à vista; não deve furar esse patamar”, diz. Em Mato Grosso do Sul, o boi de é vendido a R$95 para 30 dias e deve estacionar nesse valor.

No estado de Goiás, o mercado está extremamente pressionado com a oferta de boi de cocho. O Sul do Mato Grosso também enfrenta esse problema, por conta do volume de boi de cocho ofertado. Já o Norte desse estado registra pressão para cima. Porém, conforme a falta de boi nessa região acentua, as indústrias passam a buscar bois na região Sul do Mato Grosso.
Fonte: Notícias Agrícolas // João Batista Olivi e Fernanda Cruz

Pressão de alta resulta em reajuste em São Paulo

A dificuldade de compra a preços menores em São Paulo fez a referência ser reajustada ontem (28/9) em R$0,50/@. Com isto, o boi gordo ficou cotado em R$96,00/@, à vista, livre de imposto.

As escalas de abate atendem, em média, entre 4 e 5 dias, mas, contando com animais próprios ou comprados fora do mercado spot, existem frigoríficos com programações mais avançadas.

Os relatos são de recuo na oferta e, ao que tudo indica, as compras já não fluem como nas últimas semanas. Com isso, a pressão por preços maiores aumenta.

O mercado está firme também no Mato Grosso do Sul, estado onde os frigoríficos paulistas também atuam.

Ainda no fechamento de 28/9, em Campo Grande, o boi gordo ficou cotado em R$95,00/@, a prazo, livre de imposto.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Adesão do Rio Grande do Sul à inspeção federal é oficial

Serviço sanitário gaúcho tem equivalência reconhecida e passa a integrar oficialmente o sistema unificado de inspeção do governo federal

Da Redação

O Serviço de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, teve a sua equivalência reconhecida para adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produto de Origem Animal (Sisbi-Poa) do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). A confirmação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi confirmada pelaPortaria nº 679, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 28 de setembro.

O anúncio do reconhecimento da equivalência do programa gaúcho já havia sido feito pelo ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho no dia 1º de setembro, durante a 34ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agrícolas (Expointer).

Com a adesão ao sistema, os municípios do estado podem qualificar indústrias locais que poderão comercializar sua produção para todo o país. Esses fabricantes de produtos de origem animal receberão um selo que identifica os estabelecimentos, ou indústrias de alimentos, incluídos no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa).

Para integrar o sistema, os estados passam por uma avaliação técnica realizada pelo ministério com o objetivo de reconhecer que os serviços de inspeção da região e o federal são equivalentes. A inclusão no Sisbi-Poa é voluntária e pode ser solicitada nas Superintendências Federais de Agricultura estaduais.

FONTE: MAPA

Gado paraguaio encontrado solto no Brasil será sacrificado, diz ministério


O Brasil vai apreender e sacrificar o gado com brinco de identificação paraguaio que for encontrado solto do lado brasileiro na fronteira do Paraguai com o Mato Grosso do Sul. Esta é mais uma medida do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, anunciada nesta terça-feira (27), para evitar a entrada da febre aftosa no país.

A Agricultura, em parceria com o Serviço Veterinário Estadual de Mato Grosso do Sul (Iagro), vem reforçando a fiscalização e a vigilância na fronteira com o país vizinho. Em nota, o ministério destaca que a atenção é redobrada na faixa de 15 quilômetros da linha internacional, reconhecida, este ano, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) como zona livre de febre aftosa com vacinação.

"Hoje, fiscais federais agropecuários da Superintendência Federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul e veterinários da Iagro estiveram reunidos com autoridades do Servicio Nacional de Calidad y Salud Animal (Senacsa) do Paraguai para solicitar o controle permanente dos animais paraguaios pastando na faixa de fronteira", diz a nota do ministério.

Também foram reforçadas as equipes de vistoria de propriedades localizadas nas áreas de maior risco, com a inspeção geral e contínua dos rebanhos a campo.

De acordo com o Ministério da Agricultura, neste momento, 21 equipes da Iagro, do exército brasileiro e do Grupo de Operações da Fronteira (GOF) fazem a fiscalização volante na divisa com o Paraguai. A vigilância nos 14 postos fixos localizados ao longo da faixa de fronteira também foi intensificada.

"Ao todo, 102 fiscais, técnicos e auxiliares estão envolvidos na campanha, além de 528 policiais militares, 112 integrantes do GOF e, aproximadamente, dois mil militares do exército que participam da Operação Ágata 2", informa o ministério.

O Departamento de Saúde Animal (DSA), em conjunto com as autoridades veterinárias estaduais, segue estudando a possibilidade de antecipação da vacinação contra a febre aftosa na faixa de 15 quilômetros da linha internacional.

Na quarta-feira (28), uma reunião foi marcada para tentar decidir se a imunização na região ocorrerá a partir de outubro ou se será mantida a data prevista no calendário oficial, em novembro.

Fonte: G1


Boi Gordo: Dificuldade de compra a preços menores em São Paulo reajustou a referência

A dificuldade de compra a preços menores em São Paulo fez a referência ser reajustada em R$0,50/@. Com isto, o boi gordo está cotado em R$96,00/@, à vista, livre de imposto.

As escalas de abate atendem, em média, entre 4 e 5 dias, mas, contando com animais próprios ou comprados fora do mercado spot, existem frigoríficos com programações mais avançadas.

Os relatos são de recuo na oferta, e ao que tudo indica, as compras já não fluem como nas últimas semanas. Com isso, a pressão por preços maiores aumenta.

O mercado está firme também no Mato Grosso do Sul, estado onde frigoríficos paulistas também atuam. Em Campo Grande o boi gordo é negociado a R$95,00/@, a prazo, livre de imposto.

No Mato Grosso a oferta de animais semi-confinados está boa e garante grande parte da demanda dos frigoríficos.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, houve reajuste para a vaca casada, cotada em R$5,75/kg.

Clique
aqui e confira as cotações do boi.
Fonte: Scot Consultoria

BOI GORDO - Confira a entrevista com Lygia Pimentel - Especialista - XP Investimentos sobre o mercado do Boi Gordo

Boi: mercado esboça reação com redução na oferta de animais , mas ainda é cedo para falar em recuperação de preços. É preciso acompanhar evolução das escalas dos frigoríficos nos próximos dias.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Principais indicadores do mercado do boi - 28/09/11

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio



O indicador Esalq/BM&F Bovespa boi gordo a vista teve alta de 0,35% nessa terça-feira (27), sendo cotado a R$98,29/@ e continua desvalorizado comparado ao valor de 30 atrás (-2,18%).

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x relação de troca



O indicador Esalq BM&F Bezerro a vista sofreu desvalorização nesta terça-feira (27), sendo cotado a R$ 698,93/cabeça (-1,28%). A relação de troca nessa terça-feira (27) foi para 2,32 com valorização de 1,65% e está valorizada no período de trinta dias em 1,27%.

Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar




Na terça-feira (27), o dólar sofreu desvalorização de 2,37%, sendo cotado a R$ 1,80, permanecendo em desvalorização na semana (-2,37%), porém valorizado no período de 30 dias em 12,8%. O boi gordo em dólares teve alta na semana de 2,78%, sendo cotado a US$ 54,61/@. Em 30 dias o boi em dólares continua desvalorizado -12,88%. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 26/09/11



O contrato do boi gordo para outubro/2011 foi negociado a R$101,74, mantendo tendência de
alta neste final de mês.

Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/11



Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.

No atacado da carne bovina, o Equiv. Físico teve alta de 0,85% no dia, diminuindo o spread entre o índice do boi gordo e equivalente físico em R$0,44%. Na semana essa diferença teve alta de R$1,57 e queda de R$3,69 em 30 dias. Comparando neste último período, a margem dos frigoríficos estão melhores, dando suporte ao preço do boi gordo. Quanto menor o spread melhor fica a margem dos frigoríficos.

Tabela 3. Atacado da carne bovina

FONTE: BEEFPOINT

Exportação australiana de boi em pé em ritmo lento

De acordo com dados do Australian Bureau of Statistics (ABS), apesar da retomada dos embarques de gado em pé da Austrália no segundo trimestre do ano, o resultado do primeiro semestre ficou aquém do obtido no ano passado.

Nos primeiros seis meses de 2010 foram exportadas 387,4 mil cabeças de bovinos. Em 2011, o total exportado atingiu 323,9 mil cabeças, 16,4% menos que no mesmo período do ano passado.

Como resultado do maior preço médio por cabeça exportada, de AU$753,40, frente a AU$689,00 no ano passado, a redução do faturamento no primeiro semestre de 2011 foi de 8,6%, menor que a do volume. A receita foi de AU$244,02 milhões no período.

No Brasil, o primeiro semestre terminou com redução de 34,8% e 26,8% para o volume de cabeças e faturamento das exportações de gado em pé, respectivamente, em relação ao ano passado.

No período foram exportados 190,24 mil bovinos para abate, com um faturamento de US$197,93 milhões.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Preços do boi reagem e quase não há negócios na casa dos R$ 96/@

Mercado do boi gordo segue sustentado. Houve uma reação do preço em algumas praças e o patamar de R$ 96/@, à vista, se tornou balcão na maioria dos frigoríficos sem muito sucesso nas compra.

Boi: mercado de animais deve continuar ofertado até meados de outubro. Até lá, preços tendem a permanecer estáveis ou registrar leves altas. Elevações mais significativas só devem acontecer a partir de novembro.



A maioria das indústrias que tem bois próprios e a termo trabalham com um pouco mais de folga em relação às escalas de abate. "Já os pequenos pagaram um real a mais e essa foi a justificativa desse aumento de preço", comenta André Criveli, analista de mercado da InterBolsa.

As vendas externas também ganharam certo fôlego com a valorização cambial dos últimos dias. Isso contribui com a manutenção dos preços internos à medida em que as câmaras frias dos frigoríficos ficam mais enxutas.

De acordo com o analista, o que ditará o tom do mercado daqui para frente é o tamanho da oferta de confinados, que deve perder um pouco de sua expressividade já no final de outubro. Até lá a tendência é de que os preços continuem mais estabilizados, com possibilidades de leves altas.

Fonte: Notícias Agrícolas // Aleksander Horta e Marília Pozzer

Ministério divulga ações para evitar entrada de aftosa

Nota técnica detalha as medidas de fiscalização e vigilância realizadas nos quatro estados mais suscetíveis desde a notificação do foco no Paraguai


As ações imediatas que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vem adotando estão detalhadas em Nota Técnica. O ministério reforçou as medidas desde o dia 19 de setembro, quando o Paraguai notificou à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal, sigla em inglês) um foco de febre aftosa em bovinos no seu território.

A primeira medida do governo brasileiro foi a proibição da entrada de animais suscetíveis à febre aftosa e de seus produtos em todo o país. Paralelamente, os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram orientados a reforçar as atividades de fiscalização e vigilâncias nas fronteiras internacionais para impedir a reintrodução do vírus e a detecção precoce de qualquer sinal clínico da doença.

Foram definidas ações como a declaração de alerta sanitário nos quatro estados. e a realização de inspeções técnicas às propriedades localizadas nos municípios de fronteira e classificados como de maior risco. Também foi emitido o alerta às Comissões Municipais de Saúde Animal (Comusas). Além disso, foram adotadas medidas de controle e desinfecção de veículos nos postos implantados na divisa com o Paraguai, entre outras.

Outra iniciativa de reforço para evitar qualquer ameaça de ingresso da febre aftosa no Brasil é a atuação em conjunto de profissionais dos serviços veterinários estaduais com os militares que participam da Operação Ágata 2, desde 16 de setembro. Inicialmente programada para combater a criminalidade nas fronteiras do país, a operação foi prorrogada a pedido do ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho e também auxilia nas medidas emergenciais de vigilância sanitária animal na região.

No Mato Grosso do Sul, estado com a maior extensão de fronteira seca com o Paraguai – 650 quilômetros – estão lotados cerca de dois mil militares, além da estrutura permanente instalada na área, considerada Zona de Alta Vigilância (ZAV). Paralelamente, foram ampliadas as ações de fiscalização volante e fixa na divisa internacional. Neste momento, 12 equipes do Serviço Veterinário Estadual de Mato Grosso do Sul (Iagro), quatro grupos do exército e cinco equipes do Grupo de Operações da Fronteira (GOF) se deslocam pela área. Nos 14 postos fixos existentes na faixa de fronteira com o país vizinho a vigilância também foi intensificada.

Adicionalmente, o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, em conjunto com as autoridades veterinárias de Mato Grosso do Sul, está analisando a possibilidade de antecipar a campanha de vacinação contra a febre aftosa na região de fronteira para outubro. Pelo calendário oficial, a imunização só ocorreria a partir de novembro.

Rio Grande do Sul interdita abatedouros e faz apreensões no combate à aftosa

Objetivo é evitar ingresso de animais do Paraguai, onde um foco da doença foi detectado no final de setembro

por Agência Safras
 Shutterstock

Seis equipes de fiscalização da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Seapa), que atuam desde a sexta-feira (23/9) nas regiões de fronteira com a Argentina, já fizeram apreensões e interditaram doismatadouros que operavam de forma clandestina.

O objetivo da ação é evitar o ingresso de animais com possível contaminação pela febre aftosa, a partir de foco encontrado no Paraguai no final de setembro.

De acordo com o médico veterinário Rodrigo Nestor Etges, do Serviço de Fiscalização e Controle de Trânsito, foi apreendido um bovino em um abatedouro clandestino em Esperança do Sul, além de 30 quilos de carne sem inspeção. Além daquele local também foi interditado outro, no município de Porto Xavier, onde foram apreendidos equipamentos de abate.

O animal encontrado no abatedouro foi desossado e a carne doada para instituições filantrópicas. A carne que não possuía inspeção foi inutilizada e um auto de infração aplicado ao proprietário do produto. Além disso, equipes volantes, com o apoio da Polícia Rodoviária Estadual, Brigada Militar e do Exército vistoriaram pelo menos 60 quilômetros de margem do rio Uruguai.

FONTE: GLOBO RURAL

Boi: abate de agosto chega 477,6 mil cabeças, o maior volume registrado desde agosto de 2007

EUFORIA CONFIRMADA: O abate de bovinos em Mato Grosso no mês de agosto chegou a 477,6 mil cabeças, o maior volume registrado desde agosto de 2007, quando foram abatidas 494,5 mil cabeças. Com isso, o rebanho destinado aos frigoríficos em agosto é superior em 53,1 mil cabeças ao pico registrado em maio deste ano. O aumento da oferta, principalmente com bois provenientes de confinamentos e semi-confinamentos, fez com que o número de abate alcançasse o aumento do último mês. Desse modo, no período entre janeiro e agosto, o total abatido em 2011 chega a 3,184 milhões de cabeças, sendo este número 6,8% e 16,1% superior ao rebanho abatido no mesmo período dos anos de 2010 e 2009, respectivamente. Os dados confirmam, em parte, o número de confinamento previsto e o bom ânimo do mercado desde agosto do ano passado começa a ser evidenciado mês a mês nesta entressafra, demonstrando que o semi-confinamento acompanhou a tendência.

Clique aqui e confira a análise na íntegra.
Fonte: Imea

Ministério promove treinamento para atender normas russas


Cursos vão preparar 240 fiscais federais agropecuários para interpretação das regras da União Aduaneira


Depois de capacitar veterinários que atuam em frigoríficos de bovinos e suínos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento iniciou nessa segunda-feira, 26 de setembro, um treinamento para fiscais federais agropecuários que trabalham em plantas de aves. O curso, que terá duração de três dias, acontece na sede da Superintendência Federal de Agricultura de Goiás, em Goiânia.

Organizado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), o treinamento vai reforçar os critérios de supervisão e auditoria nas plantas habilitadas a exportar aves para a União Aduaneira – Rússia, Cazaquistão e Bielorússia. Outro objetivo do programa é harmonizar aspectos técnicos de inspeção e requisitos microbiológicos previstos nas normas dos três países.

O treinamento de todos os Médicos Veterinários inspetores nas indústrias habilitadas para a Rússia, bem como as auditorias em curso, fazem parte dos compromissos assumidos durante a reunião realizada em Moscou entre autoridades brasileiras e russas, em junho desse ano. Desde então, o ministério vem desenvolvendo as mencionadas ações e cumprindo o cronograma acertado com a União Aduaneira com a intenção de suspender as restrições impostas às exportações de carnes do Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

As aulas são ministradas por especialistas do Dipoa e do Departamento de Saúde Animal (DSA), além de professores da Universidade Federal de Goiás (UFG). Com as duas etapas anteriores e mais os 83 veterinários que serão treinados na parte de aves, o Ministério da Agricultura terá capacitado 240 fiscais federais agropecuários no final do processo.

Saiba mais

Dados de 2010 indicam que a Rússia constitui o principal mercado para as carnes bovinas e suínas brasileiras e o 7º para frangos. O Brasil responde por 35% das importações russas de carne suína, 45% de carne bovina e 19% de carne de aves. No ano passado, as vendas de carnes para a Rússia somaram US$ 2 bilhões.

Atualmente, 51 frigoríficos brasileiros estão habilitados para exportar sem restrições (33 estabelecimentos produtores de carne bovina, um produtor de carne suína, 17 de carne de aves); duas plantas produtoras de pratos prontos; três de produtos carnes de aves e suínos; 10 estabelecimentos fabricantes de rações e matérias primas de origem animal; dois estabelecimentos produtores de envoltórios naturais e 16 unidades armazenadoras. No total, 88 estabelecimentos podem vender para a Rússia sem restrições dentro das 249 plantas brasileiras habilitadas.

40ª Expoinel movimenta mais de R$ 44 milhões e bate recorde de faturamento



Valor total dos 12 Leilões Oficiais foi o maior dos últimos 10 anos.

Um volume recorde em negócios foi movimentado durante a 40ª Exposição Internacional do Nelore – Expoinel 2011. Ao todo foram realizados 12 Leilões Oficiais que atingiram o faturamento recorde de R$ 44.437.519,87 com a venda dos melhores exemplares da raça. Esse valor foi o maior dos últimos 10 anos da exposição. “Os resultados financeiros da Expoinel confirmam que o Nelore é sinônimo de moeda forte e representa um investimento seguro e rentável, afirma Felipe Picciani, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil – ACNB.

O lote de maior valor foi comercializado no Leilão da Mata Velha. 50% da fêmea Parla FIV AJJ, de propriedade da Fazenda Mata Velha e de João Carlos Di Genio foi vendida por R$ 2,52 milhões para o condomínio formado pela AgroZurita, Agropecuária Singular e Rima Agropecuária. Parla carrega os títulos de bicampeã da Expozebu e campeã de categoria na Expoinel 2008 e, considerando o valor de 100% de sua posse (mais de R$ 5 milhões), ela é o novo recorde da raça em faturamento. Para Paulo Horto, responsável pelo leilão da Mata Velha, se o mundo vive um momento conturbado com várias economias como a europeia e a americana apresentando sérias dificuldades, o Brasil mostra sua força graças ao agronegócio.

Mais uma vez os grandes investimentos dos criatórios foram refletidos nas pistas e na disputa acirrada pelo melhores títulos. Nesta edição, 1.001 animais (635 fêmeas e 366 machos), de 125 expositores passaram pelo crivo dos jurados Célio Arantes, Horácio Alves Neto e Luiz Renato Tiveron.

O Grande Campeão foi o touro Regato FIV AJJ, com 34 meses, de propriedade de Antonio José Junqueira Vilela. Rufo FIV da Valonia, com 21 meses, da Comapi conquistou o título de Reservado Campeão. A Grande Campeã foi Bélgica 8 FIV da 3R, com 33 meses, da Rima Agropecuária, e a Reservada Grande Campeã foi Hemppa 2 TE Porto Seguro, com 21 meses, de propriedade de Dorival Antonio Bianchi. Os títulos de Melhor Criador e Melhor Expositor foram conquistados pela Jatobá Agric. Pec.e Indústria S.A, de Itaquiraí (MS).

A exposição chegou ao final no último domingo, (25) depois de dez dias de intensas atividades, que incluíram a 1ª Mostra Científica Expoinel e ações voltadas à comunidade como o Projeto Nelore Solidário, Projeto Saúde Brasil Carne e cursos de culinária da Cozinha Nelore Natural.

A Expoinel 2011 é uma realização da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e conta com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Grupo Marfrig, Dow AgroSciences Pastagem, GTag – Marcadores Moleculares do Nelore e Supra – Qualidade em Nutrição Animal.

FONTE: CONTATOCOM

7 ações que caem mais de 50% neste ano


– Ação da Marfrig é a segunda pior

A vice-campeã em perdas no mercado acionário neste ano é a Marfrig, com uma desvalorização acumulada de 57,7%. O principal motivo para a surra no mercado é o alto endividamento. Desde 2006, a Marfrig tem acumulado débitos que financiaram a aquisição de 18 empresas por cerca de 7 bilhões de reais. Também no topo das preocupações dos investidores está o fato de que boa parte dessas dívidas esteja denominada em dólares. A empresa possui 7,35 bilhões de reais em débitos indexados à moeda americana, a sétima maior exposição ao dólar entre todas as companhias da bolsa brasileira. Se o dólar disparar para 2 reais ou mais, por exemplo, a empresa pode ser pega no contrapé.

Nos últimos meses, a forte venda de ações da Marfrig pelo fundo de investimento GWI também ajudou a depreciar os papéis. Existe ainda um componente setorial nas perdas. As ações da JBS, a líder brasileira em proteína animal, acumulam baixa de quase 46% neste ano. De forma geral, os analistas acham que as duas empresas gastaram caminhões de dinheiro em aquisições que, até o momento, não renderam lucros expressivos nem fartos dividendos aos acionistas.

FONTE: EXAME.COM

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

COTAÇÕES

Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 26/09/2011
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 23/09/2011 - PRAÇA RS


Ver todas cotações Ver gráfico

MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 5,90R$ 5,82
KG VivoR$ 2,95R$ 2,91
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 5,70R$ 5,55
KG VivoR$ 2,71R$ 2,64
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA

FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

PREÇOS DE BOI GORDO E VACA GORDA PARA CARNE A RENDIMENTO


REGIÃO DE PELOTAS
*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO EM 26.09.2011

BOI: R$ 5,70 a R$ 5,90
VACA: R$ 5,40 a R$ 5,60

PRAZO: 30 DIAS

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br/

PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA- MERCADO FÍSICO/KG VIVO

EM 26.09.2011
REGIÃO DE PELOTAS

KG VIVO:
BOI GORDO: R$ 2,85 A R$ 3,00
VACA GORDA: R$ 2,55 A R$ 2,65

PREÇOS MÉDIOS DE GADO- MERCADO FÍSICO / KG VIVO

EM 26.09.2011
REGIÃO DE PELOTAS

TERNEIROS R$ 3,30 A R$ 3,50
TERNEIRAS R$ 2,90 A R$ 3,00
NOVILHOS R$ 3,00 A R$ 3,20
NOVILHAS R$ 2,90 A R$ 3,10
BOI MAGRO R$ 2,90 A R$ 3,10
VACA DE INVERNAR R$ 2,40 A R$ 2,50

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br

BOI GORDO - Confira a entrevista com Hyberville Neto - Scot Consultoria sobre o mercado do Boi Gordo

Boi gordo: semana começa com negócios em ritmo lento, onde a referência para a arroba em S. Paulo se mantém estável a R$ 95,50 à vista. Varejo deve voltar às compras e, com isso, melhora no atacado pode acontecer ainda nesta semana.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

34ª Expofeira de São Lourenço do Sul/RS começa nesta quarta

A 34ª Expofeira de São Lourenço do Sul, que acontece de 28 de setembro a 02 de outubro no Parque de Exposições Cel. Antônio Cândido Ferreira trará exposições morfológicas e concentração de machos, paleteada e campereada. Serão apresentados cerca de duas centenas de bovinos, de diversas Cabanhas, das raças Hereford, Angus, Devon, Montana, Limosin, Braford e Brahman. Além do Concurso Leiteiro onde aproximadamente 32 animais da raça Holandesa e 50 animais da raça Jersey participarão das provas. A ovinocultura também será destaque na Feira com o julgamento de variadas raças, com destaque para a Texel. A ovelha Surgida 642, da raça Texel, pertencente à Cabanha Cocão, que foi vencedora de Reservada de Grande Campeã da Expointer 2011, também estará na exposição da 34ª Expofeira de São Lourenço do Sul.

Na sexta-feira (30), às 9 horas começará o julgamento Incentivo da Raça Crioula. Organizado pelo Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos do município, mais de cem cavalos estarão na Feira e participarão do Incentivo Premiado, que dará mais de 6 mil reais de premiação para o melhor cabanheiro e progênie de pai. O cavalo Feriado de Santa Edwiges, da Cabanha Santa Edwiges de São Lourenço do Sul, vencedor do Freio de Ouro 2011 será exposto. O evento terá também a exposição de aves exóticas, com a presença de cerca de 20 calopsitas. A Expofeira terá remates no final de semana.

O público em geral encontrará, além da exposição de animais, estandes com máquinas, equipamentos agrícolas e veículos. Também haverá Praça de Alimentação, Mostra de Economia Solidária, 15ª Mostra da Indústria e Comércio, o show nacional do Grupo Tradição, no dia 01 de outubro, Campeonato Zona Sul de Enduro Cross no sábado (01) e domingo (02), e praça de entretenimento com brinquedos infláveis e touro mecânico gratuitos.

O valor do ingresso para a 34ª Expofeira é R$ 3,00 por dia no sábado (01) e domingo (02), com entrada franca nos dias anteriores. O evento é uma realização da ACI/CDL e Sindicato Rural do município, com apoio da Prefeitura Municipal.

Agrolink com informações de assessoria

USDA: previsões sobre mercado de carne do Uruguai em 2012


De acordo com o relatório da Rede Global de Informações Agrícolas (GAIN, sigla em inglês) do Serviço Agrícola Externo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de carne bovina do Uruguai no ano comercial de 2011 e 2012 continuará seu lento declínio devido aos menores abates. Estima-se que a produção caia para 545.000 e 535.000 toneladas, respectivamente.

A produção de carne bovina em 2010 permaneceu estável comparado com as estimativas oficiais anteriores do USDA. A queda na produção em 2011 e 2012 é consequência da severa seca que afetou o país em 2008-2009.

Os abates deverão cair para 2,15 milhões de cabeças em 2011 e 2,1 milhões de cabeças em 2012 devido ao menor rebanho, resultado da seca de 2008-2009, e às grandes exportações de gado, que deverão cair bastante de 2010 a 2011. Tanto produtores como a indústria deverão ser muito cautelosos sobre a tomada de decisões que poderá causar a liquidação do rebanho, isto é, aAumentar os abates não parece ser uma medida sustentável para o setor pecuário no Uruguai.

Os produtores deverão devem ser muito cautelosos e reter seu gado a menos que ocorra uma seca severa ou uma situação financeira séria que os force a vender seus animais. Os abates em 2010 caíram para 2,2 milhões de cabeças, 99.000 cabeças a menos, comparado com as estimativas oficiais anteriores do USDA, principalmente devido à recuperação nas exportações de gado, principalmente para Líbano e Turquia.

A produção de carne bovina no Uruguai tem sido tradicionalmente voltada ao abastecimento dos mercados de exportação, que representam cerca de 65% da produção total. A produção em confinamento representa de 8-10% dos abates totais e deverá aumentar marginalmente à medida que grandes frigoríficos estão incorporando os confinamentos a suas operações e haverá uma oferta maior de grãos devido à expansão da agricultura no país.

Atualmente, existem 25 operações de confinamento no Uruguai. A produção tradicional nesses confinamentos não deverá se expandir de forma significante à medida que o uso de anabólicos e hormônios é proibido no país e, até agora, as tradicionais políticas do Governo continuam voltadas à intensificação da produção de gado a pasto para expandir as exportações.

O Uruguai está gradualmente se tornando um produtor de grãos, de modo que, os preços dos grãos domésticos cairão, estimulando a suplementação do gado com grãos, o que várias fontes acreditam que é a chave para a expansão do setor pecuário no Uruguai. Os cortes de carne bovina de alto valor produzidos em confianamentos são principalmente exportados, à medida que o mercado doméstico não pode pagar por eles.

Investimentos

A forte condição sanitária do gado do Uruguai e a reduzida oferta de outros países produtores de carne bovina criaram oportunidades para os pecuaristas uruguaios, que vêm investindo fortemente na produção de grãos e melhorado as técnicas de manejo, reduzindo da idade de abate do gado. Durante os últimos anos, a produção pecuária vem perdendo rapidamente área para as colheitas agrícolas (principalmente soja) e silvicultura a uma em extensão menor, forçando a produção pecuária a se tornar mais intensiva. Investimentos em pastagens vêm decaindo rapidamente durante os últimos anos, especialmente após a seca de 2008-2009, à medida que mais terra áreas tem têm sido destinada à produção agrícola.

Além disso, investimentos significantes têm sido feitos pela indústria para expandir a desossa e os mecanismos de resfriamento em frigoríficos. (A capacidade total de abate está estimada entre 3,5-3,8 milhões de cabeças anualmente). Durante os últimos anos, a indústria frigorífica local também investiu na produção de gado confinado para garantir a posse de parte de seu gado disponível para abate.

As condições favoráveis para a produção pecuária no Uruguai também atraíram investidores estrangeiros, principalmente do Brasil, que compraram várias plantas frigoríficas. Fontes privadas estimam que cerca de 45% das plantas de carnes do Uruguai são pertencentes a capital brasileiro e 10-15% de argentinos. Atualmente, não existem plantas de carnes no Uruguai pertencentes a investidores dos Estados Unidos. Um frigorífico de investimento britânico começou a operar em 2010. Devido aos altos preços do gado, que estimularam as exportações de gado, as plantas de tamanho pequeno e médio estão enfrentando uma situação muito difícil para continuar operando.

Os preços do gado em termos de dólar dos Estados Unidos alcançaram níveis históricos. Dessa forma, o gado para abate está competindo fortemente com gado vivo para mercados de exportação. Além disso, alguns produtores preferem arrendar a terra para investidores estrangeiros, que pagam preços altos por hectare para plantar soja, ao invés de continuar investindo no setor pecuário, o que está tornando a produção pecuária cada vez mais intensiva.

A recente proposta do Governo do Uruguai para taxar as operações pecuárias com mais de 2.000 hectares poderá desencorajar os investimentos no setor agrícola uruguaio, tanto na produção de colheitas agrícola como de gado. Entre 2.000 e 4.999 hectares, o produtor deve pagar US$8/ha; entre 5.000 e 9.999, US$12/ha; e para mais de 10.000 hectares, US$16/ha.

O impacto dessa proposta está causando incertezas entre os produtores. Os altos custos de produção, especialmente de fertilizantes, rações, mão-de-obra e energia - apesar de parcialmente compensados pelos altos preços do gado - também desencorajam investimentos na atividade pecuária e estimulam os produtores a mudar para a produção agrícola, que é mais lucrativa.

Consumo

O consumo doméstico de carne bovina para 2011 e 2012 deverá cair somente marginalmente, para 202.000 toneladas e 198.000 toneladas, respectivamente, devido à menor produção. Devido à recuperação do poder de compra, os uruguaios deverão continuar consumindo grandes volumes de carne bovina. Todos os cortes são consumidos no Uruguai, apesar da costela ser o corte mais popular. Entretanto, existe uma demanda maior por cortes mais baratos de dianteiro.

O consumo anual per capita de carne bovina é estimado em 60 quilos. A carne bovina é consumida principalmente em áreas urbanas e a de cordeiro é preferida em áreas rurais, apesar de cortes de maior valor de carne de cordeiro estarem se tornando mais populares entre os habitantes da área urbana. Durante os últimos anos, o consumo anual per capita de carne de frango aumentou de 10 para 20 quilos, à medida que é mais barata que a carne bovina, apesar de os preços domésticos terem aumentado gradualmente.

O consumo per capita de carne suína é de 9 quilos, o de carne de cordeiro é de 6-7 quilos e o de peixes é relativamente baixo e muito caro para competir com a carne bovina. Preços estimados comparativos da carne bovina são os seguintes: filé mignon, US$22,00/kg; contra-filé, US$12,00/kg; lagarto, US$10,00/kg; carne de frango, US$3,00/kg.

Os consumidores que têm mais dinheiro compram cortes de carne bovina em supermercados (40-45% de participação de mercado), enquanto os consumidores com menor poder de compra compram em açougues (55-60% de participação de mercado). Os açougues tendem a ser mais populares nos subúrbios de Montevidéu e no interior do país, à medida que mais mulheres estão sendo incorporadas no mercado de trabalho e elas preferem comprar todos os tipos de alimentos nos supermercados, incluindo carne bovina, fazendo um uso mais eficiente do tempo.

Exportações

As exportações de carne bovina do Uruguai em 2012 deverão cair para 340.000 toneladas, levemente a menos que em 2011, como resultado de uma menor produção. As exportações deverão permanecer estáveis em 2011, apesar da menor produção, devido à forte demanda do mercado externo.

O Uruguai se beneficiou bastante de seu status sanitário comparado com seus vizinhos competidores, Brasil e Argentina, cuja carne bovina ainda está proibida de entrar nos Estados Unidos devido à febre aftosa. Além disso, o Governo da Argentina continua sua política de restrições às exportações de carne bovina com a intenção de reduzir os preços domésticos do produto.

Todos esses fatores criaram oportunidades sem precedentes para as exportações de carne bovina do Uruguai que, em 2010, foram menores em volume do que no ano anterior, totalizando 347.000 toneladas, mas maiores em valor, alcançando US$ 1,13 bilhão. O preço médio da carne bovina por tonelada equivalente carcaça foi de US$3.082 em 2010, comparado com US$2.486 em 2009. Importante ressaltar que esses preços são em equivalente carcaça e não o preço pago pela tonelada de carne.

Durante o período de janeiro a julho de 2011, o preço médio por tonelada foi de US$3.934. Após a crise da febre aftosa em abril de 2001, a maioria dos mercados de exportação reabriu para a carne bovina uruguaia fresca sem osso, começando com a União Europeia (UE) e Israel em novembro de 2001, seguido por Canadá em janeiro de 2003, e Estados Unidos, em maio de 2003. Após ativas negociações durante quatro anos entre autoridades sanitárias do Uruguai e do México, o mercado mexicano reabriu em agosto de 2006. Em janeiro de 2007, esse mercado fechou de novo devido a problemas de rotulagem, reabrindo em maio de 2007.

Os mercados de carne bovina de alto valor da Ásia, Japão e CoreiaCoréia, permanecem fechados. As autoridades de saúde animal do Uruguai continuam negociando a reabertura do mercado coreano de carne bovina. O Japão não deverá retomar as importações do Uruguai, embora o país continue vacinando contra a febre aftosa. O Uruguai não parará de vacinar até que a região seja livre de aftosa. Até agora, mais de 100 mercados estão abertos para os produtos de carne bovina do Uruguai.

Durante janeiro a julho de 2011, a Rússia continuou sendo o principal destino em volume para a carne bovina uruguaia, com uma participação de mercado de 34,6%, e a UE continua sendo o principal destino em valor, representando 31,2% do mercado total. Fontes primárias estimam que as exportações à Rússia continuarão expandindo, à medida que o país está focado na promoção da produção de carne suína e de aves, mas não de carne bovina.

Os Estados Unidos, que têm sido o mercado número um para a carne bovina fresca sem osso do Uruguai desde a reabertura do mercado em 2003, após alcançar 47% em 2007, caiu em participação de mercado para 8% em 2010 e aumentou para 10,1% em janeiro-julho de 2011. Isso resultou da reorientação das exportações para a Rússia, que se tornou um importante mercado para a carne bovina do Uruguai, à medida que pagou preços maiores que os dos Estados Unidos. Os principais cortes de carne bovina exportados aos Estados Unidos em 2010 foram cortes dianteiros e traseiros congelados e trimmings.

Em 2010, devido aos maiores preços pagos por outros mercados de exportação, o Uruguai cumpriu somente com 15.000 toneladas das 20.000 toneladas de cota de carne bovina sujeita a tarifa dos Estados Unidos, que paga um baixo imposto da cota (importações de mais de 20.000 toneladas pagam 26,4% de tarifa). Em 2011, estima-se que o Uruguai novamente não cumprirá com a cota dos Estados Unidos. Como nos últimos anos, o Uruguai cumpriu totalmente sua participação de 6.300 toneladas na cota Hilton de exportação à UE.

As exportações de gado em 2012 deverão cair para 210.000 cabeças, 10.000 cabeças a menos que no ano anterior, à medida que competirão com a indústria local que precisará de gado gordo para abater para suprir a demanda internacional. As exportações de gado em 2011 deverão declinar drasticamente para 220.000 cabeças, comparado com 2010, principalmente devido à competição com a indústria.

Além disso, fontes privadas e a mídia local reportaram que o Governo do Uruguai tem atrasado as permissões de exportação para gado como uma medida de proteger o rebanho bovino. O Governo do Uruguai disse que o atraso é devido às rígidas inspeções sanitárias que o Ministério da Agricultura vem fazendo. Esses tipos de medidas podem desestimular futuros investimentos em tempos em que o estoque bovino precisa de suporte para se recuperar.

A recuperação nas exportações de gado uruguaio em 2010 e no primeiro semestre de 2011 foi devido às escassas ofertas na maioria dos países produtores de carne bovina, com maiores preços internacionais do gado. A maioria das fontes concorda que não é sustentável para a atividade pecuária do Uruguai continuar exportando quantidades tão grandes de gado como em 2010, quando 385.000 cabeças foram enviadas aos mercados externos, principalmente Líbano e Turquia. A Turquia reduziu as tarifas de importação de gado para zero e aumentou as tarifas para cortes de carne bovina, o que tornou as exportações de carne do Uruguai improváveis.

Em 2010, os principais mercados de exportação para gado vivo, principalmente para o abate, foram Líbano (53% de participação de mercado) e Turquia (32%). Outros mercados foram: Jordânia, Síria, China, Egito, Brasil, Tunísia e Paraguai. Durante o primeiro trimestre de 2011, a Turquia se tornou o primeiro maior mercado para o gado uruguaio.

O Uruguai é um tradicional exportador de carne bovina. Assim, as importações de carne permanecerão insignificantes. Em 2010, volumes muito pequenos foram importados pelo Uruguai de carne bovina, principalmente do Brasil, como resultado dos altos preços domésticos da carne. O Uruguai continua proibindo as importações de carne bovina dos Estados Unidos e produtos derivados devido às restrições relacionadas à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). Os importadores locais estão particularmente interessados em obter acesso ao pâncreas bovino dos Estados Unidos.

Rebanho

O rebanho bovino em 2012 deverá permanecer estável, comparado com o ano anterior, depois de uma leve queda, para 11,1 milhões de cabeças em 2011, como resultado de grandes exportações de gado em 2010. Os rebanho bovino caiu em 2010 devido à menor produção de bezerros como resultado da severa seca de 2008-2009, que afetou negativamente as taxas de prenhes, e à alta demanda por gado nos mercados de exportação.

Política

A tarifa de exportação do Uruguai para todos os cortes de carne bovina é de 2,5%. Como membro do Mercosul, o Uruguai aplica a Tarifa Externa Comum do Mercosul, que está entre 3% e 23% para produtos alimentícios. Em termos gerais, o comércio intra-Mercosul paga tarifa zero.

O Uruguai enviou à UE um protocolo de certificação para o país solicitando exportar dentro da cota adicional de 20.000 toneladas de carne bovina de alta qualidade, livre de hormônios (que aumentará para 45.000 toneladas em 2012/13) a tarifa zero de importação, que a UE abriu para outros países fornecedores pelo acordo da disputa referente ao uso de hormônios na produção de carne entre Estados Unidos e UE.

Fontes privadas estimam que o acesso à cota será garantido antes do final do atual ano. Existem diferentes visões dentro do setor privado sobre como essa cota poderá impactar no setor pecuário uruguaio: alguns acreditam que terá um impacto significante, enquanto outros acham que o impacto será insignificante, à medida que o Uruguai não conseguirá competir com outros países que têm acesso a cota, como Estados Unidos e Austrália.

O Governo do Uruguai requereu acesso à nova cota de carne bovina de alto valor com tarifa preferencial de importação concedida pela Suíça e está atualmente finalizando o certificado sanitário que será em breve proposto às autoridades suíças de saúde animal. Essa cota se aplica aos cortes de alto valor de carne bovina de gado terminado em confinamento.

O Governo do Uruguai está apoiando a incorporação da Rússia à Organização Mundial do Comércio (OMC) e negociará simultaneamente para manter as exportações de carne bovina do Uruguai à Rússia. O Uruguai está entre o segundo e o terceiro lugares como fornecedor de carne bovina à Rússia. O principal fornecedor é o Brasil.

Em julho de 2010, uma nova regulamentação foi implementada pelo Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai (MGAP, sigla em espanhol), que regulamenta as operações de estabelecimentos de engorda no país. Os padrões se referem às instalações dos estabelecimentos de engorda, bem como aos controles e manejos de resíduos e programas de saúde e nutrição animal.

A regulamentação também inclui um sistema de rastreabilidade para gado criado nesse sistema. Uma das metas do MGAP é estimular os confinadores a cumprirem as novas regulamentações o mais breve possível para poder cumprir com o protocolo de certificação da UE para que o Uruguai possa solicitar exportar dentro da cota adicional de 20.000 toneladas de carne bovina de alta qualidade, livre de hormônios. Para essa proposta, feita em julho de 2011, o Registro Nacional para produtores de gado em confinamento foi criado e o Governo do Uruguai fará inspeções sanitárias para aprová-los para exportar pela cota. Estima-se que cerca de 50 companhias serão registradas.

Em março de 2009, através da Lei No 18.471, o Governo do Uruguai criou a Comissão Honorária Nacional de Bem-Estar Animal, cuja meta principal é controlar que os padrões de cuidado, proteção e respeito com os animais sejam cumpridos. Em 2010, por esse sistema, o Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC, sigla em espanhol) designou um programa de certificação de bem-estar animal focado em bovinos.

Além disso, eles implementaram um sistema de monitoramento chamado "Caixas Pretas", que consiste na instalação de equipamentos eletrônicos em todos os abatedouros, visando facilitar a rastreabilidade, fornecendo informações sobre rendimentos aos produtores, evitando sonegação fiscal e estimulando acesso rápido às informações no setor pecuário. Virtualmente, todos os abates são, atualmente, monitorados através do sistema "Caixas Pretas".

Em setembro de 2006, o Governo do Uruguai colocou em funcionamento um programa obrigatório de identificação de bovinos usando dispositivos eletrônicos financiados pelo Governo com o objetivo de facilitar a rastreabilidade, visando cumprir os novos requerimentos que seriam implementados pelos principais mercados mundiais de exportação de carne bovina. Atualmente, virtualmente todos os bovinos são identificados no Uruguai.

Situação sanitária

O Governo do Uruguai tem feito grandes esforços para conseguir a erradicação total da febre aftosa, cujo último foco foi detectado em agosto de 2001. A vacinação de todo o rebanho bovino continuará em 2011 e não parará até que exista garantia de que a doença está sob controle na região. Um Comitê Veterinário Permanente composto por membros dos Serviços Veterinários do Governo da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai foi criado em 2003 como ferramenta para antecipar e superar as dificuldades resultantes da ocorrência de febre aftosa. Os países membros desse comitê se reúnem regularmente para discutir questões sanitárias regionais.

Comercialização

Os preços do gado se recuperaram em 2011 comparado com o ano anterior, com o preço médio registrado de US$ 2,13 por quilo de novilho vivo em julho de 2011 e deverão permanecer relativamente altos em 2012. Esse aumento foi principalmente devido à menor oferta de gado em outros países, bem como às condições sanitárias muito boas do país.

Em 2010, os preços do gado se recuperaram dos preços menores do ano anterior, como resultado da escassa oferta de gado. Os preços da carne bovina em 2010 aumentaram em comparação com o ano anterior, alcançando o maior preço médio de US$ 3,29 por quilo. De janeiro a julho de 2011, os preços se recuperaram para um valor maior do que o preço recorde de US% 4,11 por quilo. Para 2012, os preços deverão aumentar como resultado de uma menor oferta dos outros países produtores de carne bovina e de uma demanda internacional sustentada.

Durante os últimos anos, o INAC teve um papel essencial no desenvolvimento de vários projetos que ajudaram a diferenciar a carne bovina uruguaia nos mercados internacionais. Entre as iniciativas primárias de marketing feitas em uma base anual está a organização de atividades promocionais e missões comerciais a vários países e a participação em importantes eventos alimentícios, como a ProdExpo em Moscou, a SIAL na China e a Anuga.

Fonte: USDA, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.